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Resumo
Apresentação do trabalho.
Este não trabalha na empresa, não toma decisões sobre a mesma e não participa de seus resultados financeiros.
Um banco estatal, uma empresa estatal e um órgão público. O banco era seu
maior cliente e respondia por 90% (noventa por cento) de suas atividades e
faturamento.
Diagnóstico.
As obras dos clientes dessa empresa são contratadas mediante licitação; pregão
eletrônico no caso do banco estatal e envelope fechado no caso da empresa
estatal e do órgão púbico.
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A empresa estatal e o órgão público enviam uma planilha detalhada dos
componentes do custo do serviço; como materiais, medidas físicas e pessoal
ocupado por atividade, mas não fornece um preço máximo, nem mínimo de
referência para tais custos.
O banco estatal contrata uma firma que projeta a obra, elabora uma planilha
eletrônica de serviços e preços, fiscaliza e recebe a obra quando terminada e,
autoriza ou não o pagamento do serviço conforme o resultado. A firma do projeto
disponibiliza, quando da licitação, esta planilha contendo os serviços a serem
realizados. Detalhando cada atividade, os materiais gastos, as medidas físicas e
pessoal ocupado por atividade, tudo com os custos estimados. São custos muito
bons para a participante do pregão da obra. Para se chegar ao preço de venda do
serviço, a empresa executora da obra aceita ou recalcula estes custos conforme
seu entendimento e multiplica-os pelo BDI que lhe for correto.
Não havia planejamento e orçamento de obra, para tudo estimava um custo que
achava que dava. Não se media nada, não se fiscalizava nada, gastava-se à
vontade. Controle de qualidade não existia.
Como não havia preocupação com o término e a qualidade das obras, o cliente
não pagava no tempo certo e aí os custos subiam.
Como não havia preocupação com os gastos, outra vez os custos subiam.
Daí, nada era pago em dia pela empresa e, mais uma vez os custos subiam.
Não era sabido se o volume de obras estava bom, pensava-se que os preços das
obras eram bons, não havia alocação de custos, não havia preocupação com os
custos fixos. Não havia fluxo de caixa e nem caixa.
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Para realizar esse trabalho, não realizei nenhuma entrevista com funcionários.
Uma postura interessante deste empresário é a de que, apesar de ele não saber
dar todas as informações acerca do negócio e nem da empresa, ele não esconde
nada. Pude, assim, vasculhar, dentro da empresa, o que precisei, acerca dela,
onde e como bem entendi ir e fazer.
Pré-Projeto
Sistema de Viabilidade Empresa
Reuniões de influências para mudanças comportamentais e de
procedimentos.
PRÉ-PROJETO
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Equipamentos acessórios para a obra
Custo financeiro da obra
Depreciação de máquinas
Formação do preço de venda da obra
A formação do preço de venda de obra, neste micro programa, teve apenas um caráter analítico, já que aqui os
custos fixos são colocados manualmente, não estão integrados ao sistema maior da empresa. Os outros
componentes deste micro programa são funcionais por não dependerem, para sua validação, dos custos fixos da
empresa.
VIABILIDADE EMPRESA.
Este sistema foi adaptado de um programa que eu já tinha criado para o varejo;
Tomada De Decisão.
Ele criou recursos que permitiram visualizar a situação da empresa no dia-a dia e,
gerou condições de calcular corretamente o preço de venda das obras da
empresa.
Como foi dito, este empresário nunca conseguiu me explicar o que era o BDI. Era
necessário provar-lhe que o BDI era, em valor absoluto, o montante monetário
para sua empresa cobrir os custos variáveis sobre o preço de venda da obra,
pagar os custos fixos da empresa e cobrir o lucro que ele projetou para a empresa
ou estabeleceu para uma certa obra e, que ninguém poderia determinar aquele
BDI a não ser a sua empresa e o projeto que ele havia traçado para a mesma.
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O BDI, em valor relativo, nos procedimentos desta empresa, é a taxa de marcação da formação de preços no
varejo. Comprovadamente.
Como ele não sabia bem o que era BDI, não tinha uma noção clara da influência
dos custos fixos da empresa no preço de venda de obras e, apenas estimava os
custos variáveis sobre o faturamento, ele considerava que o lucro era o resultante
da subtração do faturamento menos os impostos, menos o custo visível da obra.
Como, para chegar a um preço de venda correto, era preciso saber dos custos
fixos da empresa em valores relativos, foi desenvolvido o sistema VIABILIDADE
EMPRESA.
