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MATERIAL DO CURSO

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM PÓS-OPERATÓRIO

APOSTILA

MATERIAIS ESSENCIAIS EM UMA SALA DE RECUPERAÇÃO


PÓS-CIRÚRGICA
MATERIAIS ESSENCIAIS EM UMA SALA DE RECUPERAÇÃO PÓS-
CIRÚRGICA

Uma intervenção invasiva em qualquer paciente, seja ela de qual for a espécie,
requer uma atenção especial, uma vez que trata-se de procedimento cirúrgico
complexo e delicado.

Tudo o que engloba o universo da saúde necessita de maior qualidade e zelo,


para transmitir ao paciente e profissionais envolvidos o mínimo de segurança e
bem-estar.

A utilização de materiais cirúrgicos corretos e esterilizados são peças


fundamentais para o sucesso de uma cirurgia.

PRODUTOS HOSPITALARES NECESSÁRIOS EM UMA SALA DE


OPERAÇÃO

Embora cada procedimento seja feito de uma forma e necessite de instrumentos


específicos, há aqueles que a ANVISA considera básicos ou fixados, devendo
sempre estar em uma sala de operação.

CONDIÇÕES ESTRUTURAIS DA SALA

• Porta com visor;

• Pressão positiva;

• Coluna retrátil de gases e eletricidade;

• Tomada 110V e 220V aterradas e identificadas.

SISTEMA DE ASSISTÊNCIA RESPIRATÓRIA DE PAREDE NA SALA

• Ponto de oxigênio;
• Ponto de ar comprimido;

• Ponto de vácuo;

• Ponto de óxido nitroso;

• Fluxômetro.

MOBILIÁRIO, MÓVEIS E TODOS OS ELEMENTOS CONSTITUÍDOS DE


MATERIAL DE FÁCIL LIMPEZA E DESINFECÇÃO

• Mesa de cirurgia com os acessórios;

• Mesa para instrumentais cirúrgicos;

• Mesas auxiliares fixas e móveis;

• Banqueta com opção de ajuste;

• Foco cirúrgico de teto;

• Foco cirúrgico auxiliar;

• Equipamentos e todos os materiais de anestesia, completo;

• Oxímetro de pulso;

• Aparelho de ventilação ciclado, a volume (adulto e infantil);

• Monitor cardíaco;

• Eletrocautério, com bisturi elétrico;

• Carro de emergência, com desfibrilador/cardioversor 2 02;

• Arco cirúrgico (exigência somente para salas de cirurgia ortopédica)

• Balde a chute;

• Esfigmomanômetro;

• Estetoscópio duosom, adulto;


• Laringoscópio rígido adulto;

• Laringoscópio rígido infantil;

• Aspirador cirúrgico elétrico em móvel;

• Negatoscópio;

• Suporte de soro;

• Hamper;

• Relógio de parede;

• Lixeira com saco plástico branco leitoso e tampa de acionamento por pedal.

QUAIS OS PRODUTOS HOSPITALARES QUE DEVEM ESTAR EM UMA


SALA DE RECUPERAÇÃO NO CENTRO CIRÚRGICO

A sala se recuperação pós-anestésica de um centro cirúrgico deve contar com


os seguintes produtos hospitalares:

SISTEMA DE ASSISTÊNCIA RESPIRATÓRIA DE PAREDE

• Ponto de oxigênio

• Ponto de ar comprimido

• Ponto de vácuo

• Ponto de óxido nitroso

• Fluxômetro

MOBILIÁRIO E OUTROS ELEMENTOS CONSTITUÍDOS DE MATERIAL DE


FÁCIL LIMPEZA E DESINFECÇÃO
• Maca com grade;

• Carro de emergência, com desfibrilador/cardioversor 3 02;

• Aspirador cirúrgico elétrico;

• Foco cirúrgico auxiliar;

• Mesa para instrumental;

• Hamper;

• Esfigmomanômetro;

• Estetoscópio duosom, adulto;

• Laringoscópio rígido adulto;

• Laringoscópio rígido infantil;

• Ventilômetro para volume;

• Ventilador ciclado;

• Umidificador aquecido com circuito respiratório;

• Bomba de infusão;

• Balde cilíndrico porta detritos;

• Suporte de soro;

• Oxímetro de pulso;

CONDIÇÕES DE LAVAGEM E ANTISSEPSIA DAS MÃOS

• Lavatório;

• Torneira acionada sem o comando das mãos;


• Dispensador com sabão líquido;

• Suporte com papel toalha;

• Lixeira com saco plástico e tampa de acionamento por pedal.


