(1) A história da literatura não é um constructo homogêneo e permite inovar ao mexer no cânone e escolher novas leituras; (2) Quando trabalhamos com história da literatura, analisamos obras sob uma perspectiva temporal e histórica, mas também devemos considerar o lado estético e literário; (3) A história da literatura é uma narrativa metadiscursiva que organiza o material literário de acordo com critérios específicos.
(1) A história da literatura não é um constructo homogêneo e permite inovar ao mexer no cânone e escolher novas leituras; (2) Quando trabalhamos com história da literatura, analisamos obras sob uma perspectiva temporal e histórica, mas também devemos considerar o lado estético e literário; (3) A história da literatura é uma narrativa metadiscursiva que organiza o material literário de acordo com critérios específicos.
(1) A história da literatura não é um constructo homogêneo e permite inovar ao mexer no cânone e escolher novas leituras; (2) Quando trabalhamos com história da literatura, analisamos obras sob uma perspectiva temporal e histórica, mas também devemos considerar o lado estético e literário; (3) A história da literatura é uma narrativa metadiscursiva que organiza o material literário de acordo com critérios específicos.
Pressuposto: a história da literatura não é um constructo homogêneo.
Por quê? A história da literatura é o que vamos trabalhar quando vamos dar aula, quando vamos às escolas. Mexer no cânone e pensar diferente do padrão que já existe na hora de escolher as leituras é uma grande “consequência” dessa aula. A história da literatura é um campo fértil, inovador, e que permite inovar bastante. Participação: trabalho sobre criar uma “história” nova da literatura ou, então, apresentar um texto teórico que não foi estudado e seja relevante na área. (Em Abril, durante duas semanas não teremos aula. Depois, em junho, também teremos um feriado na quinta-feira). Quando trabalhamos com história da literatura, temos um discurso metalinguístico, pois trabalhamos muito com a história e com a literatura. A primeira olhada que damos para um texto, é uma leitura sobre o texto literário – já na história da literatura, o texto é o primeiro patamar e a história é a metalinguagem, o segundo patamar. Quando analisamos uma obra e impomos uma determinada perspectiva temporal, entramos nessa história da literatura – caso contrário, estamos fazendo apenas um estudo crítico. O termo historiografia (não é um sinônimo exato do termo história da literatura) seria uma metametalinguagem, quando se fala das histórias da história da literatura. Ou seja, é o terceiro patamar, quando se estuda a história dentro das histórias de literatura de determinado assunto. É importante colocar na balança os conteúdos de História e de Literatura nos textos, pois muitos trabalham apenas o lado temporal e histórico, deixando o ‘estético’ literário de lado. O que é uma história da literatura? Em primeiro lugar, é uma narrativa, que se efetiva quando contarem sobre aquilo em uma temporariedade. Para seguir com a historiografia, nós nos questionamos algumas coisas, como: quem é o autor? O que ele escreveu? Onde ele está na fila da literatura? Quantos livros ele tem? Etc. A história da literatura é uma metanarrativa – a narrativa é a obra e é feito uma metanarrativa, pois se fala da obra. Impossível se falar em história da literatura sem se pensar nos sistemas – de mídia, de prêmios, etc. Há uma tentativa de captar o maior número de informações; maior número, porque não há como saber tudo o que se foi dito, escrito. Mas encontrar dentro do corpus selecionado o maior número de informações é possível. A parcialidade está em, hoje, determinar todo o conhecimento de um objeto – que é impossível. “Mesmo que a gente possa falar tudo, sempre haverá algo que não falamos”. E nisso, fica a ideia de que a lacuna, a falta de algo, é também uma dúvida importante. Pois, às vezes, é o não-dito que provoca em nós a possibilidade de dizer. Nos dias atuais, as perguntas feitas para a história, são muito mais importantes do que as respostas em si. A História da literatura para além de ser uma narrativa na temporalidade, é uma narrativa que vai olhar para o passado, pois à história interessava o passado e não o futuro. Trabalha com o passado, pois os métodos da história da literatura são os métodos da história, que é feito de retrospectiva. No Brasil, a história da literatura veio primeiro que a literatura. No Brasil, a história da literatura foi muito mais prospectiva, guiando o que viria pela frente – sendo assim, é um fenômeno único brasileiro. A história da literatura levanta um certo material e os organiza, sendo assim, é uma organização com critérios diferenciados para se movimentar. Existem elementos que sugerem para nós a possibilidade de novas ideias, novas discussões. Por isso, também devemos nos questionar: quem é o historiador? Qual o lugar de fala deles? O ambiente da história da literatura é a escola. No séc 19, a história da literatura conhece seu apogeu por razoes filosóficas, politicas (pelas constituições das nações), econômicas (ampliação e mistura da sociedade), espistemologico (dominância da ciência, que dá o modelo de como descrever nas outras áreas). Hoje, se faz história da literatura com recortes mais definidos, sem pretensão totalizante. Desse recorte, se aciona uma série de outros sistema (da cultura, da critica, da historia, da teoria da literatura etc). Esse pontinho é examinado à luz de outros conhecimentos.