Você está na página 1de 12

O QUE É O ESTUDO ORIENTADO?

1 BASES LEGAIS

A proposta da formação em Estudo Orientado nasce a partir do que preconizam


as bases legais referentes ao Novo Ensino Médio e a Portaria Nº 150-R, de 11
de dezembro de 2020 que dispõe sobre as Diretrizes para as Organizações
Curriculares na Rede Escolar Pública Estadual para o Ano Letivo de 2021.

Em relação ao Novo Ensino Médio, a resolução 3, de 21 de novembro de 2018,


art.7º e inciso VII traz a necessidade da disponibilização de materiais de
orientação, bem como formação/aperfeiçoamento ao docente. Nesse sentido,
a Secretaria de Educação elaborou e disponibilizou as Diretrizes Pedagógicas
1.0 - Novo Ensino Médio Capixaba que traz orientações e sugestões de
materiais para os Componentes Curriculares Integradores, além disso,
preparou uma formação visando capacitá-lo para ministrar esses componentes
que trazem conhecimentos para além daquele que foi habilitado para trabalhar
(BRASIL, 2018).

No intuito de atender, ainda, a resolução Nº 4, de 17 de dezembro de 2018,


que institui a BNCC - EM, dispõe no Art. 7º, acerca da adequação das
proposições da BNCC - EM à realidade local e dos estudantes e em seus
incisos I, II e III menciona “[...] a adoção de novas práticas e metodologias
dinâmicas, interativas e colaborativas; selecionar e aplicar metodologias e
estratégias didático-pedagógicas diversificadas, recorrendo a ritmos
diferenciados e a conteúdos complementares, se necessário, para trabalhar
com as necessidades de diferentes grupos de estudantes etc; conceber e pôr
em prática situações e procedimentos para motivar e engajar os estudantes
nas aprendizagens” (BRASIL, 2018).

Ademais, a partir das inovações propostas para a Educação Básica na Lei de


Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), Lei nº 9.394/96, com a
implementação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), instituída pela
Resolução nº 2, de 22/12/2017; e, posteriormente, do Currículo do Espírito
Santo (ESPÍRITO SANTO, 2020), a Secretaria de Estado da Educação (Sedu),
seguindo a tendência nacional de garantia do direito às aprendizagens
essenciais aos estudantes da rede pública estadual, implementa em 2021 o
Estudo Orientado (EO) como componente curricular da parte diversificada do
currículo também nos anos finais do ensino fundamental (ESPÍRITO SANTO,
2020).

1.2 BASES CONCEITUAIS

Iniciar com as reflexões sobre o que é EO e porque foi inserido no Currículo do


Espírito Santo:

Para você, o que é estudar? (Reflita sobre essa questão)

1. Nosso estudante sabe estudar? (Reflita considerando seus estudantes)

2. O que você acredita que motivou a Secretaria de Educação a inserir esse


componente curricular na formação dos nossos estudantes? (Reflita sobre as
possibilidades)

Definição de EO: O componente Estudo Orientado (EO) consiste na aquisição


e no desenvolvimento de técnicas e de rotinas de estudo que possibilitem a
organização do processo de aprendizagem dos estudantes, visando a
assegurar-lhes o direito à educação de qualidade. As aulas de EO estimulam o
desenvolvimento de competências cognitivas como a sintetizar, além da
capacidade de realizar trabalho metodológico e sistematizado.

A maioria dos estudantes tem dificuldade em definir as prioridades, organizar-


se para realizar as atividades, não sabe a diferença entre estudar e fazer
“tarefa”, sem dizer que muitos não têm nem espaço e nem um tempo
qualificado. Aí entra você professor, para ensiná-lo a estudar por meio de
técnicas, orientá-lo a definir as prioridades e criar uma rotina de estudo que irá
apoiá-lo em seu processo ensino aprendizagem.

O que esperamos com o EO?

