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3º Grupo

Ancha Arlindo António


Chelton Eduardo Assane Raimundo
Luísa José Fureque Muzobingua
Sheila Artur Barreiros
Silvia da Fátima Lucas

Gestão da Cadeia de Suprimentos: SCM – Supply Chain Management


(Licenciatura em Gestão de Empresas 3º Ano)

Universidade Rovuma
Instituto Superior de Transporte, Turismo e Comunicação
Nacala
2023
3º Grupo
Ancha Arlindo António
Chelton Eduardo Assane Raimundo
Luísa José Fureque Muzobingua
Sheila Artur Barreiros
Silvia da Fátima Lucas

Gestão da Cadeia de Suprimentos: SCM – Supply Chain Management

O presente trabalho é de carácter avaliativo a ser entregue


e apresentado na cadeira de Logística Empresária. No
Curso de Licenciatura em Gestão de Empresas, lecionado
pelo:
Dr. Tualibondine Multirua

Universidade Rovuma
Instituto Superior de Transporte, Turismo e Comunicação
Nacala
2023
Índice
1. Introdução.................................................................................................................. 1

2. Objectivos.................................................................................................................. 1

2.1. Objectivo geral ................................................................................................... 1

2.2. Objectivos específicos ....................................................................................... 1

3. Gestão da Cadeia de Suprimentos: SCM – Supply Chain Management................... 2

3.1. Os fatores-chave da Cadeia de Suprimentos ...................................................... 4

3.1.1. Estoque ....................................................................................................... 4

3.1.2. Transporte ................................................................................................... 4

3.1.3. Meios de Transporte ................................................................................... 5

3.1.4. Instalações – Localização e Armazenagem ................................................ 5

3.1.5. Informação .................................................................................................. 7

3.2. Objetivos da Cadeia de Suprimentos ................................................................. 7

3.3. Benefícios da Gestão da Cadeia de Suprimentos ............................................... 8

3.4. Etapas da Gestão da Cadeia de Suprimentos ..................................................... 8

3.5. Importância da Gestão da Cadeia de Suprimentos ............................................ 9

3.6. Processo de Gestão da Cadeia de Suprimentos ............................................... 10

3.6.1. Planejamento da Cadeia de Suprimentos.................................................. 10

3.6.2. Gestão do Ciclo de Vida do Produto (PLM) ............................................. 10

3.6.3. Procurement .............................................................................................. 10

3.6.4. Gestão de Logística ...................................................................................11

3.6.5. A Gestão de Execução da Produção (MES) ..............................................11

3.6.6. Gestão de Ativos Empresariais ..................................................................11

4. Conclusão ................................................................................................................ 12

5. Referências bibliográficas ....................................................................................... 13


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1. Introdução
O presente trabalho, tem como tema, gestão da cadeia de suprimentos: SCM– Supply
Chain Management. No mundo globalizado, nenhuma empresa é uma ilha. Elas precisam
se relacionar com clientes, investidores e parceiros, além dos fornecedores de
suprimentos. Dessa forma será possível se manter funcionando e otimizar todos os
processos, a fim de continuar em funcionamento. Ao falarmos de cadeia de suprimentos,
estamos nos referindo a uma rede interligada de negócios que engloba toda a operação da
empresa. Suas atividades envolvem inúmeros processos, como compra de produtos e
matéria-prima, armazenamento e estocagem, movimentação interna, desenvolvimento de
embalagem, transporte, pós-venda e todo o suporte para que os processos empresariais
funcionem de maneira adequada.
2. Objectivos
2.1.Objectivo geral
➢ Analisar a gestão da cadeia de suprimentos.
2.2.Objectivos específicos
➢ Classificar os fatores-chave da Cadeia de Suprimentos;
➢ Indentificar o Objectivo e Importância da Gestão da Cadeia de Suprimentos;
➢ Indentificar as Etapas e Processos da Gestão da Cadeia de Suprimentos.
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3. Gestão da Cadeia de Suprimentos: SCM – Supply Chain Management


