14/03/2023

OBJETIVOS DA AULA
• Diferenciar as áreas da farmacologia;
• Farmacocinética x farmacodinâmica;
• Revisar formas farmacêuticas;
ÁREAS DA FARMACOLOGIA • Vias de administração de medicamentos.

Profa. Ma. Ticianne da Cunha Soares

As diferentes áreas da farmacologia As diferentes áreas da farmacologia

É o caminho que o medicamento faz no organismo.
Farmacocinética Farmacocinética Não estuda o mecanismo de ação, mas sim as etapas
que a droga sofre desde a administração até a excreção:
Farmacodinâmica Farmacodinâmica absorção, distribuição, biotransformação e excreção.

⮱ etapas simultâneas, divisão apenas didática.

Farmacotécnica Farmacotécnica

Farmacognosia
Farmacognosia

Farmacoterapêutica Farmacoterapêutica

Imunofarmacologia
Imunofarmacologia

As diferentes áreas da farmacologia As diferentes áreas da farmacologia

Estuda os efeitos fisiológicos dos fármacos no Estuda o preparo, a manipulação e a conservação dos
Farmacocinética organismo Farmacocinética
medicamentos
Mecanismos de ação O desenvolvimento de novos produtos, relação com o
Farmacodinâmica Farmacodinâmica
Relação entre concentração do fármaco e efeito meio biológico, técnicas de manipulação, doses, formas

O efeito da droga nos tecidos farmacêuticas, interações físicas e químicas entre os

Farmacotécnica Farmacotécnica princípios ativos

Farmacognosia Visando conseguir melhor aproveitamento dos seus efeitos

Farmacognosia
benéficos no organismo

Farmacoterapêutica
Farmacoterapêutica

Imunofarmacologia
Imunofarmacologia
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As diferentes áreas da farmacologia As diferentes áreas da farmacologia

Cuida da obtenção, identificação e isolamento de Refere-se ao uso de medicamentos para o tratamento das
Farmacocinética Farmacocinética enfermidades (Farmacologia Clínica)
princípios ativos a partir de produtos naturais de origem

animal, vegetal ou mineral, passiveis de uso terapêutico

Farmacodinâmica Farmacodinâmica Terapêutica  Envolve não só o uso de medicamentos,
como também outros meios para a prevenção, diagnóstico
e tratamento das enfermidades.
Farmacotécnica Farmacotécnica
Esses meios envolvem cirurgia, radiação e outros.

Farmacognosia Farmacognosia

Farmacoterapêutica Farmacoterapêutica

Imunofarmacologia Imunofarmacologia

As diferentes áreas da farmacologia

Área nova que tem se desenvolvido muito graças à
PRINCÍPIOS BÁSICOS
Farmacocinética possibilidade de se interferir, através do uso de drogas, na

realização dos transplantes e de se utilizar com fins

• FARMACOCINÉTICA
Farmacodinâmica terapêuticos substâncias normalmente participantes da
(Movimento do medicamento, processos químicos, caminho que percorre no
resposta imunológica organismo, são as etapas que a droga sofre desde a administração até a eliminação:
Farmacotécnica ADME).
• FARMACODINÂMICA
Farmacognosia (local, mecanismo de ação para promover um efeito, efeitos do medicamento,
como age).
Farmacoterapêutica Ex: AAS – inibe Ciclo Oxigenase 1 e 2.
Bloqueio de COX diminui a resposta inflamatória.

Imunofarmacologia

PRINCÍPIOS BÁSICOS PRINCÍPIOS BÁSICOS

• ABSORÇÃO
Passagem do fármaco do local onde foi administrado para a corrente sanguínea; • ABSORÇÃO SUBLINGUAL
Não acontece quando o medicamento é administrado diretamente na circulação Ocorre na própria cavidade oral, por meio do sistema venoso bucal.
sanguínea (como por exemplo na via endovenosa, pois quando o medicamento é adm
por essa via, ele não passa por essa etapa).
• LOCAIS MAIS COMUNS
Músculos, mucosa oral, pele e intestino.
• FATORES QUE INFLUENCIAM
Qual a área disponível para absorver esse medicamento; qual o fluxo sanguíneo na
região onde esse medicamento chegou; quais as propriedades físico-químicas desse
medicamento; qual a concentração local do medicamento; qual o nível de acidez
gástrica; a presença ou não de nutrientes na hora da administração; se tem alguma
alteração na velocidade gastro-intestinal (diarreia/constipação); forma de
apresentação (comprimido/solução); concentração do medicamento.
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PRINCÍPIOS BÁSICOS PRINCÍPIOS BÁSICOS