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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM PÓS-OPERATÓRIO

APOSTILA

INFECÇÃO HOSPITALAR
INFECÇÃO HOSPITALAR

No passado, eram conhecidas como infecções hospitalares. As infecções


relacionadas à assistência à saúde (IRAS), referem-se àquelas obtidas após a
admissão do paciente e que se manifestam durante a internação ou após a alta,
quando puderem ser relacionadas aos procedimentos da assistência, seja ela
hospitalar, em clínicas de diálise, instituições de longa permanência, hospital-dia
ou ambulatórios de quimioterapia ou infusão de medicamentos. Quando não é
sabido o período de incubação do agente etiológico e não há evidência clínica
ou dado laboratorial de infecção no momento da internação, convencionaram-se
IRAS toda manifestação clínica de infecção que se apresentar a partir de setenta
e duas horas após a admissão.

Tais infecções são complicações após a realização de procedimentos de


assistência à saúde, quando há alguma quebra de barreira para prevenção de
infecção, como, por exemplo, passagem de cateter vesical para controle de
diurese e evolução para infecção urinária associada à sonda vesical, ou
passagem de acesso venoso central e evolução para infecção da corrente
sanguínea associada a cateter venoso central, ou a realização de intubação oro
traqueal e evolução para pneumonia associada à ventilação mecânica, ou
realização de cirurgia e evolução para infecção de sítio cirúrgico.

Dois exemplos principais de quebras de barreiras para prevenção de infecção


são: não adesão à higiene das mãos e não adesão ao pacote de medidas de
prevenção de IRAS associada à inserção e manutenção de dispositivos
invasivos.

PERIGOS DA INFECÇÃO HOSPITALAR

As infecções relacionadas à assistência à saúde aumentam:

• O tempo de permanência hospitalar


• Morbimortalidade intra-hospitalar
• Custo
• Além do risco jurídico para ações contra o hospital e subsequentes
indenizações

Segundo estudos americanos, calculam-se cerca de 250.000 infecções da


corrente sanguínea associadas a cateter venoso central por ano, com
mortalidade atribuível de 12,5% a 25%, custo de cada tratamento em cerca de
US$ 25.000,00, atingindo, no total, $296 milhões a $2.3 bilhões por ano. A
pneumonia associada à assistência à saúde prolonga a permanência hospitalar
entre 4 a 10 dias, com custo estimado por evento entre US$1.255 e US$ 2.863
(US$1.2 bilhões/ano no total), além de estar relacionada com maior mortalidade
atribuída (7,3 – 30,3%). A infecção do trato urinário associada à sonda vesical é
responsável por 15% das bacteremias intra-hospitalares e principal causa de
infecção da corrente sanguínea por bacilos Gram-negativos elevando a
permanência hospitalar entre 2 a 4 dias com um custo de cada tratamento
estimado entre U$ 676 e 2.836 (U$ 500 milhões/ano), além de mortalidade
atribuída em até 13%.

Para evitar as infecções, os hospitais e clínicas devem constituir os Serviços de


Controle de Infecção Hospitalar que implantam programas de prevenção e
controle de infecção hospitalar, junto com as equipes multiprofissionais que
trabalham dentro do hospital, desenvolvendo os pacotes de medidas de
prevenção e controle. É fundamental, engajar todos os profissionais que são
responsáveis no cuidado dos pacientes. Além disso, o Serviço de Controle de
Infecção Hospitalar realiza a vigilância das infecções para detecção de surtos e
tratativas dos mesmos para redução de dano, bem como desenvolve um
programa de uso racional de antimicrobianos para o combate da
multirresistência dos agentes patogênicos. Também realiza treinamentos dos
profissionais de saúde para as melhores práticas de prevenção e controle de
infecção, reciclando os conceitos para a manutenção da excelência na
assistência.

