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Cadernos Camilliani

V. 16 n.2, 2019

DEPRESSÃO:
ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS NA INFÂNCIA
DEPRESSION:
PHYSIOLOGICAL CHANGES IN CHILDHOOD

Bruno Miranda Ataíde1, Eduardo Minine Missi2, Mayara Silva Freitas3 Robertino Batista da Silva Junior4
Tatiana da Silva Lopes5

Resumo

A presente pesquisa teve por objeto a busca de informações capazes de orientar e permitir a
reunião de relevantes considerações que justificam ou esclarecem a depressão, como uma reação
do corpo humano, especialmente no caso das crianças, pois possuem maior sensibilidade
estrutural, recebendo influências de ordens exógenas como as questões sociais, e endógenas
como as orgânicas. Nessa linha, os estudos foram empreendidos por meio de análise das obras
consolidadas de outros estudiosos do tema, como livros e artigos publicados, de onde se extrai
os entendimentos díspares ou comuns que redundam sobre a ingerência de tudo que influencia
uma reação humana, diagnosticada como depressão infantil. Pautadas como objeto de maior
exploração científica estão as questões de ordem social, cuja influência origina-se extra-corpo,
mas desencadeia o movimento interno dos fatores que determinam a distribuição de substancias
capazes de deflagrar esse ou aquele resultado no corpo humano. A pesquisa pretende responder,
porque uma criança fica depressiva, como nasce a depressão infantil, quais as consequências
da depressão infantil, como reage o corpo de uma criança que sofre de depressão, quais aspectos
fisiológicos influenciam o aparecimento depressão infantil? Além dessas questões, a pesquisa
esclarece também, como a ciência já avançou até o presente momento para explicar a depressão
infantil, sua origem, consequências e propostas de tratamento, a partir da realidade fisiológica.
Em síntese, como proposta deste trabalho de pesquisa, a conclusão se faz por meio da conexão
dos fatores que desencadeiam na criança o comportamento depressivo, a fim de identificar de
que forma ocorre o processo que leva a tal resultado.
Palavras-Chave: Aspectos Fisiológicos; Depressão Infantil; Questões Sociais.

Abstract

The present research had as its object the search for information able to guide and allow the
collection of relevant considerations that justify or clarify depression, as a reaction of the human
body, especially in the case of children, since they have greater structural sensitivity, receiving
influences of exogenous orders such as social, and endogenous issues such as organic ones. In
this line, the studies were undertaken by means of analysis of the consolidated works of other
scholars of the subject, such as books and published articles, from which disparate or common
understandings are extracted that result in the interference of everything that influences a
human reaction, diagnosed as depression. Set as object of greater scientific exploration are social
issues, whose influence originates extra-body, but triggers the internal movement of the factors
that determine the distribution of substances capable of triggering this or that result in the
human body. The research aims to answer why a child becomes depressed, how is child

1 Graduanda do Curso de Psicologia do Centro Universitário São Camilo-ES – julinhamantuan@gmail.com;


2 Graduanda do Curso de Psicologia do Centro Universitário São Camilo-ES – layrpassos@gmail.com;
3 Graduanda do Curso de Psicologia do Centro Universitário São Camilo-ES– lumacassoli@gmail.com;
4 Graduanda do Curso de Psicologia do Centro Universitário São Camilo-ES – nadiaasardenberg@gmail.com;
5 Professora orientadora. Doutora em Ciênicas Biológicas. Centro Universitário São Camilo-ES-
tatianalopes@saocamilo-es.br.

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depression born, what are the consequences of childhood depression, how does the body of a
child suffering from depression react, which physiological aspects influence the onset of
childhood depression? In addition to these questions, the research also clarifies how science has
so far advanced to explain childhood depression, its origin, consequences and treatment
proposals, based on the physiological reality. In summary, as a proposal of this research, the
conclusion is made through the connection of the aspects that trigger depressive behavior in the
child, in order to identify in what form the process that leads to that result occurs.
Keywords: Physiological Aspects; Childhood Depression; Social Questions.

