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HISTÓRIA DA LITERATURA

Pressuposto: a história da literatura não é um constructo homogêneo.


Por quê? A história da literatura é o que vamos trabalhar quando vamos dar aula,
quando vamos às escolas. Mexer no cânone e pensar diferente do padrão que já existe
na hora de escolher as leituras é uma grande “consequência” dessa aula. A história da
literatura é um campo fértil, inovador, e que permite inovar bastante.
Participação: trabalho sobre criar uma “história” nova da literatura ou, então, apresentar
um texto teórico que não foi estudado e seja relevante na área.
(Em Abril, durante duas semanas não teremos aula. Depois, em junho, também teremos
um feriado na quinta-feira).
Quando trabalhamos com história da literatura, temos um discurso metalinguístico, pois
trabalhamos muito com a história e com a literatura. A primeira olhada que damos para
um texto, é uma leitura sobre o texto literário – já na história da literatura, o texto é o
primeiro patamar e a história é a metalinguagem, o segundo patamar. Quando
analisamos uma obra e impomos uma determinada perspectiva temporal, entramos
nessa história da literatura – caso contrário, estamos fazendo apenas um estudo crítico.
O termo historiografia (não é um sinônimo exato do termo história da literatura) seria
uma metametalinguagem, quando se fala das histórias da história da literatura. Ou seja,
é o terceiro patamar, quando se estuda a história dentro das histórias de literatura de
determinado assunto.
É importante colocar na balança os conteúdos de História e de Literatura nos textos,
pois muitos trabalham apenas o lado temporal e histórico, deixando o ‘estético’ literário
de lado.
O que é uma história da literatura? Em primeiro lugar, é uma narrativa, que se efetiva
quando contarem sobre aquilo em uma temporariedade. Para seguir com a
historiografia, nós nos questionamos algumas coisas, como: quem é o autor? O que ele
escreveu? Onde ele está na fila da literatura? Quantos livros ele tem? Etc.
A história da literatura é uma metanarrativa – a narrativa é a obra e é feito uma
metanarrativa, pois se fala da obra.
Impossível se falar em história da literatura sem se pensar nos sistemas – de mídia, de
prêmios, etc. Há uma tentativa de captar o maior número de informações; maior
número, porque não há como saber tudo o que se foi dito, escrito. Mas encontrar dentro
do corpus selecionado o maior número de informações é possível. A parcialidade está
em, hoje, determinar todo o conhecimento de um objeto – que é impossível. “Mesmo
que a gente possa falar tudo, sempre haverá algo que não falamos”. E nisso, fica a ideia
de que a lacuna, a falta de algo, é também uma dúvida importante. Pois, às vezes, é o
não-dito que provoca em nós a possibilidade de dizer.
Nos dias atuais, as perguntas feitas para a história, são muito mais importantes do que as
respostas em si.
A História da literatura para além de ser uma narrativa na temporalidade, é uma
narrativa que vai olhar para o passado, pois à história interessava o passado e não o
futuro. Trabalha com o passado, pois os métodos da história da literatura são os
métodos da história, que é feito de retrospectiva.
No Brasil, a história da literatura veio primeiro que a literatura. No Brasil, a história da
literatura foi muito mais prospectiva, guiando o que viria pela frente – sendo assim, é
um fenômeno único brasileiro.
A história da literatura levanta um certo material e os organiza, sendo assim, é uma
organização com critérios diferenciados para se movimentar.
Existem elementos que sugerem para nós a possibilidade de novas ideias, novas
discussões. Por isso, também devemos nos questionar: quem é o historiador? Qual o
lugar de fala deles?
O ambiente da história da literatura é a escola.
No séc 19, a história da literatura conhece seu apogeu por razoes filosóficas, politicas
(pelas constituições das nações), econômicas (ampliação e mistura da sociedade),
espistemologico (dominância da ciência, que dá o modelo de como descrever nas outras
áreas).
Hoje, se faz história da literatura com recortes mais definidos, sem pretensão totalizante.
Desse recorte, se aciona uma série de outros sistema (da cultura, da critica, da historia,
da teoria da literatura etc). Esse pontinho é examinado à luz de outros conhecimentos.

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