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PLANO DE TRATAMENTO – NOME DO PACIENTE

EXTRAÇÕES DOS DENTES: 27 (RAIZ), 26 (RAIZ), 23 e 22 - TÉCNICA


FECHADA

 Os dentes 27 (raiz), 26 (raiz), 23, 22 apresentam indicação de extração para


futura PT superior que será realizada na paciente, no município de Erval Velho. A técnica
escolhida foi a técnica fechada. Caso houver maiores dificuldades na hora da extração, por
conta da adaptação do fórceps, principalmente das raízes dos dentes 27 e 26, lançarei mão da
técnica aberta: retalhe envelope 2 mm da distal do 27 à 2mm da mesial do 26, para melhor
adaptação apical do fórceps. Se houver dificuldade para extrair os dentes 22 e 23, lançarei
mão da técnica supracitada. Todavia, em casos de fratura radicular, osteotomia com fresas
701 a 703 em baixa rotação.

CIRURGIA: PASSO A PASSO

Após preparo da mesa cirúrgica:


1- Bochecho rigoroso com clorexidina 0,12%
2- Antissepsia extra oral com clorexidina 0,2% usando pinça Allis
3- Afastamento da bochecha com o afastador minnesota
4- Anestesia tópica com cotonete. Espera de 2 a 3 min.

5- ANESTESIA:
ARTICAÍNA 4% com Adrenalina 1:100 000. Tubetes: 6 tubetes anestésicos essa
paciente pode receber- peso: 65 kg.
 Nervos a serem anestesiados:NASP esquerdo, NASM esquerdo, NASA
esquerdo, Palatino Maior esquerdo, Nasopalatino esquerdo, Infraorbital esquerdo.
 Técnicas: BLOQUEIO DO NASP ESQUERDO e INFILTRATIVA DO
NASM ESQUERDO, pois anestesia a raiz mésio-vestibular do 26, BLOQUEIO DO
INFRAORBITAL E NASA ESQUERDO pela técnica BNASA, BLOQUEIO DO
NASOPALATINO E PALATINO MAIOR esquerdos.
 Descrição: AGULHA CURTA CALIBRE 25.
 Infiltrativa NASM: Agulha calibre 25, levantar o lábio, tracionar o tecido, segurar a
seringa paralela ao eixo longitudinal do dente, bisel voltado para o osso, introduzir na altura da
prega mucobucal acima do ápice do dente a ser anestesiado, aspirar, se negativo injetar
aproximadamente 0,6 ml, durante 20 segundos, aguardar 2 a 3 minutos antes de começar o
procedimento, os pontos de referência são: prega mucobucal, coroa do dente, contorno da raiz do
dente.
 B.NASA: agulha curta calibre 25, introduzir na altura da prega mucobucal diretamente
sobre o primeiro pré-molar, bisel voltado para o osso, dentista deve estar direcionado em 10
horas, localizar o forame infraorbitário: palpar a incisura infraorbitário, deslocar o dedo para
baixo até palpar o forame infraorbitário, o paciente irá sentir dor, e introduzir a agulha, aspirar, se
negativo, injetar 0,9 a 1,2ml, esperar 3-5 minutos, pontos de referência: Prega mucobucal,
incisura infraorbitário, forame infraorbitário.
 B. Nervo Palatino Maior: agulha curta calibre 25, introduzir a agulha nos tecidos
moles levemente anteriores ao forame palatino maior, bisel voltado para os tecidos moles
palatinos. Localizar o forame palatino maior: colocar um cotonete na junção do processo alveolar
maxilar com o palato duro, aplicar anestésico tópico, esperar 2 minutos e a área começa a ficar
isquêmico (branco), penetrar a agulha, aspirar, se negativo injetar lentamente 0,45 a 0,6ml
durante 30 segundo no mínimo, esperar de 2-3 minutos
 B. Nervo Nasopalatino: agulha curta calibre 25, aplicar anestésico tópico e após 1-2
minutos da aplicação, colocar o cotonete sobre a papila incisiva, observar a isquemia no local,
introduzir a agulha na mucosa palatina, lateral a papila incisiva, bisel em direção aos tecidos
palatinos, introduzir a agulha, aspirar em dois planos e injetar lentamente 0,45ml durante 15 a 30
segundos.
 B. NASP: agulha curta calibre 25, na altura da prega mucobucal do 27, adentrando a
agulha pra cima, para dentro e para trás, não toca osso. Entrar cerca de 10 mm, fazer aspiração em
dois planos e injetar 0,9 a 1,8 ml de anestésico próximo ao NASP cerca de 60 segundos.

