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- que o ruído causado lhe impede o sono e lhe causa um “estado de nervos”
permanente;
. a sua habitação;
Tópicos de resolução:
Tópicos de resolução:
c) Suponha que, muito antes de ter surgido o litígio entre B e A, ambos tinham
acordado que, a troco da doação de um automóvel, aquele aceitava que o campo de tiro
pudesse funcionar a qualquer hora do dia ou da noite. E, isto ficou reduzido a escrito.
Mas, agora, como intentou a acção acima identificada, B pretende desfazer o dito
acordo.
Tópicos de resolução:
Resta uma questão: como se diz no artigo 81º do Cód.Civil, o exercício do poder
de resolução unilateral conferido ao titular do direito de personalidade que se auto-
limitou acarreta a obrigação de compensar o terceiro que beneficiava do direito de
ingerência pela frustração das expectativas deste. Embora cientificamente esta
obrigação de compensação não tenha (ainda) obtido uma suficiente determinação,
afigura-se que não pode estar em causa uma pura obrigação de indemnização (nos
termos gerais do artigos 562º e segs., Cód.Civil), até porque isso poderia facilmente
inviabilizar, na prática, a vantagem que se pretendeu atribuir ao titular do direito de
personalidade. Justificar-se-á, no máximo, que o titular do direito de personalidade
responda pelos danos directamente emergentes da resolução do consentimento que
anteriormente havia proferido.
ii. Suponha que B era inabilitado? Poderia sequer ter celebrado o acordo
em questão?
Tópicos de resolução:
Por outro lado, porque a assistência do curador apenas se deverá reportar aos
actos de natureza patrimonial praticados pelo inabilitado. É o que se pode inferir a
partir do disposto nos artigos 152º/in fine e 153º/n.º 1 do Cód.Civil.
Tópicos de resolução:
Tópicos de resolução:
ii) tal esperança é jurídica na medida em que recebe tutela do Direito, por si
própria, independentemente da sua materialização (ou seja, quer os frutos sejam
colhidos, quer não); esta tutela extrai-se dos artigos 272º e 273º, na medida em que
qualquer negócio sobre coisa futura fica sujeito implicitamente sujeito a condição
suspensiva.
3. a. Descrito na Conservatória do Registo Predial da Ribeira Grande sob o
n.o 00425/220988 da freguesia do Pico da Pedra, concelho da Ribeira Grande, encontra-
se registada a aquisição, a favor de A, de um prédio rústico situado ao Pico de Água,
Cerrados da Eira, com 174,40 ares de terra.
c. Tais linhas assentam numa torre, passando por cima daquele prédio numa
extensão superior a 100 metros e numa largura de 20 metros.
i. Em caso de chuva ou ventos fortes, ou de muita carga nas linhas e por força de
efeitos de indução causados por esses factores, aquelas emitem um ruído semelhante ao
de um curto-circuito.
a) Suponha que A intenta acção contra EDP pedindo o desvio das linhas de alta
tensão em causa. Que fundamentos poderia invocar para o efeito?
Tópicos de resolução:
b) Tendo em conta o que se diz no ponto 5., que solução lhe pareceria mais
ajustada?
Tópicos de resolução:
b. Na revista Propriedade Urbana (n.º 394), órgão oficioso da ré, foi publicada
convocatória da assembleia geral para se reunir no dia 4 de Julho, pelas 16 horas na sua
sede social sita em Lisboa.
f. Para efectuar a eleição, a mesa da assembleia ordenou aos presentes que quem
votasse a favor de cada uma das listas ficasse sentado e quem votasse contra se
levantasse.
Tópicos de resolução:
A qualidade de associado é pessoal, mas nem todos os direitos com ela
conexionados são estritamente pessoais.
Nestes termos:
b) A convocatória poderia ter sido feita nos termos descritos no ponto b.?
Tópicos de resolução:
A assembleia geral pode ser convocada por um de dois meios: ou por aviso
postal, nos termos do n.º 1; ou por publicação do respectivo aviso através do
sítio www.mj.gov.pt/publicacoes. Como isso não sucedeu no caso concreto, a
convocação foi irregularmente efectuada. O vício apenas ficaria sanado se
todos os associados comparecessem e nenhum deles se deduzisse oposição à
realização da assembleia (o que não parece ter sucedido).
