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Desta forma, surgem questões quanto à natureza do conhecimento e a sua relação com os
processos mentais. (Demont, 2005:80)
Numa perspetiva cognitiva a aprendizagem “é … aquisição de conhecimento” que “…é a
informação construída pelo sujeito a partir da sua estrutura cognitiva.” (Pinto, 2001:54) “…
apela à compreensão e ao raciocínio.” (Demont, 2005:80)
Sendo a aprendizagem responsável pelos processos de aquisição (realizada pelos sentidos,
depende do grau de atenção seletiva ou dividida) e a codificação de conhecimento (a forma
como a informação é convertida), a memória surge como “local” de armazenamento desse
conhecimento, pelos processos de retenção (organização e conservação para uso posterior) e
recuperação (acesso e escolha da informação desejada). Face ao exposto, é possível afirmar
que a aprendizagem e a memória estão relacionadas. “…são interdependentes.” (Pinto,
2001:109). Todavia, a “…memória não é um sistema único e utilitário, mas é formada
provavelmente por vários sistemas ou sub-sistemas, cada um com funções próprias e
diferenciadas.” (Pinto, 2001:110)
A memória humana encontra-se dividida em termos estruturais e processuais responsáveis
pela entrada de informação na memória, ficando retida em determinado espaço de tempo
(retenção de memória a curto prazo-MCP e memória a longo prazo-MLP) , ficando desta forma
pronta para ser usada ou recordada.
A memória a curto prazo armazena temporariamente a informação, a de trabalho permite
organizar cognitivamente atividades de raciocínio lógico, de compreensão imediata e a de
longo prazo guarda todas as informações a aceder de forma consciente (memória declarativa),
as aquisições conceptuais (memória semântica), os acontecimentos de foro pessoal
enquadrados temporalmente (memória episódica) e as competências cognitivas e motoras
(memória processual).(Pinto, 2001; Gleitman et al, 2014; Demont, 2015) ;