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UNIVERSIDADE LICUNGO
Beira
2021
I
Orientado por:
Beira
2021
II
Resumo
Índice
Resumo ............................................................................................................................................. II
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO........................................................................................................ 3
1.3. Problematização......................................................................................................................... 5
6. Orçamento .................................................................................................................................. 24
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO
Pelo seu género curto, impactante e preciso, o curta-metragem atrai a atenção de praticamente todas
as camadas, pois é possível transmitir uma vasta gama de informações em um espaço de tempo
relativamente muito curto à um número considerável de pessoas. Com a presente pesquisa pretende-
se avaliar o quão é importante o curta-metragem na difusão de informações baseado em audiovisual.
Pois este é considerado por especialistas como sendo uma boa ferramenta para a motivação e para
a assimilação de diversos tipos de conteúdos.
O curta-metragem, por ser uma produção menor, permite discutir assuntos da actualidade de forma
mais fácil e rápida. É um formato que permite urgência. Entretanto, a sua aplicação torna-se
fundamental no que concerne o desenvolvimento de aptidões de análise, observação e reflexão
crítica. Assim como pontuam Pontuschka et al, (2009) e (Napolitano, 2013) citados por Freitas
(2017), um filme pode servir de mediação na construção da noção de tempo e concretização do
espaço. Ao usar o cinema no ensino, além de torná-lo mais interessante, ajudará o estudante a
ampliar e/ou adquirir novas habilidades. Entre elas o desenvolvimento da capacidade crítica e
sociocultural.
Este projecto está disposto em três capítulos dos quais, o primeiro capítulo engloba a Delimitação
do tema, Justificativa, Problematização, Hipóteses e Objectivos. O segundo capítulo comporta o
Marco teórico e o terceiro e último capítulo comporta as Metodologias de pesquisa, Resultados
esperados, Cronograma de actividades e finalmente o Orçamento e Referências bibliográficas.
4
No que concerne a delimitação espacial da pesquisa, esta será realizada na Província de Sofala,
Cidade da Beira, concretamente na Escola Secundária Mateus Sansão Mutemba, localizada no
Bairro do Esturro na Avenida Armando Tivane, n° 1502, que limita a sul pela Rua Victor Gordon.
No que tange a delimitação espacial, a pesquisa será realizada nos meses de Dezembro de 2021 à
Março de 2022, com duração de quatro meses. Em termos de contextualização, ela enquadra-se no
Sistema Nacional de Educação do Ensino Secundário Geral, 9ª Classe, na Disciplina de Educação
Visual, na Unidade Temática 5: Comunicação Visual. A população a ser estudada será de alunos
da Escola Secundária Mateus Sansão Mutemba.
1.2. Justificativa
A escolha do tema justifica-se pelo facto do proponente ter vivenciado momentos constrangedores
durante as actividades desenvolvidas em certas escolas referentes às Práticas Pedagógicas e Estágio
Pedagógico. Onde recorrentemente, notou-se a imposição de certos alunos para com os outros,
oprimindo-os verbalmente, psicologicamente e/ou emocionalmente. Ademais, tal violência não se
restringia a questões físicas ou emocionais, mas sim, ia mais além até a violência contra
propriedades e patrimônio público, que é o caso de pinchar as paredes, quebrar vidros e entre
outros.
Com as aulas de Ética e Legislação, alicerçadas com as aulas de Cadeiras que exigem o manuseio
de softwares de captação e edição de vídeos, o proponente viu uma possibilidade para desta feita,
fazer uma intervenção que seja acessível a todos e em praticamente qualquer lugar (casa, escola,
local de trabalho, etc.) com base no uso de diversas plataformas (Facebook, Twitter, Whatsapp,
etc.) e equipamentos (DVDs, Celulares, Laptops, etc.).