Uma mudança de postura frente ao processo de aprendizagem e com isso a


melhora no desempenho escolas, mas para isso é preciso que o estudante
identifique a metodologia que melhor atende às suas necessidades. O EO é o
caminho para os estudantes desenvolverem o autodidatismo, e assim caminhar
em direção a autonomia.

As aulas de EO têm o propósito de desenvolver a prática de estudar, que a


princípio deve ser organizada pela escola, mas que espera-se que a partir da
prática e da aplicação das metodologias adequadas, se tornem com o tempo
um exercício de protagonismo dos estudantes. Assim, eles passam a caminhar
de forma mais autônoma em seu percurso de formação, desenvolvendo hábitos
de estudo na escola e fora dela.

Dessa forma, criar hábitos de estudo é tanto uma prioridade quanto uma
necessidade, pois é de fundamental importância que o estudante saiba o que,
quando e como estudar. Para tanto, é necessário que ele tenha clareza acerca
desses procedimentos, para que possa dedicar, de forma eficiente, tempo e
esforço no ato de estudar. Sabe-se, portanto, que, quando o estudante atribui
sentido em sua relação com o saber, o ato de estudar passa a ter novo
significado para seu projeto de vida e as aulas de EO passam a ter um papel
importante em sua vida estudantil.

Para que isso ocorra, professores e estudantes precisam ter a clareza de que
estudar é diferente de fazer tarefa, de ler e/ou realizar cópias no caderno.
Estudar se relaciona a analisar um objeto, fazê-lo próprio e ser capaz de
reproduzi-lo no futuro. O EO leva o estudante a mudar sua postura frente ao
estudo e a melhorar consideravelmente seu desempenho escolar, criando uma
rotina eficiente de atividades, para então propiciar um melhor conhecimento de
si, de suas emoções e reações, de sua forma de ser, estar, aprender, fazer e
conviver no mundo, visando, deste modo, a formação integral dos estudantes.

Assista ao vídeo a seguir e reflita sobre a forma como você organiza suas
tarefas no dia a dia disponibilizado no link:

https://www.youtube.com/watch?v=J0iv3TqJBV8

Não é incomum que ao focar exclusivamente nas tarefas a serem cumpridas,


perder-se de vista o objetivo final do que realizamos. Assim, as tarefas acabam
por serem feitas por simples hábito e os profissionais tornam-se “tarefeiros”.
Sabe-se que com os estudantes não é diferente, uma vez que a realização das
tarefas ocorre, com frequência, de forma mecânica sem que haja uma real
atenção daquilo que se estuda tão pouco ele compreende para quê estudar.

1.3 O ESTUDO ORIENTADO NAS DIFERENTES FORMAS DE OFERTA E


MODALIDADES

1.3.1 Especificidade da Educação Profissional e Técnica (EPT)

O componente curricular Estudo Orientado, consta na Organização Curricular


da Formação Técnica e Profissional como Componente Integrador, assim como
Projeto de Vida e Eletiva.

Nos cursos técnicos integrados ao ensino médio, assim como no Ensino Médio
Regular, às aulas de Estudo Orientado têm o objetivo de “ensinar o estudante
a estudar”, proporcionando-lhe apoio e orientação em seus estudos diários por
meio de técnicas que o auxiliarão em seu processo de aprendizagem.

O componente curricular Estudo Orientado será ofertado apenas nos cursos


técnicos com 35 ou 43 aulas semanais, seguindo as diretrizes curriculares e
operacionais do ensino médio regular, além das orientações para as escolas
de Tempo Integral, sem desconsiderar a articulação e integração inerentes ao
currículo da Formação Técnica e Profissional.

1.3.2 Especificidades da Educação do Campo, da Educação Escolar


Indígena e da Educação Escolar Quilombola.

