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COMPILAÇÃO DOS INFORMATIVOS DO DIZER O DIREITO –

2023

www.dizerodireito.com.br

INFOS 1082, 1083, 1084, 1085, 1086, 1087, 1088, 1089

 DIREITO ADMINISTRATIVO
 DIREITO AMBIENTAL

STJ 694 -
 DIREITO CIVIL

IMPORTANTE!!! STJ 723 -


 DIREITO CONSTITUCIONAL

Baixa relevância STF 1082 - CULTURA - STF assegurou o repasse de recursos ao setor cultural nos Estados,
Municípios e Distrito Federal, conforme previsto na Lei Paulo Gustavo (LC 195/2022) até o dia 31 de dezembro de
2023.
Diante da inércia do Poder Executivo em adotar providências para cumprir de modo integral e tempestivo a decisão do
STF que suspendeu os efeitos da MP 1.135/2022 e manteve a obrigatoriedade da entrega dos recursos financeiros
destinados a apoiar o setor cultural e de eventos, é legítima a prorrogação do prazo de execução financeira até o final
do ano de 2023, a fim de garantir a eficácia da medida cautelar deferida e referendada oportunamente. STF. Plenário.
ADI 7232 TPI-Ref/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 02/02/2023 (Info 1082).

IMPORTANTE!!! STF 1082 - CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE - Os efeitos temporais da coisa julgada


nas relações jurídicas tributárias de trato sucessivo são imediatamente cessados quando o STF decidir em sentido
oposto em controle concentrado de constitucionalidade ou recurso extraordinário com repercussão geral
Tese fixada: 1. As decisões do STF em controle incidental de constitucionalidade, anteriores à instituição do regime de
repercussão geral, não impactam automaticamente a coisa julgada que se tenha formado, mesmo nas relações jurídicas
tributárias de trato sucessivo. 2. Já as decisões proferidas em ação direta ou em sede de repercussão geral interrompem
automaticamente os efeitos temporais das decisões transitadas em julgado nas referidas relações, respeitadas a
irretroatividade, a anterioridade anual e a noventena ou a anterioridade nonagesimal, conforme a natureza do tributo.
STF. Plenário. RE 955.227/BA, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 8/02/2023 (Repercussão Geral – Tema 885)
(Info 1082). STF. Plenário. RE 949.297/CE, Rel. Min. Edson Fachin, redator do acórdão Min. Roberto Barroso, julgado em
8/02/2023 (Repercussão Geral – Tema 881) (Info 1082).

A declaração de inconstitucionalidade em recurso extraordinário com repercussão geral possui efeitos vinculantes e
eficácia erga omnes A declaração de inconstitucionalidade, em sede de recurso extraordinário com repercussão geral,
também possui efeitos vinculantes e eficácia erga omnes, da mesma forma que o julgamento de uma ação de controle
abstrato de constitucionalidade.
Se o STF, em recurso extraordinário sob a sistemática da repercussão geral, decidir que determinada lei é
inconstitucional, a resolução do Senado prevista no art. 52, X, da CF/88 possuirá a finalidade apenas de dar
publicidade para a decisão. Isso significa que, mesmo antes dessa resolução ser eventualmente editada, a decisão do
STF já possui efeitos vinculantes erga omnes. Houve uma mutação constitucional do art. 52, X, da CF/88, para as
decisões proferidas em recurso extraordinário com repercussão geral. STF. Plenário. RE 955.227/BA, Rel. Min. Roberto
Barroso, julgado em 8/02/2023 (Repercussão Geral – Tema 885) (Info 1082). STF. Plenário. RE 949.297/CE, Rel. Min.
Edson Fachin, redator do acórdão Min. Roberto Barroso, julgado em 8/02/2023 (Repercussão Geral – Tema 881) (Info
1082).

Imagine a seguinte situação hipotética: Em 1990, a sociedade empresária Alfa S/A impetrou mandado de segurança pedindo
para não pagar a contribuição social sobre o lucro (CLSS), instituída pela Lei nº 7.689/88, em razão de ela ser inconstitucional
já que seria necessária a prévia edição de uma lei complementar. O pedido foi julgado procedente e transitou em julgado em
maio de 1992. A União não ajuizou ação rescisória. Depois da coisa julgada, STF decidiu, em controle difuso (sem
repercussão geral), que a Lei nº 7.689/88 é constitucional. Em 2007, o STF decidiu, em ação direta, que a Lei nº 7.689/88 é
constitucional.

