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תבנית כל־בהמה אשר בארץ תבנית כל־צפור כנף אשר תעוף בשמים
Contextualizando as Definições 1 e 2:
Shemot 25: 9:
)אֹותָך אֵ ת ַּת ְבנִ ית הַ ִּמ ְׁשּכָן וְאֵ ת ַּת ְבנִ ית ּכָל־ּכֵלָ יו ְוכֵן ַּתעֲׂשּו׃ (ס
ְ ּכְ כֹל אֲ ֶׁשר אֲ נִ י ַמ ְראֶ ה
Contextualizando as Definições 3:
Ieheskél 8: 3:
ֹאׁשי ו ִַּת ָּׂשא אֹ ִתי רּוחַ ּבֵ ין־הָ אָ ֶרץ ּובֵ ין הַ ָּׁש ַמיִם ו ַָּתבֵ א
ִ וַּיִ ְׁשלַ ח ַּת ְבנִ ית יָד וַּיִ ָּקחֵ נִ י ְּבצִ יצִ ת ר
ר־ׁשםָ ימית הַ ּפֹונֶה צָ פֹונָה אֲ ֶׁש ִ ִֹלהים אֶ ל־ּפֶ ַתח ַׁשעַ ר הַ ְּפנ
ִ ְֱרּוׁשלַ ְָמה ְּב ַמ ְראֹות א ָ אֹ ִתי י
מֹוׁשב סֵ ֶמל הַ ִּקנְ אָ ה הַ ַּמ ְקנֶה׃ ַ
Contextualizando as Definições. 1
Devarim 4: versos 15 e 16:
ָל־ּתמּונָה ְּביֹום ִּדּבֶ ר יְהוָה אֲ לֵ יכֶם ְּבחֹ ֵרב
ְ יתם ּכ
ֶ ֹתיכֶם ּכִ י ל ֹא ְר ִא
ֵ וְנִ ְׁש ַמ ְר ֶּתם ְמאֹ ד ְלנ ְַפׁש
ִמּתֹוְך הָ אֵ ׁש׃
יתם לָ כֶם ּפֶ סֶ ל ְּתמּונַת ּכָל־סָ ֶמל ַּת ְבנִ ית ָזכָר אֹו נְ ֵקבָ ה׃
ֶ ן־ּת ְׁש ִחתּון ַוע ֲִׂש
ַ ֶּפ
Contextualizando as Definições. 2
Ióv 4: versos 13 ao 16
ִּב ְׂש ִע ִּפים ֵמחֶ זְ יֹ נֹות לָ יְלָ ה ִּבנְ פֹ ל ַּת ְר ֵּד ָמה עַ ל־אֲ נ ִָׁשים׃
מֹותי ִה ְפ ִחיד׃
ַ ְּפַ חַ ד ְק ָראַ נִ י ְּורעָ ָדה ְורֹב עַ צ
וְרּוחַ עַ ל־ּפָ נַי יַחֲ ֹלף ְּתסַ ֵּמר ַׂשע ֲַרת ְּב ָׂש ִרי׃
ַי ֲעמֹד וְל ֹא־אַ ּכִ יר ַמ ְראֵ הּו ְּתמּונָה ְל ֶנגֶד עֵ ינָי ְּד ָמ ָמה וָקֹול אֶ ְׁש ָמע׃
Contextualizando as Definições. 3
Bamidbar 12: 8
אתם ְל ַדּבֵ ר
ֶ ּומּדּועַ ל ֹא י ְֵר
ַ ּותמֻ נַת יְהוָה י ִַּביט
ְ ּומ ְראֶ ה וְל ֹא ְב ִחידֹת
ַ ּפֶ ה אֶ ל־ּפֶ ה אֲ ַדּבֶ ר־ּבֹו
ֹׁשה׃ֶ ְּבעַ ְב ִּדי ְבמ
Com ele, falo face a face, e de forma clara, não por meio de
enigmas; ele vê a Temuná imagem de HaShem! Por que vocês não
têm medo de falar [mal de] meu servo Moshê?
יתם לָ כֶם ּפֶ סֶ ל ְּתמּונַת ּכָל־סָ ֶמל ַּת ְבנִ ית ָזכָר אֹו נְ ֵקבָ ה׃
ֶ ן־ּת ְׁש ִחתּון ַוע ֲִׂש
ַ ֶּפ
ָל־ּבהֵ ָמה אֲ ֶׁשר ּבָ אָ ֶרץ ַּת ְבנִ ית ּכָל־צִ ּפֹור ָּכנָף אֲ ֶׁשר ָּתעּוף ּבַ ָּׁש ָמיִם׃
ְ ַּת ְבנִ ית ּכ
Onkelos trata tais termos como sinônimos, nestes casos. Ele traduz, em ambas
as instâncias, como demut, isto é, forma. A versão popularizada King James
Version usa os termos de modo diferente mas, essencialmente, mantém a
consideração como sinônimo; escolhendo termos tais como “similitude” e
“likeness”, talvez seguindo a indicação de Onkelos.
