Joana, domiciliada em São Gonçalo, deseja ajuizar uma ação de reparação de danos por conta

de um acidente de trânsito, ocorrido, em São Paulo, contra Carlos, domiciliado em Juiz de

Fora. Em qual foro deve a ação ser proposta? A ação pode ser tanto no domicílio da autora,
São Gonçalo, ou no local do fato que seria São Paulo, ou seja, tanto faz (art 53, inc v)

Fabiana e Jonas se casaram em 2010 e foram morar na cidade de Goiânia. Em 2015, tiveram
um filho, Gabriel. No início de 2023, o casal percebeu que não conseguiam mais viver juntos e
que a melhor opção seria o divórcio. Com isto, Fabiana foi morar Brasília, deixando o filho com
Jonas. Em qual local deve ser ajuizada a ação de divórcio? Nesse caso, tem um filho incapaz e
ele ficou com o pai, residindo em Goiânia, então a ação deve ser ajuizada em Goiânia
porque é o local de domicílio do guardião do filho incapaz( art 53, I, a)

Marcos, domiciliado em Uberlândia, possui uma conta de pessoa jurídica na agência da

sociedade de economia mista federal, Banco do Brasil, da cidade de Indaiatuba-MG. No último
ano, tem tido sérios problemas com o banco e cancelou a conta diversas vezes. Mesmo assim,
continua recebendo cobranças da anuidade do cartão de crédito. Pretende ajuizar uma ação
contra o banco para extinguir o contrato. Em qual justiça deve ajuizar a ação? Qual é o foro
competente para julgar a causa? A ação é de direito pessoal (contrato de cartão de crédito)
só que não é uma ação de direito pessoal qualquer, é uma ação que cita o consumidor
(ação para extinção do contrato). A Justiça Estadual ( art 109, I e 125 CF) porque o bb é
uma agência de sociedade de economia mista, Já de acordo com o art 53, III, b a ação deve
ser ajuizada no local da agência, Indaiatuba, que foi onde se contraiu a ação.

Conforme o CPC, qual é o foro competente para julgar as ações relativas a direito pessoal? A
regra geral relativa a direito pessoal é o domicílio do réu (art 46, caput, cpc)

William e Kate, ambos britânicos domiciliados na cidade de Londres na Inglaterra, possuem um

imóvel em Paraty-RJ. Desde o ano passado, estão tendo problemas com um vizinho italiano
que constantemente invade o imóvel do casal em suas noites de bebedeira. Qual país possui
jurisdição para julgar eventual ação sobre direitos reais sobre o bem imóvel? E qual seria o
foro competente? Art 23, I, cpc prevê a jurisdição exclusiva para imóveis situados no
Brasil, Já o foro competente para julgar ações de bens imóveis é o foro da situação da
coisa, então seria em Paraty (art 47 cpc)

A União pretende ajuizar ação cível contra Frederico, domiciliado em Poços de Caldas-MG. Em
qual justiça deve ajuizar a ação? Qual é o foro competente para julgar a causa? A autora é a
União, Frederico é o réu. Já que a União é diretamente a interessada (art 109, I, cf) a ação
tramitará na Justiça Federal e o foro competente como é ação civel e autora é união (art
51, cpc) a ação poderá ser ajuizada no domicílio do réu, então será em Poços de Caldas.

Correios, empresa pública federal com sede na cidade de Brasilia, foi contratada por uma
sociedade empresária chinesa, com sede em Beijing, para realizar entregas em diversos locais
do Brasil. No contrato, elegeram São Paulo capital, por meio de cláusula contratual, como o
foro competente para julgar eventuais controvérsias relativas ao contrato. Contudo, a empresa
chinesa não vem realizando os pagamentos na data devida. O Correios pretende ajuizar uma
ação para impor o pagamento de multa contratual por atraso. Qual é a jurisdição competente
para julgar o caso? Caso a jurisdição nacional seja competente, em qual foro e em qual justiça
deverá ser ajuizada a ação? Duas empresas mas prestam serviços no Brasil, a cláusula de
eleição de foro (art 22, III cpc) é em são paulo, ou seja, no contrato foi estabelecido São
Paulo como foro competente para julgar possíveis ações. O correios pretende ajuizar a
ação e como ele é empresa pública federal a justiça é federal. A jurisdição competente é a
nacional e a concorrente ( art 22, III CPC) porque tem a cláusula de eleição de foro. o foro
competente será o de SP (art 63 cpc ) por causa da cláusula de eleição de foro e a justiça
será a federal (art 109, I, cf e art 45, cpc)

A opção contratual pela resolução de conflitos por arbitragem viola o princípio do acesso à
justiça previsto no art. 5, XXXV, da Constituição Federal? Explique: As partes tem opções de
escolher a maneira mais adequada para resolver o conflito. O art 3º, caput traz
expressamente a opção da arbitragem, então não viola o princípio do acesso à justiça 

É cabível decisão liminar contra uma das partes sem que ela seja previamente ouvida? Isto
violaria o princípio do contraditório? O cpc adota o Contraditório amplo, não podendo
provedor uma decisão contra uma das partes sem que ela possa se manifestar (art 9cpc),
ou seja, antes tem que ocorrer a manifestação das partes para que depois haja a
manifestação. O art 9, pu traz uma exceção ao contraditório amplo que tem o contraditório
postergado ou diferido. Então só seria cabível a decisão liminar apenas se o juiz conceder
posteriormente a manifestação da parte considerando o contraditório postergado ou
diferido é apenas caberia nos termos do art 9, pu e se não seguir entraria na violação do
princípio. Mas nunca no direito Brasileiro séria admitido a violação das partes

Camila, atriz famosa, ajuizou um processo para pedir a guarda compartilhada de sua filha
menor de idade que vive com o pai. Está preocupada que as informações do processo sejam
publicizadas violando a intimidade de sua família. Com base no caso, explique o princípio
processual em debate e a aplicação deste na situação de Camila: O princípio envolvido é o
Princípio da Publicidade (art 11 cpc e art 93 cf) mas no parágrafo do art 11 diz que o
segredo de justiça envolve apenas as partes. O artigo que traz as situações do segredo de
justiça é o art 189, II e III cpc). No caso da Camila poderia ser pedido a mitigação da
publicidade previsto no art 11 e 93 e a seria possível a mitigação já que a guarda da
justiça é caso de segredo de justiça.