• BIODISPONIBILIDADE • Ex:
Fração do medicamento administrado que atinge a circulação sistêmica. Propanol: quando administrado por via endovenosa tem dose padrão = 5mg;
• FATORES QUE INFLUENCIAM Via oral = dose varia entre 40 mg e 80 mg (para atingir a mesma concentração na
Grau/velocidade de absorção desse medicamento; qual a fração que está sendo circulação sistêmica).
metabolizada pelo fígado antes de chegar na circulação sanguínea; via de
administração; problemas no fígado.
Alguns medicamentos apresentam grande absorção pelo intestino, mas a fração
metabolizada também é grande, o que faz com que um pequeno percentual atinja
a circulação sistêmica (via endovenosa – 100% de biodisponibilidade).

PRINCÍPIOS BÁSICOS PRINCÍPIOS BÁSICOS

• DISTRIBUIÇÃO
Passagem do medicamento da circulação sanguínea para os diversos órgãos e • FATORES QUE INFLUENCIAM
tecidos. Características físico-químicas do medicamento (se é lipossolúvel, grau de
ionização); tamanho da molécula; ph local; vascularização do tecido.

• DIVIDIDA EM DUAS FASES:

• Fase I: os órgãos envolvidos que apresentam uma alta perfusão e vão receber
a maior parte do medicamento nos primeiros minutos. (Coração, fígado, trato
gastro-intestinal, rins e o cérebro);
• Fase II: os órgãos e tecidos atingidos são os músculos, algumas vísceras,
tecidos com perfusão média e tecido adiposo.
Medicamento na circulação
sanguínea Órgãos e sistemas

PRINCÍPIOS BÁSICOS
• ELIMINAÇÃO
Processo de retirada do medicamento do organismo (inicia-
se assim que a medicação atinge a circulação sistêmica).
Ocorre por modificação metabólica (principalmente no
fígado, mas também pode ocorrer nos rins, pulmões, trato
gastro-intestinal e pele) e excreção (principalmente nos rins,
mas também pode ocorrer pulmões, trato gastro-intestinal,
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE
por meio das fezes, pelo suor, lágrimas).
Fígado: biotransformação – enzimas capazes de reduzir,
MEDICAMENTOS
oxidar, hidrolisar ou conjugar compostos.
Rins: excreção dos fármacos e seus metabólitos: fármacos
excretados na bile e eliminados nas fezes
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TIPOS DE MEDICAMENTOS Quanto à forma farmacêutica

Quanto à origem Líquidos - soluções, emulsões, xaropes, elixires e loções.

Natural - extraídos de órgãos ou glândulas (extrato de fígado); extraídos de fonte de

minério e princípios ativos de diversas plantas Sólidos - em pó ou em formatos sob a compressão –

comprimido, drágea, pílula, cápsula e supositório.

Pastosos - normalmente de uso tópico – geléias, cremes,

Sintética - substâncias preparadas em laboratórios por processos químicos pomadas.

Têm composição e ação idênticas aos produtos naturais

Gasosos - recipientes cilíndricos especiais: balas e

em geral são administrados por inalação.

Vias de administração VIAS DE ADMINISTRAÇÃO

Caminho pelo qual uma droga é colocada em contato com o organismo Caminho pelo qual uma droga é colocada em contato com o organismo
A biodisponibilidade interfere nas propriedades farmacocinéticas de uma droga
A biodisponibilidade interfere nas propriedades farmacocinéticas de uma droga

Vias de administração VIAS DE ADMINISTRAÇÃO

Tópica Enteral Paraenteral Tópica Enteral Parenteral

efeito local – aplicação diretamente onde deseja-se sua ação.

Vai depender das circunstâncias
Epidérmica - aplicação sobre a pele;
Condições do paciente, aceitabilidade, necessidade, doença etc Dependendo da
VA uma mesma droga pode produzir diferentes resultados Colírios - sobre a conjuntiva;
Gotas otológicas - antibióticos e corticóides para otite externa;
Intranasal - spray descongestionante nasal.

Vias de administração VIAS DE ADMINISTRAÇÃO

Caminho pelo qual uma droga é colocada em contato com o organismo Caminho pelo qual uma droga é colocada em contato com o organismo

A biodisponibilidade interfere nas propriedades farmacocinéticas de uma droga A biodisponibilidade interfere nas propriedades farmacocinéticas de uma droga

VIAS DE ADMINISTRAÇÃO VIAS DE ADMINISTRAÇÃO

Tópica Enteral Parenteral Tópica Enteral Parenteral

efeito sistêmico (não-local) – via trato digestivo. efeito sistêmico – por outra forma que não pelo trato digestivo.