A AÇÃO DOS PROFISSIONAIS

A higiene das mãos no hospital é essencial para a não propagação de infecções,


associada ao respeito pelo profissional de saúde às recomendações de
precauções padrão e específicas, como por exemplo: precaução durante o
contato, precaução para gotículas e precauções aéreas. Infelizmente, surtos de
infecções acontecem quando se descumprem estas simples ações com
consequências desastrosas para as instituições de saúde. O cuidado com a
higiene do ambiente do paciente também é muito importante para evitarmos essa
disseminação e, envolve a equipe assistencial e de higiene.

A AÇÃO DOS PACIENTES

Os pacientes também são peças importantes para evitar a disseminação de


infecções. Eles devem seguir as orientações dos profissionais de saúde quanto
aos cuidados na manutenção dos dispositivos invasivos, por exemplo, sonda
vesical de demora, cateter venoso central, etc. Ademais, os pacientes podem
funcionar como verdadeiros fiscais das ações de prevenção, como por exemplo,
exigindo a higiene das mãos dos profissionais de saúde nos 5 momentos da
assistência (Organização Mundial de Saúde): antes do contato com o paciente,
antes de procedimento asséptico, após contato com fluidos, após contato com o
paciente e após contato com superfícies próximas ao paciente.

A AÇÃO DOS VISITANTES

Os visitantes podem ajudar os pacientes no entendimento das orientações dos


profissionais de saúde sobre as medidas de prevenção e controle de infecção e
a manutenção adequada dos dispositivos invasivos, bem como na fiscalização
para a excelente adesão à higiene das mãos. Além disso, é muito importante
que o visitante esteja consciente de que ele pode transmitir doenças infecciosas
para o paciente durante a visita, agravando o quadro clínico. Dessa forma, o
visitante não deve realizar as visitas se estiver doente, como por exemplo,
resfriado ou gripe, pneumonia, conjuntivite, diarreia ou lesões de pele suspeitas.

O INFECTOLOGISTA
É um profissional com amplo conhecimento sobre infecção tanto na comunidade
como no meio hospitalar. Ele pode trabalhar desde prevenção das infecções
como também auxiliar outros colegas médicos a escolher qual o antibiótico mais
adequado e o seu tempo.

CONTROLE DE INFEÇÃO HOSPITALAR

De acordo com a OMS, pelo menos 30% das infecções hospitalares podem ser
evitadas, desde que medidas preventivas sejam adotadas. Estima-se que
anualmente 1 milhão de mortes sejam ocasionadas por infecção dentro do
hospital ou consequências dela.

Os pacientes mais afetados são aqueles em unidades de terapia intensiva (UTI),


pois além de estarem em estado de saúde mais frágil, dependem de
respiradores, cateteres e demais procedimentos invasivos.

O combate à infecção hospitalar é fundamental, pois esse ambiente é propício à


proliferação de infecções. Estamos falando de um local destinado a tratar
pessoas doentes, que de alguma forma sofrem de determinado tipo de
desequilíbrio em seu organismo.

O próprio sistema imunológico dos pacientes tende a ficar enfraquecido quando


eles padecem de alguma enfermidade. Dessa forma, o risco de contaminação
hospitalar aumenta — tanto de colaboradores para pacientes, quanto entre um
paciente e outro.

Nessa situação, o tempo de internação precisa ser aumentado para tratar da


infecção, cada vez mais resistente aos antibióticos. Tal quadro representa
aumento de custos para o hospital, que muitas vezes perde a oportunidade de
atender um novo paciente devido à indisponibilidade de leitos.

No entanto, o pior cenário é quando o paciente vem a óbito após ter contraído
uma infecção dentro do hospital. Isso compromete ainda mais a imagem da
instituição, colocando em risco sua própria sustentabilidade ao longo do tempo,
sem falar nos casos em que é preciso responder judicialmente ao fato e pagar
indenizações.

A contaminação hospitalar também é prejudicial aos estabelecimentos de saúde


quando ela afeta os profissionais do ramo. É que, nesse caso, eles ficam
impedidos de trabalhar, pois precisam passar por tratamento até se
recuperarem. Assim, há déficit no quadro de colaboradores, o que pode levar à
sobrecarga dos demais e aumentar os riscos de falhas durante a execução de
procedimentos.