Rashi também considera deste modo. E é desta tradição, que o Rambam
discorda, ao dizer que “alguns pensam” que tais termos são sinônimos.
O Rambam então, procura sentidos distintos para termos bíblicos distintos. Ele
faz isso aqui, a começar por dividir Devarim 4: 15-17; o qual usa o termo mais
corpóreo tavnit (formato), desde que, o verso usa apenas tavnit e não temuná
(forma). O verso claramente refere-se a uma forma em particular, de um
animal; e não a sua “forma” seja no sentido Platônico ou Aristotélico. Estaria
nos dizendo então, para não esculpirmos uma imagem de pássaro, ou qualquer
outro animal, para fins religiosos. Ele então, nos dá 4: 15-16, que por fim,
menciona temuná, deixando fora a parte do verso 16 que menciona tavnit
(formato) masculino ou feminino. O Rambam deste modo, reestrutura a
passagem, para demonstrar uma progressão, em ascensão, do conceito físico
de tavnit para o entendimento conceitual temuná.
Ele então deseja que nós façamos a distinção, e sejamos assim capazes de
compreender por nós mesmos a Divindade, de modo distinto do que é
entendido pelos idólatras.
Assim, de modo Exotérico, interpretamos temuná, tal qual mencionada por
duas vezes em Devarim 4: 15-16, sob a primeira definição do termo, i.e. os
contornos de uma determinada coisa, tal qual percebida pelos nossos sentidos.
Tal definição distingue-se de temuná e tavnit, apenas no sentido de que, a
anterior descreve uma forma tal qual tida, pelos sentidos; já a posterior
descreve a forma de fato, de um objeto apresentado aos nossos sentidos.
Esta é uma distinção bem próxima, portanto, em certos casos, podem ser
considerados sinônimos.
O ponto então, consiste do comentário do Rambam sobre o termo temuná ser
usado de modo (m’supak) ambíguo (anfibológico), em três sentidos distintos;
tal qual traduzido e elucidado por Pines.
Deste modo, é possível que a distinção ali tenha sido nos fazer compreender,
se o segundo ou terceiro sentidos, podem também ser usados. Doutro modo, a
distinção que ele procura nos apontar não seria relevante. E este é um padrão
– בית מדרש חופשיBeit Midrash Livre – Sefer Moré Nevuhim Tomo I Cap 3
relação com seres humanos. Eles acreditavam que estas forças divinas eram,
como se fosse, servos da divindade propriamente dita (como estrelas, por
exemplo); as quais, devido a posição representativa, deveriam ser então
honradas, em homenagem a divindade propriamente dita. As esculturas
permitiriam assim, que eles focassem seu culto, nestas forças criadas. Esta
noção, está incluída no segundo sentido dado ao termo temuná, bem como o
sentido filosófico, de forma.
O Rambam está instruindo então, que no Sinai a população não visualizou
nenhum tipo, tal qual o idólatra, de “similitude” de um ser criado, ou força
criada; para qual o culto devesse ser direcionado. O texto, ao aludir a isso no
entendimento Maimonidiano, passa para a forma esculpida das criaturas,
masculino e feminino, aves e animais. Neste ponto, o texto dirige-se aos
requerimentos físicos propriamente ditos do escultor, que cria a representação
(tavnit) de uma criatura, de um modo que fosse reconhecível por aquele que,
presta culto; para que houvesse uma relação entre ambos.
As formas da nossa imaginação não incluem apenas, aquilo com o que o
idólatra faz seu culto mas, também, as formas de todos aqueles que aplicam a
Divindade, conceitos próprios, noções próprias. Aqueles que cultual o Deus
imaginado por si mesmos. Aqueles para os quais, Deus é uma ideia que
possuem e portanto, devem defender. Ao defenderem esse “Deus”, estão
assim, apenas defendendo a própria imaginação. Logo, apenas prestam culto a
si mesmos.
Esta distinção é de importância maior, neste primeiro tomo, do Guia dos
Perplexos.
O Rambam inicia pela rejeição de todas as imaginações físicas, como
representações literais da Divindade. Então, ele prossegue rejeitando todas as
imagens conceituais atribuídas a Divindade, incluindo as mediações abstratas,
tais quais os “atributos essenciais” geralmente aplicados a ideia de Deus:
poder, vontade, criatividade, e assim por diante.
A interpretação do Rambam para Devarim 4: 15-17 é tal que, tais modo de se
considerar o conceito de Divindade, por meio da mediação de formas da
imaginação, são exatamente a idolatria condenada pela Torá.
E havendo apresentado a ambiguidade do termo temuná, resta apenas uma
definição a aludir para a visão única de Moshe; descrita como da compreensão
da verdadeira essência do HaShem, uma compreensão apenas alcançada na
plena unicidade do intelecto ativo.