Tópicos de resolução:
Tópicos de resolução:
Se, antes de tal entrega ser efectuada, o camião ficasse destruído por um
incêndio, B deveria, não obstante isso, pagar o respectivo preço?
Tópicos de resolução:
Segundo o critério corrente, a coisa futura pode sê-lo objectivamente (por
ainda não existir de todo ou por ainda não existir enquanto coisa) ou
subjectivamente (quando, pertencendo a terceiro, as partes a consideram,
para certo efeito – negocial, portanto – susceptível de vir a pertencer a uma
delas – cf., por exemplo, o disposto no artigo 893º). O camião, no caso
concreto, cabe na primeira espécie de coisa futura, uma vez que somente se
tornaria coisa presente no instante em que nele fosse instalada a carroçaria
e a báscula: até isso suceder, não era coisa por ainda estar incompleto.
Os direitos sobre coisas futuras somente se transmitem quando (e se) ela se
tornar presente (artigo 408º, n.º 2). Portanto, o camião ainda pertencia a A
no instante em que foi destruído pelo incêndio. Logo, res perit domino: ou
seja, a coisa perece contra o seu dono (o A) e não contra quem (ainda) o
não é. B não se encontrava, por isso, obrigado a pagar o preço.
Tópicos de resolução:
Tópicos de resolução:
Tópicos de resolução:
Tópicos de resolução:
Tópicos de resolução:
O mobiliário de uma casa, tomado como um todo, é uma universalidade de
facto (artigo 206º). Quando considerado em relação à habitação que serve
ou ornamenta, é uma coisa acessória (artigo 210º).
As coisas acessórias apenas acompanham juridicamente a coisa principal
quando assim seja convencionado (artigo 210º, n.º 2). Logo, no caso, tudo
dependeria do que fosse acordado. Mas, em princípio, o mobiliário da casa
não seria abrangido pelo respectivo arrendamento.
Tópicos de resolução:
Em certa altura, B, alegando que em virtude dos trabalhos feitos por A sofreu
graves prejuízos no sistema eléctrico de sua casa, exigiu deste a correspondente
indemnização, ameaçando-o com a penhora daqueles bens.
Tópicos de resolução:
Tópicos de resolução:
Se a venda das jóias foi feita depois de A ter completado os 18 anos, ela seria
nula por ilegitimidade do pai e por ser, por isso, venda de bens alheios (artigo
892º CC); caso contrário, o pai ainda seria representante do A e a respectiva
validade dependeria de ter sido obtida a competente autorização judicial
[1889º, n.º 1, alínea a), e 1893º, n.º 1, CC].
Tópicos de resolução:
Tópicos de resolução:
Tópicos de resolução:
Tópicos de resolução:
A sociedade “Frames, Ldª.” é, para todos os efeitos, uma pessoa juridicamente
distinta dos seus sócios; logo, uma venda que lhe seja feita, considera-se
realizada a seu favor e não em benefício de A e de D. Por isso, nesta medida, B
não seria chamado a dar o seu consentimento pois não está em causa uma
venda de pai a filho.
Tópicos de resolução:
a) Quid Juris?
Tópicos de resolução:
- em princípio, a sua divulgação não pode fazer-se, por isso, sem consentimento
de alguma das pessoas enumeradas pelo artigo 71º
b) Suponha que B tinha 17 anos. Poderia, por si, dar o devido consentimento, se
ele fosse necessário, e poderia intervir em juízo?
Tópicos de resolução:
- o menor com 16 anos ou mais pode casar, embora dependa, até aos 18, de
consentimento para o efeito ou do seu suprimento (artigo 1604º)
- mesmo que este não tivesse sido concedido, o menor emancipa-se de qualquer
maneira embora com as restrições do artigo 1649º
Diga se:
Tópicos de resolução:
Tópicos de resolução:
- para quem entenda que ela é genérica, a sociedade B poderia ter celebrado o
negócio constitutivo do direito de superfície para usar o terreno para instalar
um posto de abastecimento de combustível, não obstante a sua exploração se
encontrar fora dos seus fins
12. A deu de arrendamento a B uma quinta composta por casa, jardim e terreno
agrícola.
