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SENSITIVITY – Sessão 3

Scenario Manager (Gestor de


Cenários)
Break Even do Projeto
SENSITIVITY
• Nesta apresentação em powerpoint vamos
cobrir a parte final da folha do EXCEL a partir
da linha 300 (Análise de Cenários e Break Even
do Projeto)
• Bem como apresentar de forma sucinta o
Scenario Manager do EXCEL
• Desta forma terminamos a nossa passagem
pelo tema geral da análise de sensibilidade

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Análise de Cenários
• Quando pretendemos que variem mais do que duas variáveis de input já
não conseguimos com o comando Data Table resolver o assunto
• Recapitulando:
– Se queremos saber o valor que uma célula de input deve ter para
alcançar um determinado objetivo numa célula de output temos o
comando Data Goal Seek)
– Se queremos que uma célula de input varie e determinar uma (ou
mais) células de output, temos o comando Data Table (Tipo 1)
– Se queremos que duas células de input variem e determinar apenas
uma só célula de output, temos o comando Data Table (Tipo 2)
– Se queremos fazer variar várias células de input e determinar também
várias células de output então entramos na análise de cenários

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Análise de Cenários
• Os cenários são assim versões completas do nosso modelo
alternativas ao caso base, em que nelas as células de input
assumem outros valores e consequentemente afetam as
várias células de output
• A solução mais simples consiste em repetir o modelo com
essas alterações nas células de input, o que pode ser feito,
na própria folha de base, a seguir, tal como aqui se fez (ver
linhas 300 a 375)
• Ou em alternativa, pode fazer-se uma nova folha (no
mesmo Workbook) para a qual se copia o modelo de base e
se fazem nela as alterações pretendidas nas células de
input, para depois analisar o seu impacto nas de output
(assim, estão resolvidos os testes intermédios, sendo esta a
nossa recomendação)
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Análise de Cenários
• Os cenários são configurações coerentes de variáveis de input
sugeridas por uma equipa de analistas que face a um determinado
estado da natureza assumido para o futuro estimam o seu impacto
nos inputs do modelo, até podendo rever no todo ou em parte a
sua formulação (por exemplo considerando a elasticidade da
procura, a necessidade de rever o orçamento de publicidade em
função de uma quebra nas vendas, de aumentar a capacidade
produtiva caso a procura aumente, a resposta de alguns
concorrentes que force a uma revisão em baixa do preço de venda,
etc.)
• Costuma-se organizá-los em torno de duas vertentes: os mais
favoráveis que o caso base, ditos otimistas e os menos favoráveis,
ditos pessimistas
• O objetivo desta análise é, por um lado, definir os limites da
viabilidade do projeto e, por outro lado, ajudar à formulação de
planos de contingência

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Análise de Cenários: Caso Sensitivity
• Voltando ao enunciado do caso e à respetiva
folha de cálculo:
• Alínea c) A Direção de Marketing efetuou um
novo estudo de mercado, desta vez mais
profundo, tendo definido dois cenários limite
para o projeto. Analise a viabilidade destes dois
novos cenários e calcule o breakeven point das
vendas, para os 3 cenários: esperado (caso base),
otimista e pessimista
• Naturalmente que as restantes variáveis de input
permaneceriam iguais às do Caso Base

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Análise de Cenários: Caso Sensitivity
Cenários Caso Base Otimista Pessimista

PVU (K€/ton) 5 5,5 4,5

PUB (% das V) 10% 6% 14%

CMVMC 2 1,8 2,2


(K€/ton)
Gastos com o 1.000 1.000 1.200
Pessoal
(K€/ano)