1. Introduçã o

Ao explicar o ser humano e sua evolução, a ciência desbrava um universo


de acontecimentos que compõe e forma o homem como ele é, com características
e contornos capazes de singularizar ou generalizar alguém.
Nesse particular o comportamento humano mostra-se como excelente
vitrine de como e quem é o homem, revelando a natureza que desenvolveu, os
aspectos físicos e suas potencialidades, sem prejuízo das consequências que
figuram como resultado desse todo denominado ser humano.

Na busca da compreensão da natureza humana, o caminho


mais sólido a ser percorrido parece estar, de alguma forma,
na interlocução dessas diferentes áreas de conhecimento; ou
seja, numa abordagem interdisciplinar, o que em certa
medida é possibilitado pela teoria darwinista, na qual o
debate acerca da evolução do comportamento humano é
também conduzido por antropólogos e psicólogos (PERIC. et
al, 2015, p.1716).

A investigação que propõe explicar o comportamento e reações humanas,


nem sempre tem como ponto de partida a evidência consequencial externada
nas condutas e experiências do ser humano, que por vezes representam uma
forma inversa de encontrar a logística adequada que explica o labirinto de
possibilidades, que deram origem a cada característica humana.
Isso ocorre porque o corpo humano também pode ser visto como um
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mecanismo de funcionamento sincronizado e reativo que processa


permanentemente sua composição e devolve um novo formato de si mesmo a
cada ciclo, ou seja, seu produto é sua própria formação, assim, quando uma
doença afeta o organismo prejudica a completude do homem, pois não existe
uma segregação entre o psíquico, o físico e o social (CAMON, 2003).

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A depressão é uma patologia que pode ser definida como uma perturbação
mental, na qual pode ser causada por razões biopsicossociais e espirituais,
desencadeando angústia, alterações no humor, causando perda de interesse,
vontade, prazer e energia para se viver, é o que afirma Teodoro (2009).
Segundo Ribeiro et al. (2007), a depressão pode ser definida como um
transtorno de humor, da qual agrega aspectos semelhantes a: aprendizagem,
funções orgânicas, econômicas, de cunho religioso, ambientais, tendo em vista
que se caracteriza em vários distúrbios emocionais.
Não obstante, para melhor resultado da pesquisa, revelou-se necessária a
delimitação do tema a ser enfrentado, onde apenas um extrato da realidade a
ser analisada já se mostra suficientemente rica de porquês a serem esclarecidos,
como no caso da depressão infantil, tema escolhido para orientar esse trabalho.
A depressão é um mal que pode se desencadear desde à infância até na
velhice, sendo uma das causas a disfunção dos neurotransmissores,
acarretando assim em uma falta de equilíbrio nas funções normais do cérebro,
segundo o que diz Nunes Filho (2005).
Nesta mesma linha, a depressão infantil poderá ser identificada como
resultado de um ou mais dos seguintes aspectos: condição nutricional da
criança, fatores hormonais e do excesso ou deficiência de determinado
neurotransmissor, ou ainda a herança genética e as de ordem ambiental, é o que
explica Teodoro (2009).
É nesse caminho que essa pesquisa pretende adentrar para obter
respostas para perguntas como: por que uma criança fica depressiva, como
nasce a depressão infantil, quais as consequências da depressão infantil, como
reage o corpo de uma criança que sofre de depressão, quais aspectos fisiológicos
influenciam ou desencadeiam a depressão infantil?
Além destas questões, a pesquisa esclarece como a ciência já avançou até
o presente momento para explicar a depressão infantil, sua origem,
consequências e propostas de tratamento, a partir da realidade fisiológica.
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Sob este prisma, a pesquisa elaborada com o objetivo de entender


determinado comportamento humano, precisa considerar quais denominadores
do funcionamento do corpo humano desencadeiam determinado resultado, como
no caso da depressão, que forma ou reforma o ser humano em sua totalidade e
compreende um corpo físico em perfeita sincronia com sua mente, com o

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ambiente e seus adereços. Como proposta deste trabalho de pesquisa, a


conclusão se fará conectando os fatores que desencadeiam na criança o
comportamento depressivo, a fim de identificar de que forma ocorre o processo
que leva a tal resultado, a saber, a depressão infantil.