Para entender a gestão de cadeias de suprimento – SCM (Supply Chain Management) é
necessário apresentar alguns conceitos fundamentais.
Nas visões de Pozo (2008) e Slack et. al. (2002) a logística é composta por atividades de
movimentação e armazenagem, cuja função é facilitar o fluxo de produtos, materiais e
informações a partir de um fornecedor até os clientes finais, podendo ser considerada uma
extensão da distribuição física.
Ainda segundo Pozo (2008), a logística inclui o estudo de maneiras de se otimizar o uso
de recursos. Segundo o autor, a logística apresenta três atividades básicas:
➢ A primeira é o transporte, considerada atividade essencial, pois é responsável
pela movimentação das matérias-primas ou produtos acabados até o consumidor
final. Costuma atingir de um a dois terços dos custos de logística;
➢ A segunda atividade básica é a manutenção de estoques. Segundo Slack et. al.
(2002) define estoque como a acumulação armazenada de recursos materiais em
um sistema de transformação. Além disso, estoque também é usado para descrever
qualquer recurso armazenado. Para Pozo (2008) é necessário ter materiais ou
produtos disponíveis de forma a garantir um equilíbrio entre oferta e demanda. O
estoque agrega “valor de tempo”. Mas uma grande questão desta atividade é a
identificação do estoque mínimo que consiga manter a disponibilidade desejada;
➢ A terceira atividade básica é, segundo Pozo (2008), o processamento de pedidos.
O tempo necessário para se levar bens ou serviços aos clientes é um fator crítico.
A exatidão no processamento de pedidos permite que o momento de início da
movimentação de bens ou a entrega de serviços ocorra sem atrasos.
Com o passar dos anos as empresas tem focado em um conjunto restrito e bem definido
de tarefas. Dessa forma, aumenta a necessidade da compra de materiais e serviços de
empresas especializadas e tornam-se mais importantes as funções de compra e
suprimentos. O fluxo de materiais e informações pela empresa, desde as atividades de
compras, passando pela produção e chegando aos clientes por meio de um serviço de
distribuição, é definido como rede ou cadeia de suprimentos “imediata”. (SLACK et. al.,
2002).
Segundo Chopra (2003), uma cadeia de suprimento engloba todos os estágios envolvidos,
direta ou indiretamente, no atendimento de um pedido de um cliente. Além dos
fabricantes e fornecedores, a cadeia de suprimento inclui transportadoras, depósitos,
varejistas e os próprios clientes.
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Para Turban et. al. (2004), as cadeias de suprimentos envolvem o fluxo de materiais,
informações, dinheiro e serviços como fornecedores de matérias-primas, fábricas e
armazéns até os consumidores finais.
A gestão da cadeia de suprimentos inclui todas as atividades que transformam matérias-
primas em produtos acabados para uso dos clientes. Isso inclui sourcing, design,
produção, armazenamento, expedição e distribuição. O objetivo da SCM é melhorar a
eficiência, a qualidade, a produtividade e a satisfação dos clientes.
No ponto de vista de Dias (2009) as definições de SCM consideraram que ela é uma rede
de empresas autônomas ou semiautônomas responsáveis pela obtenção, produção e
liberação de produtos ou serviços específicos para o cliente final. Nesta rede teremos a
empresa foco, seus fornecedores e clientes que é ilustrado na Figura 1.

Figura1: Representação de uma rede SC


Chopra (2003) apresenta uma visão do funcionamento de uma cadeia de suprimentos,
considerando que nela ocorre uma sequência de processos e fluxos dentro e entre
diferentes estágios. O autor apresenta duas formas de visualizar os processos realizados
na cadeia de suprimento:
a) Visão cíclica: neste caso os processos são divididos em uma série de ciclos, cada
qual realizado entre dois estágios sucessivos da cadeia de suprimentos.
➢ Ciclo de pedido do cliente (Cliente/Varejista);
➢ Ciclo de reabastecimento (Varejista/Distribuidor);
➢ Ciclo de Fabricação (Distribuidor/Fabricante);
➢ Ciclo de suprimentos (Fabricante/Fornecedor).
b) Visão push/pull (empurrados/puxados): nesta visão os processos são divididos
em duas categorias:
➢ Pull (puxar): acionados pela demanda de pedidos dos clientes;
➢ Push (empurrar): antecipando os pedidos dos clientes (estocagem).
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3.1.Os fatores-chave da Cadeia de Suprimentos