OUTRAS MEDIDAS A SEREM TOMADAS

REALIZE A HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS COM FREQUÊNCIA

Todos os dias temos contato com superfícies, produtos e locais públicos, os


quais podem apresentar contaminação. Assim, é necessário higienizar as mãos
repetidas vezes durante o dia. A higiene adequada reduz drasticamente o índice
de infecções e doenças infectocontagiosas.

A higienização das mãos é ainda mais importante em períodos de frio, pois são
épocas de grande disseminação de vírus como a Influenza (causador da gripe),
e as pessoas passam mais tempo em locais fechados.

• Lave as palmas com água e sabão;


• Esfregue o dorso da mão;
• Esfregue as articulações;
• Lave os polegares;
• Lave as pontas dos dedos e sob as unhas;
• Lave os punhos;
• Enxágue as mãos;
• Seque com toalhas descartáveis.

O álcool em gel é um ótimo aliado para reduzir o número de microrganismos. No


entanto, ele não remove as sujidades, apenas diminui a quantidade de micróbios.
Portanto, o produto deve ser usado por colaboradores da saúde somente após
a correta lavagem das mãos.
MANTENHA O JALECO SEMPRE LIMPO

Além da lavagem constante, lembre-se de não utilizar o jaleco fora do hospital,


pois ao andar na rua com a vestimenta você pode contaminá-lo com diferentes
patógenos que serão conduzidos para dentro do estabelecimento de saúde.
Preste atenção, também, para não consumir alimentos utilizando o jaleco, pois
além da possibilidade de sujá-lo, é possível contaminá-lo durante a refeição.

Cuidado ao transportar o jaleco — acondicione-o em recipiente específico no


transporte entre a casa e hospital. Lembre-se ainda de lavá-lo separadamente
de outras peças. É preciso deixá-lo de molho em solução de água com água
sanitária antes da lavagem, que deve ser feita com água e sabão. Por fim, deixe-
o de molho novamente, mas agora em solução de água e álcool.

ESTERILIZE OS EQUIPAMENTOS ANTES DE UTILIZAR

Para equipamentos cirúrgicos ou aparelhagem não descartável, a esterilização


é uma etapa necessária antes do uso. Verifique se todos os equipamentos
utilizados em cirurgias e procedimentos foram devidamente higienizados. Os
hospitais devem contar com uma área específica para esterilização de materiais.

O objetivo é livrar os equipamentos não descartáveis de vírus, fungos e


bactérias. O procedimento deve seguir as seguintes etapas:

• DESTINAÇÃO AO EXPURGO: área destinada à recepção de material


sujo;
• PREPARAÇÃO DE MATERIAIS: identificar, inspecionar, selecionar e
embalar separadamente para posterior esterilização;
• ESTERILIZAÇÃO: limpeza de peças utilizando meios físicos ou químicos,
respeitados os tempos e as classes de agressividade de cada item;
• DISTRIBUIÇÃO DOS MATERIAIS: depois de devidamente higienizados,
os equipamentos devem ser enviados para os setores de uso.
ESTABELEÇA MEDIDAS DE HIGIENE PARA O HOSPITAL

Toda equipe deve ser instruída sobre as boas práticas de higiene e manutenção
do ambiente hospitalar. Logo, é importante estabelecer uma rotina de limpeza.
Distribua lembretes e informativos de riscos e cuidados em todos os espaços.

Tão importante quanto estabelecer as medidas obrigatórias de limpeza é


verificar se os colaboradores estão cumprindo devidamente as instruções.
Organize workshops e cursos periódicos para lembrar da importância das
medidas e como cuidados simples podem melhorar o controle de infecção
hospitalar.

UTILIZE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO

Nos hospitais, os maiores riscos não são aqueles associados a acidentes físicos,
mas sim aos riscos de contaminação. O contato com vírus, bactérias, fungos e
substâncias químicas deixa os profissionais suscetíveis a doenças.