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Cenário: Otimista
• Nas linhas 317 a 338 apresenta-se o cenário otimista
• As vendas estão na linha 321: C321 (e segs.) = 5,5*1.450 = 7.975
• O CMVMC está na linha 322: C322 (e segs.) = 1,8*1.450 = 2.610
• A Margem Bruta que é a sua diferença está na linha 323: C323 (e segs.) =
7.975 – 2.610 = (5,5-1,8=3,7)*1.450 = 5.365 (cerca de 67,3% das Vendas)
• A Publicidade está na linha 324: C324 (e segs.) = 6%*7.975 = 478,5
(correspondendo a 478,5/1.450 = 0,33K€/ton)
• Assim a Margem de Contribuição, que está na linha 325: C325 (e segs.) =
5.365 – 478,5 = 4.886,5 (correspondendo a 4.886,5/1.450= 3,37K€/ton =
3,7-0.33, cerca 67,4% das Vendas)
• Depois deduzem-se os Gastos com o Pessoal, que estão na linha 326, C326
(e segs.) = 1.000 K€
• E chega-se ao EBITDA, que está na linha 327: C327 (e segs.) = 4.886,5 –
1.000 = 3.886,5 (cerca de 48,7% das Vendas)
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Cenário: Otimista
• Depois deduzem-se as amortizações, que estão na linha 328: C328
(e segs.) = 6.000/3 = 2.000 K€
• Chegando-se ao EBIT, que está na linha 329: C329 = 3.886,5 – 2.000
= 1.886,5 (correspondendo a cerca de 23,7% das Vendas)
• Depois determinam-se os impostos ajustados, na linha 330: C330 (e
segs.) = 40%*1.886,5 = 754,6
• E chega-se ao EBIAT = EBIT(1-t), que está na linha 331: C331 =
1.886,5 – 754,6 = 1.131,9 = 1.886,5*60%
• Calcula-se então o CFO, na linha 332: C332 = 1.131,9 + 2.000 =
3.131,9 (cerca de 39,3% das Vendas)
• Deduz-se o CAPEX = 6.000, que está em B333
• E chega-se ao Cash Flow Líquido do Projeto, que está na linha 334,
B334 = -6.000; C334 (e segs.) = 3.131,9

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Cenário: Otimista
• Depois descontam-se aqueles Cash Flows à
taxa real de atualização, B335 = 7,4%
• E chega-se ao VAL, B336 = 2.159,4 (no livro
está 2.159,7)
• À TIR, B337 = 26,27%
• E à TIR Modificada, B338 = 18,99%
• Sem surpresa, o projeto que já era viável no
Caso Central é mais rentável ainda!
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Cenário: Pessimista
• Nas linhas 344 a 375 apresenta-se o cenário pessimista
• As vendas estão na linha 350: C350 (e segs.) = 4,5*1.450 = 6.525
• O CMVMC está na linha 351: C351 (e segs.) = 2,2*1.450 = 3.190
• A Margem Bruta que é a sua diferença está na linha 352: C352 (e segs.)
= 6.525 – 3.190 = (4,5-2,2=2,3)*1.450 = 3.335 (cerca de 51,1% das
Vendas)
• A Publicidade está na linha 353: C353 (e segs.) = 14%*6.525 = 913,5
(correspondendo a 913,5/1.450 = 0,63K€/ton)
• Assim a Margem de Contribuição, que está na linha 354: C354 (e segs.)
= 3.335 – 913,5 = 2.421,5 (correspondendo a 2.421,5/1.450=
1,67K€/ton = 2,3-0.63, cerca 37,1% das Vendas)
• Depois deduzem-se os Gastos com o Pessoal, que estão na linha 355,
C355 (e segs.) = 1.200 K€
• E chega-se ao EBITDA, que está na linha 356: C356 (e segs.) = 2.421,5 –
1.200 = 1.221,5 (cerca de 18,77% das Vendas)

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Cenário: Pessimista
• Depois deduzem-se as amortizações, que estão na linha 357: C357 (e
segs.) = 6.000/3 = 2.000 K€
• Chegando-se ao EBIT, que está na linha 358: C358 = 1.221,5 – 2.000 = -
778,4 (correspondendo a um prejuízo de cerca de 11,9% das Vendas)
• Depois determinam-se os impostos ajustados, na linha 359: C359 (e segs.)
= 40%*(-778,4) = -311,4 (correspondendo a uma redução dos impostos
devidos pelas restantes atividades da empresa)
• E chega-se ao EBIAT = EBIT(1-t), que está na linha 360: C360 = -778,4 – (-
311,4) = -467,1 = -778,4*60% (correspondendo a um prejuízo de cerca de
7,2% das Vendas)
• Calcula-se então o CFO, na linha 361: C361 = -467,1 + 2.000 = 1.532,9
(cerca de 23,5% das Vendas)
• Deduz-se o CAPEX = 6.000, que está em B362
• E chega-se ao Cash Flow Líquido do Projeto, que está na linha 363, B363 =
-6.000; C363 (e segs.) = 1.523,9