 Anestesia intraligamentar caso a paciente sentir dor: 0,2 ml por raiz. Agulha
Curta, calibre 25.

6- Feito isso, parte-se para a sindesmotomia dos elementos a serem extraídos,


iniciando pelo 27, 26, 23 e 22.
7– Iniciaremos então a luxação do elemento 27 com o fórceps 65, iniciando com força
apical, vestibular, lingual e quando já estiver solto no alvéolo força de extrusão. Do 26,
luxação com o fórceps 65 também, forças apical, vestibular, lingual, extrusão. Se necessário,
utilização de alavanca reta. NÃO ROTACIONA!!! Alavanca reta: movimento de roda e
cunha.
8- Por conseguinte, extração do elemento 23, utilizando o fórceps 01 e alavanca reta,
porém aqui poderá fazer força de rotação. Alavanca reta: movimento de roda e cunha.
9- Finalizando, extração do 22, com fórceps 01 e alavanca reta, usando forças apical,
vestibular, lingual, rotação e tração; e movimentos de roda e cunha.
10- Irrigação do alvéolo. Caso necessário osteotomia, irrigação abundante do osso.

Possíveis complicações: Esta paciente apresenta uma proximidade muito grande de


suas raízes com o seio maxilar, gerando um risco de comunicação buco sinusal, após a
extração iremos realizar a manobra de valsalva (forçar o ar contra os lábios fechados e nariz
tapado), para averiguarmos se há comunicação, caso haja e ela for menor de 2mm apenas
formar um coagulo e suturar, tamanho entre 2 a 6mm como uma sutura em forma de oito
figurado deverá ser feita sobre o alvéolo dental para assegurar a permanência do coágulo de
sangue na área, ou também, pode ser colocado alguma substância promotora de coágulo, tal
como uma esponja gelatinosa (Gelfoam®), dentro do alvéolo antes da sutura. Se a abertura do
seio for grande (7 mm ou mais larga), o cirurgião deverá considerar o reparo da comunicação
através de um retalho. A bola adiposa da bochecha pode ser usada no fechamento das
comunicações buco-sinusais por ter seu sucesso comprovado na literatura.

11- Após as extrações iremos realizar uma alveoloplastia na região dos elementos 17,
14, 13, 12, 27, 26, 23 e 22 com a fresa 701, como indicação de cirurgia pré-protética,
realizando remoção de parte da parede vestibular óssea, em quanto irrigamos constantemente
para resfriar a região e por fim limar removendo por completo espículas ósseas, acelerando a
cicatrização.
12- Paciente morderá uma gaze úmida com soro, para formar o coágulo, de 5 a 10
min.
13 – Sutura + Materiais usados: usaremos sutura em X, com fio de seda meia volta 4-
0, porta agulha e pinça adson sem serrilha.
14 - Orientações e prescrições, por escrito e verbal:

ORIENTAÇÕES:
 Não retirar o coágulo (manter bolinha de sangue)
 Não comer e nem beber comidas sólidas ou muito quentes por 48h
 Evitar cuspir
 Evitar usar canudinho
 Evitar sementes e grãos
 Alimentação líquida e pastosa (sorvete, papinha de bolacha, mamão sem
semente esmagado, banana esmagada)
 Fazer compressa de gelo por 48h
 Higienizar o local com clorexidina e gaze, mas não bochechar por 24h
 É normal sangrar um pouco
 Dormir com dois travesseiros
 Após 48h, fazer compressa morna
 Após 24h, bochechar clorexidina de manhã e à noite, por 7 dias – uma colher.

PRESCRIÇÃO:
NÓS ADMINISTRAREMOS 1g ou 40 gotas de Dipirona Sódica imediatamente após
a intervenção.
Nimesulida 100mg – 12 em 12 horas, por 48 horas (4 cmp.)
Dipirona Sódica 500mg, de 4/4h, por 24h – 6 cmp.
Digluconato de clorexidina 0,12%, 10 ml (uma colher), bochechar de manhã e à noite,
por 7 dias.

CUIDADOS: após 24h, bochechar digluconato de clorexidina 0,12%, 10 ml (uma


colher), de manhã e a noite, por 7 dias.

REMARCAR PARA TIRAR A SUTURA – 7 dias.

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