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DOCENTE
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LiC. PEDRO KAMANHA
SUMBE, 2023
INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DO CUANZA-SUL
INTEGRANTES DO GRUPO NO 5
Michel da Silva
Osvaldo Paulo
Pascoal Cahuanda
Paulo Fernando
Sidney Aguiar
Suazy Soares
SUMBE, 2023
ÍNDICE DE FIGURAS
INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 7
CONCLUSÃO ........................................................................................................... 19
Na última década, o advento da Internet, rede “aberta” que não é propriedade nem objecto
de gestão por nenhuma entidade, foi o poderoso motor gerador de um processo global de
cariz evolutivo, resultado de uma convergência tecnológica dos sectores da informática,
das telecomunicações e do audiovisual, com reflexos no plano económico, social,
político, empresarial, jurídico e terminológico – conceptual (Mário, 2002).
Comércio Electrônico
Para Cameron (1997), define comércio electrônico (CE) como qualquer negócio
transacionado electronicamente, no qual estas transações ocorrem entre dois parceiros de
negócio ou entre um negócio e seus clientes. Comércio electrónico pode ser definido
como a compra e a venda de informações, produtos e serviços por meio de redes de
computadores (Kalakota e Whinston, 1997). O comércio electrônico (CE) pode ser
definido corno sendo a compra e a venda de informações, produtos e serviços através de
redes de computadores. CE envolve mais do que apenas comprar e vender.
Segundo Applegate et al. (1996), inclui todos os tipos de esforços de pré-vendas e pós-
vendas, assim como um conjunto de actividades auxiliares, que, por sua vez, incluem
novos enfoques para pesquisa de mercado, geração de condução qualificadas de vendas,
anúncios, compra e distribuição de produtos, suporte a cliente, recrutamento, relações
públicas, operações de negócio, ministração da produção, distribuição de conhecimento
e transações financeiras.
Para o autor, a visão do comércio electrônico, como qualquer tipo de apoio de transações
comerciais por meio do uso de infra-estrutura digital, tem a vantagem de englobar uma
gama variada de utilizações da Web para favorecer ou incentivar transações comerciais.
Assim, o comércio electrônico pode funcionar como instrumento de promoção (pré-
venda), como novo canal de vendas de facto ou de atendimento ao cliente (pós-venda).
Segundo o autor, mas para a plena efectivação do processo de compras on-line, barreiras
tecnológicas, culturais e organizacionais devem ser transpostas, juntamente com o
desenvolvimento de soluções que ajudem a superar algumas dificuldades estruturais do
comércio eletrônico. Estas barreiras para o pleno desenvolvimento do comércio on-line
devem ser também analisadas, para se entenderem mais claramente os possíveis efeitos
no ambiente de negócios.
Hoffman (1995), é facto que o uso da Internet está fortemente concentrado nos EUA,
embora evoluindo rapidamente na Europa e em outros continentes. De qualquer forma,
um dos componentes do sucesso do comércio electrônico está relacionado com hábitos
de consumo comuns entre os norte-americanos, como as compras por meio de catálogos
e via TV.
Isto significa que não basta alguém ter acesso aos recursos da Internet para poder fazer
aquisições em qualquer lugar do planeta, embora isso seja virtualmente possível. Assim,
a acomodação de diferenças culturais, fenômeno intrínseco às actividades de
comercialização global on-line, deve ser levada em conta no desenvolvimento dos
sistemas de comércio electrônico (Hoffman 1995).
Se pelo lado dos consumidores existem barreiras culturais, pelo lado das empresas devem
ser consideradas as barreiras organizacionais, que podem representar obstáculos para o
crescimento do comércio electrônico (Ware et al., 1998). Em primeiro lugar, as empresas
devem estar cientes das implicações administrativas, para que criem, giram e obtenham
os benefícios da adoção de sistemas de comércio electrônico.
Segundo o autor, a definição clara de uma estratégia de negócios deve existir, para
integrar a nova tecnologia à organização. A introdução de sistemas de comércio
electrônico pode implicar a necessidade de se redefinir alguns processos organizacionais
para torná-los perfeitamente integrados com os sistemas de solicitação de pedidos e
serviços feitos pelos consumidores.
Essa integração vai exigir esforços de integração de sistemas e plataformas,
especialmente nos casos em que os sistemas de controlo dos processos internos pré-
existentes foram concebidos sobre tecnologias e filosofias de desenvolvimento diferentes
daquelas que predominam no ambiente da Internet e da Web. A tecnologia por si só não
é suficiente para alavancar um negócio na direcção de garantir retorno na adoção de
sistemas de comércio electrônico (Spar e Bussgang, 1996).
Para o autor, é preciso que seja criada uma vantagem competitiva sustentável, que garanta
certa fidelidade do cliente para com a empresa. A qualidade do serviço oferecido e o nível
de relacionamento entre as partes são críticos para o estabelecimento de tal fidelidade. Só
com a perfeita sintonia entre a solicitação dos consumidores, a administração dos pedidos,
o estoque e a administração financeira se pode garantir a qualidade de serviço que sustente
a fidelidade do consumidor.
Mas as regras informais, que ainda hoje predominam na Internet, não são suficientes para
tocar negócios on-line. A adopção da Internet como veículo de massa vai exigir
dispositivos de regulamentação mais efectivos e explícitas, para propiciar a proliferação
de transações comerciais.Existe uma relação inversa entre a confiança estabelecida entre
os participantes de uma transação e o custo dela (Bloch, 1996).