Pela boca - drogas na forma de tabletes, cápsulas ou gotas;

Injeção - intravenosa, intra-arterial, intramuscular, intracardíaca, subcutânea,
Por tubo gástrico - gastrostomia, diversas drogas e nutrição enteral;
intradérmica e intraperitoneal
Pelo reto - em forma de supositório.
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VIAS DE ADMINISTRAÇÃO VIAS DE ADMINISTRAÇÃO

• ORAL - VANTAGENS • ORAL - DESVANTAGENS
Autoadministração, fácil, confortável, indolor; Absorção variável (ineficiente);
Efeitos locais e sistêmicos; Período de latência médio a longo;
Formas farmacêuticas: cápsulas, comprimidos, etc. Ação dos sucos digestivos;
Interação com alimentos;
Pacientes não colaboradores (inconscientes).

VIAS DE ADMINISTRAÇÃO VIAS DE ADMINISTRAÇÃO

• SUB-LINGUAL - VANTAGENS • SUB-LINGUAL - DESVANTAGENS
Fácil acesso e aplicação; Pacientes inconscientes;
Circulação sistêmica; Irritação da mucosa;
Latência curta; Dificuldade em pediatria.
Emergência;
Formas farmacêuticas: comprimidos, pastilhas, soluções, aerossóis, etc

VIAS DE ADMINISTRAÇÃO VIAS DE ADMINISTRAÇÃO

• RETAL - VANTAGENS • RETAL - DESVANTAGENS
Circulação sistêmica; Lesão da mucosa;
Pacientes não colaboradores (semi-conscientes, vômitos); Incômodo;
Impossibilidade da via oral; Expulsão;
Impossibilidade da via parenteral; Absorção irregular e incompleta.
Formas farmacêuticas: supositórios e enemas.
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VIAS DE ADMINISTRAÇÃO VIAS DE ADMINISTRAÇÃO

• INTRAMUSCULAR - VANTAGENS • INTRAMUSCULAR - DESVANTAGENS
Efeito rápido com segurança; Dolorosa;
Fácil aplicação. Substâncias irritantes;
Não suporta grandes volumes;
Absorção relacionada com tipo de substância: Formas farmacêuticas: injeções
Músculos: deltóide, glúteo e vasto lateral da coxa.

VIAS DE ADMINISTRAÇÃO VIAS DE ADMINISTRAÇÃO

• INTRAMUSCULAR - RECOMENDAÇÕES • INTRAMUSCULAR - RISCOS
Auxílio na absorção: calor/ massagens; Trauma ou compressão acidental de nervos;
Retardamento na absorção: gelo; Injeção acidental em veia ou artéria;
Locais de aplicação: deltóide, glúteo e vasto lateral da coxa; Difusão da solução;
Posição da agulha: perpendicular ao músculo; Injeção em músculo contraído;
Aspirar antes da aplicação. Abcessos.

VIAS DE ADMINISTRAÇÃO VIAS DE ADMINISTRAÇÃO

• ENDOVENOSA - VANTAGENS • ENDOVENOSA - DESVANTAGENS
Efeito farmacológico imediato; Efeito farmacológico imediato;
Controle da dose; Irritação no local da aplicação;
Admite grandes volumes; Facilidade de intoxicação;
Permite substâncias com pH diferente da neutralidade Acidente tromboembólico.
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AÇÃO DOS MEDICAMENTOS AÇÃO DOS MEDICAMENTOS

• LOCAL • DIRETA
Medicação age no local onde é administrada, sem passar pela corrente Age diretamente nos mecanismos fisiológicos do usuário. Ex: antihipertensivos.
sanguínea. Age no ponto de aplicação. • INDIRETA
Ex: pomadas, colírios. Age em algum elemento que está interferindo no funcionamento normal do
• SISTÊMICO hospedeiro. ex: antibióticos.
A medicação é primeiramente absorvida, depois entra na corrente sanguínea • PARADOXAL
para atuar no local de ação desejada. Age longe do ponto de aplicação. Oposta ao mecanismo de ação – ex: BZD em crianças ou idosos (estimula);
Ex: analgésicos, antibióticos. metifenidato em crianças com TDAH (inibe).

EXERCITANDO... DÚVIDAS? PERGUNTAS?

• Diferencie farmacocinética e farmacodinâmica.
• Conceitue biodisponibilidade.
• Sobre vias de administração de medicamentos, quais são? Qual seu efeito? Cite
exemplos.
• Qual a diferença entre medicações de ação local e sistêmica?
• Cite duas vantagens e duas desvantagens de medicações de via endovenosa,
intramuscular e oral.

ESTUDEM!

OBRIGADA!