Chopra e Meindl (2003) definem os fatores-chave da cadeia de suprimentos como sendo:
o estoque, o transporte, as instalações e a informação.
3.1.1. Estoque
É a matéria-prima, os produtos em processamento e os produtos acabados dentro de uma
cadeia de suprimentos (CHOPRA; MEINDL, 2003). Estoques, também podem ser
entendidos como acumulações de matérias-primas, suprimentos, componentes, materiais
em processo e produtos acabados que surgem em numerosos pontos do canal de produção
e logística das empresas (BALLOU, 2004). A existência de estoque busca equacionar as
diferenças entre oferta e demanda, com o objetivo de garantir aos clientes a
disponibilidade do produto em momentos de maior demanda. Ao mesmo tempo,
proporciona flexibilidade à produção e logística.
Christopher (2007) chama a atenção para o termo Gestão Colaborativa de Estoques –
modo alternativo de gerenciar a demanda – consiste no compartilhamento de informação
do cliente com o fornecedor e então, com base nessa informação o fornecedor assume a
responsabilidade do reabastecimento do cliente através de uma indicação que o cliente
forneça dos limites superior e inferior de estoque que se deseja manter disponível. Seu
principal objetivo é manter os níveis de estoque significativamente reduzidos e ao mesmo
tempo diminuir o risco da falta de estoque.
Fleury; Wanke e Figueiredo (2000) atentam para o fato de que hoje há enorme
preocupação em reduzir constantemente o nível de estoque da Cadeia de Suprimentos.
Alguns fatores levam a isso: maior diversidade no número de produtos e mercados
atendidos; custo elevado de oportunidade de capital e crescente foco gerencial na redução
do grupo de contas do Balanço Patrimonial pertencentes ao Capital Circulante Líquido.
Porém, é preciso uma análise preliminar de eficiência do transporte, da armazenagem e
do processamento de pedidos antes da redução do estoque, pois, sem isso pode ocorrer
um aumento do custo logístico total da operação.
3.1.2. Transporte
O transporte mobiliza o produto por diferentes etapas da cadeia de suprimento. Um
transporte mais rápido que utiliza meios diferentes e/ou quantidades diferentes pode
contribuir para que a cadeia de suprimentos possua mais velocidade na entrega e satisfaça
o cliente, porém, pode reduzir sua eficiência (CHOPRA; MEINDL, 2003).
Ballou (2006) afirma que um sistema de transportes na cadeia de suprimento deve ser
eficiente e barato, pois, contribui para intensificar a competitividade no mercado, aumenta
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a economia de escala na produção e reduz preços dos produtos em geral. Se o sistema de


transportes for precário, limita o mercado a áreas imediatamente próximas ao ponto da
produção. Ballou (2006) aponta que o sistema de transporte barato e de qualidade também
incentiva uma forma de concorrência indireta porque disponibiliza produtos num
mercado que normalmente não teria condições de arcar com os custos do transporte.
Fleury; Wanke e Figueiredo (2000) afirmam que as principais funções do transporte na
Logística estão relacionadas basicamente às dimensões de tempo e utilidade de lugar e
que mesmo com o avanço da tecnologia que permite a troca de informações em tempo
real, o transporte continua sendo fundamental para que seja atingido o objetivo logístico:
produto certo na quantidade certa, na hora certa, no lugar certo ao menor custo possível.
Para que uma empresa opte por responsividade ou eficiência no transporte é preciso
avaliar a sua estratégia competitiva e, então, tomar a decisão de como deve conduzi-lo.
O transporte será o fator-chave na cadeia caso o alvo seja o cliente que pede por um alto
grau de rapidez e satisfação e está disposto a pagar por isso ou se alvo for clientes que
têm o preço como principal fator de compra, daí pode-se utilizar o transporte visando
baixar os custos do produto em detrimento da responsividade (CHOPRA; MEINDL,
2003).
3.1.3. Meios de Transporte
Para Chopra e Meindl (2003), o meio de transporte é o modo pelo qual um produto é
deslocado de um ponto ao outro na rede da cadeia de suprimento e suas opções são: via
aérea (mais caro, porém, mais rápido); caminhão (rápido; barato e flexível); trem (barato
e carrega enormes quantidades); navio (mais lento, porém, mais econômica quando se
necessita transportar grandes quantidades para o exterior); dutos (para óleo e gás) e
transporte eletrônico (transportes de dados como música, por exemplo, via internet).
3.1.4. Instalações – Localização e Armazenagem
A localização das instalações em uma rede logística (fábricas, depósitos, terminais de
transporte) é um problema comum, porém, não menos importante, pois, há altos
investimentos envolvidos e impactos profundos que decisões de localização têm sobre
custos logísticos. Para que se resolva esses tipos de problemas há inúmeros softwares que
possuem modelos pré-determinados de redes logísticas e que podem otimizar a
localização e distribuição do produto (FLEURY; WANKE e FIGUEIREDO, 2000).
Fleury, Wanke e Figueiredo (2000) vão ainda mais longe, destacam que essas ferramentas
(Sofwares de gerenciamento da Cadeia de Suprimentos) são tão abrangentes que
ultrapassam os limites da organização ao integrarem também outros membros da cadeia
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tais como: indústrias, atacadistas/distribuidores, varejistas e prestadores de serviços