2. Metodologiã

Como metodologia o trabalho em tela foi elaborado a partir da análise de


livros e artigos com publicações oficiais que abordam o tema Depressão Infantil
a partir da visão e reação fisiológica e social.
O trabalho deve encerrar um artigo científico que reúne os estudos
consolidados de outros autores e ou suas contraposições, cujas publicações
foram objeto de investigação nas pesquisas em tela.
A pesquisa deve responder as indagações sobre o porquê de uma criança
ficar depressiva, como nasce a depressão infantil e quais as suas consequências?
Como reage o corpo de uma criança que sofre de depressão? Quais os aspectos
fisiológicos que influenciam ou desencadeiam a depressão infantil?
No geral a própria temática adotada como título do artigo - “Depressão -
Alterações Fisiológicas na Infância” - pontua como critério o parâmetro da
pesquisa com limite e ênfase voltado a ocorrência da depressão em crianças,
além das origens e consequências fisiológicas que desencadeiam.
Em síntese a metodologia adotada foi uma revisão de literaturas.

3. Resultãdo e Discussã o

Gatilho
Conceitua-se a depressão como doença clínica e estabelece-se na
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percepção de alterações no humor, sendo a causa proveniente de interações


entre o meio e a bioquímica humana. É cabível enunciar que existem gatilhos
diversos que ativam esse comportamento neurofisiológico e psicossocial,
associando esse a uma reação negativa às relações interpessoais, no entanto,
desde a mais tenra idade é demonstrado sintomas, sinais bioquímicos de que a
doença já é presente no cotidiano do indivíduo.

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Vale ressaltar que essas nuances no comportamento podem ser sutis, e


passarem despercebidas, visto que desconhecem a gravidade da patologia em si,
e não consideram três fatores, quais sejam: o psicológico, o físico e o social, que
juntos são de suma importância para o diagnóstico da doença, e também o seu
prognóstico. “A sintomatologia da depressão infantil é constituída por um
conjunto de sintomas que vão sendo evidenciados ao longo da vida da criança,
nem sempre reconhecidos pelos pais, responsáveis ou demais pessoas do seu
convívio” (FRAGA, 2015, p.14)
Segundo Fraga (2015), a depressão é composta de variadas características,
que podem se apresentar em forma de sintomas mais leves, como reações
comuns de se entristecer por meio de situações estressantes, até sintomas mais
graves, que pode levar o indivíduo a um acompanhamento clínico, normalmente
enfatizado por uma vida de vasto sofrimento. Isso ocorre porque o corpo humano
também pode ser visto como um mecanismo de funcionamento sincronizado e
reativo que processa permanentemente sua composição e devolve um novo
formato de si mesmo a cada ciclo, ou seja, seu produto é sua própria formação,
assim, quando uma doença afeta o organismo, prejudica a completude do
homem, pois não existe uma segregação entre o psíquico, o físico e o social,
sendo estes fatores que poderão engatilhar o desenvolvimento desta patologia.
Nessa lógica, enfatiza-se o desenvolvimento de criação do senso moral da
criança, visto que está submetida à construção social externa a ela, ou seja, é a
capacidade que o meio tem de influenciar o caráter infanto-juvenil, na medida
em que é causa e efeito da vulnerabilidade inata deste indivíduo, assim então os
fatores da criação, ou seja, sociais, e assim como hereditários, serão
considerados gatilhos para o desenvolvimento da depressão, visto que esta pode
ser uma condição genética do indivíduo.

Acredita-se que a maior chance do surgimento da


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depressão em pessoas com histórico na família esteja


vinculada a fatores genéticos e ambientais. A hipótese
de um componente genético é confirmada por estudos
feitos com gêmeos e crianças adotadas (relatados no
capítulo sobre causas, no item “fatores genéticos”)
(TEODORO. 2009, p. 58).

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Observe o que afirma Teodoro (2009), ao dizer que a depressão infantil


poderá ser identificada como resultado da condição nutricional da criança, dos
fatores hormonais, do excesso ou deficiência de determinado neurotransmissor,
ou ainda a herança genética e as de ordem ambiental, com isto a condição
patológica acaba por apresentar sinais a partir de diversos fatores internos e
externos ao indivíduo.
Dessa forma, institui-se que a alta atividade metabólica do ser humano
quando jovem, influencia diretamente na ativação dos gatilhos que corroboram
para a expressão da patologia. Fatores esses que estão indiretamente vinculados
à maturação fisiológica da criança, que se de alguma maneira forem
negligenciados, ou possuírem algum gene que cause a inibição da homeostasia
do corpo, podem ser considerados como influência para o diagnóstico da
depressão.

