Você está na página 1de 12

Feliciano Jorge Ricardo Machua

Estrutura de indicadores balanceados para melhorar o desempenho da cadeia de


suprimento. Aponta quatro aspectos-chave para a excelência na cadeia de
suprimentos: Desempenho de entrega; Flexibilidade e responsabilidade; Custo
logístico e gerenciamento de activos.

Curso de Licenciatura em Logística Empresarial e Portuária

Universidade Alberto Chipande


Beira
2023
Feliciano Jorge Ricardo Machua
Estrutura de indicadores balanceados para melhorar o desempenho da cadeia de
suprimento. Aponta quatro aspectos-chave para a excelência na cadeia de
suprimentos: Desempenho de entrega; Flexibilidade e responsabilidade; Custo
logístico e gerenciamento de activos.

Trabalho a ser apresentado a Faculdade de


Ciências Económicas da Universidade Alberto
Chipande na disciplina de Planeamento e
Controlo Logístico 4º Ano para fim avaliativo.

Msc. Aldo Sanveca

Universidade Alberto Chipande


Beira
2023

Índice
CAPÍTULO I: Introdução e breve contextualização.........................................................5
OBJECTIVOS...................................................................................................................5

Objectivo Geral.................................................................................................................5

Objectivos Específicos......................................................................................................5

1.2 Metodologia.................................................................................................................5

Desenvolvimento...............................................................................................................5

CAPÍTULO II: Referencial teórico...................................................................................6

2.1 Cadeia de suprimento e o seu gerenciamento..............................................................6

2.1.1 Definição..................................................................................................................6

2.1.2 Benefícios da Gestão da Cadeia de Suprimentos.....................................................7

2.1.3 Implementação da Gestão da Cadeia de Suprimentos – GCS..................................8

2.2 Abordagem de Stewart (1995)....................................................................................8

CAPÍTULO III: Considerações finais.............................................................................10

3.1 Referências Bibliográficas.........................................................................................10


CAPÍTULO I: Introdução e breve contextualização

As operações realizadas por uma organização pertencem a uma rede maior, que se co-
necta às operações de outras organizações. Vejamos por exemplo um relatório que está
imprimindo em uma folha. Sem uma sequência de actividades que possibilitem produzir
e disponibilizar o papel para a sua impressora, provavelmente seu relatório não seria
registrado em meio físico. O decurso começa com o corte de uma árvore e o
processamento da madeira, e como produto final a celulose. A operação prossegue com
a fabricação do papel, a embalagem em resmas e o transporte até os distribuidores que,
por sua vez, comercializarão com varejistas que o entregarão em sua empresa.

Esse é o ponto principal desta Unidade, veremos a perspectiva da rede de operações


para compreender como é importante o conceito de gestão da Cadeia de Suprimento
para as organizações e seus clientes.

1
1.1 OBJECTIVOS

1.1.1 Objectivo Geral

Estruturar um sistema de medição de desempenho para uma cadeia de suprimentos no


sector de serviço em seu nível operacional.

1.1.2 Objectivos Específicos

 Levantar indicadores e métricas de desempenho existentes na literatura;


 Seleccionar indicadores e métricas que estejam alinhados ao sector de serviços e
a gestão da cadeia de suprimentos em nível operacional;
 Agrupar os indicadores e métricas de acordo com a gestão de cadeia de
suprimentos seleccionado.
1.2 Metodologia

Dessa forma, método científico tem o objectivo de encontra soluções ao problema em


questão, utilizando-se de capacidade indutiva, sendo necessária a análise e experimento
buscando assim, evidências para aproximar-se das verdades. (Maques; Manfroi;
Castilho e Noal, 2006).

Por fim, a investigação é uma habilidade humana universal, pois o homem está sempre
em busca da verdade. Para levar a pesquisa do conhecimento empírico e vulgar ao
conhecimento científico a verdade deve ser ordenada, sistémica e organizada.

1.3 Desenvolvimento

Lambert e Cooper (2000) atentam para o fato de que em um ambiente competitivo, o


sucesso final do negócio dependerá da capacidade da administração para integrar a
empresa em sua rede de relacionamentos.

Uma das definições adotadas por Cooper, Lambert e Pagh (1997) para a cadeia de
suprimentos ou Supply Chain (SC), é a integração dos processos de negócios desde o
cliente final até os fornecedores, que são responsáveis pelos produtos, serviços e
informações que agregam valor para o cliente, e ainda segundo os autores, o sucesso da
empresa depende da cadeia de suprimento a que ela pertence.