logísticos.
Segundo Ballou (2004) instalações são pontos nodais na rede da Cadeia de Suprimentos,
são as fábricas, portos, vendedores, armazéns, pontos de varejo e pontos centrais de
serviços na rede em que os produtos param temporariamente para serem encaminhados
aos consumidores finais.
Chopra e Meindl (2003) definem instalações como locais para ou de onde o estoque é
transportado sendo que dentro das instalações esse estoque pode ser transformado em
outro estado (fabricado) ou armazenado antes de ser despachado para um próximo estágio
(armazenagem). A fabricação e armazenagem em um mesmo local podem proporcionar
economias de escala no produto, aumentando também sua eficiência promovida por essa
centralização. Muitas instalações reduzem a eficiência, porém, podem aumentar a
responsividade se a demanda dos clientes assim exigir.
A armazenagem passou por profundas transformações ao longo dos últimos anos, exige-
se uma nova forma de abordagem gerencial, ou seja, torna-se necessário a adoção de
novos sistemas de informação aplicados a gerenciamento de armazenagem, por exemplo,
pode-se citar sistemas automáticos de movimentação e separação de produtos (FLEURY;
WANKE e FIGUEIREDO, 2000.
Ainda, segundo Fleury; Wanke e Figueiredo (2000) novos conceitos estratégicos de
armazenagem merecem destaque:
➢ Cross-docking - instalações que operam caracterizadas por múltiplos
fornecedores e atendem a clientes comuns;
➢ Transit Point - são similares a centros de distribuição avançados, porém, não
mantêm estoques – operam como uma instalação de passagem);
➢ Merge in transit - procura coordenar o fluxo dos componentes de um produto de
alto valor agregado e gerencia os respectivos lead times de produção e transporte
para que sejam disponibilizados em instalações próximas aos mercados
consumidores, no momento em que for preciso, sem a necessidade de estoques
intermediários).
Todos esses métodos de armazenagem objetivam compatibilizar um fluxo ágil de
mercadorias na Cadeia de Suprimentos e reduzir os custos de transporte.
Pires (2004) acrescenta mais uma prática logística de armazenagem, seria a just-in-
sequence, voltada ao processo de abastecimento, uma evolução da logística do Just-in-
time - prover o cliente com a coisa certa, na quantidade e momento certos – incluída
7

nessas necessidades básicas, para o just-in-sequence estaria a questão: seqüencia certa de