O curta-metragem, além de seus conceitos e características, deve ser pensado como um instrumento
de crítica social, na medida em que cumpre uma função na sociedade. E, no entanto, é neste contexto
que Venturini & Madeiros (2018), assumem que as características de um curta-metragem vão muito
além do seu formato. Outras propriedades relacionadas à sua curta duração conferem-lhe
peculiaridades discursivas importantes, como o reduzido número de personagens e diálogos,
condensação narrativa que, por sua vez, leva à condensação da linguagem e da acção; tempo da
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história, na maioria dos casos, linear; verossimilhança com a realidade, grande carga emotiva e
sugestiva.
E, pela sua natureza cinematográfica, é grande a possibilidade de veicular conteúdos culturais com
valores educativos. E segundo De Alcântara (2014), é por esta razão que, torna-se uma fonte
inesgotável e valiosa para trabalhar aspectos da interação humana, como cultura e linguagem.
Pois então, o estudo do tema supracitado faz-se extremamente imprescindível visto a sua urgência,
na medida em que este visa resolver vários problemas práticos da sociedade, associados à violência
escolar, desvalorização dos valores éticos e morais, vandalismo, e a violência no seu sentido mais
amplo.
O tema em questão propõe se contribuir activa e positivamente para a sociedade e para a educação,
pois utilizar-se-á de uma ferramenta de divulgação de informações muito pragmática, simples e
precisa, cuja ferramenta é o curta-metragem, a partir de um vídeo sucinto abordando a violência
escolar.
1.3. Problematização
Mais importante ainda, a violência escolar está impregnada em todas relações implicadas no PEA
(relações verticais e horizontais).
Partindo desta premissa, o mais preocupante é a forma pela qual a abordagem e o tratamento da
violência escolar é negligenciada nos vários círculos sociais e principalmente na escola,
sucumbindo assim à comportamentos desonestos, antiéticos, desonrosos e antimorais, um dos
factores que leva a maior parte das pessoas que não entendem bem do assunto, achar que a
educação sobre este ou outro tipo de violência é apenas tratada nas escolas, ao passo que esta deve
ser tomada à cabo a partir de casa, até qualquer outro círculo social.
O Homem é antes de mais, um ser social. Daí que, os pais, os filhos e todos, devem perceber que
têm algum dever ético e moral para com a sociedade. Pois, se esta negligência à violência escolar
persistir, passar-se-á a não pautar pela prática responsável o que resultará num colapso social e um
atentado aos direitos humanos. Eis, porém, como proposta estratégica para a conscientização sobre
a violência escolar o uso do curta-metragem como ferramenta para a efectivação desta educação.
É no contexto deste problema que se faz o levantamento da seguinte pergunta de pesquisa:
1.4. Hipóteses
1.5. Objectivos
Ribeiro (2013), fez um estudo sobre A curta-metragem como recurso didáctico para a aula de E/LE
onde visava apurar quais as relutâncias em explorar este recurso e fundamentar (teórica e
pragmaticamente) os benefícios da sua utilização, a partir dos níveis de iniciação. Ademais, buscou
demonstrar que as investigações efectuadas sobre o uso de filmes nas aulas atestam o seu potencial
para desenvolver as competências linguísticas, pragmáticas e comunicativas, socioculturais e
interculturais. Este estudo vai ajudar a exaltar as potencialidades do curta-metragem como recurso
didáctico e, por outro, sublinhar a pertinência de usá-la desde os níveis iniciais de educação.
Venturini & Madeiros (2018), fizeram um estudo sobre Curta-Metragens como ferramenta
tecnológica na educação inclusiva que pretendia evidenciar o curta-metragem como sendo uma
ferramenta tecnológica que está presente nos espaços/tempos da educação. Com este ensaio,
concluiram que este género institui novas formas de se perceber a realidade trazendo novos
caminhos para ter experiências, ou seja, o cinema desperta sentimentos nobres de amizade, de apego
e de amor que proporcionam novas emoções e relações, capazes de transformar o ser humano. Este
estudo fortificará a ideia de que o curta-metragem facilita o PEA.
