Estagiaria: Sheila Antonio Sitoe Monitora:Danielle Paz 2013
DEFINIÇÃO
A Deficiência Mental, segundo a Associação
Americana de Desenvolvimento: é a “condição na qual o cérebro está impedido de atingir um desenvolvimento adequado dificultando a aprendizagem no indivíduo, privando-o de ajustamento social”. (Fonseca, 1995; p.43). 2013
Entre as causas da deficiência mental, destacam-se os pré-natais
(antes do parto), os perinatais (durante o parto) e os pós-natais. Nos pré-natais, estão as causas genéticas metabólica, as más formações cerebrais (síndrome microcefálicas, macrocefálicas e mal formações do sistema nervoso) e doenças familiares.
Também estão as infecções intra-uterinas, drogas teratógenas.
Durante o parto estão os traumatismos de parto, a falta de oxigenação no nascimento, anóxia, prematuridade, infecções.
No pós-natal os fatores nutricionais, as afecções do sistema nervoso
central, os traumatismos cranianos, a falta de estímulos sensoriais, motores e emocionais, moléstias, intoxicações exógenas e convulsões. Durante a gravidez deve ser evitado o contato com pessoas portadoras de doenças infecciosas, tais como: sarampo, rubeóla, catapora; estas doenças infecciosas podem ser a causa de deficiências, de lesões cerebrais, para a criança que vai nascer. 2013
Isso tudo ocasiona um desenvolvimento lento,
atrasado em relação a uma criança considerada normal. Apresenta dificuldade na discriminação dos objetos, na sua percepção exata, quer por deficiências dos sentidos, quer por confusão de figuras-fundo ou outras causas perturbadoras que prejudicam o aprendizado. 2013
TIPOS DE DEFICIÊNCIA, SEGUNDO
CLASSIFICAÇÕES DA AAMD
Fonte: Fonseca, 1995; p.35
2013
Para Fonseca, “essas classificações são úteis, mas terão de ser
encaradas com várias limitações e cuidados, quer no plano do diagnóstico, quer no plano educacional”. (Fonseca, 1995; p.36).
A identificação precoce da deficiência mental, não só evita problemas
futuros, como tende a eliminar condições que agravam o desenvolvimento. A doença poderá ser diagnosticada no laboratório, enquanto a criança estiver no berçário, mediante técnicas especiais. Essas técnicas incluem um simples exame de sangue, extraído do calcanhar do recém nascido e ou crianças até dois meses de vida, num papel apropriado, este teste é chamado: “Teste do Pezinho”. 2013
Este teste identifica dois tipos de deficiência mental: A
fenilcetonuria (PKU) e o Hipotireoidismo (T4). (Jornal da Apae – Ano 4 – nº1, 1984; p.5).
A PKU é a falta de enzima, o organismo não consegue
eliminar e metabolizar o aminoácido chamado fenilanina e este em excesso no sangue, torna-se tóxico em todo o organismo, atacando principalmente o cérebro, provocando, assim, insuficiência intelectual. Os sintomas da doença aparecem a partir do quarto ou sexto mês de vida, quando já começa haver comprometimento cerebral 2013
O Hipotireoidismo caracteriza-se pela falta de uma enzima
impossibilitando que o organismo forme o T4, hormônio da tiróide que é de fundamental importância em especial no crescimento cerebral. A doença é hereditária, a maioria das crianças que tem esse mal não apresentam sintomas.
O portador de deficiência mental, do mesmo modo que pessoas
normais é capaz de construir sua inteligência, na medida em que a solicitação do meio aonde esta inserido desencadeia o processo de equilibração, que é um dos fatores responsáveis pelo desenvolvimento cognitivo. Por isso é importante que a família o aceite como ele é, estimulando seu convívio social, superando a vergonha e a culpa por ter gerado uma criança com deficiência. 2013
BIBLIOGRAFIA DSM III – R – Manual de Diagnóstico e Estatística de Distúrbios Mentais, 3. São Paulo: Editora Manole; 1989.
DSM – IV – Diagnostic and Stastical Manual of Mental
Disorders – American Psychiatric Association. Porto Alegre: Artes
Médicas; 1995.
Jornal APAE – Ano 4 – nº1; 1984
FONSECA, Vitor da. Educação Especial. Programa de Estimulação
Precoce: Uma Introdução às Ideias de Fuerstein. Porto Alegre: Artes Médicas; 1995.