Vale lembrar que faz parte da rotina dos profissionais da saúde manipular
produtos químicos e fluidos corporais e ter o contato direto com pessoas
infectadas. Ao manusear, visitar ou inspecionar pacientes, é mandatório que os
colaboradores — como médicos e enfermeiros — utilizem EPI’s (equipamentos
de proteção individual) como:

• LUVAS: utilizar ao entrar em contato com os pacientes, em procedimentos


gerais e procedimentos cirúrgicos. Recomenda-se descartar após o uso;
• MÁSCARAS: usar quando em contato com pacientes, para procedimentos
gerais e também procedimentos cirúrgicos. Também devem ser substituídas e
descartadas após o uso;
• AVENTAIS: o uso de roupas adequadas protege contra respingos e
substâncias. Devem ser devidamente descartadas ou higienizadas após
utilização;
• ÓCULOS DE PROTEÇÃO: usar para proteger os olhos dos colaboradores
de excreções ou secreções durante os procedimentos. Precisa ser devidamente
higienizado e esterilizado após a utilização;
• TOUCAS: aconselha-se o uso para a proteção contra componentes
contaminantes e para evitar a queda de cabelos na realização de procedimentos.
Devem ser descartadas logo após o uso.

É preciso sublinhar que os EPI’s ganham ainda mais importância em um contexto


de pandemia, como a do novo coronavírus. Afinal, tais equipamentos criam uma
barreira de proteção contra o acesso do vírus no organismo, evitando que a
doença se espalhe e leve o estabelecimento de saúde à sobrecarga. Sem contar
que vidas podem ser perdidas devido ao quadro infeccioso para o qual ainda não
existe remédio nem vacina.

USE MATERIAIS DESCARTÁVEIS NOS PROCEDIMENTOS

Os materiais de uso curto ou único reduzem o índice de contaminação hospitalar.


Aliás, eles são muito importantes, pois auxiliam a proteção dos colaboradores e
diminuem a propagação de bactérias e outros patógenos. Os materiais
descartáveis contam com uma ampla gama de produtos, os mais utilizados são:

• Seringas;
• Toucas cirúrgicas;
• Luvas cirúrgicas;
• Algodão;
• Gaze;
• Máscaras cirúrgicas.

Lembre-se de que, assim como utilizar materiais descartáveis é importante, o


descarte e o destino adequados também deve ser uma preocupação dos
hospitais. Portanto, separe os materiais contaminantes, perfurocortantes e
outros resíduos hospitalares do lixo comum para que eles tenham uma
destinação correta.

Uma dica extra é evitar visitar hospitais, acompanhado de bebês, crianças e


idosos. Esse público é mais propenso à contaminação hospitalar, por isso, o
cuidado deve ser redobrado. Respeite as normas de higiene e evite permanecer
em locais fechados ou em contato com outras pessoas, quando não houver
necessidade.

MONITORE E AVALIE AS PRÁTICAS ADOTADAS

Além de tomar todas as medidas preventivas necessárias contra as infecções


hospitalares, é fundamental acompanhar e avaliar a extensão das práticas
adotadas.

Gestores hospitalares podem fazer uso de softwares de gestão para a área da


saúde. Estas ferramentas armazenam dados importantes, a partir dos quais é
possível analisar a situação do ambiente hospitalar e tomar decisões que
melhorem os processos e o atendimento dentro da instituição.

A contaminação hospitalar é a maior causa de mortes em hospitais, logo,


representa uma grande preocupação para pacientes que permanecem longos
períodos internados, bem como para os que se encontram em quadros frágeis.
Sendo assim, é muito importante adotar cuidados de controle de infecção
hospitalar e verificar se as medidas cautelares estão sendo cumpridas.
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APOSTILA

PROTOCOLOS BÁSICOS DE SEGURANÇA DO PACIENTE


PROTOCOLOS BÁSICOS DE SEGURANÇA DO PACIENTE

A OMS (Organização Mundial da Saúde) criou os chamados Protocolos Básicos


de Segurança do Paciente, considerando os assuntos que não recebem
investimentos necessários para que sejam implantados, gerando diversos erros
e eventos adversos.

Tais protocolos são importantes para exemplificarnormas utilizadas em


Instituições como guias para a promoção da Segurança do Paciente.

PROTOCOLO DE SEGURANÇA NA PRESCRIÇÃO, USO E


ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS

Hoje em dia, uma média de 400 mil eventos adversos evitáveis (relacionados à
medicação) são registrados nos Estados Unidos. Destes incidentes, 7 mil
resultam na mortalidade do paciente.

