1) O documento discute dois acordos entre Portugal e Omã sobre descontos em petróleo e benefícios fiscais, e um acordo de venda de gás natural entre três países europeus e Omã.
2) Para a conclusão válida de tratados internacionais, é necessária negociação, aprovação e autenticação pelos Estados, o que não ocorreu totalmente nos acordos discutidos.
3) Há também problemas com a ratificação dos acordos pelo sistema constitucional português, tornando-os inválidos e imped
1) O documento discute dois acordos entre Portugal e Omã sobre descontos em petróleo e benefícios fiscais, e um acordo de venda de gás natural entre três países europeus e Omã.
2) Para a conclusão válida de tratados internacionais, é necessária negociação, aprovação e autenticação pelos Estados, o que não ocorreu totalmente nos acordos discutidos.
3) Há também problemas com a ratificação dos acordos pelo sistema constitucional português, tornando-os inválidos e imped
1) O documento discute dois acordos entre Portugal e Omã sobre descontos em petróleo e benefícios fiscais, e um acordo de venda de gás natural entre três países europeus e Omã.
2) Para a conclusão válida de tratados internacionais, é necessária negociação, aprovação e autenticação pelos Estados, o que não ocorreu totalmente nos acordos discutidos.
3) Há também problemas com a ratificação dos acordos pelo sistema constitucional português, tornando-os inválidos e imped
Um tratadolé um acordo de vontades concordantes, uma manifestação
de vontades, entre dois ou mais sujeitos de direito internacional. No caso existem 2 acordos: o acordo que estabelecesse descontos no petróleo extraído no Omã, a benefício de Portugal, e benefícios fiscais para o Sultão e seus familiares em Portugal, a benéfico de Omã e o acordo feito entre Sultão (vendedor) e três países europeus (compradores): França; Portugal e Espanha, desta sobre gás natural.
Em relação ao jus internacional:
Para a conclusão de uma convenção internacional é necessario: negociação; Aprovação e Autenticação Primeiramente, na negociação, os representantes do estado designados pelo direito interno para tal tarefa, modulam reciprocamente as suas vontades, discutindo, redigindo e adotando assim, o texto da futura convenção., Portugal redige a proposta e Sultão, representante de Omã, aceita. Se a negociação ocorre entre Estados, neste caso, Portugal e Omã, ela fica em geral, a cargo dos plenipotenciários(7º CVDT), que são delegados ou representantes governamentais munidos de plenos poderes para operar técnica e diplomaticamente a negociação. Em Portugal, cabe ao Governo a negociação das convenções internacionais, art. 197/2º CRP. De seguida, temos a aprovação onde a Convenção tem de ser aprovada, sendo o ato de aprovação conferente de eficácia à mesma, ou seja, da efetiva produção de efeitos jurídicos a que tende. Posteriormente, a Autenticação é o momento de vinculação ao estado, a cristalização de o ato, através da assinatura (expressão definitiva do consentimento do Estado pelo acordo). A assinatura é realizada pelos plenipotenciários. Nos dois casos, será necessária uma assinatura posterior por parte do detentor de plenos poderes para tal. Desta forma e em suma, nesta primeira parte do caso parte, concluímos que Portugal tem capacidade para celebrar convenções internacionais, art. 6º CV. Assim e de acordo com o art. 8º da CV, uma pessoa que conclua um tratado que nos termos do art. 7 da CV, não seja autorizada a representar um Estado, o ato da conclusão não produz efeitos jurídicos, salvo quando seja confirmado posteriormente por esse estado. Uma vez que no enunciado apresentado refere que há a intenção da convenção não chegar ao conhecimento do governo; o acordo poderá ficar concluído entre ambos, mas não será eficaz nem válido, uma vez que temos um vicio de formalidade.
Já em relação ao jus constitucional:
Em relação à vinculação interna do Estado português (Tricky making power), que há vários processos para ficar se realmente vinculado: 1ª- Aprovação; 2ª-Ratificação ou assinatura por parte do PR; 3ª Referenda; 4ª- Publicação Em relação à aprovação, tratando-se de uma convenção internacional a sua aprovação compete à AR (artigo 161º, nº 1, al. i), da CRP) por resolução (artigo 166º, nº 5, da CRP) e deveria ter revestido a forma solene de tratado, visto que se tratava de matérias reservadas à AR. Sendo um tratado, seria necessário também o presidente da república ratificar e após isso poderíamos por em causa se o caso desse mais informações a possibilidade de pedir fiscalização preventiva 278º CRP por parte do presidente da republica.
Quanto ao outro acordo:. Apesar de o Presidente da República ter assinado o tratado, a ratificação é obrigatória no estado português, o artigo 12º da CVDT não se aplica em Portugal, portanto, há um vício, uma vez que o presidente assinou e não retificou a resolução de aprovação (135 B CRP). Contudo, há também falhas no processo dado que não foi referendado pelo primeiro-ministro, um dos atos que define a existência ou não do ato (140 n1 e n2) CRP), há assim uma ratificação imperfeita. Temos de ter também em atenção que Portugal deixou escrito no acordo que podia desvincular-se se arranjasse gás mais barato, e portanto, estamos perante uma reserva, pode ocorrer que um Estado esteja globalmente de acordo com o objeto e o conteúdo essencial de uma convenção internacional do qual está prestes a se tornar parte, discordando, entretanto, de certa ou certas disposições desse tratado. Nesses casos, o Estado tem a possibilidade de fazer parte do tratado declarando, todavia, que exclui as cláusulas que não lhe convêm ou que pretende modificar tais cláusulas, atribuindo-lhes um significado diverso, aceitável a si próprio ou por outro lado, acrescentando cláusulas. As reservas são caracterizadas pelo principio da liberdsde. O artigo 19o da CVDT prevê que a formulação de reservas por um Estado é livre, a menos que elas sejam proibidas pelo tratado ou que o tratado apenas autorize determinadas reservas, entre as quais não estão aquelas formuladas. Em caso de silêncio do tratado, uma reserva será permitida contanto que não seja incompatível com o objeto e o fim do tratado. Nos termos do artigo 20o/4 da CVDT, a objeção a uma reserva não ocasiona a não entrada em vigor do tratado entre o Estado objetor e o Estado formulador da reserva. Através da formulação de uma reserva, são modificadas somente as relações entre o Estado formulador e o(s) Estado(s) que a aceitou/aceitaram: para o Estado que apresenta uma objeção à reserva, esta não produz efeitos. Em relação à “Grande Arábia” temos de ter em causa um aspeto importante no DIP, o reconhecimento de Estados. – É um ato jurídico- internacional pelo qual um sujeito afirma que determinada situação é conforme com o Direito ou pelo qual afirma que se verificam os pressupostos exigidos por uma norma internacional para a produção de certos efeitos. Quanto à sucessão no que diz respeito a tratados, podemos afirmar que o Rei da Grande Arábia tem o direito de quebrar negociatas com Portugal. (art 29;39 CVDT) Dado que a convenção realizada entre os estados deu origem a uma ratificação imperfeita, este será um vício relevante e ocasionará a invalidade (nulidade relativa) da convenção. E, portanto, Portugal não poderá alegar a violação dos acordos no TIJ.