Aspectos Sociais
Constata-se que a depressão pode ser uma disfunção, na qual indivíduos
que tenha histórico familiar da patologia, tem também maior probabilidade de
apresentar a doença, por carregar uma carga genética vinculada a seus
ascendentes, hipótese em que pode incorrer no efeito denominado peristase, o
qual define a capacidade que um gene tem de ser influenciado pelo meio e
também por gatilhos presentes na vivência do indivíduo.

A depressão enquanto manifestação de sintomas inter-


relacionados a fatores psíquicos, orgânicos, hereditários,
sociais, econômicos, religiosos, entre outros, vem se
apresentando na sociedade pós-moderna com um índice
bastante elevado, ocasionando um sofrimento que interfere
significativamente na diminuição da qualidade de vida, na
produtividade e incapacitação social do indivíduo, atingindo
desde crianças a pessoas idosas, rompendo fronteiras de
idade, classe socioeconômica, cultura, raça e espaço
geográfico (COUTINHO. Et al, 2003, p. 183).
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É possível perceber então que este quadro, afeta diretamente a qualidade


de vida do indivíduo com a patologia, deixando-o desconfortável onde a
colaboração que antes dava com sua existência, por um momento, em que
apresenta a enfermidade, opera como se estivesse em “um mundo a parte”, pois

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se apresenta incapacitado, de modo que se isenta em participar das atividades


que antes eram partes de sua rotina.

Quadro Clínico
A depressão, como um quadro clínico, agrega fatores biopsicossociais,
desencadeando a comorbidade, onde a relação entre as patologias permite a
investigação por meio de outros quadros clínicos, associando os transtornos,
para identificação e tratamento.

Grande parte dos transtornos neurológicos que


possuem algum acometimento do sistema nervoso
central frequentemente apresenta depressão, tanto
pelas alterações neurofisiológicas diretamente
implicadas na gênese biológica da depressão, como
pelas consequências adversas para as capacidades de
adaptação psicossocial que as doenças infligem nestes
indivíduos (TENG. et al, 2005, p.154).

Segundo Bahls as crianças e adolescentes que estão deprimidas, em tese,


apresentam elevadas taxas de comorbidade. Os Transtornos mais comuns entre
as crianças são os de ansiedade, em especial ansiedade por separação, e também
o de conduta, desafiador opositivo, de déficit de atenção, e em adolescentes se
estendem aos fatores relacionados a substâncias e alimentos.
Nesse contexto descrito o quadro da depressão se apresenta como um
quadro clínico que precisa de uma maior atenção, tendo em vista que segundo
previsão da Organização Mundial da Saúde, até 2020, esta será a doença mais
incapacitante para o trabalho do planeta, e em contexto geral perdendo apenas
para doenças cardiovasculares.
Foi observado por TENG (et al, 2005) que, em tese, o quadro clínico da
depressão apresenta alguns fatores e sintomas que colaboram para o
subdiagnóstico e subtratamento de crianças e adolescentes, quais sejam: ênfase
nos sintomas somáticos em detrimento das queixas cognitivas e afetivas,
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relutância em estigmatizar o paciente com um diagnóstico psiquiátrico, sintomas


de depressão muito leves ou pouco específicos; sintomas físicos comuns à
depressão e as condições clínicas, tais como: fadiga, diminuição de apetite,
dores, alterações do sono e perda de peso, presença de irritabilidade como traço
marcante de depressão, e não da tristeza, medo dos efeitos colaterais dos
antidepressivos e noção equivocada de que “depressões reativas” não são

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patológicas. Os sintomas de depressão são “reações normais” à condição médica,


falta de tempo para uma abordagem psiquiátrica, ou falta de treinamento para
tal e dificuldades pessoais do profissional de saúde em lidar com o adoecer
psiquiátrico.
Em síntese esta patologia se expressa por meio de vários fatores que
influenciam em seu diagnóstico, tendo em vista que não é um quadro que apenas
um determinado fator predominante é a causa. Neste contexto é preciso um
olhar biopsicossocial, frente à esta vulnerabilidade na saúde, que afeta o ser
humano como um todo, tanto físico, como social, psicológico e emocional,
causando várias debilitações no organismo humano.