O lado do sistema que mais o fez repensar sobre a empresa foi o fluxo de caixa,
onde ele pode enxergar, de modo continuado, das necessidades e
disponibilidades da empresa num período mais longo, tomando, assim,
consciência de suas decisões sobre a empresa e a atividade.
Deste modo, ele paralisou esta atividade, iniciando uma nova atividade junto ao
mesmo banco estatal a de avaliação de imóveis novos e usados para
financiamentos, vistoria de construções de imóveis financiados e, a medição de
obras públicas cujos recursos são geridos por este banco estatal.
Hoje, a empresa obtém bons resultados financeiros nesta sua nova atividade,
mesmo tendo faturamento bem menor do que na antiga atividade. Suas dívidas,
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geradas pela antiga atividade, estão negociadas, sendo pagas regularmente e
ainda está formando uma poupança para sua entrada em uma outra atividade,
derivada dessa atual, que está em fase de projeto.
Durante este trabalho fiz várias reuniões com o empresário com o objetivo de
orientá-lo a mudar seu comportamento e seus procedimentos empresariais.
Ela realiza suas obras mediante contratos via licitação, com todos os impostos
federais e o municipal, pagos no ato do recebimento da fatura de cada obra
concluída. O contratante lhe paga o valor da fatura já liquido dos impostos.
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em um de seus componentes, reflete, imediatamente, seus resultados nos outros,
gerando informações precisas e úteis para a tomada de decisões financeiras
gerenciais, econômicas e estratégicas da empresa.
Analítico Econômico
Componentes de custo e venda de obras
Fluxo de Caixa
Caixa Movimento (Caixa Geral)
Balanço Patrimonial
Ponto de Equilíbrio Comercial
Ponto de faturamento desejado
Índices (Indicadores econômicos)
Analítico Econômico
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Seu período de análise, como o dos demais instrumentos, é de um ano.
Ele não demonstra, por sua lógica, que sejam analisadas as influencias dos
recebimentos das vendas e as influencias dos estoques nos resultados. Isto é
visto no fluxo de caixa e no balanço patrimonial.
Dele fazem parte os faturamentos, PIS, Cofins, CSL, IRPJ, impostos municipais,
CPMF, faturamento líquido, custo das obras vendidas, margem de contribuição,
registro dos custos fixos (incluindo provisão para férias sobre salários fixos e
provisão para décimo terceiro salário sobre salários fixos), lucro líquido
operacional, ponto de equilíbrio comercial e ponto de faturamento projetado.
E recebe:
Do Caixa, o valor realizado das vendas de obras do período em questão.
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Componentes de custo e venda de obras
Nele é calculado, de modo dinâmico, o preço de venda das obras, utilizando, para
cada uma, de todos seus custos diretos; chegando-se ao custo da obra a ser
vendida.
Ao preço que a obra será vendida, além deste custo são incorporados os custos
variáveis ou custos diretos de venda, os custos fixos da empresa e o lucro
pretendido.
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O ISSQN
A soma destas deduções sobre a venda
O custo direto da obra vendida
A venda líquida
A margem de contribuição para o custo fixo e o lucro
O custo fixo e
O lucro
O valor dos custos diretos a pagar das operações relativas ao período em questão, para o Fluxo de Caixa.
O valor do custo das obras vendidas destas operações relativas ao período em questão, para o Analítico Econômico.
O valor do saldo a pagar a fornecedores das operações relativas ao período em questão, ao Balanço Patrimonial.
O valor das vendas realizadas no período em questão. Para o Caixa.
E, recebe:
Do Analítico Econômico, o percentual dos custos fixos sobre a venda no período em questão.
Fluxo De Caixa
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É aqui que se encontra o espírito da gestão financeira da empresa e,
conseqüentemente, o centro de onde começa todo o processo de tomada de
decisões da gestão financeira e estratégica da empresa.
E recebe:
Do caixa os valores das vendas realizadas em períodos anteriores, que vão para o seu realizado no período.
Do caixa os valores dos pagamentos realizados no período, que vão para o seu realizado no período.
Do caixa todos os valores das vendas do período, que vão para o seu a realizar nos períodos subseqüentes.
Do caixa os valores dos ingressos não operacionais injetados pelos sócios, pelas reservas de lucros ou vindos de
empréstimos ou financiamentos, que vão para o saldo de caixa inicial do período destas ocorrências.
Do Analítico Econômico todos os valores a pagar, exceto os valores a pagar de fretes e fornecedores, que vão para o
seu a realizar nas datas de seus vencimentos.
Do analítico Econômico o valor do lucro operacional projetado previsto.
Do compra e Faturamento os valores de fretes e fornecedores do período, que vão para o seu a realizar nos períodos
subseqüentes.
