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MEMBRANA CELULAR
A membrana celular reveste as células e define os seus limites, sendo também
conhecida por membrana citoplasmática ou plasmalema. É uma estrutura trilaminar
cuja espessura é da ordem de 75Å e, por isso, só pode ser observada com o auxílio da
microscopia eletrônica. Ela é tipicamente lipoprotéica, ou seja, é formada
principalmente por lipídeos e proteínas, mas também apresenta hidratos de carbono.
Os lipídios mais comuns na membrana são os fosfolipídios, esfingolipídios e esteroides.
Por outro lado, ela apresenta uma variedade muito grande de diferentes tipos de
proteínas. Moléculas de açúcares associam-se a proteínas e lipídios, formando,
respectivamente, glicoproteínas e glicolipídios, constituintes do glicocálix, relacionado
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com o reconhecimento intercelular. Uma vez identificados os fosfolipídios e as
proteínas como os principais componentes moleculares da membrana, os cientistas
passaram a investigar como estas substâncias estavam organizadas.
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• Proteínas de transporte: constituem as proteínas que formam os canais iônicos
(utilizadas para a difusão dos íons), as proteínas carreadoras utilizadas tanto
para a difusão facilitada (exemplos: proteína carreadora de glicose) como para o
transporte ativo.
• Proteínas de ação enzimática: uma ou mais proteínas podem atuar isoladamente
como enzima na membrana ou em conjunto, como se fossem parte de uma
“linha de montagem” de uma determinada via metabólica intracelular.
• Proteínas de ancoragem: função de ancoragem para o citoesqueleto.
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extracelular. Por exemplo, os lipídeos da membrana servem de barreira para as
substâncias hidrossolúveis, enquanto substâncias lipossolúveis, tais como os gases
respiratórios (O2, CO2), o álcool, cetonas e os anestésicos, difundem-se muito
facilmente através da membrana através da bicamada de fosfolipídios da membrana.
Por outro lado, as proteínas, por sua vez, que se encontram suspensas, individual ou
coletivamente, dentro da estrutura lipídica, formam canais que permitem o transporte
de determinadas substâncias, de forma seletiva, através da membrana, tais como as
substâncias hidrossolúveis, (glicose, aminoácidos, eletrólitos), as quais difundem-se
através da membrana utilizando proteínas transportadoras. No caso específico dos
eletrólitos, eles utilizam proteínas integrais denominadas de “canais iônicos”. Portanto,
o canal iônico é um “caminho” hidrofílico para os íons possam atravessar a membrana
celular.
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3- SENSÍVEIS A ESTÍMULOS FÍSICOS (MECÂNICO - TÉRMICO).
São canais regulados por estímulos físicos, sejam mecânicos ou térmicos. Os
canais iônicos regulados por estímulo mecânico podem ser ativados por deformação
mecânica da membrana celular, tais como, estiramento, distensão, vibração, retração e
pressão. Os canais iônicos regulados por estímulos térmicos são denominados de canais
TRPV (transient receptor potential vaniloid), podendo esses serem ativados por
aquecimento ou resfriamento do tecido.
4- CANAIS DE VAZAMENTO
São canais que estão sempre abertos, ocasionando difusão contínua do íon
através dele.
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ORIENTAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA PRÁTICA PELOS ESTUDANTES:
METODOLOGIA
A rá constitui um dos animais de escolha para esta aula prática por ser
inofensiva, de fácil aquisição, porte pequeno e fácil manipulação, mas sobretudo por
ser um animal pecilotermo, conhecidos como animais de "sangue frio", ou seja,
adaptam sua temperatura de acordo com a temperatura do meio ambiente, além de
que conservam a excitabilidade de seus tecidos por mais tempo que os animais de
sangue quente. Embora sejam homeotérmicos, ou seja, mantêm a temperatura
corporal constante frente as mudanças na temperatura ambiental, os ratos da linhagem
Wistar também foram utilizados para os procedimentos desta aula, uma vez que são
animais de pequeno porte, de fácil aquisição, reprodução e manipulação.
