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Seminários Temáticos em Educação

Nome do aluno(a): Débora Gonzaga Souza


RGM: 26405261
Curso: Pedagogia Semestre: 5
Tipo de Linguagem: Linguagem Literaria
Trabalho analisado ( link ou nome da obra): A Bolsa Amarela
Tutor (a): Felipe

A Bolsa Amarela/ Unidade III

Introdução
A linguagem literária se caracteriza pela variedade de significado que uma palavra
pode assumir em um texto, assim sendo possível que uma única palavra possa ter
múltiplas interpretações, dependendo do senso estético de cada leitor e seu repertório
cultural.

Além da linguagem literária fazer um grande apelo estético, fazendo com que o autor
da obra, se sinta livre na criação das suas obras, desta forma podendo afastar-se dos
padrões da língua. Diante disso o escritor explora a imaginação do leitor, estimulando-o
a participar do texto aguçando a suas curiosidades e seus interesses sobre o texto.

A linguagem literária é uma arte que recria aspectos da realidade em um mundo


imaginário, de forma com que as palavras exploradas assumam interpretações
surpreendentes, e assim causando diversos efeitos estéticos nos leitores.

Desenvolvimento
O livro analisado é a “ A bolsa amarela “ de Lygia Bojunga, publicado em 1976, é um
livro infanto-juvenil, que foi traduzido em vários idiomas, foi encenado no Brasil, na
Bélgica e na Suécia. Recebeu o prêmio O melhor para criança, na FNLIJ (Fundação
Nacional do Livro Infantil) e outros prêmios internacionais.

O Livro conta a história de Raquel, uma menina que era reprimida por sua família, e
que sentia descolocada, por ser filha mais nova, e seus irmãos serem bem mais velhos
que ela, pois os adultos consideram que as crianças não tem vontades. Raquel carrega
consigo três desejos que são: crescer rapidamente, ser um garoto e ser escritora.

Ao ganhar uma bolsa amarela de sua tia Brunilda, Raquel passa a abrigar as suas
histórias e suas vontades, e essas vontades eram tão grandes que a bolsa engordava, e as
vezes acabava saindo dela, oque geralmente causava discusão famíliar a respeito dos
pensamento da menina.

Nesse contexto o livro critica a forma com que as crianças muitas vezes são tratadas
pelos famíliares, tendo com elas diálogos automáticos, onde as crianças não têm espaços
para se expressar, tendo suas privacidades invadidas, e seus desejos e vontades não
considerados. Por isso a personagem expressava o desejo de ser grande, porque só assim
ela conseguiria conversar abertamente com seus familiares, pois como era criança, era
muito difícil Raquel conseguir expor seus pensamentos para eles.

Diante de um imaginário mundo fértil, a menina começa a escrever cartas para um


amigo imaginário, que se chama André, onde ela consegue expressar suas ideias,
sentimentos e desejos sem ser repreendida, em algumas cartas escritas por Raquel a
André fica claro, a indignação dela por não conseguir ser ouvida, ou ter atenção dos
seus familiares, ela acredita que é excluída por ser uma criança.

O livro ainda mostra a diferença de criação de meninos e meninas, por isso o desejo
de Raquel em querer ser um menino, o livro retrata o machismo estrutural por qual a
menina era obrigada a passar, quando as algumas brincadeiras são definidas “para
meninos”, quando o gênero masculino é imposto como superior ao feminino, a
desigualdade de gênero fica claro no livro, por isso há em Raquel o desejo de ser um
menino, pois na maioria das ocasiões eles são mostrados como o gênero superior.

A linguagem escrita apresentasse para Raquel como algo libertador e uma solução
para fugir do seu mundo real, e refugiasse no seu mundo imaginário, criando vários
personagens e histórias, que utiliza elementos reais que faz parte da sua vida, alguns
personagens ela dava características dos seus desejos que eram remidos, de forma que
consegue expressa-lo.

Considerações Finais
Apesar de ser um livro escrito em 1976, A Bolsa Amarela, traz questões bem
recorrentes ainda nos tempos atuais. Permite que nós como leitores se identifiquemos
com a histórias de Raquel, uma menina que muitas vezes era silenciada pela família não
sendo capaz de ser ouvida pelos mesmos.

A escritora ainda nos permite em mergulhar na indagação da persogem quanto as seus


problemáticas, o quanto a veracidade de guardar realmente os desejos dela naquela
bolsa amarela.

O livro é um convite a pensar a respeito do tratamento das crianças, falta de diálago e


compreensão como isso os afeta, e ainda como machismo ainda está presente na nossa
sociedade. Podemos perceber como é fantástico o mundo da imaginação, onde tudo é
possível, e de modo sendo fundamental para desenvolvimento da criança.

Com um livro que utiliza uma linguagem de fácil leitura, possui uma narrativa que nos
faz pensar juntamente com Raquel, de modo criativo podemos desfrutar do imaginário
dela.

Referências

https://www.historiasemmim.com.br/2019/11/23/a-bolsa-amarela/

NUNES, Lygia Bojunga. A bolsa amarela

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