Alguns dos benefícios do CE podem ser entendidos de acordo com estudos e pesquisas
Bloch, (1996):
Segundo o autor, no modelo utiliza-se o conceito de camadas e não de pilares, uma vez
que ele é usado num contexto; portanto ele afecta e é afectado pelos componentes desse
ambiente, não sendo apenas apoiado em alguns deles.
A infovia pública é a rede formada tanto pela rede mundial Internet como pelos serviços
on-line que tenham ligações com esta, sendo que a ênfase reside no acesso livre e de baixo
custo, e na integração entre os vários ambientes sem nenhuma restrição, incluindo desde
os terminais mais simples de acesso, até meios de comunicação mais sofisticados para
grandes volumes de informações.
Une as várias camadas entre si, determina a influência que cada camada exerce sobre as
demais, bem como a influência recebida. Esta influência implica que uma camada, por
um lado, está limitada pelas restrições impostas pelas demais, assim como ela limita as
demais. Por outro lado, uma camada garante que as demais possam existir e fornece-lhes
a base e os recursos para que as demais se possam desenvolver. Finalmente, cada camada
tende a exigir a adequação e evolução das demais, de acordo com sua própria evolução,
necessidades e oportunidades que oferecem ao ambiente externo.
As aplicações e serviços genéricos são aqueles oferecidos pelo ambiente, por meio dos
seus provedores, serviços on-line e fornecedores, disponíveis a todos, tais como correio
eletrônico, transferência de arquivos, salas virtuais, algoritmos e softwares de criptografia
etc. (Klein et al., 1996).
As aplicações de CE são aquelas desenvolvidas com base nas camadas anteriores e que
atendam as necessidades de uma organização ou grupo delas, tais como home banking,
vídeo sob demanda, shopping centers virtuais etc. As aplicações actuais de CE nos vários
sectores econômicos, apesar de crescentes, ainda obedecem uma utilização não-intensiva,
que pode ser considerada como exploratória. Além disso, essa utilização não é uniforme
nos sectores, estando ainda num nível de definições e análise de potencial estratégico e
operacional (Cameron, 1997).
Klein et al. (1996), para analisar o papel das tecnologias de informação e comunicações
(ICTs) como contribuidoras para o sucesso das empresas, que se defrontam com
mudanças na economia e no mercado, elaboraram algumas hipóteses, denominadas aqui
de Contribuições do Comércio Eletrônico para o Sucesso das organizações, que podem
ser assim resumidas em três categorias.
A visão tradicional de uma empresa com fronteiras claras, relações limitadas com
parceiros e mercados estáveis, está evoluindo. Actualmente, as ICTs podem alavancar um
redesenho das relações interorganizacionais, permitindo às companhias:
Alcançando os consumidores
As empresas se comunicam com seus clientes por meio de várias mídias. Por muitos anos,
as ICTs vêm alterando profundamente a visão tradicional de mídia de marketing, na
compra e venda a varejo. Os ambientes intermediados por computadores, tal como a
Internet, permitem outra maneira de alcançar os consumidores, e projetar compradores e
vendedores online, para incrementar seu gasto on-line, para serem:
Bloch et al. (1996), definiram e analisaram seis aspectos a serem considerados nos
estudos e nas aplicações de CE, que eles denominaram variáveis externas ao modelo por
eles elaborado. A esses aspectos foram acrescentados mais dois, que são os últimos:
As primeiras experiências com CE no setor bancário, o qual tem sido pioneiro no uso de
sistemas eletrônicos, podem ser utilizadas para o aprendizado de alguns perigos
potenciais e aspectos a serem considerados. Essa situação leva a projetar sistemas de CE
que incorporem oportunidades para compreender os clientes e para a venda pró-ativa de
novos produtos;
Privacidade e segurança
A chave para o sucesso do sistema de CE para clientes certamente é uma grande adoção
desses tipos de tecnologias por parte dos clientes;
Aspectos de implementação
A maioria dos envolvidos com tecnologia acreditam que uma tecnologia sozinha não
resolve aspectos nem cria vantagens, mesmo as de CE. A tecnologia precisa ser integrada
a uma organização, com os aspectos de gerenciamento de mudanças relacionados com a
resistência das pessoas a novos conceitos e idéias;
Comprometimento organizacional
Aspectos legais
Competitividade
O ambiente empresarial tem vivenciado várias mudanças nos últimos anos, as quais vão
definindo novos contornos para os vários sectores da economia e seus relacionamentos
internos e externos, até mesmo com os clientes e consumidores. O ambiente empresarial
actual, por um lado, tem exigido que a TI ofereça soluções e suporte para as suas novas
necessidades e, por outro lado, exige a identificação e aproveitamento de novas
oportunidades que a TI oferece (Bloch et al., 1996).
Entretanto, somente a tecnologia não será suficiente para seu sucesso, o nível de serviço
oferecido aos clientes e a relação que pode ser estabelecida com eles também poderão ser
críticas para evitar a troca de fornecedores por parte dos clientes, ou seja, sustentar sua
lealdade.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BLOCH, M.; PIGNEUR, Y.; SEGEV, A. (1996). On the road of electronic commerce
: a business value framework, gaining competitive advantage and some research
issues. CITM Working Paper, Mar. 1996.
SPAR, D.; BUSSGANG, J. J. (1996). Ruling the net Harvard Business Review,
May/June. Internet via WWW.URL : http:// www.tfi.net/press/phone/html. Press
Release, 10 Dec. 1996.
WARE, J. P. et al. (1998). Search for digital excellence. New York : McGraw-Hill.