1- Após constatação do quadro de choque medular, situação em que o animal não sente
os estímulos aplicados abaixo do nível de secção da medula espinhal, e também, não
movimenta, foi realizada uma laparotomia e toracotomia para visualização de seus
órgãos internos, inclusive observação e análise da atividade cardíaca;
2- Após isto, o coração da rã foi removido e colocado sobre a mesa cirúrgica. Observe e
analise o que aconteceu com o batimento cardíaco da rá após alguns minutos após ser
colocado sobre a mesa cirúrgica;
3- Imediatamente após esta observação, seu coração foi colocado em uma placa de Petri
preenchida com água resfriada por gelo para que o seu coração entrasse em
hipotermia. Novamente observe e analise o batimento cardíaco nesta situação;
4- Então o coração foi removido da água resfriada e novamente colocado sobre a mesa
cirúrgica. Observe e analise o que acontece com a atividade cardíaca a medida que o
coração vai sendo novamente aquecido;
5- Por fim, o coração foi colocado em uma placa de Petri preenchida com água aquecida a
37°C. Observe e analise o efeito do aquecimento do coração sobre a contratilidade
cardíaca.
1- Após o animal ser pesado, o animal foi anestesiado através de uma injeção
intraperitoneal de pentobarbital sódico (40 mg/kg);
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2- Em seguida, o animal foi posicionado em decúbito dorsal numa prancha de madeira
(mesa cirúrgica), e então fixado à mesma através do uso de fita adesiva;
3- Para testar a efetividade da anestesia, a cauda do animal foi apertada com as pontas
digitais;
4- Após constatar a efetividade da anestesia, utilizando-se uma tesoura cirúrgica, foi feita
uma laparotomia e exposição e observação das vísceras intra-abdominais e o diafragma
(músculo respiratório que separa a cavidade torácica da abdominal);
5- Em seguida, através da utilização de uma tesoura cirúrgica, fez-se a toracotomia através
da secção do diafragma e esterno;
6- Após a toracotomia, para melhor visualização dos órgãos intratorácicos, as costelas
seccionadas foram afastadas utilizando-se pinças cirúrgicas;
7- Após a toracotomia, os pulmões encontravam-se retraídos ou colapsados devido ao
pneumotórax (ar na cavidade pleural);
8- O coração geralmente (depende da anestesia) apresenta taquicardia em resposta à
descarga simpática nesta emergência;
9- Após observar o batimento cardíaco (átrios e ventrículos contraindo na mesma
frequência, mas em tempos diferentes), a adrenalina foi gotejada sobre o coração da rã.
E então observou-se os efeitos da mesma sobre a contratilidade cardíaca;
10- Por fim, a acetilcolina foi gotejada sobre o coração da rã. E então observou-se os efeitos
da mesma sobre a contratilidade cardíaca;
11- Em outro rato anestesiado, o coração também foi exposto para estudar o efeito da
estimulação elétrica, máxima e difusa, sobre a contratilidade cardíaca.
PERGUNTAS:
1-Explique o que aconteceu com a contratilidade cardíaca quando o coração foi retirado
do corpo da rã e posicionado sobre a mesa cirúrgica.
2- Com base na eletrofisiologia dos canais iônicos, explique os efeitos da água resfriada
e água aquecida sobre a contratilidade do coração da rã.
3-Através observar o efeito da temperatura, explique o que você pensa sobre o efeito
da febre e hipotermia sobre outras células orgânicas, tais como os neurônios?
5- Com base na fisiologia dos canais iônicos, você acredita que a musculatura possa ser
responsiva à deformação mecânica (pressão, estiramento)? Explique e tente
exemplificar.
Referências Bibliográficas
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1. GUYTON, A.C.; HALL, J.E. Tratado de fisiologia médica. 12ed. Rio de Janeiro: Elsevier,
2011.
2. STANFIELD, C.L. Fisiologia Humana. 5ed. Pearson, 2014.
1) EQUIPAMENTOS:
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