Pesquisas recentes realizadas na área da educação mostram que o uso de


estratégias de aprendizagem contribui de modo significativo para o
desempenho escolar dos estudantes (BORUCHOVITCH, 2007, p. 157). O
componente curricular Estudo Orientado oportuniza tempo e espaços para
o trabalho pedagógico baseado em técnicas ou métodos de estudo, visando
apoiar os estudantes na construção da própria aprendizagem, bem como o
seu planejamento, a sua organização e o desenvolvimento da auto-
organização, da autonomia intelectual e do autodidatismo (BRASIL, 2010).

A proposta do Estudo Orientado considera as especificidades de cada uma


das modalidades de ensino oferecidas pela Secretaria de Estado da
Educação. Nesse sentido, as ações pedagógicas realizadas no Estudo
Orientado consideram os conteúdos e metodologias apropriadas para
atender as necessidades e interesses dos estudantes campesinos,
indígenas e quilombolas, reconhecendo as particularidades e
regionalidades do Espírito Santo.

Assim, na Educação do Campo a realização do Estudo Orientado possibilita


trabalhar o Tema Gerador, que pode ser incluído nas diversas ações
pedagógicas realizadas nesse componente curricular, contribuindo para um
trabalho pedagógico pertinente à realidade do campo. Por meio da sua
prática, busca-se mediar o ensino e a aprendizagem a partir dos temas
relevantes às condições de vida das populações que vivem no e do campo
(BRASIL, 2010).

Na modalidade de ensino Educação do Campo, o Estudo Orientado tem


ainda o objetivo de enriquecer e complementar a Educação Profissional e
Tecnológica. Dessa forma, as atividades e os diversos contextos para a
prática das estratégias e métodos de aprendizagem, utilizados no Estudo
Orientado, contemplam também os componentes da parte profissional
técnica do currículo. Nesse contexto, o estudante de Ensino Médio tem no
Estudo Orientado uma ferramenta sólida de apoio para consolidar a própria
aprendizagem, bem como da capacidade de aprender a aprender.

No tocante à Educação Escolar Indígena, necessário dizer que a prática do


Estudo Orientado busca enriquecer e complementar os conhecimentos
técnicos e científicos acumulados ao longo da história, bem como os
saberes tradicionais e as línguas das sociedades indígenas. Dessa forma,
as atividades e os diversos contextos para a prática das estratégias e
métodos de aprendizagem, utilizados no Estudo Orientado, contemplam
também os componentes curriculares voltados à valorização cultural e à
reafirmação das identidades étnicas dos povos indígenas (ESPÍRITO
SANTO, 2014).

Em relação à Educação Escolar Quilombola, importante lembrar que a


realização do Estudo Orientado busca enriquecer e complementar os
conhecimentos técnicos e científicos acumulados pela humanidade, como
também os saberes tradicionais e as práticas socioculturais das
comunidades quilombolas. Desse modo, as atividades e os diversos
contextos para a prática das estratégias e métodos de aprendizagem,
empregados no Estudo Orientado, contemplam também os componentes
curriculares voltados à temática quilombola, respeitando a história, o
território, a memória, a ancestralidade e os conhecimentos tradicionais das
comunidades de quilombos (ESPÍRITO SANTO, 2014).

Por fim, o trabalho pedagógico realizado no Estudo Orientado integra as


questões inerentes à realidade do campo, dos povos indígenas e das
comunidades quilombolas, respeitando as diversidades sociais, culturais,
políticas, econômicas, de gênero, geração e etnia, bem como a valorização
do conhecimento tradicional das suas populações, contribuindo para a
autonomia e a realização dos projetos de vida dos estudantes (BRASIL,
2010).