Lopes & Nanemann (2015), desenvolveram um estudo sobre O curta-metragem como instrumento
de ensino dos direitos humanos nas aulas de língua portuguesa com o intuito de entusiasmar os
alunos a conhecerem seus deveres e direitos, para se tornarem cidadãos actuantes na sociedade, bem
como recriar práticas pedagógicas renovadas, a fim de atender a demanda da sociedade actual,
recorrendo ao curta-metragem, género com capacidade de crítica social, mediante sequências
didácticas, marcas multimodais e produção audiovisual. Esta pesquisa ajudará a perceber que este
género possibilita difundir e reflectir sobre os direitos fundamentais da pessoa.
De Matos (2018), fez um estudo sobre A curta-metragem como recurso didáctico na aula de
português língua estrangeira, do qual constactou que há múltiplas possibilidades do curta-metragem
no desenho de actividades motivadoras, voltadas para o estudo de conteúdos variados, para o
exercício integrado das actividades de língua primárias e para o desenvolvimento das diferentes
competências mobilizadas na situação de comunicação. Com este estudo evidencia-se a existência
9
Pinheiro (2011), com o objectivo de investigar o impacto dos recursos audiovisuais no processo
ensino-aprendizagem, desenvolveu um estudo sobre A produção audiovisual como ferramenta de
aprendizagem. Desta pesquisa, concluiu que no projecto dos curtas-metragens, percebe-se que a
aprendizagem acontece de forma significativa na medida em que os alunos se sentem envolvidos,
tocados, desafiados e motivados a produzir algo. Esta pesquisa ajudará na medida em que expõe a
potencialidade motivacional e interactiva do curta-metragem.
Venturini (2017) no seu trabalho sobre Produção de curtas metragens como recurso para educação
inclusiva foi capaz de constactar que o curta-metragem pode ser visualizado além de um recurso
tecnológico para ilustrar ou aprofundar conteúdos, elucidando-o como espaço de convivência que
educa, forma, faz pensar, estimula o desenvolvimento das habilidades e competências criativas e
significativas das pessoas com deficiência para o processo de inclusão. Esta pesquisa ajudará a tecer
a ideia do curta-metragem como um forte recurso e/ou ferramenta de acolhimento, educação e
inclusão, traspondo fronteiras físicas e intelectuais.
Hennig & Medeiros (2009), fizeram um estudo sobre Perspectiva educativa da produção de curta-
metragem em aulas de literatura, onde pretendiam analisar o impacto das produções audiovisuais
nas pessoas desde as camadas mais jovens. Com o estudo constactaram que inserindo mídias no
contexto educativo, representa a possibilidade de ruptura do paradigma tradicional, onde o aluno se
comporta de maneira passiva para um modelo constructivista, cujos sujeitos se comportam de
maneira activa, mobilizando sua capacidade crítica, criativa e reflexiva. Este estudo ajudará a
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evidenciar o potencial de aulas usando recursos audiovisuais como uma ferramenta de ensino
libertadora.
Freitas (2017) na sua dissertação sobre Produção de curtas-metragens nas aulas de Geografia,
pretendia demonstrar que é possível a construção de saberes geográficos a partir do uso do cinema,
empoderando os estudantes a se expressarem por meio da produção de curtas-metragens. Ademais,
notou que a partir de uma concepção de ensino, que leve em conta a realidade dos estudantes a
escola contribui para formação de saberes que são essenciais na formação de sujeitos participativos
e agentes sociais. Este estudo contribuirá para perceber a crucial importância da cultura digital na
educação e o seu impacto no mundo contemporâneo.
Faz-se imprescindível aqui descrever o percurso desta arte falando da sua origem e o seu percurso.
O nascimento do cinema é composto de obras que hoje são consideradas curtas. Citando dois
grandes clássicos, tem-se Viagem à Lua1 de Georges Méliès e O Grande Roubo do Trem2 de Edwin
Porter, o primeiro com 14 e o outro com 12 minutos. Com o passar dos anos as produções foram
ficando maiores: um dos marcos fora o audacioso O Nascimento de Uma Nação3 de David Griffith,
com 190 minutos.
