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All In Cost: Alternativas de

Financiamento
Sessão 1
Introdução
Empréstimo Interno
All In Cost
Valor Atual Líquido do Financiamento
Valor Atual Líquido Ajustado
Empréstimo Equivalente
All In Cost: Alternativas de Financiamento

• Esta apresentação em Powerpoint trata do


Workbook de EXCEL All_In_Cost_2020_Bilingual
• Nesta sessão1 vamos ver as caraterísticas do
investimento, as várias hipóteses de
financiamento e depois vamos proceder à análise
da primeira alternativa: o Empréstimo Bancário
Interno (em €) e da segunda, os Suprimentos
• Vamos assim ver a folha2: INVESTMENT
• E da folha1 FINANCING vamos ver apenas até à
linha 128 (inclui Análise do Empréstimo Bancário
em € e dos Suprimentos)
Introdução: INVESTMENT
• Na Folha2-INVESTMENT apresenta-se o projeto de investimento que se vai
financiar
• O seu cash flow (linha 3) estende-se por 4 anos (linha 4): em 0 (coluna B)
temos o investimento de 1,5Milhões em 1 (coluna C) e 2 8coluna D) o Cash
Flow de Exploração de 1,1Milhões em cada um desses anos e, finalmente,
em 3(coluna E) o desinvestimento de 0,3 Milhões de Euros
• Considerando uma Rf=2%, um prémio de risco de mercado Rm-Rf = 7,5%,
um Beta Não Alavancado (Sem Dívida) de 2, então o prémio de risco do
projeto deve ser 15% (=2*7,5%) e a taxa de Atualização RU = 2%+15% =
17%
• Logo o VAL será cerca de 431K€, a TIR = 37,33% e a TIR Modificada =
27,28%, pelo que o projeto deve ser implementado!
Introdução: INVESTMENT
• Com vista a determinar a capacidade de endividamento deste
projeto vamo-nos concentrar na Fase de Exploração (Anos 1 e 2),
visto que os credores nunca irão estender o crédito ao período de
desinvestimento
• Admitindo que se desejava um coeficiente de cobertura do serviço
da dívida de 2, então apenas 900/2 = 450K€ estariam disponíveis
nos anos 1 e 2 para o serviço da dívida
• Atualizando aqueles valores à taxa de custo da dívida depois de
impostos KD de 4% (por hipótese) teremos um Valor Atual no Ano 0
de cerca de 1,037 Milhões de €
• Há quem prefira descontar o EBITDA à taxa RD = Custo do Capital
Alheio antes de impostos, nós aqui descontámos os cash flows
líquidos do projeto da fase de exploração à Taxa KD
Introdução: INVESTMENT
• Mas como os credores exigem que a autonomia
financeira mínima a valor contabilístico seja de 1/3,
então a dívida não poderá exceder os 2/3 sobrantes, ou
seja 1Milhão de €, em função do Investimento Inicial
de 1,5Milhões
• Assim, a Dívida deverá respeitar a estes dois limites,
dos dois o mais baixo, desta feita ficará a ser
condicionada pela autonomia financeira mínima a
valor contabilístico.
• Portanto o Projeto será financiado 1/3 por Capitais
Próprios (cerca de 0,5Milhões de €) e os restantes 2/3
por Capitais Alheios, cerca de 1 Milhão de €
FINANCING
• Vamos agora passar à análise da Folha1-FINANCING
• Nas linhas 1 a 55 apresentam-se as 5 Alternativas de
Financiamento: Empréstimo Bancário Interno – linhas 7
a 14; Suprimentos – linhas 16 a 23; Leasing – linhas 25
a 30; Empréstimo Obrigacionista – linhas 32 a 40; e,
finalmente, Empréstimo Externo em USD($) – linhas 42
a 55
• Nas linhas 3 a 5 explicita-se que a Necessidade de
Financiamento é de 1Milhão de €, que o Prazo será de
2 Anos e que a taxa de impostos a considerar nas
economias fiscais é de 25% (IRC e Adicionais)
FINANCING: Empréstimo Bancário Interno