1.3.3 Especificidade da Educação Especial

Garantir a todos os estudantes o direito de acesso e permanência à uma


educação de qualidade e verdadeiramente comprometida com a formação de
cidadãos críticos, reflexivos, autônomos e capazes de pensar e construir
conhecimentos que possam colaborar na transformação social que se faz
necessária, implica reconhecer a escola como uma instituição de acolhimento
da diversidade. Requer a elaboração de um projeto de ensino que atenda a
todos os estudantes, sem exceção. Exige do professor uma postura de
valorização das diferentes relações que cada estudante estabelece com o
saber, criando condições para que o estudante aprenda a aprender, ou seja,
que ele seja capaz de identificar não somente o que, mas também como
estudar.
Nesse contexto, como componente curricular integrante da parte diversificada
do Novo Ensino Médio, o Estudo Orientado (EO) compreende o ensino de
procedimentos, técnicas, rotinas de estudo que possibilitem organizar o
processo de aprendizagem dos estudantes.

Especificamente em relação aos estudantes que são público-alvo da educação


especial, o Estudo Orientado emerge como possibilidade de facilitar o acesso
aos conhecimentos científicos, favorecer o desenvolvimento da autonomia e
independência dentro e fora da escola e, assim, potencializar a aprendizagem.

Tomando como ponto de partida as singularidades, os interesses, as


potencialidades, as habilidades e as demandas específicas de cada um desses
estudantes, nas aulas de Estudo Orientado, o papel do professor, seja o
especializado em educação especial ou o professor regente desse
componente, é intervir nas atividades que o estudante ainda não realiza de
forma independente, apoiando-o e disponibilizando-lhe os recursos e apoios
necessários para que ele se sinta capaz de realizá-la e, assim, gradativamente,
desenvolver sua autonomia.

SUGESTÕES DIDÁTICAS PARA O ATENDIMENTO DAS DEMANDAS


ESPECÍFICAS DE ESTUDANTES PÚBLICO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL

Sugestões Gerais

 Trate o estudante com naturalidade, sem exceder-se na proteção dada ou,


no extremo oposto, ignore-o;
 Não fale pelo estudante. Ofereça-lhe oportunidades para se expressar;
 Oferecer cópia impressa do material que utilizado nas aulas expositivas;
 Produzir, disponibilizar e explorar materiais em diferentes formatos
(impresso, digital e outros);
 Permitir um prazo maior para realização e entrega das atividades propostas;
 Quando solicitado pelo estudante, permitir que as aulas sejam gravadas;
 Disponibilizar momentos de atendimento individual;
 Dar instruções de forma oral e escrita;
 Falar diretamente com o estudante e não por intermédio de outra pessoa;
 Registrar no quadro datas e informações importantes, para ter certeza de
que foram entendidas por todos;
 Lembre-se que as comparações entre todo e qualquer estudante são sempre
prejudiciais;
 Nas atividades que envolvem perguntas, dê preferência para respostas de
múltipla escolha, frases para completar e banco de palavras;
 Para combater o preconceito, promova uma educação anticapacitista.

Sugestões Específicas

Deficiência Intelectual:

 Conheça o potencial do estudante com deficiência intelectual, bem como


suas demandas específicas e quais metodologias, recursos e os instrumentos
adequados para a aprendizagem (Recorra ao estudo de caso e ao Plano de
Atendimento Educacional Especializado sempre que necessário);
 Ao conversar com os estudantes com deficiência intelectual, utilize frases
curtas e palavras simples, mas não vocabulário infantilizado (inadequado à
idade);
 Estimule suas habilidades sociais e interpessoais;
 Planeje metodologias de ensino com recursos diversificados e dê aos
conteúdos um significado prático e instrumental
 Certifique-se que as atividades planejadas estão de acordo com o nível de
desenvolvimento do estudante;
 Utilize linguagem simples, clara e objetiva na comunicação verbal e escrita;
 Ao dar instruções, utilize frases curtas e recursos que facilitem sua
compreensão, assegurando-se que as informações estão sendo
compreendidas pelo estudante;
 Ao planejar as atividades, considere os diferentes ritmos e a individualidade
de cada estudante, possibilitando a realização das tarefas por etapas e
incluindo pausas durante o processo de execução;
 Disponibilize recursos visuais que possibilitem ao estudante organizar seu
pensamento (gravuras, alfabeto móvel, desenhos);
 Propor atividades de forma gradual, com objetivo de reduzir a ansiedade e
precipitação do aluno;
 Proponha as atividades mais complexas de forma gradual, partindo das
ações mais básicas concretas (mais fáceis de se compreender e fazer) para as
mais elaboradas (passo-a-passo);
 Reduza o nível de abstração, tornando mais concreto, palpável;
 Faça pedidos claros e precisos, mas esteja pronto e disponível para
reformular sua solicitação de diversas formas até que esteja segura de que foi
entendido, mantendo sempre a tranquilidade e paciência;