1
Le Voyage Dans La Lune. França: Star, 1902.
2
The Great Train Robbery. EUA: Edison,1903.
3
The Birth of a Nation. EUA: D.W. Griffth&Epoch, 1915
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No entanto, filmes curtos, com menos de 20 minutos, permearam toda a história da indústria
cinematográfica, afirmando o grau de sua importância para realizadores e espectadores. A
comprovação disso veio em 1928 com Um Cão Andaluz4, de Luis Buñel, um dos principais filmes
da história do cinema, com apenas 16 minutos.
O termo curta-metragem começou a ser utilizado nos Estados Unidos ainda na década de 1920,
quando boa parte das produções já começava a exceder o tempo padrão de até 15 minutos. Para
Moletta (2009,) o curta-metragem cinematográfico se trata:
(…) de uma forma breve e intensa de contar uma história ou expor um personagem.
(…) tem como principais características a precisão, a coerência, a densidade e a
unidade de acção ou impressão parcial de uma experiência humana. (Moletta,
2009).
Todavia, esse conceito foi adquirindo propriedades controversas. Cada vez mais surgiam posições
díspares e opiniáticas em torno da definição de um curta-metragem. Segundo definição da maioria
dos dicionários, esse tipo de produção é definido como Filme Curto, cuja duração é geralmente
inferior a 30 minutos.
Nessa etapa é feito o levantamento dos equipamentos e materiais necessários, o local de gravação,
o roteiro, organização das diárias de gravação e a documentação. Uma boa preparação na pré-
produção pode economizar muito trabalho no processo de filmagem.
4
Um Chien Andalou. França, 1928.
5
Formada em audiovisual e especialista em marketing digital. Disponível em:
https://www.voxeldigital.com.br/blog/pos-producao-filmagem-de-videos/
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A segunda etapa é a produção: luz, câmara, acção. Ela é a captação de imagem e som. Quanto mais
bem estruturada ela for, mais tranquila será a gravação. As cenas pensadas no roteiro são colocadas
em prática e filmadas pelos equipamentos previamente seleccionados. Lembrando que, para
optimizar a produção, as cenas não precisam ser gravadas na ordem do roteiro, pois podem ser
ordenadas na edição.
Por último, na pós-produção, o vídeo toma sua forma. Ela é o processo de montagem e finalização
do vídeo. Os principais passos são: edição de vídeo, correção de cor, acréscimo de elementos
gráficos, animação e tratamento do som.
Selecção e decupagem: O primeiro passo após as gravações é seleccionar os melhores takes obtidos
nas filmagens. A partir disso, se inicia a escolha da minutagem que será utilizada no vídeo final, ou
seja, realiza-se o processo de decupagem.
A escolha de cenas pode estar prevista no roteiro ou surgir de forma espontânea no momento da
filmagem. O importante na decupagem é a selecção do material de maior qualidade técnica,
coerente dentro da narrativa proposta e que transmita a mensagem desejada.
Essa etapa pode ser feita diretamente nos softwares de edição de vídeo.
• Edição de vídeo:
A edição de vídeo, também conhecida como montagem, é feita a partir da inserção das cenas em
uma narrativa. Nela, os excessos das gravações são excluídos do vídeo final e ajustes finos de cortes
são feitos.
Os cortes são o encontro entre dois takes. Nesse momento, a escolha do frame exacto de transição
é importante para, por exemplo, dar continuidade a um movimento gravado em duas posições por
câmeras diferentes.
Os softwares mais comuns para as edições de vídeo são o Adobe Premiere, AVID Media
Composer ou Vegas Pro. Estes são programas completos que permitem as funções:
Após a edição, as cenas ficam organizadas e o corpo do vídeo final toma forma. Nos próximos
passos, podem ser agregados, então, elementos que melhoram a qualidade do vídeo final.
Muitas vezes, as cenas são gravadas em diferentes ambientes ou horários do dia, o que influencia
na cor da imagem. Quando esses vídeos são montados em sequência, a mudança de coloração se
torna perceptível. Por isso, a etapa de correção de cor tem como principal objectivo a
homogeneização das cenas.