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Cenário: Pessimista
• Depois descontam-se aqueles Cash Flows à taxa real de
atualização, B364 = 7,4%
• E chega-se ao VAL, B365 = -2.006,4 (no livro está -
2.006,3)
• À TIR, B367 = -12,21%
• E à TIR Modificada, B368 = -6,23%
• Sem surpresa, o projeto que já era inviável, quando
fizemos o Data Table (tipo 2) é muito pior ainda!
• Caso a Administração admita que a probabilidade de
ocorrência deste cenário é significativa deve
necessariamente rejeitar este projeto

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Scenario Manager
• Através do Excel também podemos efetuar a análise de
cenários do seguinte modo.
• Selecionar Data What If Analysis Scenario Manager, na
Dialog Box que se abre clicamos em Add Scenario (name?)
– introduzimos o nome do cenário, (por exemplo Otimista,
ou Pessimista) – Changing Cells - introduzimos o endereço
das células que contém as variáveis a alterar ($B$8:$B$12,
ou seja as Quantidades [Q] , a PUB%, o PVU, o MPCU e os
GCP [Gastos com o Pessoal], respetivamente), premindo
depois OK
• Na Dialog Box que se abre (Scenario Values) há que
introduzir os novos valores a atribuir a cada variável e
finalizar com OK

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Scenario Manager
• Para introduzir um novo cenário, há que repetir os passos
(Add Scenario Name, Changing Cells, Scenario Values)
• Finalmente, quando não houver mais nenhum cenário, clicar
em Summary, entrando-se então em Scenario Summary,
indicando então as Result Cells – introduzimos então o
endereço, por exemplo, da célula que contém o CFO (C41), o
VAL (B45), a TIR (B46) e a TIR Modificada (B47) e o Excel pode
então criar um Quadro Resumo (Pivot Table), ou apresentá-lo
numa Nova Folha (Scenario Summary) que levará um Número
de Ordem
• Para além dos dois cenários que estão nas colunas C
(Otimista) e D (Pessimista), nas linhas 8 a 12, também
sugerimos o Cenário Base Mais (na coluna E) e o Base Menos
(na coluna F)

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Break-Even do Projeto
• No livro de Finanças da Empresa pode ler-se a seguinte fórmula
para o Break-Even de um Projeto em Unidades (Q):
• Q*= {[(Capex0/an|(r)]-[D&A*t ]+ [GFD*(1-t)]}/[(PVU-CVU)*(1-t)]
• Em que:
• Q* = Break-Even em Quantidades
• Capex0 = Investimento em Capital Fixo do Ano 0 (supostamente o
único ano de investimento)
• an|(r) = valor atual de uma anuidade de n anos à taxa r
• D&A*t = Economia Fiscal das Depreciações e Amortizações
• T = Taxa de Impostos sobre o Rendimento
• GFD*(1-t) = Gastos Fixos Desembolsáveis depois de impostos
• PVU = Preço de Venda Unitário
• CVU = Custo variável Unitário

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Break-Even do Projeto
• Caso não se conheçam as quantidades e se
deseje apenas determinar o Break-Even do
Volume de Negócios (V*), teremos a seguinte
fórmula adaptada:
• Q*= {[(Capex0/an|(r)]-[D&A*t ]+ [GFD*(1-
t)]}/[(MC em % das Vendas)*(1-t)]
• Em que tudo o resto é o mesmo exceto:
• MC em % das Vendas = Margem de Contibuição
em % das Vendas = Margem de
Contribuição/Vendas
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Break-Even do Projeto
• Podemos usar o comando Data What If
Analysis Goal Seek do Excel para que este
determine a Quantidade a Vender, ou o
respetivo Volume de Negócios por forma a
que o VAL seja 0, tal como aliás já fizemos
neste caso (ver Sessão 1)
• Aqui vamos aproveitar este caso/exemplo
para explicar a elaboração a para e passo da
fórmula atrás indicada na versão Q*