Transtorno do Espectro Autista:

 A partir de um levantamento dos interesses específicos do estudante, recorra


a atividades que contemplem os interesses e as preferências do estudante
(exemplo: interesse restrito por animais, personagens, etc);
 Utilize imagens para apoiar a atividade (estudantes com TEA, geralmente,
são mais visuais);
 Dividir a informação, destacando os pontos-chave e utilizando recursos
visuais, organizando-as de forma que melhore a compreensão e facilite a
revisão;
 Nas atividades que envolvem perguntas, dê preferência para respostas de
múltipla escolha, frases para completar e banco de palavras;
 As atividades devem priorizar o uso de materiais concretos.

Deficiência Auditiva:

 Falar com naturalidade e clareza, sem exagerar no tom de voz e na


gesticulação;
 Certifique-se que os outros estudantes estão falando calmamente, com
clareza, e um de cada vez.
 Possibilite a leitura labial, certificando-se de que o estudante surdo ou com
deficiência auditiva consegue ver nitidamente o seu rosto, mesmo em
ambientes com pouca luz e lembrando que ele tem prioridade (mas não é
obrigado) a ocupar a primeira fila da sala de aula;
 Nas atividades escritas, privilegiar o aspecto semântico do texto sobre o
aspecto formal;
 Disponibilizar um intérprete para os estudantes que já dominam a Libras e
um professor disponível a ensiná-la aos estudantes que ainda estão em
processo de aquisição, aos demais estudantes e à equipe da escola;
 Durante as discussões, repita os questionamentos e comentários
apresentados, indicando quem está falando e não permitindo que mais de uma
pessoa fale ao mesmo tempo.
 Fale sempre de frente, os estudantes precisam enxergar seus lábios e suas
expressões faciais;
 Privilegie a organização de forma que favoreça a visualização de todos os
participantes e indicando a pessoa que está com a palavra em cada momento
(uma boa alternativa é organizar a turma em semicírculo);
 Sempre que possível, explore diversos recursos visuais facilitem a
aprendizagem, como cartazes, gravuras, fotos, apresentações em PowerPoint,
vídeos, etc. No caso de utilização de vídeos, estes devem ser legendados, de
acordo com a necessidade do recurso visual;

Deficiência Visual

 Disponibilizar aos estudantes com deficiência visual os recursos e materiais


que atendam suas demandas específicas, como por exemplo: ferramentas para
escrever em braile, soroban, audiolivros e lupas;
 Garantir a acessibilidade em todos os espaços da escola, instalando
sinalizações e comunicados traduzidos
 Acrescente estímulos orais às explicações;
 Previna acidentes: evite alterar a disposição do mobiliário;
 Disponibilizar, com antecedência, textos e leituras que serão utilizadas nas
aulas, para que sejam transcritas adequadamente (em braile, digitação,
ampliação, gravação em áudio e outros) conforme a demanda específica de
cada estudante;
 Evite usar referências como “aqui” e “lá”. Esses termos não são úteis para
uma pessoa que não enxerga.
 Ler em voz alta o conteúdo de projeções visuais e anotações no quadro;
 Descrever imagens, cartazes, tabelas e gráficos;
 Utilizar gráficos e tabelas em relevo ou, sempre que possível, substituí-los
por outro meio de informação;
 Quando solicitado, permita que as aulas sejam audiogravadas;
 Evite usar referências como “aqui” e “lá”. Essas palavras não são referências
úteis para uma criança que não enxerga.
 Não aumente o volume de sua voz (a menos que você saiba a partir de um
histórico médico que isso irá ajudar com um problema auditivo). Evite pausas
longas ao falar.
 Não aumente o volume de sua voz (a menos que você saiba a partir de um
histórico médico que isso irá ajudar com um problema auditivo);
 Evite fazer as coisas para o estudante, mesmo que ele precise de um tempo
maior que os demais para fazer;
 Ao se deslocar, informe ao estudante a sua localização (diga-lhe onde você
está em relação a ele e avise-lhe quando estiver saindo).