Aplicando esse entendimento ao caso hipotético: • a empresa Alfa não precisa pagar a CSLL até 2007; • assim, a decisão
proferida pelo STF no RE 138284, julgado em 1992, não impactou a coisa julgada que ela tinha em seu favor. Isso porque ela
foi proferida em controle incidental sem repercussão geral; • porém, a decisão do STF prolatada em 2007 na ADI 15 impactou
automaticamente a coisa julgada que a empresa tinha em seu favor. Isso porque essa decisão foi em ação direta; • a decisão
proferida pelo STF na ADI 15 interrompeu automaticamente os efeitos temporais da coisa julgada que a empresa Alfa tinha
em seu favor considerando que essa decisão transitada em julgado estava em sentido contrário ao entendimento do STF
firmado com eficácia vinculante e efeitos erga omnes; • logo, a partir de 2007 (ADI 15), a CSLL voltou, em tese, a ser devida
mesmo para a empresa Alfa, respeitadas a irretroatividade e a anterioridade anual.

IMPORTANTE!!! STF 1082 - COMPETÊNCIAS LEGISLATIVAS É formalmente inconstitucional lei estadual que
proíba linguagem neutra nas escolas - É inconstitucional —por violar a competência privativa da União para legislar
sobre diretrizes e bases da educação nacional (art. 22, XXIV, CF/88) — lei estadual que veda a adoção da “linguagem
neutra” na grade curricular e no material didático de instituições de ensino públicas e privadas, assim como em editais
de concursos públicos locais. Tese fixada pelo STF: Norma estadual que, a pretexto de proteger os estudantes, proíbe
modalidade de uso da língua portuguesa viola a competência legislativa da União.
De início, é importante esclarecer que a competência para legislar sobre educação é concorrente, nos termos do art. 24, IX, da
CF/88. Assim, embora os Estados-membros possuam competência para legislar concorrentemente sobre educação, devem
observar as normas gerais editadas pela União, conforme determinam os parágrafos do art. 24 da CF/88.
O art. 9º, IV, da Lei de Diretrizes e Bases prevê que compete à União estabelecer competência e diretrizes para a educação
infantil, de modo a assegurar formação básica comum. No âmbito da competência concorrente, cabe à União estabelecer
regras minimamente homogêneas em todo território nacional. O que se viu na lei estadual, contudo, foi uma violação a esse
tratamento nacional da língua portuguesa. Isso porque o art. 3º da Lei de Rondônia estabeleceu regra específica sobre o modo
de utilização da língua portuguesa na grade curricular de escolas públicas e privadas do Estado de Rondônia, de modo que
disciplinou como o ensino do idioma oficial deve ser feito naquele território. A partir do momento em que se assenta que o
idioma oficial deve ser tratado de modo uniforme em todo o território nacional conclui-se que não é dado aos entes estaduais
estabelecer proibições ou permissões locais. Eventuais proibições terão que ser discutidas e promovidas, se for o caso, em
âmbito nacional.
STF. Plenário. ADI 7019/RO, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 10/02/2023 (Info 1082).

STF 1083 - TRIBUNAL DE CONTAS São constitucionais as normas do Tribunal de Contas do Estado que
regulamentam práticas de fiscalização e prestação de contas de recursos públicos repassados a entidades privadas sem
fins lucrativos, por meio do Sistema Integrado de Transferências (SIT) ODS 10, 16 E 17 É legítima — desde que
observados os respectivos limites de controle externo, a precedência das disposições legais (princípio da legalidade) e as
prerrogativas próprias conferidas aos órgãos do Poder Executivo — a edição de atos normativos por tribunais de
contas estaduais com o objetivo de regulamentar procedimentalmente o exercício de suas competências constitucionais.
STF. Plenário. ADI 4872/PR, Rel. Min. Marco Aurélio, redator do acórdão Min. Gilmar Mendes, julgado em 15/02/2023 (Info
1083).
 DIREITO DO CONSUMIDOR