Os programas de edição de vídeo possuem ferramentas nativas que exercem a função básica de
correção de cor, além de possibilitarem a adição de plug-ins como o Colorista. Porém, o DaVinci
Resolve é um software específico para o tratamento de imagem e correção de cor. Os principais
ajustes de qualidade da imagem que podem agregar valor ao vídeo final são:
• Exposição;
• Brilho e sombras;
• Contraste;
• Ruído de imagem;
• Balanceamento de branco.
A colorização utilizada como estética do vídeo é chamada de gradação. Cores quentes, como o tom
amarelado, despertam a sensação de conforto no espectador. Já as cores frias, como o tom azulado,
transmitem assepsia.
• Design:
• Ícones e Logotipos;
• Formas geométricas;
• Texturas;
• Ilustrações.
• Animação:
As transições de cenas com elementos gráficos animados possibilitam inúmeras criações para
dinamizar o vídeo. O software mais utilizado é o Adobe After Effects:
Nas animações pode ser interessante a inserção de efeitos sonoros para impulsionar a narrativa e
transmitir o tom da mensagem desejada.
• Som:
Quando presente, o áudio passa pelas mesmas etapas da imagem: selecção e posicionamento das
faixas de áudio; tratamento de ruídos e ambiência; e adição de efeitos sonoros. Os softwares
de edição de vídeo têm um alcance limitado no tratamento de áudio, embora sejam os responsáveis
prioritários pela sincronização das faixas de áudio e vídeo no momento da exportação. Os softwares
mais comuns para tratamento de som são Adobe Audition e Pro Tools, que possuem:
• Precisão de corte;
• Redução de ruído;
• Efeitos de áudio.
Toda a sonoplastia (foley), efeitos sonoros e música podem ser adicionados ao vídeo na pós-
produção, sem a necessidade de ser captado no momento da gravação.
• Exportação:
Por último, todos os elementos do vídeo, efeitos e áudio são unificados em um único programa.
Geralmente são utilizados os softwares de edição de vídeo ou de animação para a exportação do
vídeo final.
O termo violência possui origem no latim (violentia) significando força. Segundo o Dicionário
Houaiss de Língua Portuguesa, violência é “a acção ou efeito de violentar, empregar força física
(contra alguém ou algo) ou intimidação moral contra (alguém), acto violento, crueldade, força”.
(Houaiss, 2008).
Dessa premissa, destaca-se que violento, é então, o dominador e seu poder é injustificado porque
desumaniza os sujeitos em relação.
(...) o uso intencional de força física ou poder, sob a forma de ameaça ou real,
contra si mesmo, contra outra pessoa ou contra um grupo ou comunidade, que
resulta ou tem uma grande chance de resultar em lesão, morte, dano psicológico,
alterações no desenvolvimento ou privações (OMS, 2002).
Entretanto, existe uma pluralidade de conceitos e de significados sobre o termo violência, por isso
torna-se difícil definir um conceito único para o referido termo. Isso faz com que falar sobre
violência nos dias actuais, seja sem dúvida algo cuja dificuldade maior está em definir de forma
completa um termo que a noção compreende coisas muito diferentes.
Porém, de certa forma Abramovay e Rua (2002) apontam que, apesar da complexidade do termo e
da dificuldade de conceituação, existe um consenso básico. Todo acto de agressão, física, moral,
institucional, que tenha como alvo a integridade do(s) indivíduo(s) ou grupo(s) é considerado acto
de violência.
Para clarificar mais sobre a violência escolar menciona-se Priotto & Boneti (2009) citados por Dos
Santos (2016):
Nas escolas, as violências podem se evidenciar por meio de agressões e constrangimentos físicos,
verbais, sociais e simbólicos que se manifestam, entre outras, nas seguintes formas:
Eyng (2009) citado por Esquierro (2011), ressalta que também pode ser identificada a violência
contra o patrimônio e equipamentos públicos, como pichação, depredação e vandalismo. Estas,
embora não sejam dirigidas directamente contra a pessoa, afectam os sujeitos na esfera individual
e social.