Altas Habilidades/Superdotação:

 Estimular a leitura, a pesquisa, a buscar novas informações em material


extraclasse, de forma que ele aprenda a estudar pesquisando, valorizando
assim sua independência no estudo. Desta forma, o aluno não precisa ficar
“amarrado” ao conteúdo regular do plano de ensino da série ou nível em que
se encontra (por ele, muitas vezes, já dominado), andando em seu próprio
ritmo, ao mesmo tempo em que se evitam problemas na interação com colegas
e mesmo com o professor.
 Incentivar o uso de processos cognitivos complexos, tais como o
pensamento criativo, a análise crítica, análises de prós e contras, etc. Esse tipo
de atividade permite ao aluno exercitar suas competências de forma construtiva
e favorecedora de um desenvolvimento dentro de seu próprio ritmo.
 Estimular os alunos a discutirem amplamente sobre questões, fatos, ideais,
aprofundando gradativamente o nível de complexidade da análise, até culminar
em um processo de tomada de decisão e de comunicação com os demais
acerca de planos, relatórios e soluções esperadas a partir das decisões
tomadas. Isso não só estimula refletir sobre os múltiplos componentes da
realidade em foco e a identificar as possibilidades alternativas para a solução
de problemas, mas também a organização do pensamento, o raciocínio lógico,
o planejamento de ações, a avaliação de possíveis consequências e efeitos
das ações planejadas, a comunicação social das ideias, dentre outras
competências.
 Estabelecer as habilidades de comunicação interpessoal necessárias para
que os alunos trabalhem tranquilamente com parceiros de diferentes faixas
etárias, e de todos os níveis do desenvolvimento cognitivo.
 O fato de ter altas habilidades, sejam elas as competências que forem, pode
tornar-se impeditivo para a convivência entre pares, razão pela qual é de
grande importância que a interação e a comunicação interpessoal constituam
objetivos de ensino, de igual importância aos demais conteúdos curriculares.
 Estimular o desenvolvimento do respeito pelos demais seres humanos,
independentemente de suas características, talentos e competências.
 O aluno de altas habilidades pode se tornar alguém impaciente com pessoas
que funcionam em nível ou ritmo diferente do seu, ou desenvolver um padrão
de a elas desqualificar. Isto é prejudicial para seu desenvolvimento pessoal e
social, podendo ter consequências destrutivas para seu próprio processo de
aprendizagem, bem como para a sociedade. Assim, tratar do desenvolvimento
e da prática do respeito humano enquanto conteúdo curricular é de importância
e relevância educacional e social.
 Desenvolver expectativas positivas do aluno quanto a escolhas profissionais
que possam otimizar o uso de seus talentos e competências.
 Ao mostrar as diferentes possibilidades de aplicação do talento, o aluno será
estimulado a aprofundar o estudo das potencialidades de sua área de interesse.

SUGESTÕES DE VÍDEO:

Escola cria prática inclusiva com caderno do aluno – Disponível em:


https://diversa.org.br/relatos-de-experiencia/pratica-inclusiva-com-
caderno-do-aluno/

Você também pode gostar