Tópicos de resolução:
Tópicos de resolução:
- se o armazém não pudesse ser ou, de todo o modo, não fosse retirado, passaria
a integrar a quinta e, portanto, quem a comprasse adquiriria o conjunto
(armazém incluído)
- caso contrário, seria uma simples coisa acessória e como tal, nos termos do
artigo 210º, nº 2, somente integraria a compra se assim fosse acordado
Tópicos de resolução:
- as pessoas colectivas não têm nome mas devem ter uma designação (cf v.g.
167º)
Tópicos de resolução:
14. A foi nomeado procurador por B, com poderes para vender lotes de terreno
para construção pertencentes ao segundo. A vendeu-os quase todos a uma sua filha, a
preços bastante inferiores aos correntes no mercado. A filha compradora tinha
conhecimento deste facto.
Tópicos de resolução:
15. A foi vítima de meningite quando tinha três anos de idade, ficando surdo-
mudo. Não teve acesso a uma escola da especialidade, sempre necessitou do auxílio de
uma terceira pessoa para sobreviver e satisfazer as mais elementares necessidades e só é
compreendido pelos familiares mais próximos.
Tópicos de resolução:
- Sujeitam-se a interdição todos aqueles que sofram de anomalia psíquica,
surdez-mudez ou cegueira susceptíveis de afectar gravemente a respectiva
capacidade de discernimento. Por outras palavras, não basta que as
referidas deficiências físicas ou psíquicas atinjam certa pessoa; é sobretudo
necessário que das mesmas resulte uma elevada incapacidade para gerir a
sua própria pessoa e património
- de harmonia, aliás, com o que se extrai do disposto nos artigos 26º, n.º 1 e
n.º 4, e 18º da Constituição, a interdição deve decretar-se apenas em
hipóteses extraordinárias, nas quais a pessoa visada se encontre numa
situação de inaptidão natural de tal forma incapacitante que o seu agir
jurídico se revele prática e inteiramente impossível
- ora, se A era pelo menos compreendido pelos seus familiares, não era
seguro que o seu discernimento estivesse inteiramente afectado e, portanto,
não é seguro que pudesse ser interditado
b) Suponha que, antes de chegar aos 18 anos, os pais intentaram acção para
obter a interdição de A. Tendo ele atingido a maioridade sem que aquela
tivesse transitado em julgado, o irmão conseguiu convencê-lo a doar-lhe um
conjunto de jóias que havia recebido por sucessão do avô.
i) A doação será válida?
ii) Quem poderá eventualmente invalidá-la?
Tópicos de resolução:
b) Quid Juris?
Tópicos de correcção:
- em princípio, a sua divulgação não pode fazer-se, por isso, sem consentimento
de alguma das pessoas enumeradas pelo artigo 71º
b) Suponha que B tinha 17 anos. Poderia, por si, dar o devido consentimento, se
ele fosse necessário, e poderia intervir em juízo?
Tópicos de correcção:
- o menor com 16 anos ou mais pode casar, embora dependa, até aos 18, de
consentimento para o efeito ou do seu suprimento (artigo 1604º)
- mesmo que este não tivesse sido concedido, o menor emancipa-se de qualquer
maneira embora com as restrições do artigo 1649º
Tópicos de correcção:
Tópicos de correcção:
18. A deu de arrendamento a B uma quinta composta por casa, jardim e terreno
agrícola.
Ficou convencionado que quando A eventualmente vendesse a quinta o
arrendamento caducava de imediato.
No terreno agrícola, B plantou 450 novas videiras e instalou um armazém pré-
fabricado para guardar a maquinaria agrícola.
Tópicos de correcção:
- se o armazém não pudesse ser ou, de todo o modo, não fosse retirado, passaria
a integrar a quinta e, portanto, quem a comprasse adquiriria o conjunto
(armazém incluído)
- caso contrário, seria uma simples coisa acessória e como tal, nos termos do
artigo 210º, nº 2, somente integraria a compra se assim fosse acordado
20. A sociedade “A, Ld.ª” foi constituída para a execução de obras públicas e
particulares, de qualquer natureza.
A sociedade “B, Ld.ª” foi constituída para o exercício de actividades de
engenharia, materiais, equipamentos e obras. É proprietária de um conjunto fabril
constituído por seis pavilhões, estando dois por concluir, com a área de 30.000 m².
