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Prática Pedagógica:

Investigação Científica
Autor: Daiany Cristiny Ramos

Tema 04
Tipos de Pesquisa
Tema 04

Tipos de Pesquisa

Como citar este material:


SOBRENOME, Nome do autor. Título da disciplina:
Título do tema. Caderno de Atividades. Valinhos:
Anhanguera Educacional, 2018.

Como citar este material:


RAMOS, Daiany Cristiny. Prática Pedagógica: Investigação Científica: Tipos de Pesquisa. Caderno de
Atividades. Valinhos: Anhanguera Educacional, 2019.

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Uma das atividades do estudante na universidade é a realização de pesquisas sobre os mais
diversos temas. Assim, faz-se necessário que o estudante pesquise em livros, textos, artigos e
outros recursos para a complementação dos tópicos expostos na aula, ou para a realização de
trabalhos acadêmicos. Portanto, é importante que o estudante seja capaz de compreender o
significado do termo pesquisa e saber diferenciar os tipos de pesquisas existentes. Visando
desenvolver a capacidade do estudante de distinguir os tipos de pesquisa, este caderno aborda
uma caracterização da pesquisa e sua classificação quanto aos fins a que se destina e quanto as
formas do objeto de pesquisa.

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Tipos de Pesquisa

Segundo Barros e Lehfeld (2007), a palavra pesquisar, em um sentido amplo, significa realizar um
empreendimento para conhecer algo. Para Ander-Egg (1978, p.28), a pesquisa é um
“procedimento reflexivo sistemático, controlado e crítico, que permite descobrir novos fatos ou
dados, relações ou leis, em qualquer campo do conhecimento”. Logo, a pesquisa pode ser
considerada como um procedimento formal que requer um tratamento científico e que leva ao
conhecimento da realidade ou para descobrir verdades. Gil (2002) salienta que quando não se
possui informações suficientes para responder ao problema, utiliza-se a pesquisa para ir em
busca dessas informações e tentar obter respostas.

Barros e Lehfeld (2007) salientam a importância de diferenciar pesquisa científica e pesquisa não
científica. Segundo os autores, para que uma pesquisa seja científica é necessária a utilização de
uma metodologia científica e de técnicas adequadas para o conhecimento e a compreensão do
fenômeno. Marinhos (1980) argumenta que para ter uma pesquisa científica é necessário que a
metodologia escolhida tenha uma série de etapas que sigam uma sequência lógica e que tenha
uma rigidez, no que diz respeito à seleção da amostra e o tamanho da amostra deve ser
significativo. É por meio da pesquisa que se tem uma ampliação do conhecimento já existente,
bem como se pode chegar a um conhecimento novo, algo que o pesquisador ignorava
anteriormente. Além disso, a pesquisa permite que se chegue a uma maior precisão teórica sobre
os fenômenos em estudo.

Segundo Barros e Lehfeld (2007), os iniciantes, isto é, os aprendizes em pesquisa científica devem
se preocupar com a aplicação dos métodos científicos ao invés de dar ênfase aos resultados
obtidos. O objetivo desses estudantes é a aprendizagem sobre as fases da pesquisa cientifica e

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as técnicas envolvidas. Os autores ainda salientam que à medida que o pesquisador utiliza os
procedimentos científicos, mais hábil ele se torna.

Além disso, o indivíduo se torna competente em realizar pesquisa cientifica se conseguir captar
adequadamente e compreender corretamente os fatos da realidade estudada.

De acordo com Barros e Lehfeld (2007), quando analisa as formas de estudo do objeto de
pesquisa, essa é classificada como pesquisa descritiva, pesquisa experimental ou pesquisa-ação.

Pesquisa Descritiva

A pesquisa descritiva se caracteriza pelo fato de que não há interferência do pesquisador, esse
apenas descreve o objeto de pesquisa, buscando investigar as características do fenômeno, a
frequência que esse fenômeno acontece e, ainda, se existe conexões entre dois fenômenos.
Barros e Lehfeld (2007) destacam que a pesquisa descritiva pode ser de dois tipos: documental,
podendo essa ser bibliográfica, ou pesquisa de campo.