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Break-Even do Projeto
• O cálculo do referido break-even (Q*) está
apresentado nas linhas 377 a 411 do Modelo
de Excel, na coluna B para o Caso Central, na C
para o Otimista e na D para o Pessimista
• Aqui apenas vamos explicar o Caso Base, visto
que os dois outros são uma mera cópia
adaptada com alguns valores diferentes para
algumas das variáveis

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Break-Even do Projeto
• Em B381 está o Capex do Ano 0 = 6.000
• Em B382 = 3, que é a vida útil do Projeto
• Em B383 = 2000 = 6.000/3, que são as depreciações do
projeto
• Em B384 = 7,4%, a taxa real de atualização
• Em B385 = a3|(7,4%) = -PV(B384;B382;1), ou seja, o valor
atual de uma anuidade unitária de 3 anos descontada à
taxa de 7,4% PV[rate;term;pmt=1], ou seja o valor obtido
será igual = [1 – (1,074)^(-3)](0,074) = 2,605255, o Excel
coloca no PV (valor Atual) o simétrico do PMT = Payment,
como fizémos PMT=1, então o PV seria negativo daí que lhe
tenhamos trocado o sinal

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Break-Even do Projeto
• Em B386 = Capex 0 Anualizado = CAPEX/Anuidade =
6.000/2,605255 = cerca 2.303 K€, trata-se do cash flow médio anual
equivalente respetivo, que neste caso também se chama
“amortização” financeira (ou económica) e que é na verdade uma
prestação calculada pelo chamado sistema francês
• Em B387 = Gastos Fixos Desembolsáveis = 1.000 (aqui, coincidentes
com os Gastos com o Pessoal)
• Em B388 = taxa de imposto sobre o rendimento (t) = 40%
• Em B389 = Economia Fiscal das Amortizações = 40%*2.000 = 800
• Em B390 = Gastos Fixos Desembolsáveis depois de impostos =
1.000*(60%) = 600
• Em B391 = CFO mínimo necessário = Numerador da Fórmula =
Capex Anualizado – Economias Fiscais das Amortizações + Gastos
Fixos Desembolsáveis depois de impostos = 2.303-800+600 = 2.103

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Break-Even do Projeto
• Vamos agora à procura do denominador da expressão, ou seja da margem
de contribuição unitária depois de impostos
• Em B392 = 5 = Preço de Venda Unitário (PVU, PV ou P)
• Em B393 = 2 = CMVMC Unitário
• Em B394 = 3 = Margem Bruta Unitária
• Em B395 = PUB% = 10%
• Em B396 = Publicidade Unitária = 5*10% = 0,5
• Em B397 = 2,5 = 3 – 0,5 = Margem de Contribuição Unitária
• Em B398 = 50% = 2,5/5 = Margem de Contribuição em % das Vendas
• Em B399 = Efeito Fiscal = 1-t = 60%
• Em B400 = Margem de Contribuição Unitária Depois de Impostos =
2,5*60% = 1,5
• Em B401 = Margem de Contribuição Depois de Impostos em % das Vendas
= 50%*60% = 30%

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Break-Even do Projeto
• Em B402 = Q* = 2.103/1,5 = 1.402 = Break-Even em Quantidade
• Em B403 = V* = 2.103/30% = 7.010 = Break-Even em Volume de Vendas =
cerca de 7 milhões de €
• Tal como já tinha sido dito a margem de erro deste projeto é muito
pequena visto que temos apenas:
• B405 = Margem de Segurança = (Q/Q*)-1 = 1.450/1.402 -1 = 3,42% acima
do Break-Even
• B406 = (Q*/Q) – 1 = (1.402/1.450)-1 = -3,31% = quebra máxima possível
margem de erro máxima na previsão de Q
• Ou seja, por exemplo, uma quebra na procura da ordem dos 4% já
inviabiliza o projeto. Ora este indicador deveria de poder suportar quebras
entre 10% a 20% (ou seja, em média de 15%)
• Assim sendo, a exposição ao risco de procura neste caso parece ser
excesiva!
• Esta margem já é aceitável no cenário otimista, mas no pesimista a
empresa estará abaixo do break-even, ou seja em terreno negativo!

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