• Nas linhas 7 a 14 apresentam-se as caraterísticas


do empréstimo interno, cujo montante é de
1Milhão de€, que serão reembolsados em duas
tranches anuais de 50% cada (500K€ em cada),
sendo devidos juros de 5% a pagar anualmente
sobre o saldo devedor, sobre estes juros ainda
incidirá o imposto de selo de 4% e haverá
também lugar ao pagamento de um imposto de
selo sobre a abertura de crédito (ISAC) de 0,5%,
devido no montante da concessão do crédito
Análise do Empréstimo Bancário Interno
• Nas linhas 63 a 95 apresenta-se a análise do empréstimo bancário
interno, que vai funcionar como padrão para a análise das restantes
alternativas de financiamento.
• Em primeiro lugar é preciso determinar o montante do ISAC a pagar
no momento 0
• Será de 1.000.000€*0,5% = 5.000€ (célula B66), que serão
deduzidos ao montante do empréstimo pelo que este será apenas
de 995.000€ (e não de 1 Milhão! – célula B80)
• Estes gastos iniciais de 5.000€ devem ser imputados aos dois anos
de vida do empréstimo: Gastos a imputar anualmente = 5.000/2 =
2.500€/ano (célula B68)
• E por sua vez vão gerar uma economia fiscal de 25% desse valor:
Economia fiscal respetiva = 2.500*25% = 625€/ano (célula B70)
Análise do Empréstimo Bancário Interno
• De seguida apresenta-se o Mapa de Cash Flow do Empréstimo
(observe-se que este mapa está feito na convenção contrária: cash
in, ou recebimentos a menos; e cash out ou pagamentos a mais,
sendo aliás esta uma das regras usuais na análise das decisões de
financiamento, porque as funções financeiras são mais fidedignas
quando o somatório dos cash flows é positivo
• Nas linhas 78 a 80 trata-se do Ano 0, assim subtrai-se ao montante
Bruto do Empréstimo o ISAC e fica-se com o montante líquido
995K€
• Nas linhas seguintes faz-se o quadro de reembolso com uma
amortização de capital (reembolso de 500.000€ ano) e sendo os
juros anuais de 5% sobre o saldo devedor 1.000.000*5% = 50.000€
no Ano 1 (célula C82), e 500.000*5% = 25.000€ no Ano 2 (célula
D82)
Análise do Empréstimo Bancário Interno
• Sobre aqueles valores incide o imposto de selo sobre
os juros de 4%: no Ano 1 será 50.000*4% = 2.000€
(célula C84) e no Ano 2 será 25.000*4%=1.000€ (célula
D84)
• Dessa forma o Serviço da Dívida Bruto do Ano 1
ascende a 557.000€ (=500.000+50.000+2.000), célula
C85, enquanto o do Ano 2 a 526.000€
(=500.000+25.000+1.000), célula D85
• Como se imputam Gastos Financeiros (incluindo a
imputação do ISAC) de 54.500€ no Ano 1
(50.000+2.000+2.500], célula C86, e de 28.500€ no Ano
2 (25.000+1.000+2.500), célula D86
Análise do Empréstimo Bancário Interno
• Aqueles gastos financeiros imputados vão dar origem a umas economias
fiscais, correspondentes a 25% (=t) do seu valor, ou seja teremos uma
redução de impostos de 13.625€ no Ano 1 (=54.500*25%), célula C87, e
de 7.125€ (=28.500*25%), célula D87. Estas economias fiscais dos gastos
financeiros correspondem a uma redução de impostos do projeto, pois
estes foram calculados sobre o EBIT e na verdade vão ser pagos
considerando o Resultado Antes de Impostos, o qual se calcula depois de
Gastos Financeiros!