IMPORTANTE!!! STJ
 DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

IMPORTANTE!!! STJ 687 –


.
 DIREITO ELEITORAL

STF
 DIREITO EMPRESARIAL
 DIREITO FINANCEIRO

IMPORTANTE!!! STF

 DIREITO INTERNACIONAL

IMPORTANTE!!! STF
.
 DIREITO NOTARIAL E REGISTRAL

STF

 DIREITO PENAL

IMPORTANTE!!! STJ
 DIREITO PENAL MILITAR

 DIREITO PREVIDENCIÁRIO

 DIREITO PROCESSUAL CIVIL

IMPORTANTE!!! STF 1082 – EXECUÇÃO É constitucional o art. 138, IV, do CPC, que prevê medidas atípicas
destinadas a assegurar a efetivação dos julgados
São constitucionais — desde que respeitados os direitos fundamentais da pessoa humana e observados os valores
especificados no próprio ordenamento processual, em especial os princípios da proporcionalidade e da razoabilidade
— as medidas atípicas previstas no CPC/2015 destinadas a assegurar a efetivação dos julgados.
No caso do processo de execução, a adoção de medidas indutivas, coercitivas, mandamentais ou subrogatórias apresenta-se
como um importante instrumento para permitir a satisfação da obrigação que está sendo cobrada (obrigação exequenda).
Com isso, podemos dizer que esse dispositivo homenageia (prestigia) o “princípio do resultado na execução”. As medidas
executivas atípicas, sobretudo as coercitivas, não são penalidades judiciais impostas ao devedor, pois, se assim fossem,
implicariam obrigatoriamente em quitação da dívida após o cumprimento da referida pena, o que não ocorre. Por esse
motivo, essas medidas previstas no art. 139, IV, do CPC não representam uma superação do dogma da patrimonialidade da
execução, uma vez que são os bens - e apenas os bens - do devedor que respondem pelas suas dívidas. O que o art. 139, IV,
do CPC permite é que, mesmo a execução sendo patrimonial, sejam impostas restrições pessoais como método para vencer a
recalcitrância do devedor.
Assim, é inviável a pretensão abstrata formulada pelo autor de retirar determinadas medidas do leque de ferramentas
disponíveis ao magistrado para fazer valer o provimento jurisdicional, sob pena de inviabilizar a efetividade do próprio
processo, notadamente quando inexistir uma ampliação excessiva da discricionariedade judicial. O art. 138, IV, do
CPC/2015 traz uma cláusula geral de medidas atípicas, mas isso tem uma razão de ser. A previsão de uma cláusula geral,
contendo uma autorização genérica, se dá diante da impossibilidade de a legislação considerar todas as hipóteses possíveis
no mundo contemporâneo, caracterizado pelo dinamismo e pelo risco relacionados aos mais diversos ramos jurídicos. Assim,
as medidas atípicas devem ser avaliadas de forma casuística, de modo a garantir ao juiz a interpretação da norma e a melhor
adequação ao caso concreto, aplicando ao devedor ou executado aquela que lhe for menos gravosa, mediante decisão
devidamente motivada. Vale ressaltar, contudo, que a discricionariedade judicial não se confunde com arbitrariedade, razão
pela qual qualquer abuso deverá ser coibido pelos meios processuais próprios, que são os recursos previstos no ordenamento
processual.
STF. Plenário. ADI 5941/DF, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 9/02/2023 (Info 1082).

IMPORTANTE!!! STF 1082 - PROCESSO COLETIVO: A tese firmada no Tema 1.119 da repercussão geral não se
aplica para as associações genéricas.
Não se aplica às associações genéricas — que não representam qualquer categoria econômica ou profissional
específica — a tese firmada no Tema 1.119 da sistemática da repercussão geral, sendo insuficiente a mera
regularidade registral da entidade para sua atuação em sede de mandado de segurança coletivo, pois passível de
causar prejuízo aos interesses dos beneficiários supostamente defendidos.
A situação concreta, com adaptações, foi a seguinte: A Associação Brasileira de Contribuintes (ABCT) impetrou mandado
de segurança coletivo para garantir o direito líquido e certo dos contribuintes do país de “não se submeterem à ilegal e
inconstitucional inclusão dos valores do ICMS na base de cálculo do PIS e da COFINS, tendo em vista que tais montantes
não se enquadram nos conceitos de ‘receita bruta’ ou ‘faturamento’”. O processo foi extinto sem resolução do mérito em
razão de a associação não ter juntado a lista individualizando os associados que autorizaram a entidade associativa a
demandar em seu nome. Recurso da associação A associação recorreu alegando que o mandado de segurança coletivo é uma
hipótese de substituição processual, por meio da qual o impetrante, no caso a associação, atua em nome próprio defendendo
direito alheio, pertencente aos associados ou parte deles. Logo, é desnecessária, para a impetração do mandamus, a
apresentação de autorização dos substituídos ou mesmo lista nominal
O STF acolheu os argumentos da União e afirmou que é necessário que a associação determine minimamente quais são os
seus fins sociais. Afinal, a criação de uma entidade sem objetivos estabelecidos constitui violação ao devido processo legal
por ser usada indevidamente como substituta processual. No caso concreto, o STF considerou que a ABCT não estabelece
claramente o grupo de indivíduos que representa.
A tese firmada no Tema 1.119 se fundamenta na premissa de que a associação representa uma categoria profissional.
Portanto, não se aplica a este caso, pois a ABCT tem caráter genérico e poderia representar qualquer contribuinte
brasileiro.
STF. 2ª Turma. ARE 1.339.496 AgR/RJ, Rel. Min. Edson Fachin, redator do acórdão Min. André Mendonça, julgado
em 7/02/2023 (Info 1082).
 DIREITO PROCESSUAL PENAL

IMPORTANTE!!!
 DIREITO DO TRABALHO

STJ 688).
 DIREITO TRIBUTÁRIO

 DIREITO URBANÍSTICO

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