Fatores Biológicos
Para que possamos conhecer as causas, origens, consequências e até
mesmo tratamento da depressão infantil no olhar fisiológico é preciso que
façamos uma análise sobre os principais fatores que podem acarretar uma
depressão como alterações no funcionamento padrão dos neurotransmissores.
“Houve um crescente fortalecimento da importância atribuída ao papel do
neurotransmissor cerebral na fisiopatologia dos estados de humor” (JUSTO E
CALIL,2006, p.75).
Os neurotransmissores são substâncias químicas transmitidas de um
neurônio para outro através da sinapse, são responsáveis pelo estímulo ou
inibição da ação neural. Assim se houver uma falha na transmissão desses
neurotransmissores consequentemente irá comprometer todo o fluxo de
estímulos importantes para que ocorra a atividade cerebral (TEODORO, 2010).
Na depressão é exatamente essa falha na transmissão sináptica que
encontramos. São consideradas algumas hipóteses para essa falha, sendo elas
a baixa quantidade de neurotransmissores na sinapse, que acontece por baixo
nível na produção dos mesmos, destruição por meio de enzimas ou até mesmo
receptação precoce antes deles estimularem o outro neurônio;
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Outra hipótese é a presença de agentes bloqueadores, substâncias


semelhantes aos neurotransmissores mas incapazes de se conectarem a outro
neurônio pois não encaixam nos sítios receptores;
Também é relevante a hipótese de neurônios inibidores, que interferem na
transmissão de neurotransmissores, reduzindo sua atividade.

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Com base nessas informações, percebe-se que a depressão é resultado de


alterações nos componentes envolvidos no processo de transmissão do estímulo
nervoso (TEODORO, 2010).
O segundo fator a ser abordado é o baixo nível de nutrientes, entre os
quais se destacam aminoácidos e vitaminas do complexo B que juntas de outras
substâncias ligadas a nutrição celular estão sendo relacionadas com o
tratamento ortomolecular.
Essa diminuição de nutrientes está ligada a síntese dos
neurotransmissores.
Entre os fatores apresentados o de maior relevância é o genético, assim,
filhos de pai ou mãe com depressão têm três vezes mais chances de apresentar
a doença do que pessoas sem histórico na família (TEODORO, 2010).
Levando em consideração esta informação, pode-se afirmar então que
crianças que conviveram ou até mesmo tiveram país que passaram por uma
depressão desenvolveram em seu gene uma alteração que o propicia obter uma
depressão (TEODORO, 2010).

Fatores Psicossociais
Segundo Coutinho (2005), “todos os fenômenos que emergem do contexto
social são investidos simbolicamente, ou seja, recebem nomes e significados que
os avaliam, explicam e lhes dão sentido”. Desta forma, Coutinho quer dizer que
tudo o que o homem vive, todas as suas experiências, são transformadas em
afetos, que podem ser bons ou ruins.
No contexto da depressão, esta associação ocorre de modo que o indivíduo
começa a ver suas atividades cotidianas, presentes ou passadas, como algo sem
sentido e negativando suas vivencias futuras.
Ao sofrer de depressão, o indivíduo se depara com sentimentos de
pessimismo, desânimo, tristeza profunda, comprometimento cognitivo, ou seja,
ele se encontra sozinho e desamparado (LIMA COUTINHO, 2003).
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A depressão enquanto manifestação de sintomas inter-


relacionados a fatores psíquicos, orgânicos,
hereditários, sociais, econômicos, religiosos, entre
outros, vem se apresentando na sociedade pós-
moderna com um índice bastante elevado,
ocasionando um sofrimento que interfere
significativamente na diminuição da qualidade de

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vida, na produtividade e incapacitação social do


indivíduo, atingindo desde crianças a pessoas idosas,
rompendo fronteiras de idade, classe socioeconômica,
cultura, raça e espaço geográfico (LIMA COUTINHO,
2003, p183).