“A pesquisa bibliográfica é a que se efetua tentando-se resolver um problema ou adquirir


conhecimentos a partir do emprego predominante de informações advindas de material gráfico,
sonoro e informatizado” (BARROS; LEHFELD, 2007, p.85). Os autores destacam que nesse tipo de
pesquisa é essencial que o pesquisador faça um levantamento sobre as informações, trabalhos
já existentes sobre o objeto de estudo, a fim de conhecer o que já se tem pesquisado sobre o
assunto, de modo que se possa definir um problema inédito. Esse levantamento pode ser
realizado por meio de buscas em livros, artigos, monografias, videotecas, internet entre outros.

Barros e Lehfeld (2007) salientam que no processo educacional, a pesquisa bibliográfica favorece
ao estudante o desenvolvimento de uma postura científica, no que diz respeito à elaboração de
relatórios e sistematização de conhecimentos que lhe é apresentado.

Para realizar uma pesquisa bibliográfica é necessário que se siga algumas etapas:

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1) Tema-Problema: Segundo Barros e Lehfeld (2007), o assunto é caracterizado como um
objeto de pesquisa geral, existindo assim um conhecimento amplo. Tal fato justifica a falta
de necessidade de definir o assunto. Por outro lado, o tema pode ser sugerido pelo
docente da disciplina ou partir do estudante, desde que esteja de acordo com a linha de
pesquisa ou proposta do curso. Mas, como definir um tema? Para o estabelecimento de
um tema, é necessário iniciar com o assunto geral e abrangente e delimitar até explicitar
qual o ponto focal onde realmente quer trabalhar. Por exemplo, suponha que o assunto a
ser estudado seja o aquecimento global, podemos delimitá-lo e investigar a influência do
aquecimento global na sociedade. Barros e Lehfeld (2007) ressaltam que é essencial que
haja uma problematização do tema.

2) Elaboração das Hipóteses: esse passo geralmente acontece com pesquisas experimentais.
Caso a pesquisa bibliográfica seja de estudos descritivos ou interpretativos, ao invés de
elaboração de hipóteses, pode ser utilizado esse momento para o levantamento e revisão
de literatura (BARROS; LEHFELD, 2007). A hipótese é considerada como a solução
imaginada anteriormente para o problema de pesquisa.

3) Levantamento bibliográfico: nessa etapa é importante que se tenha o tema-problema


muito bem delimitado para que o estudante consiga fazer a busca bibliográfica utilizando
as palavras-chave. Além disso, é essencial que o pesquisador disponha de um período para
a busca das referências.

4) Documentação e registro de informações pertinente ao tema-problema: após a


identificação das obras, é necessário que haja uma compilação, isto é, a reunião
sistemática dos materiais selecionados. Feita essa reunião, é necessário que se faça um
registro desses dados, podendo ser realizado manualmente ou com o auxílio de um
computador. Nessa etapa é essencial que a leitura e análise do material seja feita
corretamente, pois essa leitura irá auxiliá-lo na construção do texto. Barros e Lehfeld

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(2007) destacam que é importante que o pesquisador se detenha às técnicas de leitura,
como, por exemplo, a técnica de sublinhar um texto.

No que diz respeito à pesquisa de campo, Ferrari (1982) aponta que ela se distingue de uma
coleta de dados, visto que exige controles adequados e objetivos preestabelecidos que indicam
o que deve ser coletado. Nesse tipo de pesquisa, o investigador tem o papel de observador e
explorador, e ele possui um contato direto com o fenômeno de estudo. O pesquisador faz uso de
técnicas como observação, entrevistas, questionário, coleta de depoimentos, entre outras para
buscar informações sobre o objeto em estudos.

Pesquisa Experimental

Barros e Lehfeld (2007) destacam que a investigação experimental observa e interpreta as


modificações que podem ocorrer no objeto por meio da manipulação de variáveis. Essa
manipulação é realizada sob adequado controle. Nesse sentido, o pesquisador infere na situação
estudada por meio da manipulação direta das variáveis.

Para realizar uma investigação experimental, segundo Marinho (1980), deve-se seguir os
seguintes procedimentos:

1) Investigação e definição do problema em estudo: Etapa para a formulação e delimitação


do problema de pesquisa e definição das variáveis envolvidas no problema e que serão
analisadas.