C, credor da “A, Ld.ª”, instaurou contra esta execução para pagamento de
quantia certa tendo em vista haver a importância de € 810.446,953, acrescida de juros
de mora, à taxa de 16,5%. Para o efeito, apresentou um documento através do qual D,
na qualidade de presidente do Conselho de Administração da “B, Ld.ª”, declarava que
em nome dela constituía, a favor de C, hipoteca voluntária sobre o mencionado prédio
para segurança e garantia do bom pagamento daquela quantia devida pela “A, Ld.ª”.
a) A sociedade “B, Ld.ª” poderia ter dado o referido prédio em hipoteca?
Tópicos de correcção:
O problema é de capacidade de gozo da pessoa colectiva.
Literalmente, no artigo 160º consagrou-se o chamado princípio da
especialidade do fim, produto das concepções mais tradicionais atinentes à
capacidade de gozo das pessoas colectivas. De acordo com ele, as pessoas
colectivas, podendo ser titulares apenas dos direitos e deveres mais
estreitamente relacionados com o seu fim, estão legitimadas exclusivamente
para actuações intra vires. Fora deste âmbito, a pessoa colectiva é incapaz
de gozo e, portanto, como sempre sucede em semelhantes circunstâncias, e
dado que as normas que definem a capacidade de gozo das pessoas têm
natureza injuntiva, daí resulta que praticando uma pessoa colectiva um acto
fora dos seus fins este será nulo por força do que se dispõe no artigo 294º.
O n.º 1 do artigo 160º, ainda assim, para além de lhes reconhecer os direitos
e deveres “necessários” à prossecução dos seus fins, alargou o campo da
capacidade de gozo das pessoas colectivas àqueles outros que se mostrem
simplesmente “convenientes” para o mesmo efeito, o que só por si permite
aplanar muitos dos problemas suscitados pela ultra vires theory. Na
verdade, levando esta à letra, ela implica que o sujeito sobre quem recai o
risco de actuação ultra vires seja aquele que se relacionar com a pessoa
colectiva e não ela própria. O que dá origem a um resultado carente de
sentido na medida em que não existe ninguém melhor do que a própria
pessoa colectiva para aquilatar se, em concreto, está a agir ultra vires ou
intra vires (até por esta conclusão pressupor, muitas vezes, a realização de
qualificações que somente a posteriori são executáveis). Esta conclusão
permite, porém, e ao mesmo tempo, sustentar, a contrario, que sempre que
ao terceiro seja exigível o conhecimento relativo à conformidade de tal
actuação, sobre ele devem recair as consequências do obrar ultra vires.
Foram justamente constatações desta ordem que levaram à inclusão no n.º 4
do artigo 6º do Código das Sociedades Comerciais de uma regra segundo a
qual “as cláusulas contratuais e as deliberações sociais que fixem à
sociedade determinado objecto ou proíbam a prática de certos actos não
limitam a capacidade da sociedade, mas constituem os órgãos da sociedade
no dever de não excederem esse objecto ou de não praticarem esses actos”.
O que se afigura perfeitamente transponível, ao menos, para todas as
pessoas colectivas de Direito Privado, e acarreta conceber a disposição
contida no n.º 1 do presente artigo em moldes distintos dos (mais) usuais.
De facto, exceptuando os direitos e deveres identificados pelo seu n.º 2, deve
entender-se que as pessoas colectivas têm capacidade de gozo para tudo o
resto. O que significa que ela é genérica.
Assim, para quem entenda deste modo, o acto de constituição da hipoteca
por parte da “B, Ld.ª” seria perfeitamente válido. Para quem adopte o
princípio da especialidade, a conclusão seria a exactamente inversa.
b) Actuando na qualidade de presidente do Conselho de Administração da “B,
Ld.ª”, D é seu representante legal, voluntário ou orgânico?
Tópicos de correcção:
Distingue-se a representação propriamente dita (seja a voluntária, seja a
legal) daquela outra que aqui se prevê.
