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LEASING

Trata-se de contrato nitidamente oneroso, diante da contraprestação mensal devida pelo


arrendatário. A eventual decomposição de referida contraprestação (aluguel mais valor residual
garantido, que se especificará a seguir) bem demonstra tratar-se de contrato complexo, pois
reúne elementos de outros tipos contratuais (locação e financiamento). É contrato bilateral,
diante da constatação de obrigações recíprocas entre as partes. É contrato de execução
continuada, porque o valor das contraprestações devidas, pelo uso do bem (veículo por
exemplo) e para possibilitar o eventual exercício da opção de compra, deverá ser saldado mês
a mês, paulatinamente, protraindo-se a execução do contrato no tempo. É contrato de adesão,
diante das condições e cláusulas contratuais estabelecidas unilateralmente pela arrendante

, é oneroso e sinalagmático, logo, gera

vantagens para ambas as partes. Ele é antes

um financiamento que uma locação ou forma de aquisição de patrimônio

Sobre a tipicidade do contrato: Embora não esteja previsto em nenhum artigo do Código civil, o
contrato de leasing tem previsão legal na lei 6.099 de 1974, que estipula cláusulas
imprescindíveis no presente contrato, precisamente em seu artigo 5º, existem diferentes
posições na doutrina sobre a tipicidade ou não do instituto arrendamento mercantil, contudo,
pesa-se pela tipicidade do contrato, por ter o mesmo nomen juris.

Misto: o contrato de leasing é a junção de três contratos em um só, quais sejam:


Financiamento, Locação e Promessa de Compra e Venda.

Oneroso: não existe leasing sem contraprestação financeira.

Bilateral: obviamente, haverão duas partes no contrato, o arrendador e o arrendatário.

Paritário: Via de regra, o contrato será paritário, pois as partes compactuaram as condições,
contudo, admite-se o contrato de adesão nos contratos de leasing de carros, direcionados à
massa. Ainda que se enquadre no último caso, o contrato de adesão ainda sim terá discutidas
as contraprestações.

Real: o contrato de leasing só se efetiva com a entrega do bem ao arrendatário. Enquanto tal
fato não ocorre, não há contrato.

Comulativo: referido contrato se enquadra nesta classificação, pois ambas as partes tem
acertadas suas obrigações, o arrendatário pagar suas contraprestações e fazer sua opção ao
final do contrato, o arrendador, passar a posse do bem ao arrendatário enquanto percebe as
contraprestações certas mensais, ou seja, ambas as partes tem obrigações equivalentes e
podem perceber .

Principal: o contrato de leasing independe de quaisquer outros contratos para existir. Solene:
tem obrigatoriamente de ser escrito e obedecer alguns pré-requisitos, em instrumento público
ou particular.
Assim temos que o contrato de leasing é: típico, misto, oneroso, bilateral, paritário em regra,
real, comulativo, principal e solene.

De acordo com a NBCT 10.2, um arrendamento mercantil é classificado como financeiro se ele
transferir substancialmente todos os riscos e benefícios inerentes à propriedade; por outro lado,
é operacional se ele não transferir substancialmente todos os riscos e benefícios inerentes à
propriedade

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