Dessa forma, o Protocolo possui o intuito de “promover práticas seguras no uso


de medicamentos em estabelecimentos de saúde” com o objetivo de reduzir
estes indicadores, por meio do/a:

• Padronização dos processos


• Uso de equipamentos tecnológicos
• Educação permanente
• Acesso a informação medicamentosa pelos profissionais
• Desenvolvimento de um padrão interno de treinamento

PROTOCOLO DE IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE

Nos Estados Unidos, cerca de 850 doentes recebem transfusão de sangue que
era destinada a outro paciente, sendo que em 3% destes casos, o paciente vem
a falecer.

O Protocolo busca “garantir a correta identificação do paciente, na intenção de


reduzir a ocorrência de incidentes”, garantindo que o paciente certo, receba o
tratamento certo no momento certo.

Neste sentido, sugere-se as seguintes intervenções pelos profissionais:


• Confirmação da identificação do paciente antes de receber o cuidado
• Identificação do paciente
• Educação do paciente/acompanhante/familiar/cuidador

Para o cumprimento destas diretrizes, o Protocolo reforça a importância da


existência de mecanismos de monitoramento (a curto e longo prazo) nas
instituições.

PROTOCOLO DE PREVENÇÃO DE QUEDAS

As quedas dos enfermos trazem danos em 30 a 50% dos casos, sendo que 6 a
44% destes danos são graves. Comoconsequências há:

• Diminuição da credibilidade da instituição


• Complicações legais
• Aumento da estadia hospitalar
• Aumento dos custos assistenciais

O Protocolo visa “reduzir a ocorrência de queda de pacientes nos pontos de


assistência e o dano dela decorrente”, de modo que identifique os fatores físicos
e do ambiente relacionados ao incidente e sugerindo intervenções:

• Agendamento dos cuidados de higiene pessoal


• Revisão periódica da medicação
• Atenção aos calçados utilizados pelos pacientes
• Avaliação do risco de queda
• Identificação do paciente com risco com a sinalização à beira do leito ou
pulseira
• Educação dos pacientes e dos profissionais
• Revisão da ocorrência de queda para identificação de suas possíveis
causas

PROTOCOLO DE ÚLCERA POR PRESSÃO

A aparição de alterações na pele é comum no período de internações longas em


hospitais. A Úlcera por Pressão (UPP) é um exemplo destas lesões decorrente
de uma pressão ou fricção na pele. A UPP pode resultar em:
• Dores
• Sepse
• Mortalidade
• Prolongamento da estadia
• Riscos de infecções graves

Estas consequências são, em sua maioria, evitáveis. Assim, surgiu o Protocolo


com objetivo de “promover a prevenção da ocorrência de úlcera por pressão
(UPP) e outras lesões da pele”, seguindo 6 etapas:

• Avaliação de úlcera por pressão na admissão de todos os pacientes;


• Reavaliação diária de risco de desenvolvimento de UPP de todos os
pacientes internados;
• Inspeção diária da pele;
• Manejo da Umidade: manutenção do paciente seco e com a pele hidratada;
• Otimização da nutrição e da hidratação;
• Estratégias de monitoramento e indicadores.

PROTOCOLO DE HIGIENE DAS MÃOS

A higiene das mãos é fundamental no cuidado à saúde, uma vez que o


profissional lida com diferentes pacientes, em diferentes condições e com
diferentes necessidades. Esse ato de segurança refere-se a higienização das
mãos a fim de prevenir a transmissão de microorganismos e doenças.

Assim, o Protocolo expõe os 5 momentos em que a higienização das mãos deve


ser feita:

• Antes do contato com o paciente


• Antes da realização do procedimento
• Após a exposição a fluídos corporais
• Após o contato com o paciente
• Após o contato com áreas próximas ao paciente

Dessa maneira, o Protocolo enfatiza a importância em higienizar as mãos com


sabonete líquido e água, ou com preparação alcoólica a fim de de “prevenir e
controlar as infecções relacionadas à assistência à saúde”.

PROTOCOLO DE CIRURGIA SEGURA


Todos os anos, estudos demonstram que uma em cada 25 pessoas passa por
um procedimento cirúrgico grande e um em cada 150 pacientes morre devido a
um incidente hospitalar.