A partir dessas informações podemos reconhecer a depressão não somente


como uma doença de sintomas e causas sociais ou relacionada a transtornos
psicológicos, mais também com possíveis origens em um desequilíbrio orgânico
presente no indivíduo. Este por sua vez podendo ser adquirido desde o
nascimento, ou ainda, podendo ser desenvolvido ao longo do tempo.
Durante a infância a depressão vem acompanhada de algumas
dificuldades como comportamento e problemas escolares e é fundamental que
os pais fiquem atentos a qualquer comportamento que seja indiferente e
imediatamente busque uma ajuda (MILLER,1998).

O Que Favorece a Depressão


A depressão infantil pode ser encaixada em todos os fatores citados, há
estudos que afirmam que a relação entre mãe e filho, por exemplo, se ruim,
possibilita o aparecimento de sintomas depressivos na criança, principalmente
se ocorre nos primeiros meses de vida, pois é o período em que o bebê é
completamente dependente e necessita dos cuidados e afetos maternos,
lembrando que esses afetos podem vir tanto da mãe quanto de outro responsável
direto.
Quando essa relação é defasada, observa-se na criança sintomas como
expressão de tristeza, falta de apetite e dificuldades de interação, mais
recorrentes em crianças abandonadas e órfãs.
O processo de construção da autoestima da criança pode ser impactado,
quando o adulto que é seu espelho e referencial, trata de maneira negativa,
demonstrando sentimentos de desprezo e desinteresse. Isso faz com que ela se
sinta desestimulada, incapaz, indesejada (TEODORO, 2010).
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Crianças que vivenciaram maus tratos, abusos, abandonos, que possuem


algum transtorno comportamental ou de aprendizagem, e/ou possuem doenças
crônicas são mais vulneráveis à depressão. Entre os possíveis casos, o abuso
sexual aparece como o principal fator para o surgimento da depressão, seja

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durante a infância ou na vida adulta, sendo mais frequente com mulheres


(JUSTO et al, 2006).
É de fundamental importância considerar que, crianças com quadros de
doenças tendem a apresentar características depressivas, dando um maior
enfoque para aquelas que se encontram em leitos de hospitais sendo submetidas
a tratamentos longos e desgastantes. O tempo em que ela passa em ambiente
hospitalar pode interferir negativamente no quadro depressivo (BAHLS et al,
2006).

Sintomas e Diagnósticos
Os sintomas depressivos podem variar de acordo com a faixa etária da
criança e sendo importante a análise de sua linguagem não verbal, pois ela ainda
não consegue expressar de maneira clara o que sente, os principais aspectos a
serem observados são: mudança súbita de comportamento, postura corporal,
expressões faciais, produções gráficas entre outros fatores.
Aspectos cognitivos e relacionados a emoção podem ser fundamentais para
o reconhecimento dos sintomas. A criança começa a querer se isolar, apresenta
dificuldade comunicativa, retraimento e se sente muito desconfortável com
mudanças (BASTOS et al, 2019).
As crianças passam a se alto criticar de forma exagerada, apresentando
sentimento de culpa, vergonha, se considerando pessoas ruins que não merecem
ser felizes.
Neste contexto, ela se mostra agitada e com comportamento inadequado,
seu humor na maior parte do tempo é deprimido se tornando desinteressada.
Surgem também problemas fisiológicos como dificuldades de dormir, diarreia,
dores no abdome, falta de apetite, agressividade, choro “sem razão” e em alguns
casos ideias e comportamentos suicidas (CALDERARO et al, 2005).
Ao contrário do que ocorre com os adultos a depressão infantil é bem mais
difícil de se identificar e ser diagnosticada, pois a criança trata seus sintomas
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como se fosse algo normal para ela, assim diz Miranda (2013).
Há autores que fazem assimilação entre os sintomas presentes nos adultos
e nas crianças, dizendo assim que ambas devem receber o diagnóstico seguindo
os mesmos critérios.