entrega. A prática do just-in-sequence é atualmente utilizada na indústria automobilística.
3.1.5. Informação
Em um SCM a informação serve como uma conexão entre seus diversos estágios e
permitem coordenar suas ações e colocar em prática muitos benefícios de maximização
da lucratividade total da cadeia, também, é fundamental para tarefas diárias de cada
estágio da cadeia, porém, é preciso que se escolha qual informação é mais valiosa para a
redução de custos e para melhorar a responsividade dentro da Cadeia de Suprimentos
(CHOPRA; MEINDL, 2003).
Fleury; Wanke e Figueiredo (2000) citam algumas formas de informações logísticas
como: pedidos de clientes; ressuprimento; necessidades de estoque; movimentações nos
armazéns; documentação de transporte e faturas. Hoje, devido ao avanço da tecnologia,
permite-se transferir informações de maneiras mais seguras, mais rápidas e mais
confiáveis, diferente de antigamente, no qual o fluxo de informações era feito
principalmente através de papel. Os autores ressaltam, ainda, que atualmente esse fluxo
de informações tem grande importância para os clientes e são necessários para um serviço
total.
Não podemos deixar de destacar a função da informação em uma Cadeia de Suprimentos
virtual, pois, a internet permite transformar os meios pelos quais os integrantes da Cadeia
de Suprimentos podem conectar-se uns aos outros. Isso permite o acesso a inúmeros
mercados globais a um menor custo e encurtando o tempo de busca por parte do cliente
(CHRISTOPHER, 2007).
Para Pires (2004) a internet é um grande facilitador dos negócios e pode estar a serviço
da geração de valores para a Cadeia de Suprimentos, pois, seus marketplaces (portais da
internet para onde convergem os interessados em determinados temas) são utilizados
tanto para o relacionamento entre as empresas da Cadeia de Suprimentos quanto para as
relações com clientes finais. Collins (2001) apud Pires (2004) destaca que os
marketplaces também reduzem os preços e os custos significativamente na Cadeia.
3.2.Objetivos da Cadeia de Suprimentos
Segundo Ballou (2004) a cadeia de suprimentos tem como objetivo conquistar uma
vantagem competitiva sustentável.
Já para os autores Chopra e Meindl (2003) o objetivo da cadeia é maximizar o valor global
gerado, ou seja, a diferença entre o valor do produto final e o esforço realizado pela cadeia
de suprimento para atender ao pedido do cliente. Os referidos autores afirmam, ainda, que
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o valor está diretamente relacionado com a lucratividade da cadeia que seria a diferença
entre a receita gerada pelo cliente e o custo total no decorrer da cadeia de suprimento.
Quanto maior a lucratividade, mais bem-sucedida será a cadeia de suprimento.
Como se pode observar na definição dos objetivos sugeridos por Ballou (2004) e,
também, de Chopra e Meindl (2003), a agregação de valor para o consumidor apresenta
se como o principal objetivo de todos os esforços produzidos nas operações e nos elos
que constituem a SCM.
Segundo Campos (2009), o principal objetivo da cadeia de suprimentos é planejar,
administrar e controlar o fluxo de materiais desde o fornecedor de matérias-primas até o
consumidor final, de maneira eficiente e ágil possível, agregando valor a toda cadeia.
Campos (2009) também destaca que os objetivos organizacionais em uma cadeia de
suprimento é facilitar o controle de estoque em níveis satisfatórios, mantendo um baixo
valor de capital imobilizado e utilizando um contínuo abastecimento das reservas
utilizadas.
3.3.Benefícios da Gestão da Cadeia de Suprimentos

A gestão da cadeia de suprimentos gera uma série de benefícios que se traduzem em


maiores lucros, melhor imagem da marca e maior vantagem competitiva. Isso inclui o
seguinte:

➢ Melhor capacidade de prever e atender à demanda do cliente;