O Protocolo foi criado na intenção de “determinar as medidas a serem


implantadas para reduzir a ocorrência de incidentes, eventos adversos e a
mortalidade cirúrgica”, focando na utilização da Lista de Verificação de Cirurgia
Segura da Organização Mundial da Saúde (OMS), a qual contém três etapas:

• Antes da indução anestésica


• Antes da incisão cirúrgica
• Antes de o paciente sair da sala cirúrgica

Todos estes Protocolos são sistêmicos e gerenciados, a fim de:

• Aprimorar a comunicação
• Construir uma assistência à saúde segura
• Promover o trabalho em equipe
• Monitorar riscos

Ademais, dentre os Protocolos estruturados pelo Ministério da Saúde, há


também a diretriz que visa a melhoria da comunicação entre profissionais de
saúde. Cada organização de saúde deve estruturar e implantar seus protocolos
de prevenção de riscos baseando-se nos riscos que foram identificados e
priorizados (de acordo com ferramentas específicas).
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SALA DE RECUPERAÇÃO PÓS-ANESTÉSICA


SALA DE RECUPERAÇÃO PÓS-ANESTÉSICA

A anestesia geral é um dos grandes motivos de uma cirurgia se tornar tão


complexa. Fato é que qualquer intervenção necessita de atenção redobrada por
parte da equipe médica, bem como dos enfermeiros, profissionais essenciais
nesse processo.

Complicações clínicas, também conhecidas como DEs, podem ocorrer durante


a fase da recuperação pós-anestésica. Portanto, o paciente necessita de
maiores cuidados disponibilizados pela equipe de enfermagem.

Uma avaliação complexa contendo os aspectos físicos e emocionais do paciente


é realizada no ato de sua admissão na Sala de Recuperação Pós-Anestésica
(SRPA). São muito importantes informações acerca do diagnóstico, anestesia
empregada e tipo de cirurgia proposta e realizada, bem como as possíveis
intercorrências verificadas no procedimento.

ATENÇÃO À RESPIRAÇÃO

Apesar da existência de possíveis problemas surgirem durante a estadia do


paciente na SRPA, a anamnese inicial, realizada durante o Pós-Operatório
Imediato (POI), pode indicar a existência estabelecida ou potencial de DEs.
Relacionamos cada uma das fases da avaliação com o espectro de
complicações. A equipe de enfermagem, por exemplo, pode encontrar um
padrão respiratório ineficaz em relação à oxigenação, associado ao uso de
medicamentos anestésicos.

Todo paciente que passou por uma anestesia prolongada tende a demonstrar
sensopercepção alterada e relaxamento muscular intenso, características que
os tornam suscetíveis à depressão respiratória. Assim, é necessário que o
enfermeiro esteja sempre atento às alterações de expansão da caixa torácica e
da frequência respiratória.

Outras questões a serem observadas:

• A cabeceira da cama deve se manter em uma elevação de 30º e 45º;


• A vaporização de oxigênio pode ser acionada. De acordo com a
necessidade, a requisição de um cateter de O2 será importante;
• A saturação de oxigênio também é um indicativo importante: níveis abaixo
de 92% exigem uma intervenção imediata do profissional.
INTERCORRÊNCIAS CIRCULATÓRIAS

A circulação do paciente é um dos cuidados a serem observados em


complicações do pós-anestésico. Uma das DEs relacionadas a esse fatoro é o
débito cardíaco diminuído, decorrente de cardiopatia pré-existente ou de
sangramento originado pelo trauma cirúrgico.

A hemorragia é sempre a mais comum no POI. A depender da extensão da


debilidade coronária e da própria perda sanguínea, o quadro pode exigir a
reposição volêmica ou uma intervenção médica mais ostensiva.

Existe ainda o risco de desequilíbrio de volume de líquidos (hipovolemia ou


hipervolemia). A diminuição é uma condição comum no POI e pode derivar de
uma série de choques, como o cardiogênico e o séptico, ou de vasodilatação
provocada pelo bloqueio de nervos simpáticos. O volume excessivo também é
prejudicial e pode estabelecer edema agudo de pulmão em pacientes
cardiopatas ou idosos. Ambos os quadros prejudicam o processo de
recuperação do paciente.