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Ainda no Fluxo de Caixa
Saídas
No fluxo de caixa elas são alocadas do Analítico Econômico, cada uma em seu
respectivo vencimento. Só não são alocadas do analítico econômico as saídas,
que pela sua construção, não se encontram nele inseridas ou calculadas
explicitamente. São as saídas para pagamento de fornecedores e fretes que vem
do Compra e Faturamento e os pagamentos de empréstimos e financiamentos
que vem do Caixa.
Caixa Operacional
Resultado financeiro operacional das atividades da empresa a cada período. São
operacionais todos os ingressos e saídas que fazem parte direta e exclusivamente
de suas atividades comerciais, ou seja, receitas, custos e despesas funcionais.
Caixa Disponível
Caixa disponível é o resultado financeiro da empresa em tempo real,
considerando todos os ingressos e saídas que compõe o fluxo financeiro;
ingressos e saídas operacionais e não operacionais. É o disponível financeiro que
passa de um período para o outro.
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(*)O lucro líquido operacional projetado para o período é calculado no analítico econômico.
Elementos do caixa:
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O Caixa envia as informações sobre:
Os valores das vendas realizadas no período, aos recebimentos previstos nos períodos subseqüentes do Fluxo de
Caixa.
Os valores dos pagamentos realizados no período, ao realizado no período do Fluxo de Caixa.
Os valores das vendas realizadas no período, ao respectivo período do Analítico Econômico.
Os valores de ingressos não operacionais injetados pelos sócios, pelas reservas de lucros ou vindos de empréstimos
ou financiamentos.
O valor dos empréstimos ocorridos durante o ano ao passivo exigível a longo prazo, do Balanço Patrimonial, que é
deduzido do valor pago no ano do Fluxo de Caixa, chegando-se ao saldo final.
O valor do capital integralizado pelos sócios no início da atividade mais os aportes no correr do ano ao passivo exigível
a longo prazo, do Balanço Patrimonial, que é deduzido do valor reembolsado aos sócios no ano do fluxo de Caixa,
chegando-se ao saldo final.
O valor disponível em caixa no final do ano ao ativo flutuante do Balanço Patrimonial.
O valor do saldo em contas bancárias no final ano ao ativo flutuante do Balanço Patrimonial.
E recebe:
O valor das vendas ocorridas do Compra e Faturamento e as distribui em conforme seus vencimentos.
O valor necessário aos pagamentos no período do Fluxo de Caixa e decide do valor a ser retirado de bancos para os
pagamentos.
O valor dos recebimentos previstos para o período do Fluxo de caixa.
Balanço Patrimonial
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Ponto de Equilíbrio comercial
É o valor de um faturamento que a empresa tem que obter para cobrir todos os
seus custos e despesas e obter um lucro zero.
São instrumentos que, por seus cálculos e análises, permitem conhecer a gestão
da empresa. Por meio deles é possível identificar os pontos positivos e negativos
da estratégia gerencial da empresa.
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Índice de garantia do capital de terceiros
Indica quanto existe de capital próprio para cada unidade de capital de terceiros. É normal estar entre 0,34 e 1,85.
Taxa de retorno sobre o investimento
Indica a proporção de retorno do investimento total no exercício.
Taxa de retorno sobre o patrimônio líquido
Indica a parcela de retorno do patrimônio líquido no período em análise.
Índice de giro do ativo
Indica quantas vezes girou o investimento total no período. No ativo está demonstrado em que foram aplicados os
recursos. Assim, o total do ativo representa o montante de investimentos no negócio.
Índice de posicionamento da atividade
Indica as influências do ciclo operacional no fluxo de caixa, pois está relacionando o prazo médio para vender, o
prazo médio para receber e o prazo médio para pagar o produto vendido. O nível ideal do posicionamento da
atividade é menor ou igual a 1 (um) porque, para essa condição a soma do prazo médio para rotação do estoque
mais o prazo médio para recebimento das vendas deve ser menor ou igual ao prazo médio para o pagamento das
compras.
Índice de investimentos em contas a receber
Indica o valor de recursos financeiros gastos especificamente para comprar ou produzir, para então vender pelo
crédito comercial. Como o custo fixo independe do volume de produção ou vendas da empresa, o investimento em
contas a receber corresponde aos custos variáveis, custos diretamente envolvidos na produção ou venda, mais o
custo da mercadoria produzida ou vendida. Considerando o custo das contas a receber como um dado já definido,
o valor do investimento neste ativo dependerá de seu giro. Como o giro das contas a receber depende do prazo
médio de cobrança, quanto maior for esse último, maior será o investimento em contas a receber.
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