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Explica porque que, para alguns autores, o problema do livre – arbítrio permanece

em aberto e cuja resposta tem um interesse prático


Todos os autores têm um ponto de vista diferente, porém alguns deles continuam a
lidar com problema do livre-arbítrio.
O que é o problema do livre-arbítrio?
O problema do livre-arbítrio consiste no conflito entre duas perspetivas que podemos
ter de nós e da nossa posição no universo, isto é, o livre-arbítrio e o determinismo. Ou
seja, da ideia de vontade livre, em que as consequências das ações que cometemos
sejam unicamente dependentes de nós, como por exemplo: escolher entre a vida e a
morte.
E da ideia de que tudo o que nos acontece é proveniente de alguma consequência
necessária e inevitável do passado ou das leis da natureza, em que tudo o que
acontece seja inteiramente determinado por fatores que nós não controlamos, por
exemplo: acender um fósforo.
Porém, se de acordo com o determinismo tudo tem uma consequência já determinada
e inevitável, a liberdade parece totalmente inalcançável. Então, poderíamos dizer que o
livre-arbítrio e o determinismo se completam? Ou o sentido de liberdade é apenas
uma ilusão das nossas cabeças?
Existem 3 teorias que pode responder a tais perguntas: Teorias Compatibilistas, ou
seja, o determinismo moderado que defende que embora haja determinismo o ser
humano sempre terá o seu próprio livre-arbítrio, um exemplo disso é se um agente
escolher estudar em vez de jogar, nada obrigou este agente a escolher uma coisa ou
outra, logo, podemos dizer que o agente foi constrangido por fatores e/ou causas
anteriores. Porém, se o agente for obrigado a estudar pelos pais, logo o agente foi
constrangido pelos mesmos, pois não teve escolha sobre o que iria fazer.
E as Teorias Incompatibilistas, ou seja, determinismo radical, que defende que o ser
humano não possui livre-arbítrio, isto é, se um agente escolher ir pela passadeira da
direita e não pela da esquerda ou a da frente, ele cometeu essa ação pois assim estava
determinado por causas anteriores inevitáveis, o agente não poderia escolher
nenhuma das outras opções. E o liberalismo, que defende que o ser humano não tem
determinismo, isto é, se o agente escolher ir pela passadeira da direita e não pela
esquerda ou a da frente, o mesmo cometeu essa ação porque assim o quis, ele poderia
ter escolhido qualquer uma das outras opções.
Sendo assim, há uma resposta para o problema do livre-arbítrio?
Como em muitos outros casos de problemas filosóficos, onde cada filósofo tem a sua
opinião e ponto de vista sobre cada problema, podemos concluir que não, pois não há
uma resposta conceitual. Logo, o problema do livre-arbítrio vai continuar um problema
em aberto.

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