Algumas medidas são fundamentais para estabelecimento do planejamento de


assistência do enfermeiro:

• Controle rigoroso do gotejamento e volume das soluções infundidas;


• Verificação da permeabilidade dos drenos e presença de obstrução ou
acotovelamento;
• Avaliação de prováveis perdas de líquidos por curativos, drenos e sondas;
• Avaliação da pressão arterial sistêmica (PAS) e PA média e frequência
cardíaca, comparando-as com os níveis pré-operatórios;
• Realização do controle hídrico;
• Observação da coloração e volume urinário.

Ademais, cabe ao enfermeiro promover o estímulo da circulação do paciente


com exercícios para as pernas e por meio da mudança frequente da posição no
leito. Os procedimentos mitigam o risco de tromboses e de escaras. As meias
antiembólicas também são úteis nessa condição, uma vez que contribuem com
o retorno venoso. Já a deambulação precoce tem efeito significativo na
recuperação pós-anestésica e na prevenção de complicações circulatórias
surgidas no pós-anestésico.
ALTA NA SALA DE RECUPERAÇÃO PÓS-ANESTÉSICA

Assim que a equipe médica conclui a cirurgia, é hora do anestesista iniciar os


procedimentos para reverter a anestesia.

Em casos onde o paciente foi submetido a anestesia geral, após a interrupção


da administração contínua dos anestésicos, após cerca de 10 a 20 minutos ele
já consegue acordar. Na primeira etapa do despertar, o procedimento é feito sob
condução exclusiva do anestesista ainda na sala de cirurgia.

Observando que a devida reversão inicial da anestesia ocorreu corretamente, o


anestesista encaminha o paciente para a Sala de Recuperação Pós-Anestésica
(SRPA) para a então segunda fase de recuperação.

O paciente será encaminhado para o Centro de Terapia intensiva (CTI), caso


tenha ocorrido, previamente, instruções de cuidados intensivos no pós-
operatório. Em alguns poucos casos, identificamos a necessidade de
acompanhamento em CTI somente durante o procedimento cirúrgico. Nestes
casos, os acompanhantes serão devidamente informados dos motivos da
mudança no planejamento inicial.

Na Sala de Recuperação Pós-Anestésica (SRPA), o paciente será


acompanhado de perto e de maneira intensiva pela equipe de enfermagem com
supervisão da equipe de anestesistas. Aqui, o paciente torna-se mais desperto
e orientado. O paciente pode apresentar dor que varia de desconforto até dor
moderada ou forte, embora a maioria do tratamento preventivo da dor seja feito
durante a cirurgia.

É comum o paciente apresentar náuseas e vômitos na SRPA, mais


especificamente jovens, do sexo feminino, com história prévia de vômitos em
pós-operatório apresentam maior chance.

Apenas será dada a alta da SRPA ao paciente que estiver bem desperto, com
pressão arterial, frequência e ritmo cardíacos estáveis, dor ou náuseas
controladas, temperatura corporal normal e com função respiratória satisfatória.
Em se tratando de alta da SRPA diretamente para casa, o paciente também
deverá apresentar capacidade de se alimentar, de urinar e de andar (se a cirurgia
permitir), além de obrigatoriamente estar acompanhado de acompanhante
adulto.

Geralmente, a recuperação na SRPA ocorre dentro de 1 a 4 horas com o


paciente sentindo-se bem e desperto no final desta segunda fase de
recuperação. Todavia, a recuperação plena da anestesia, a terceira fase, pode
levar até 24 horas. Neste período, o paciente apresenta, mesmo que
imperceptível, diminuição do equilíbrio, da capacidade de raciocínio, dos reflexos
e de capacidade de memorização. Assim sendo, não deverá ficar
desacompanhado, dirigir carros ou máquinas e/ou assinar documentos.
Em relação a anestesia peridural, raquianestesia ou bloqueios periféricos, ao
término da cirurgia, o paciente também é encaminhado para SRPA ou CTI. Aqui,
a recuperação da sedação é progressiva e o retorno da dormência e imobilidade
das pernas, braços ou outra área bloqueada podem levar algumas horas. No
caso de anestesia peridural ou raquianestesia, é necessário aguardar a plena
recuperação para a alta da SRPA. Já nos bloqueios periféricos como do braço e
do olho, os pacientes podem receber alta na vigência do bloqueio com as
devidas orientações dos cuidados a serem tomados.
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