Como aponta Venturini (2017) citando Valentini & Soares (2010), vivemos em um período
marcado pelas constantes mudanças e avanços tecnológicos, proporcionando assim facilidade e
velocidade no acesso à informação e a comunicação.
Assim sendo, a escola também está sendo revolucionada com base na sua relação com o cinema.
Pois, segundo Oliveira (2015) citado por Venturini (2017) o curta-metragem proporciona uma nova
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Para apoiar esta ideia, cita-se De Alcântara (2014) que sublinha que quando analisamos uma
narrativa por meio de um curta-metragem, podemos perceber facilmente a riqueza de elementos
linguísticos e extralinguísticos, próprios da interação humana, o que nos faz aproximar do texto
fílmico e seus mecanismos. A este respeito, coloca-nos a percepção de que as imagens que
constituem o texto nos remetem automaticamente a um universo cultural reconhecidamente nosso
ou próximo de nós, ou seja, aproxima-nos da realidade.
CAPÍTULO III-METODOLOGIAS
Quanto aos objectivos esta pesquisa é exploratória, visto que aproveitar-se-á do levantamento
bibliográfico e entrevistas aos alunos do ensino secundário e professores do ensino secundário, que
ajudarão a tornar o problema da pesquisa mais explícito, em termos de formas de intervenção tendo,
em conta que população estudada será de adolescentes. E como qualquer exploração, a pesquisa
exploratória depende da intuição do explorador (neste caso, da intuição do pesquisador). Por ser um
tipo de pesquisa muito específica, quase sempre ela assume a forma de um estudo de caso (GIL,
2008).
Para poder acessar as fontes a ser consultadas o proponente vai utilizar as técnicas de fechamento e
resumo.
Quanto a natureza, a pesquisa será aplicada, partindo da premissa de que esta desenvolverá
conhecimentos relacionados com a produção de curta-metragem de carácter educativo, no caso de
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violência escolar, pois, o tema em estudo está ligado à aplicação destes conhecimentos no
quotidiano dos alunos.
Conforme refere Dalfovo (2008), as pesquisas quali-quantitativas levam como base de seu
delineamento as questões ou problemas específicos. Adoptam tanto em um quanto em outro a
utilização de questionários e entrevistas. Esta permitirá a obtenção de uma análise mais profunda
do assunto da pesquisa. Ademais, pretende-se com esta pesquisa fazer a combinação das duas
abordagens com o intuito de fazer uma análise mais profunda da conscientização sobre a violência
escolar.
Para a concretização do presente projecto de TCC recorrer-se-á aos seguintes métodos de pesquisa:
Método Dedutivo e Método Hipotético-Dedutivo.
Este método permitirá que se faça uso da dedução com o intuito de ter certa conclusão a respeito de
determinadas premissas. Ademais, permitirá a construção de um raciocínio lógico, com vista a
garantir a veracidade da conclusão se as premissas forem verdadeiras.
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Este método permitirá que se chegue a um grau de certeza igual das hipóteses supracitadas,
testando-as com o intuito de construir um conhecimento absolutamente certo e demonstrável de
acordo com o grau de clareza das hipóteses.
As técnicas de recolha de dados a serem aplicadas nesta pesquisa são: observação, inquérito e
entrevista. A técnica de observação, permitirá a colecta de dados para conseguir informações sob
determinados aspectos da realidade usando a técnica de inquérito, onde os alunos serão submetidos
a testes de motivação 1 e 2, e testes de aprendizagem 1 e 2. Os alunos serão submetidos primeiro
ao teste de motivação 1, com o intuito de avaliar o nível de motivação dos alunos no seu interesse
em aprender sobre a violência escolar com curta-metragem. Em seguida introduzir-se-á o teste de
aprendizagem 1 que permitirá fazer um diagnóstico psicopedagógico nos alunos no que tange o seu
grau de conhecimento sobre a violência escolar.
