1. Rousseau acreditava que o homem é naturalmente bom, mas a sociedade o corrompe.
2. Ele defendia que o homem e o cidadão são condições paradoxas, já que a educação deve formar tanto o indivíduo quanto o membro da sociedade.
3. Rousseau via a desigualdade social, e não a natural, como prejudicial à liberdade humana.
1. Rousseau acreditava que o homem é naturalmente bom, mas a sociedade o corrompe.
2. Ele defendia que o homem e o cidadão são condições paradoxas, já que a educação deve formar tanto o indivíduo quanto o membro da sociedade.
3. Rousseau via a desigualdade social, e não a natural, como prejudicial à liberdade humana.
1. Rousseau acreditava que o homem é naturalmente bom, mas a sociedade o corrompe.
2. Ele defendia que o homem e o cidadão são condições paradoxas, já que a educação deve formar tanto o indivíduo quanto o membro da sociedade.
3. Rousseau via a desigualdade social, e não a natural, como prejudicial à liberdade humana.
Texto 2: A Filosofia de Jean-Jacques Rousseau Na esfera da educação, exposta no Emílio, ele teoriza filosoficamente sobre o
Homem. Sua principal inquietação, neste ponto, é saber se educa o indivíduo ou o
A filosofia de Jean-Jacques Rousseau tem como essência a crença de que o cidadão, já que, para ele, estas duas facetas não podem conviver no mesmo ser, por Homem é bom naturalmente, embora esteja sempre sob o jugo da vida em sociedade, serem completamente opostas. a qual o predispõe à depravação. Para ele o homem e o cidadão são condições Rousseau defende a formação do homem natural no seu lar, junto aos paradoxais na natureza humana, pois é o reflexo das incoerências que se instauram na familiares, por constituir um ser integral voltado para si mesmo, que vive de forma relação do ser humano com o grupo social, que inevitavelmente o corrompe. absoluta. Já o cidadão deve ser educado no circuito público proporcionado pelo É assim que o Homem, para Rousseau, se transforma em uma criatura má, a Estado, pois é tão somente uma parte do todo, e por esta razão engendra uma vida qual só pensa em prejudicar as outras pessoas. Por esta razão o filósofo idealiza o relativa. O aprendizado social, segundo o filósofo, não produz nem o homem, nem o homem em estado selvagem, pois primitivamente ele é generoso. Um dos equívocos cidadão, mas sim um híbrido de ambos. Aliar os dois implica investir no saber do ser cometidos pela sociedade é a prática da desigualdade, seja a individual, seja a humano em seu estágio natural – por exemplo, a criança –, e o cidadão só terá provocada pelo próprio contexto social. Nesta categoria ele engloba desde a presença existência a partir desta condição, a qual tem como fonte a Natureza e como fio negativa dos ciúmes no relacionamento afetivo, até a instauração da propriedade condutor a trajetória individual. privada como base da vida econômica. O pensamento de Rousseau surgiu de sua noção sobre a natureza humana. Mas Rousseau acredita que há um caminho que pode reconduzir o indivíduo Contrapondo alguns de seus precursores e contemporâneos (como Montesquieu e a sua antiga bondade, o qual é teorizado politicamente em sua obra Contrato Social, e Hobbes), ele acreditava que os seres humanos possuíam uma bondade inata, e que pedagogicamente em Emílio, outra publicação essencial deste filósofo. Ele crê que a cuidar de si não excluía a preocupação com o bem-estar alheio. carência de igualdade na personalidade humana é algo que integra sua natureza; já O filósofo também argumentava que todos os homens eram socialmente a desigualdade social deve ser eliminada, pois priva o Homem do exercício da iguais. E as desigualdades eram criações artificiais de sistemas sociais baseados na liberdade, substituindo esta prática pela devoção aos aspectos exteriores e às normas propriedade privada e no trabalho organizado – sistemas que permitiram a dominação de etiqueta. e exploração de algumas pessoas por outras. Em sua obra Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens, Rousseau discorre sobre a questão da maldade humana. Para melhor Rousseau foi um filósofo contratualista. analisar esta característica, ele estabelece três etapas evolutivas na jornada do Homem. O primeiro estágio refere-se ao homem natural, subjugado pelos instintos e A ideia de contrato social parte do pressuposto de que pelas sensações, sujeito ao domínio da Natureza; o segundo diz respeito ao homem há um estado de natureza. selvagem, já impregnado por confrontos morais e imperfeições; segue-se, então, a O estado de natureza é um estado hipotético em que condição do homem civilizado, marcada por intensos interesses privados, que sufocam sua moralidade. não há nenhum tipo de intervenção moral, política ou É neste processo que o indivíduo se converte em um ser egoísta e social. individualista, convertendo sua bondade natural, gradualmente, em maldade. O O fim do estado de natureza se dá com a formação de um contrato ou Homem abre mão de sua liberdade e assim se desqualifica enquanto ser humano, pois se vê despojado do principal veículo para a realização espiritual. A solução apontada pacto social. por Rousseau para esta situação é enveredar pelos caminhos do autoconhecimento, através do campo emotivo da Humanidade. Rousseau baseia-se no pressuposto de que o estado de natureza humana é bom e a formação do pacto social (tal como foi estabelecido até então) o corrompe.