• Assim, o serviço da dívida depois de impostos é mais baixo que o serviço


da dívida bruto, pois a este último se deduzem as economias fiscais dos
gastos financeiros, teremos assim como outflow depois de impostos do
Ano 1 =538.375€ (=552.000 – 13.625), célula C88, e no Ano 2, 518.875
(=526.000-7.125), célula D88
Análise do Empréstimo Bancário Interno
• Para determinar o All In Cost do Empréstimo depois de
Impostos, KD, vamos calcular a TIR da linha 88 =
4,1692%, repare-se que poderíamos aproximar este
valor fazendo: (5%*1,04+0,5%/2)*(1-0,25) =
4,0875%<4,1682%, pois o ISAC é pago à cabeça!
• Para determinar o All in Cost do Empréstimo Antes de
Impostos RD, vamos calcular a TIR da linha 89
(Outflow Bruto, ou seja, ignorando as economias fiscais
dos gastos financeiros) = 5,5581%, repare-se que este
valor poderia ser aproximado fazendo
5%*1,04+(0,5%/2) = 5,2%+0,25% = 5,45%<5,5581%,
pois o ISAC é pago à cabeça!
Análise do Empréstimo Bancário Interno
• Passamos assim a ter aquelas duas taxas para referência na análise
das restantes alternativas, sendo que vamos admitir que a RD deste
empréstimo é a taxa normal de juro (antes de impostos) para este
prazo e para esta empresa e/ou projeto.
• Então se quisermos achar o VALF deste financiamento vamos
descontar o serviço da dívida líquido de impostos @ RD, mas desta
vez com o sinal verdadeiro, ou seja:
• VALF = 995.000 – (538.375/1,055581+518.875/(1,055581)^2) =
995.000 – 975.699 = 19.301 (a diferença para o EXCEL, 19.302,
deve-se a arredondamentos
• Assim considerando o VAL do projeto de 431.047 o VALA (Valor
Atual Líquido Ajustado será de 450.349
Análise dos Suprimentos
• Os suprimentos são empréstimos que os sócios ou
acionistas fazem à empresa da qual detêm uma parte
do capital
• Os suprimentos podem vencer juro sendo que o fisco
apenas aceita com remuneração máxima a taxa de 6%
ao ano e são reembolsados de acordo com as
possibilidades da tesouraria da empresa
• Quando é concedido um empréstimo bancário a médio
e longo prazo o banco costuma exigir que os
suprimentos sejam “consolidados” (ou seja, não
possam ser reembolsados) enquanto o empréstimo
bancário não for liquidado.
Análise dos Suprimentos
• Nas linhas 16 a 23 apresentam-se as caraterísticas dos
suprimentos, cujo montante é de 1Milhão de €, que serão
reembolsados também em duas tranches anuais de 50%
cada (500K€ em cada), sendo devidos juros de 8% a pagar
anualmente sobre o saldo devedor, no entanto, como o
fisco apenas aceita o limite máximo de 6% para a taxa de
juro dos suprimentos, logo uma parte destes gastos
financeiros não poderá beneficiar do efeito fiscal. Como
não há quaisquer outros encargos (nem imposto do selo
nem comissões) e todos os pagamentos são anuais poderá
desde logo admitir-se que a taxa RD será exatamente 8%
(taxa annual efetiva de juro dos suprimentos) e que depois
de impostos o respetivo KD será de = 8% - 25%*6% = 8% -
1,5% = 6,5%
Análise dos Suprimentos
• De seguida apresenta-se o Mapa de Cash Flow dos
Suprimetos feito tal como de costume na convenção
contrária: cash in, ou recebimentos a menos; e cash
out ou pagamentos a mais.ws é positivo
• Em B109 estáo Montante do Empréstimo (1.000.000€)
• Nas linhas seguintes faz-se o quadro de reembolso com
uma amortização de capital (reembolso de 500.000€
ano) e sendo os juros anuais de 8% sobre o saldo
devedor 1.000.000*8% = 80.000€ no Ano 1 (célula
C111), e 500.000*8% = 40.000€ no Ano 2 (célula D111)
Análise dos Suprimentos
• Dessa forma o Serviço da Dívida Bruto do Ano 1 ascende a
580.000€ (=500.000+80.000), célula C115, enquanto o do
Ano 2 a 540.000€ (=500.000+40.000), célula D115
• No entanto, como o fisco só aceite como juros de
suprimentos o máximo de 6%, os juros dedutíveis serão
apenas no Ano 1, 60.000€ = 1.000.000*6%, célula C112, e
no Ano 2, 30.000€ =500.000*6%, célula D112.
• Por sua vez, aquelas verbas darão lugar a umas economias
fiscais no Ano 1 de 15.000€ (60.000*25%), célula C116 e de
7.500€ no Ano 2 (30.000*25%), célula D116
• Assim sendo o serviço da dívida líquido será então para o
Ano 1 de 565.000€ (=580.000-15.000), célula C117, e para o
Ano 2, 532.500€ (=540.000-7.500), célula D117
Análise dos Suprimentos
• Para determinar o All In Cost dos Suprimentos depois
de Impostos, KD, vamos calcular a TIR da linha 117 =
6%, repare-se que este valor não é 75% do RD, pois a
taxa máxima aceite é 6%, será assim igual a KD = 8% -
(6%*25%) = 8% - 1,5% = 6,5%
• Para determinar o All in Cost dos Suprimentos
Empréstimo Antes de Impostos RD, vamos calcular a
TIR da linha 118 (Outflow Bruto, ou seja, ignorando as
economias fiscais dos gastos financeiros) = 8%, repare-
se que este valor coincide tal como esperado com a
taxa de juro dos suprimentos, pois não há encargos
extra!
Análise dos Suprimentos
• Temos duas taxas para referência na análise das restantes
alternativas, por um lado a RD do Empréstimo Bancário Interno =
5,5581%, sendo que vamos admitir que a RD deste empréstimo é a
taxa normal de juro (antes de impostos) para este prazo e para esta
empresa e/ou projeto.
• Então se quisermos achar o VALF deste financiamento vamos
descontar o serviço da dívida líquido de impostos @ RD, mas desta
vez com o sinal verdadeiro, ou seja:
• VALF = 1.000.000 – (565.000/1,055581+532.500/(1,055581)^2) =
1.000.000 – 1.013.150 = -13.150 (a diferença para o EXCEL, -13.149,
deve-se a arredondamentos
• Assim considerando o VAL do projeto de 431.047 o VALA (Valor
Atual Líquido Ajustado será de 417.898
Análise dos Suprimentos
• Por outro lado o KD do empréstimo interno é de
4,1692%
• E se nos comprometessemos a pagar 565.000 no Ano 1
e 532.500 no Ano 2 e caso esse empréstimo custasse
4,1692% o montante do Empréstimo (equivalente)
seria então de:
• 565.000/(1,041692) + 532.500/(1,041692)^2 =
1.033.115€ (no EXCEL dá 1.033.116€, devido a
arredondamentos)
• Ora os sócios apenas nos emprestam 1.000.000 logo
estamos a perder em relação ao empréstimo
equivalente cerca de 33.116€

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