➢ Melhor visibilidade da cadeia de suprimentos, gerenciamento de risco e recursos
de previsão;
➢ Menos ineficiências de processo e menos desperdício de produtos;
➢ Melhorias de qualidade;
➢ Maior sustentabilidade, tanto do ponto de vista social quanto ambiental;
➢ Menores despesas gerais;
➢ Melhorias no fluxo de caixa;
➢ Logística mais eficiente.
3.4.Etapas da Gestão da Cadeia de Suprimentos
A gestão da cadeia de suprimentos pode ser amplamente categorizada em cinco etapas ou
áreas:
➢ Plano – usando recursos de gerenciamento de materiais e análise da cadeia de
suprimentos em sistemas de gestão empresariais (ERP), as organizações criam
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planos estratégicos para atender à demanda dos clientes por produtos e evitar o
efeito chicote.
➢ Fonte – as organizações identificam e selecionam fornecedores que possam
oferecer materiais de forma ágil e eficiente de acordo com os contratos. A
colaboração na cadeia de suprimentos começa neste estágio e é importante em
todo o processo de gerenciamento desse ciclo.
➢ Fabricação – é nesta fase que os produtos são feitos. Inclui programação de
produção, teste, garantia de conformidade com os requisitos, embalagem,
armazenamento e liberação. É provável que várias máquinas estejam envolvidas,
especialmente em empresas maiores, e estas estão usando cada vez mais
tecnologias como a internet das coisas (IoT) e inteligência artificial (IA) para
trabalhar com mais eficiência.
➢ Entrega – a fase de entrega pertence à logística e foca no envio dos produtos
acabados aos consumidores, seja qual for o meio de transporte necessário. À
medida que o efeito Amazon se tornou mais presente em nossas vidas,
especialmente como resultado da Covid-19, mais ênfase está sendo dada à entrega
em domicílio. Também há, agora, uma maior ênfase nos líderes da cadeia de
suprimentos que trabalham mais de perto com o atendimento ao cliente.
Gerenciamento de estoque e sistemas de gerenciamento de armazém são
especialmente cruciais nesta fase.
➢ Devolução – essa fase inclui todas as devoluções de produtos, incluindo aqueles
com defeito ou que não terão mais suporte. Este estágio também inclui elementos
de outros estágios, como o gerenciamento de estoque e transporte.
A cadeia de abastecimento pode ser dividida em três fluxos principais:

➢ Fluxo do produto – Inclui a movimentação de mercadorias dos fornecedores aos


clientes, bem como as devoluções feitas por eles, ou necessidades de serviço;
➢ Fluxo de informações – envolve a comunicação de pedidos e a atualização das
informações sobre o status das entregas;
➢ Fluxo financeiro – é constituído pelas condições de crédito, pelas formas de
pagamento e pelas disposições de consignação e propriedade.
3.5.Importância da Gestão da Cadeia de Suprimentos
Basicamente, nada em nossa casa ou local de trabalho estaria ali sem a cadeia de
suprimentos. Centenas de milhões de empregos no mundo inteiro estão vinculados a essa
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atividade. Dos bens de consumo baratos aos equipamentos cirúrgicos e recursos vitais,
tudo chega pela cadeia de suprimentos. As melhores práticas de SCM podem transformar
os negócios. As empresas ficam mais competitivas, minimizam o desperdício e o
excedente e, ao mesmo tempo, reduzem o custo e aumentam a eficiência. A fidelização
do cliente pode aumentar com a oferta de logística personalizada para atender às
preferências individuais. E os processos automatizados ficam mais rápidos, inteligentes e
produtivos.
3.6.Processo de Gestão da Cadeia de Suprimentos
Segundo Alexandre, o Grande, disse uma vez: “Meus especialistas em logística são muito
sérios… pois sabem que, se minha campanha falhar, serão os primeiros que matarei”.
Embora seja um tanto extremo, este exemplo ilustra a importância que as cadeias de
suprimentos sempre tiveram na civilização humana. As ferramentas e práticas eficientes
e resilientes de gestão da cadeia de suprimentos são um componente essencial para a
sobrevivência e o sucesso da empresa. Alguns processos principais de SCM são:
3.6.1. Planejamento da Cadeia de Suprimentos
É o processo de prever a demanda do produto e coordenar todos os elos da cadeia para
atendê-la. Além da previsão da demanda e do planejamento , inclui também
o planejamento de suprimentos, planejamento de necessidades de material (MRP),
planejamento da produção, planejamento de vendas e operações (S&OP) e muito mais.
3.6.2. Gestão do Ciclo de Vida do Produto (PLM)
É o processo de gerenciar todo o ciclo de vida de um produto, desde a concepção, a
engenharia e o design até a produção, a manutenção e o descarte (ou
reciclagem). Os sistemas de software de PLM reúnem esses processos, facilitam a
colaboração em toda a empresa e fornecem uma base de informações ao longo de todo o
ciclo de vida de cada produto
3.6.3. Procurement
É o processo de aquisição de materiais, mercadorias e serviços para atender às
necessidades do negócio e garantir a qualidade, o preço justo e o valor desses bens de
consumo. Um grande desafio para as equipes de Procurement e sourcing é prever com
precisão o volume de pedidos, pois tanto a falta como o excesso são prejudiciais para os
negócios. Os sistemas de SCM que incorporam Machine Learning e funções analíticas
preditivas ajudam a eliminar a suposição nas compras e no Procurement.
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3.6.4. Gestão de Logística


