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UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE

Direito

Exercício complementar de avaliação – P2

Julia Palladino Souza Bueno – TIA: 32065825

São Paulo
2021
1.   A respeito da usucapião de imóvel rural, seria possível usucapir área
pertencente à União Federal, situada em zona rural? Responda, de forma
objetiva, com a indicação da fundamentação legal (2,0)

R: A respeito da usucapião de imóvel rural, temos o art. 191 da


Constituição Federal e o art. 1239 do Código Civil, aos quais trazem como
requisito para usucapir o bem imóvel rural ter no máximo 50 hectares e esteja
obrigatoriamente caracterizado como moradia, de modo que se adeque “o
exercício da posse mansa e pacífica do imóvel rural por 05 (cinco) anos
ininterruptos e sem oposição, com a intenção de ser dono”, tendo também
produtividade efetiva. Vale a ressalva de que caso o indivíduo possua algum
outro imóvel em seu nome, sendo esse urbano ou rural, o usucapião rural não
lhe caberá.

2. Em condomínio de finalidade exclusivamente residencial, é


facultado ao condômino utilizar o seu apartamento para comércio de
fogos de artifício, recebendo cliente em sua própria residência? Justifique
sua resposta, com a indicação da fundamentação legal. (2,0)

R: No caso de um condomínio de finalidade exclusiva residencial, não é


possível com que um condômino utilize seu apartamento como comércio.
Porém tal situação pode ser revertida, caso exista a vontade de pelo menos 2/3
dos condôminos de acordo com o Art. 1351 do código civil. Porém devemos
destacar que caso algum condômino queira exercer alguma atividade
profissional dentro de sua casa, é permitido desde que atenda os critérios: “de
modo pessoal e técnico, com horários marcados, cujo atendimento, na maioria
das vezes é individualizado”.

3. Roberto pretende alienar a parte frontal de seu imóvel, com


saída para a via pública, permanecendo com a parte de trás, instituindo
servidão de passagem em favor do imóvel dos fundos. O proprietário
poderia assim proceder? Responda, com a indicação da fundamentação
legal. (2,0)

R: Em tal caso, Roberto poderia sim prosseguir dessa maneira, o que


acabaria resultando em um caso de servidão de passagem, onde quem for
comprar o imóvel comprará com a servidão, porém tal servidão precisa ser feita
antes da venda, já que é direito real sobre o imóvel. Como Roberto fará a
servidão ele pode alienar a parte frontal do imóvel, porém tal fato sempre
constará na matrícula, já que o mesmo tem caráter perpétuo. Tal fato pode ser
comprovado através do art. 1378 do Código Civil, onde deixa expresso que é
necessário ter o registro no cartório de imóveis para ser válido e ter declaração
expressa.

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