2) Literatura sobre o problema: momento para se familiarizar com o problema através dos
dados existentes e realizando consultas às fontes bibliográficas.

3) Elaboração de hipóteses: após a busca por informações do problema, o pesquisador


elabora as hipóteses, isto é, conjecturas acerca do objeto de estudo de acordo com um
critério ordenado de relações.

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4) Definição do plano experimental: consiste no estabelecimento de caminhos para a
realização do experimento. Nesse momento são estruturadas tarefas e delimita-se o
método que será utilizado na realização do experimento.

5) Realização do experimento: a realização do experimento compreende dois grupos: o


grupo controle e o grupo experimental. No primeiro grupo, o experimento não leva em
consideração as implicações da variável experimental, visto que no experimento não é
aplicada a variável experimental. Por outro lado, no grupo experimental, analisa-se as
implicações da variável experimental, aplicando-a ou retirando-a do experimento.

6) Apresentação dos dados: após a realização do experimento, o pesquisador deve registrar


os dados obtidos para que posteriormente os trate, apresentando-os em forma de tabelas
ou gráficos.

7) Provas de significância: são escolhidos testes, geralmente estatísticos, para analisar as


hipóteses, comprovando-as ou rejeitando-as.

8) Análises ou interpretação dos resultados: são realizadas as análises e discussões dos


dados e resultados encontrados nas etapas anteriores.

9) Conclusões: nesse momento é realizada as conclusões gerais da pesquisa.

Pesquisa-Ação

Segundo Thiollent (1985, p. 14), a pesquisa-ação pode ser definida como

um tipo de pesquisa social com base empírica que é concebida e realizada em estreita
associação com uma ação ou com a resolução de um problema coletivo e no qual os
pesquisadores e os participantes da situação ou do problema estão envolvidos de modo
cooperativo ou participativo.
Assim, de acordo com Barros e Lehfeld (2007), na pesquisa-ação os pesquisadores têm um papel
ativo no equacionamento dos problemas encontrados. Nesse tipo de pesquisa, além de levantar
problemas, o pesquisador busca desencadear ações e analisá-las em conjunto com a população

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envolvida. Os autores destacam que nesse tipo de pesquisa, o pesquisador deve tomar cuidados
para que a ação seja conjunta com os grupos envolvidos.

Barros e Lehfeld (2007) destacam alguns aspectos que nos auxiliam a identificar a estratégia
metodológica da pesquisa-ação: deve existir uma interação entre o pesquisador e os
participantes da pesquisa; o objeto de estudo deve ser composto por problemas de diferentes
naturezas; deve haver um retorno para a resolução do problema a ser analisado e sempre deve
visar ao aumento do conhecimento do pesquisador e das pessoas envolvidas.

Os autores salientam que eles não concebem a pesquisa-ação como um subitem da pesquisa
descritiva, pois apesar de atingir o nível de descrição do fenômeno, a mesma não segue os passos
do modelo clássico da pesquisa descritiva.

Segundo Mckay e Marshall (2001), a pesquisa-ação se caracteriza pelo fato de que há uma
justaposição de pesquisa e ação, isto é, alia a teoria à prática, desenvolvendo, assim, o
conhecimento e compreensão acerca de um fenômeno como parte de uma prática. Por exemplo,
pode-se utilizar a pesquisa-ação para analisar os aspectos da aprendizagem do aluno em sala de
aula. Para isso, o pesquisador, cria hipóteses e elabora um plano de ação em sala de aula que o
ajudará a identificar quais são esses aspectos. Nesse exemplo, o pesquisador pode ser o próprio
professor da sala. É válido lembrar que o pesquisador não é um mero observador, ele participa
da pesquisa fazendo intervenções.

Classificação da pesquisa de acordo com os seus fins

Além de classificar a pesquisa quanto as formas de estudos, Barros e Lehfeld (2007) a classificam
segundo os fins a que se destina: pesquisa pura e pesquisa aplicada.

A pesquisa pura, também conhecida como pesquisa básica ou pesquisa teórica, tem o objetivo
de conhecer determinado fato, o que, em um primeiro momento, não implica em uma
intervenção ou uma transformação da realidade social.