Na primeira, pressupõe-se a existência de duas pessoas: o substituto – isto
é, o representante – e o substituído – ou seja, o representado. O primeiro
actua juridicamente em nome do segundo e, por isso, nessa medida, “o
negócio jurídico realizado pelo representante em nome do representado, nos
limites dos poderes que lhe competem, produz os seus efeitos na esfera
jurídica deste último” (artigo 258º).
Na segunda – tradicionalmente designada como representação orgânica –
não se considera haver, juridicamente, duas pessoas, mas apenas uma: de
facto, o titular de algum órgão externo da pessoa colectiva, enquanto estiver
a actuar como tal, é a pessoa colectiva e não um mero substituto da mesma.
Como a pessoa colectiva não tem existência fáctica, os seus representantes
orgânicos, enquanto estiverem nessas vestes, são a própria pessoa colectiva
e não simples medianeiros (como sucede com o representante legal ou com
o procurador). É nesta qualidade que D interveio.
Do que antecede transcorre, por exemplo, que os actos praticados pelos
titulares dos órgãos representativos, nessa qualidade, são imputáveis à
própria pessoa colectiva a título de autora, independentemente da respectiva
licitude. Ao passo que os actos de representantes legais ou voluntários são
actos da sua autoria e não da dos correspondentes representados.
c) A hipoteca deveria constituir-se por escritura pública ou por documento
autenticado? Ou valeria qualquer outra espécie de documento?
Tópicos de correcção:
Há uma regra (não escrita) segundo a qual a celebração de negócios
jurídicos sobre imóveis supõe a realização de escritura pública ou
documento autenticado. Só assim não será quando a lei imponha qualquer
outra forma.
Ora, assim sendo, como o objecto da hipoteca era formado, neste caso
concreto, por um “conjunto fabril constituído por seis pavilhões… com a
área de 30.000 m²”, e não havendo regra especial, a sua válida constituição
suponha a celebração do correspondente contrato por escritura pública ou
por documento autenticado.
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Tópicos de correcção:
22. A, com 16 anos de idade, sem consentimento dos pais, casou com M.
Quid juris?
Tópicos de correcção:
- A não vendeu, apenas prometeu vender. Mas, por força do disposto no artigo
123º, como o menor sofre de uma incapacidade genérica de exercício, A não
teria aptidão nem para a venda, nem para a promessa de venda.
Tópicos de correcção:
“As pessoas colectivas gozam dos direitos e estão sujeitas aos deveres
compatíveis com a sua natureza” (artigo 12.º/n.º 2, Constituição). Significa isto,
entre outras coisas, que os direitos de personalidade, embora primacialmente
concebidos para o ser humano, são extensíveis às pessoas colectivas na medida
da analogia.
É perfeitamente pensável, por isso, como resulta do artigo 484.º CC, que uma
associação desportiva tenha o direito ao bom nome e reputação. E que, logo,
possa reagir contra a sua eventual violação.
(iii) Terceira: que não houvesse, da parte de quem faz a afirmação ou difusão, a
intenção de difamar, ultrajar, vexar ou humilhar (actual malice) a pessoa visada
– isto é, portanto, que inexistisse dolo.
De harmonia com a máxima “volenti non fit iniuria”, admite-se que o titular de
algum direito de personalidade possa dar consentimento a que uma conduta
alheia susceptível de o lesar, efectivamente sobrevenha, legitimando assim,
através da auto-limitação permitida, o comportamento de quem produzir uma
intromissão na sua esfera jurídica (81º).
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“O «roubo do século» e seus autores – Fundação XYZ recebe e utiliza terrenos avaliados em €
3.000.000 e, em contrapartida, não honra compromissos assumidos no acto de instituição;
Tópicos de correcção:
“As pessoas colectivas gozam dos direitos e estão sujeitas aos deveres
compatíveis com a sua natureza” (artigo 12.º/n.º2, Constituição). Significa isto,
entre outras coisas, que os direitos de personalidade, embora primacialmente
concebidos para o ser humano, são extensíveis às pessoas colectivas na medida
da analogia.
É perfeitamente pensável, por isso, como resulta do artigo 484.º CC, que uma
fundação tenha o direito ao bom nome e reputação. E que, logo, possa reagir
contra a sua eventual violação.
Assim, nos termos dos artigos 70.º e 496.º CC, a Fundação XYZ poderia
pretender a mencionada compensação.
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