É o transporte e o armazenamento de mercadorias desde o início da cadeia de suprimentos
com as matérias-primas e a produção até a entrega do produto final a lojas ou clientes, e
inclui manutenção, devolução e reciclagem. As funções de negócios envolvidas
são gestão de transporte de entrada e saída, gestão da frota, gestão de depósitos, controle
de estoque e atendimento ao cliente.
3.6.5. A Gestão de Execução da Produção (MES)
Monitora, rastreia, documenta e controla o processo de produção de bens de consumo.
Ela mantém a produção e os processos enxutos e, ao mesmo tempo, preserva e melhora a
qualidade, a sustentabilidade e a satisfação do cliente. Os dados são coletados em sistemas
baseados em IA e IoT Industrial para simplificar e automatizar os processos de produção.
As empresas podem usar impressão 3D sob demanda para eliminar a escassez e os
excedentes e máquinas inteligentes para oferecer personalização em massa com
economia. Os benefícios incluem controle de qualidade avançado, aumento do tempo
produtivo, estoque reduzido, área de produção digital e monitoramento aprimorado de
produtos e genealogia. Esses sistemas também garantem que as práticas regulatórias e de
compliance mais recentes sejam seguidas.
3.6.6. Gestão de Ativos Empresariais
É o processo de gerenciar e manter os ativos físicos da cadeia de suprimentos, desde a
robótica da fábrica até as frotas de entrega. Os sensores de IoT, a conectividade entre
máquinas (M2M) e os gêmeos digitais estão transformando a EAM e melhoram a
eficiência, o tempo de operação, a segurança e a manutenção preventiva e preditiva.
Alguns ativos conectados conseguem até prever reparos ou interrupções e realizar a
manutenção de modo independente, inclusive com o sourcing e o pedido das peças
necessárias para estender o ciclo de vida.
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4. Conclusão
Neste trabalho, o objetivo principal foi apresentar e discutir aplicações dos conceitos
ligados à gestão da cadeia de suprimentos e ferramentas de apoio a sua implantação. A
logística tem papel fundamental no funcionamento da cadeia de suprimentos, pois é
composta por atividades de movimentação e armazenagem, que facilita o fluxo de
produtos, materiais e informações a partir de um fornecedor até os clientes finais, além
de buscar maneiras de otimizar o uso dos recursos disponíveis. Já uma cadeia de
suprimento engloba todos os estágios envolvidos no atendimento de um pedido de um
cliente. Além dos fabricantes e fornecedores, a cadeia de suprimento inclui
transportadoras, depósitos, varejistas e os próprios clientes.
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5. Referências bibliográficas
BALLOU, R. H. (2006). Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos/Logística
empresarial (5 ed.). Porto Alegre: Bookman.
CHOPRA, S., & MEINDL, P. (2003). Gerenciamento da cadeia de suprimentos:
Estratégia, Planejamento e Operação. São Paulo: Pearson.
CHOPRA, S., & MEINDL, P. (2003). Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos:
estratégia, planejamento e operação. São Paulo: Pearson Prentice Hall.
DIAS, M. A. (2009). Administração de Materiais: Princípios, Conceitos e Gestão (5 ed.).
São Paulo: Atlas.
POZO, H. (2008). Administração de Recursos Materiais: uma abordagem Logística (5
ed.). São Paulo: Atlas.
SLACK , N., & et. al. (2002). Administração da Produção (2 ed.). São Paulo: Atlas.
TURBAN, E., & et. al. (2004). Tecnologia da Informação para Gestão: Transformando
os negócios na economia digital. Bookman.
(17 de 10 de 2023). Obtido de https://www.computerweekly.com:
https://www.computerweekly.com/br/definicoe/Gestaodacadeiadesuprimentosou
-SCM
(17 de 10 de 2023). Obtido de https://www.sap.com:
https://www.sap.com/brazil/products/scm/what-is-supply-chain-
management.html

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