2
CAPÍTULO II: Referencial teórico

2.1 Cadeia de suprimento e o seu gerenciamento

A cadeia de suprimentos tem sua origem na função Logística, e esta se relacionava


primeiramente com fins militares, como demonstra Ballou (2006, p.376): “Antes de
1950, a Logística era concebida em termos militares. Estava relacionada com aquisição,
manutenção e transporte de instrumentos, material e indivíduos militares”. Estas
mesmas actividades (aquisição, manutenção e transporte) eram também executadas no
ambiente interno das empresas, mas de forma fragmentada e distribuída entre as três
funções básicas (Marketing, Finanças e Produção). Mais tarde, com a mudança ocorrida
no ambiente externo, maior concorrência, clientes mais exigentes e avanço da
tecnologia, a necessidade de integração entre as funções e as diversas organizações se
fez presente, e a cadeia de suprimentos passou a ganhar maior destaque (Ballou, 2006;
Morgan, 2007).

2.1.1 Definição

A Gestão da Cadeia de Suprimentos engloba o conjunto de actividades relacionadas à


extração da matéria-prima, passando pelos processos de elaboração do produto até
chegar ao consumidor final.

Christopher (2007, p. 4) define o gerenciamento da Cadeia de Suprimentos como “a


gestão das relações a montante e a jusante com fornecedores e clientes, para entregar
mais valor ao cliente, a um custo menor para a Cadeia de Suprimentos como um todo”.

Cada elo da cadeia pode conter várias instalações, como por exemplo, o elo
fornecimento que conta com 3 fábricas. Vale ressaltar que todo o esforço da cadeia de
suprimentos deve estar voltado para a satisfação dos clientes. Tratando-se
especificamente dos clientes do sector eléctrico, estes não possuem liberdade de escolha
quando o assunto é energia eléctrica. Este fato deve-se a uma dificuldade na cadeia de
suprimentos do sector relacionada ao condicionamento da geração pelas linhas
transmissão, dificultando a entrada de empresas privadas e consequentemente
promovendo o monopólio estatal no sector.

Adicionalmente, Cox et al. (2001) descrevem a cadeia de suprimentos como uma rede
de relacionamentos empresariais que converte a matéria-prima em produto através de

3
vários estágios de transformação, onde são agregados valor com o objectivo de atender
o cliente final. Desta forma, a cadeia de suprimentos é uma corrente formada por elos
(que são as empresas) através dos qual a matéria-prima se transforma em produto que
será entregue ao cliente final com o propósito de satisfazer as suas necessidades.

2.1.2 Benefícios da Gestão da Cadeia de Suprimentos

Azevedo (2002) sintetiza em seis grandes grupos os benefícios citados por Ching
(1999), Ballou (2006) e Novaes (2001), advindos da implementação da Gestão da
Cadeia de Suprimentos:

 Redução de custos significativa – o alinhamento dos planos estratégicos das


organizações envolvidas permite o compartilhamento de esforços na busca de
minimização de custos de seus processos, algo que seria difícil se fosse realizado
de forma isolada.
 Possibilidade de oferecer fornecimento global – a integração na cadeia, baseada em
confiança, responsabilidade, riscos e recompensas mútuos, traz segurança para ampliar
as operações em novos mercados.
 Agregar valor ao cliente – a cadeia gerenciada de forma coesa e integrada permite
oferecer garantias quanto ao produto (qualidade, variedade, disponibilidade) e aos
prazos de entrega acordados.
 Customização e velocidade do atendimento – a orientação pelo mercado possibilita à
cadeia, em virtude de sua integração e sincronia, a flexibilidade para se ajustar
(detectando, prevendo e corrigindo falhas, alterando planos) às variações da demanda,
adaptando-se rapidamente às exigências do cliente.
 Informações compartilhadas – a integração permite estabelecer um sistema em que a
informação flua constantemente entre o cliente final e os demais integrantes da Cadeia
de Suprimentos, acelerando consideravelmente as decisões e a velocidade de
resposta às solicitações dos processos e do mercado.
 Oferta de níveis de serviço diferenciados – com uma Cadeia de Suprimentos
sincronizada e ágil, é possível processar e montar pedidos mais rapidamente e de forma
consistente, possibilitando entregas pontuais e variadas aos clientes.
2.1.3 Implementação da Gestão da Cadeia de Suprimentos – GCS

Como vimos anteriormente, existem vários benefícios resultantes de uma gestão e


operação integrada de um conjunto de empresas organizadas em uma Cadeia de
Suprimentos. Antes de iniciar o processo de implementação da Cadeia de Suprimentos,

4
no entanto, todas as empresas devem compreender o que caracterizará esse novo tipo de
aliança entre elas:

 Complexidade logística – além da estruturação e sincronização dos fluxos de


materiais, serviços, informações e financeiros entre as empresas, lidar com sua
diferenças culturais e seus distintos modelos de gestão.
 Combinação de actividades – com o foco nas actividades que realizar melhor, as
empresas de uma cadeia poderão atingir níveis de competitividade mais altos
através da soma de seus esforços de forma combinada, possibilitando ganhos na
qualidade do produto, de tempo e de custos.
 Integração – tanto dentro da organização como com os demais participantes,
incluindo sistemas de informação e de custeio conectados e transparentes,
trazendo agilidade, tanto no processo decisório quanto no operacional.
 Flexibilidade – refere-se às condições da Cadeia de Suprimentos em fornecer
respostas ágeis e velozes às variações do mercado e às flutuações da demanda,
cada vez mais exigente quanto ao nível de serviço oferecido.