A população a ser estudada será composta por alunos da Escola Secundária Mateus Sansão
Mutemba, 9ª Classe. A amostra será de uma turma. E o critério de selecção da amostra, será por
conveniência.
Adobe Premiere6: esta ferramenta vai auxiliar na edição das cenas captadas e nos arranjos finais de
pós-produção (cortes, transições, correção de cor, etc.) para a sua exportação e divulgação.
Adobe Audition7: esta ferramenta irá auxiliar no tratamento de som (remoção de ruído e adição de
efeitos sonoros).
Adobe After Effects8: esta ferramenta será útil na medida em que será empregue para adição de pós
efeitos de animação ou motion graphics.
Gravador de Som9: este aplicativo vai auxiliar na gravação das falas dos personagens.
6
Adobe Premiere – é um programa de computador, da empresa Adobe Systems, que é empregado para edição de vídeos
profissionais.
7
Adobe Audition – é um programa de computador, da empresa Adobe Systems, designado estação de trabalho de
áudio digital, com multipistas, ambiente não destrutivo de edição de e mistura, assim como edição waveform
(destrutiva), que é empregado profissionalmente para tratamento de som.
8
Abobe After Effects – é um programa de criação de gráficos com movimento e efeitos visuais da empresa Adobe
Systems.
9
Gravador de Som- é um aplicativo de smartfone gratuito que permite gravar e editar sons.
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4. Resultados esperados
5. Cronograma de actividades
Meses (2021-2022)
Actividades
Dezembro Janeiro Fevereiro Março
Escolha do tema e
x x
pesquisa bibliográfica
Trabalho de campo x x x x
Compilação de dados x x
Redação da
x x x
monografia
Revisão linguística x x
Entrega da monografia x
Defesa da monografia x
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6. Orçamento
Tripé 1 3.000Mt
Computador 1 0
Flash 1 750Mt
Referências Bibliográficas
BLANCHARD, Kenneth; PEACE, N. Vincent. (1989). O poder da gestão ética. Difusão Cultural.
Lisboa.
DE MATOS, Catarina Raposo Santos. (2018). A curta-metragem como recurso didáctico na aula
de português língua estrangeira. Relatório realizado no âmbito do Mestrado em Português Língua
Segunda/ Língua Estrangeira. Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Porto.
DOS SANTOS, Helena. A Violência Presente nas Relações entre Alunos e Professores no
Contexto Escolar: Um Estudo Bibliográfico. Artigo apresentado como trabalho de conclusão do
curso de pós-graduação em Educação e Direitos Humanos. Universidade do Sul de Santa Catarina.
Araranguá.
ESQUIERRO, Lilia Maria Cardoso. (2011). Violência na escola: o sistema de proteção escolar
do governo do Estado de São Paulo e o professor mediador escolar e comunitário. Dissertação
(Mestrado em Educação). Centro Universitário Salesiano de São Paulo. São Paulo.
GADOTTI, M. et al. (1989). Pedagogia: Diálogo e Conflito. 4ª Ed. Paz e Terra. Rio de Janeiro.
GIL, António Carlos. (2008). Como elaborar projectos de pesquisa. 5ª Ed. Atlas. São Paulo.
MINAYO, M. C. S. (1994). Violência Social de uma Perspectiva de Saúde Pública. Rio de Janeiro.
RIBEIRO, Carla Gil. (2013). A curta-metragem como recurso didático para a aula de E/LE.
Relatório da prática pedagógica. Universidade de Coimbra.
VENTURINI, Aline Dal Bem. (2017). Produção de curtas metragens como recurso para
educação inclusiva. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal de Santa Maria. Santa Maria,
RS.
VENTURINI, Aline Dal Bem; MADEIROS, Liziany Muller. (2018). Curta-Metragens como
Ferramenta Tecnológica na Educação Inclusiva. Vol. 14. Nº 2. Revista Educação, Artes e
Inclusão.