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A pesquisa aplicada, segundo Barros e Lehfeld (2007), é desenvolvida quando o pesquisador
sente a necessidade de conhecer uma aplicação para determinado resultado. Tem uma
contribuição prática que visa à solução imediata para o problema da realidade.

Barros e Lehfeld (2007) salientam que esses dois tipos de pesquisa não são opostos ou
mutuamente excludentes e que são indispensáveis para o desenvolvimento da ciência.

Projeto de Pesquisa

Barros e Lehfeld (2007) esclarecem que o trabalho científico surge a partir de uma dificuldade e
de um problema que nasce de um tema geral de estudo. O planejamento do estudo resulta em
um projeto de pesquisa. Gil (2002) considera que a elaboração de um projeto de pesquisa
possibilita esquematizar as atividades e experiências criativas.

Ao elaborar um projeto não há regras fixas para tal, porém habitualmente são requeridos os
seguintes elementos (GIL, 2002):

 Formulação do problema: o processo de investigação inicia-se com a seleção de um tema


e a partir disso formula-se um problema. Essa escolha não acontece aleatoriamente, é
influenciada por fatores internos e externos à realidade do pesquisador.

 Elaboração de hipóteses e determinação dos objetivos: as hipóteses são proposições que


antecipam o levantamento da realidade e auxiliam o pesquisador na coleta e análise dos
dados. Os objetivos de pesquisa indicam quais os caminhos a serem seguidos a fim de
alcançá-los.

 Identificação do tipo de pesquisa: identificar o tipo de pesquisa é importante, pois isso


também irá ditar quais os delineamentos, isto é, procedimentos metodológicos que
deverão ser seguidos para atingir os objetivos e responder ao problema formulado
anteriormente.

 Operacionalização das variáveis: é necessário identificar quais são as variáveis envolvidas


e classificá-las. Segundo Barros e Lehfeld (2007), elas podem ser de acordo com o nível de

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especificação: gerais, intermediárias e empíricas. As primeiras são variáveis que não
podem ser mensuradas; por outro lado, as intermediárias são concretas e próximas da
realidade. Por fim, as empíricas expressam as características a serem observadas e
medidas do fenômeno. Outra classificação para as variáveis está relacionada à posição e
a relação que se estabelece entre elas. Variável independente é aquela que tem maior
poder de influência e determinação de outra variável. Geralmente é manipulável pelo
pesquisador para medir o grau de influência sobre o fenômeno estudado. Por sua vez, as
variáveis dependentes são influenciadas por variáveis independentes.

 Seleção da amostra: as pesquisas geralmente são realizadas por amostras, o que implica
no fato de que nem sempre é possível obter informações sobre todos os indivíduos ou
elementos que fazem parte da população estudada. A fim de dar comprovação as
hipóteses, a amostra deve ser representativa, sendo que essa representação deve estar
relacionada “com a regra ou o plano de seleção definidos para a escolha dos elementos e
com a proporção de elementos selecionados em relação ao universo” (BARROS; LEHFELD,
2007, p. 101). Para selecionar a amostra, podemos utilizar dois tipos de amostragem: a
probabilística e não probabilística. Na amostragem probabilística, os elementos são
selecionados aleatoriamente e têm a mesma chance de serem sorteados. Por outro lado,
na amostragem não-probabilística, os elementos não são selecionados aleatoriamente e
geralmente são escolhidos de forma acidental ou intencional.

 Elaboração dos instrumentos e determinação da estratégia de coleta de dados: nesse


momento, deve-se ficar claro quais serão os instrumentos de coleta de dados e como essa
coleta será realizada. Por exemplo, especificar se serão utilizadas gravações de áudio ou
vídeo, registros escritos, fotográficos e em que momentos esses instrumentos serão
utilizados para a coleta dos dados.

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 Determinação do plano de análise dos dados: deve-se elaborar quais serão as estratégias
e como será realizada a análise dos dados. Nesse caso, deve-se explicitar qual será a
metodologia utilizada para analisar os dados coletados.