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No processo de diagnóstico da psicopatologia, é necessário que se


considere os aspectos presentes no desenvolvimento infantil. Entre os manuais
mais mencionados para o diagnóstico estão, o Manual Diagnóstico e Estatístico
de Transtornos Mentais (DSM-IV) e a Classificação de Transtornos Mentais e de
Comportamento (CID-10).
Estes materiais foram feitos com o objetivo de diminuir a variação com
relação aos sintomas apresentados pelo indivíduo, sendo os mais aceitos nos
dias atuais (PEREIRA et al, 2004).
Segundo o DSM-IV, a depressão incide no adulto e na criança de forma
semelhante, podendo ser diagnosticada seguindo os mesmos critérios. O Manual
também apresenta alguns possíveis sintomas a se considerar, sendo eles: falta
de interesse nas atividades, humor deprimido na maior parte do tempo,
dificuldade de concentração, dificuldades motoras, falta de apetite e muitos
outros sintomas.
Sendo mais específico, na criança ao invés de sentir tristeza ela pode ficar
um tanto irritada, por conta da dificuldade de concentração, consequentemente
seu rendimento escolar será prejudicado, ou seja, há apenas uma adaptação dos
modelos de análise nos adultos para com as crianças, estes modelos são:
Biológico, comportamental, cognitivo e psicanalítico (MIRANDA et al, 2013).
Na CID-10, sobre a seção transtornos do humor (afetivos), são listados os
seguintes tipos de depressão: transtorno afetivo bipolar; transtorno depressivo
recorrente; e transtornos persistentes do humor (afetivos).
Esta seção não apresenta diferenciações entre crianças, adolescentes e
adultos. Nela também esta inserido o episódio maníaco e o episódio depressivo,
que são categorias que descrevem sintomas característicos (MIRANDA et al,
2013).
A depressão não é nem de longe um problema isolado. Quando se fala em
depressão, sabe-se que ela surge, na maioria dos casos, por conta de problemas
sociais que a pessoa está passando. Porém, o aparecimento dessa doença pode
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ter influenciadores do tipo biológico também, que apesar de, algumas vezes, não
serem determinantes para o surgimento desse transtorno, compõem uma
predisposição à tal patologia.
Em relação ao estudo desses determinantes biológicos, surge o fator
genético. Para melhor confiabilidade de resultados e verificação da veracidade

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quanto a esse fator ser de fato um influenciador, os pesquisadores utilizam e


analisam apenas casos de depressão grave.
Investigando estudos feitos com gêmeos dizigóticos e monozigóticos em
que um dos dois já teria depressão, Lafer e Vallada Filho (1999) concluem que a
taxa de concordância para gêmeos monozigóticos é de duas a três vezes maior
do que a para gêmeos dizigóticos. Os dados ficam por volta de 51 à 79 por cento
para monozigóticos e 19 à 34 por cento para dizigóticos. Ou seja, a genética se
mostra, dessa forma, um relevante fator determinante.
Para separar totalmente a influência do meio no aparecimento da doença,
Lafer e Vallada Filho (1999) também analisaram estudos com adotados e
acabaram por concluir que a quantidade de ocorrências de depressão em pais e
filhos biológicos é consideravelmente maior que a quantidade em pais e filhos
adotados. Provando mais uma vez a presença do componente genético como
influenciador para o surgimento da depressão.
O reconhecimento e identificação oficial da ocorrência de depressão em
jovens adolescentes e em crianças é particularmente recente, datando de 1975.
Desde então, a atenção na depressão na infância tem sido fortalecida e a
quantidade de estudos só aumentam.
Segundo Sadler (1991) e Baron & Campbell (1993), em relação a
identificação do problema, a visão deve ser voltada aos sintomas, que se
apresentam de forma um tanto diferente em consideração do sexo do indivíduo.
As meninas apresentam sintomas como tristeza, tédio, vazio, ansiedade,
preocupação com a popularidade e baixa autoestima. Já os meninos apresentam
desprezo, desafio e desdém, e problemas de conduta, como uso de drogas, furto
ou simplesmente ausência na escola (Apud Barros, 2006).
A depressão infantil (assim como a depressão no adulto) pode advir de
vários motivos como: sentimento de perda de um ente querido, trauma,
pertencimento do indivíduo a uma minoria social, sentimento de isolamento,
bullying e maus tratos domésticos, físicos ou mentais.
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Muitas crianças que detém essa patologia, não tem conhecimento inicial
sobre a gravidade do que estão enfrentando, nem de que é uma doença
psicológica. Por tal razão, é de responsabilidade parental a percepção da
depressão infantil através de mudanças do comportamento anterior do filho.