2.2 Abordagem de Stewart (1995)

Stewart (1995) afirma que integrar a cadeia de suprimento exige mudanças operacionais
que devem incluir:

a) Políticas, Práticas e procedimentos: abordagens de gestão que definam como


executar as actividades, métricas de desempenho ajustadas com o processo,
conhecimento de melhores práticas do sector;
b) Organização: estrutura organizacional, regras e responsabilidade para todas as
políticas, práticas ou procedimentos, habilidades/treinamentos disponíveis;
c) Estrutura: montagem de valor agregado ou centro de distribuição racionalizado,
fluxo de material a partir da montante a jusante da cadeia (do fornecedor ao
cliente final), fluxo de informação do cliente ao fabricante e vice-versa;
d) Sistemas: uso de sistemas que permitem melhores práticas de desempenho,
gerenciamento efectivo de informação e análise em toda cadeia de suprimento.
Com isso, o autor identifica quatro indicadores balanceados para a cadeia de suprimento
para permitir a excelência da cadeia de suprimento:

 Desempenho de Entrega;

5
 Flexibilidade e Responsabilidade;
 Custos Logísticos;
 Gestão de Activos.
O desempenho de entrega inclui as métricas: Percentual de pedidos que não sejam
cumpridos na data solicitada pelo cliente, percentual de pedidos que não sejam
cumpridos no horário solicitado ou na data comprometida, tempo para preenchimento
da ordem.

A flexibilidade e responsabilidade incluem métricas: flexibilidade da produção e


tempo de resposta. A flexibilidade de produção pode ser mensurada pela velocidade
com que a produção pode alcançar um percentual de 20% de um aumento de produção
não planejado. O tempo de resposta da cadeia de suprimento é o somatório: Número de
dias necessários para uma previsão mais número de dias para comunicar as implicações
da nova previsão mais número médio de dias para fazer o produto mais número médio
de dias para responder o pedido ao cliente.

Custos logísticos: compreendem os custos logísticos totais e gestão dos custos dos
pedidos, enquanto o primeiro pode ser expresso como um percentual dos custos totais e
o segundo compreendem os custos de estoque e custos de aquisição de materiais.

A gestão de activos: compreende as métricas: número de dias de estoque de matéria


prima e número de vendas pendentes. Outra métrica que pode ser utilizada é o tempo
de ciclo ou seja, o tempo necessário para transformar uma unidade monetária investida
em matéria prima em receita.

6
CAPÍTULO III: Considerações finais

Dessa interação surgem alianças e parcerias que vão possibilitar a troca e o


compartilhamento de informações, as quais permitirão que processos sejam planejados e
executados de forma mais rápida e com maior confiabilidade, levando ao conceito de
Gestão da Cadeia de Suprimentos.

Esse conceito reforça a integração entre as actividades logísticas, porém está


determinado pelas necessidades dos clientes e por todas as actividades relacionadas ao
fluxo de informações, materiais e serviços de todas as empresas envolvidas na Cadeia,
de forma racional e económica para satisfazer tal demanda.

Os benefícios e a implementação da Gestão da Cadeia de Suprimentos. Constatamos


que é um modelo caracterizado pela formação de parcerias, priorizadas pela clareza de
propósitos, conectividade, comunicação e pelo compromisso, entre outros. Dentre os
benefícios, podemos destacar a redução de custos obtida por uma maior velocidade de
atendimento dos pedidos, além da oferta de níveis de ser viço mais adequados
(customizados) às especificações dos clientes.

7
3.1 Referências Bibliográficas

Ahmad, n.; berg, d.; simons, g. r. (2006), the integration of analytical hierarchy process
and data envelopment analysis in a multi-criteria decision-making problem.
international journal of information technology & decision making.

Akyuz, g. a.; erkan, t. e. (2010) supply chain performance measurement: a literature


review. international journal of production research.

Amiri (2009), m. et al. a hybrid multi-criteria decision-making model for firms


competence evaluation. expert systems with applications.

Aramyan (2007), l. h. et al. performance measurement in agri-food supply chains: a case


study. supply chain management: an international journal.

Arlbjørn (2011), j. s.; freytag, p. v.; haas, h. d. service supply chain management: a
survey of lean application in the municipal sector. international journal of physical
distribution & logistics management.

Aydogan (2011), e. k. performance measurement model for turkish aviation firms using
the rough-ahp and topsis methods under fuzzy environment. expert systems with
applications.

Azevedo (2011), s. g.; carvalho, h.; machado, v. c. the influence of green practices on
supply chain performance: a case study approach. transportation research part e.

Você também pode gostar