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O PAPEL DA FAMILIA NA FORMAÇÃO E QUALIFICAÇÃO DO ALUNO NA APRENDIZAGEM
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SIGNIFICATIVA

Como apontado por Barros (2006), a solução está em compreender o


sofrimento provocado pelas razões que levou ao desenvolvimento da doença e
reparar o problema com ação de afetos por parte da família e amigos que priorize
a saúde psicológica do indivíduo.
A depressão é considerada como um transtorno de humor. Isso porque é
uma doença que provém de alterações do que seriam os afetos saudáveis. Afeto
é uma exteriorização emocional para um ou mais sentimentos através de gestos
e expressões faciais. Por conta de fatores psicossociais e biológicos, algumas
pessoas ganham uma predisposição maior ao desenvolvimento da depressão. Por
isso, quando há alguma alteração de humor mais forte, esse tipo de pessoa
possui um risco superior de desencadear a doença.

4. Conclusã o

Ao discorrer sobre o tema depressão infantil, os autores pesquisados não


apresentaram divergências em suas considerações, todavia a completude da
matéria se dá por meio da contribuição singular que cada obra reservou em sua
abordagem.
Os textos revelam que apesar da origem comum da patologia depressão,
existem diferentes potencialidades na capacidade de impacto e nos resultados
consequentes, o que coloca a vulnerabilidade natural da criança e do adolescente
como fator que favorece o maior prejuízo nessa faixa etária humana, no que
tange ao adoecimento e seus efeitos.
Das análises pontuais sobre gatilho, aspectos sociais, quadro clínico,
fatores biológicos, fatores psicossociais, o que favorece a depressão, sintomas e
diagnósticos, o consenso fez notar que a depressão tem seu nascedouro no
contexto da própria vida em si, onde as experiências vividas se somam às
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características físicas e a condição mental que forma o individuo.


Nesse sentido restou demonstrado o entendimento de que a influência da
vida social tem um peso bastante relevante na incidência da patologia
depressiva, podendo inclusive constituir um fator principal que desequilibra a
saúde e provoca os demais.

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Bruno Miranda Ataíde, Eduardo Minine Missi, Mayara Silva Freitas, Robertino Batista da 1290
Silva Junior, Tatiana da Silva Lopes

Em que pese os sintomas e diagnósticos da depressão, os estudos deram


conta de que a percepção é possível independente da sensibilidade do
observador, pois o quadro clínico que reúne diferentes patologias, por si só, já
reserva como efeito colateral uma relevante dose de depressão, o que também
seria dedutível.
A criança por sua vez, apesar de ser alvo fácil da doença, pode confundir
o diagnóstico por manifestar sua tristeza e sentimentos com explosões e revoltas
ao mesmo tempo em que mergulha em profundo silêncio e reserva, que nem
sempre é incomum em sua rotina.
Também é pacífico que, enquanto afetação corpórea a depressão pode
registrar no organismo humano memória de sua incidência e até influenciar a
formação da personalidade, o que permite a transmissão cultural e genética
como característica e identidade de um determinado grupo de ligação biológica.
É importante registrar que o aspecto psicológico é fator em constante
construção, ao mesmo tempo que infere alterações significativas, por isso evolui
independente de estar com a diretiva ideal a saúde humana, pelo que, é relevante
considerar que a criança comedida da depressão poderá desenvolver-se com esta
inclinação como se fosse natural e acabar por conviver com a patologia.
Em síntese, os efeitos a ocorrência da depressão infantil, tal como seus
efeitos, é fator de mão dupla que tanto provoca outros males quanto advém deles,
merecendo atenção especial, onde os autores defendem que os melhores
resultados encontram lugar no seio da família, por meio da afetividade e
enfrentamento do desafio da depressão, sendo a cura, uma forma de superação.

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