 Previsão da forma de apresentação dos resultados: um dos elementos é prever como os


resultados serão apresentados. Assim, deve-se explicitar como será feita a apresentação
dos dados após a sua análise, podendo ser utilizados diagramas, quadros, tabelas, um
texto dissertativo, entre outras formas.

 Elaboração de um cronograma de execução da pesquisa: o pesquisador deve se


programar para realizar todas as atividades que serão necessárias e a serem cumpridas ao
longo da pesquisa. Por isso, é necessário que no projeto tenha-se um cronograma
especificando datas ou períodos de quando serão realizadas as atividades.

 Definição dos recursos humanos, materiais e financeiros a serem alocados: em alguns


casos serão necessários recursos financeiros e humanos, assim se faz necessário definir
quais serão e fazer uma estimativa do investimento. Além disso, é necessário que se defina
quais são os materiais que serão utilizados durante a pesquisa para analisar se é possível
a utilização e fazer a aquisição ou se será necessário procurar alternativas.

O Projeto de pesquisa é um item fundamental para a pesquisa, pois sem ele o pesquisador
pode perder o foco ou esquecer de algum item para realizar o estudo. Sem planejamento, a
pesquisa tem uma grande chance de não alcançar o objetivo inicial, pois, muitas das vezes,
demanda um tempo considerável. E, se necessário, sempre é possível alterar hipóteses,
método empregado entre outros itens do projeto, conforme a pesquisa avança, pois a
perspectiva vai alterando e passa a ter outras necessidades para continuar a pesquisa.

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TIPOS DE PESQUISA
O texto apresenta características de alguns tipos de pesquisa, como, por exemplo, a pesquisa
descritiva. Além disso, o texto apresenta os delineamentos necessários em cada um dos tipos de
pesquisa que se propõe a discutir.
Disponível em:
http://www.oficinadapesquisa.com.br/APOSTILAS/METODOL/_OF.TIPOS_PESQUISA.PDF. Acesso
em: 27 mar. 2019.

Pesquisa-ação: uma introdução metodológica


O texto tem como principal objetivo esclarecer o termo pesquisa-ação, visto que, nos últimos
anos, a pesquisa-ação tornou-se atualmente um termo aplicado de maneira vaga a qualquer tipo
de tentativa de melhora ou de investigação da prática.
Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ep/v31n3/a09v31n3.pdf. Acesso em: 27 mar. 2019.

A pesquisa científica
Nesse texto os autores fazem um resumo sobre as características de uma pesquisa científica e os
elementos necessários em um projeto de pesquisa.
Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/jvb/v5n4/v5n4a01.pdf. Acesso em: 27 mar. 2019.

O Método Científico e os Tipos de Pesquisa

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Nesse vídeo o autor traz os tipos de pesquisa, documental, descritiva, experimental, de campo e
bibliográfica. Além disso, aborda aspectos relacionados à coleta de dados.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=ey9bTshV308. Acesso em: 14 mai. 2019.

Como fazer um Projeto de pesquisa passo a passo.


Nesse vídeo é abordado o passo a passo de como realizar um projeto de pesquisa, explicitando
todas as etapas que devem ser percorridas na elaboração de um projeto de pesquisa.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=uySBSCNsoCs. Acesso em: 14 mai. 2019.

Instruções:

As atividades aqui apresentadas lhe auxiliarão nos seus estudos para a avaliação, além disso
essas questões são uma forma de você exercitar seu aprendizado. Leia cuidadosamente os
enunciados e atente-se para o que está sendo pedido e para o modo de resolução de cada
questão.

Questão 1:

Como base em seus conhecimentos, como você define o termo pesquisa? Você já fez algum tipo
de pesquisa durante o seu curso? Exemplifique de acordo com a definição apresentada. E depois

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compare com a definição apresentada no caderno para verificar quais pontos diferiram da sua
definição.

Questão 2:
De acordo com Barros e Lehfeld (2007), ao analisar as formas de estudo do objeto de pesquisa,
a pesquisa pode ser classificada em três tipos. Com base em informações sobre essa classificação,
analise os itens que seguem.
I. Na pesquisa experimental não há manipulação de variáveis.
II. Na pesquisa descritiva há interferência do pesquisador.
III. Na pesquisa-ação os pesquisadores têm um papel ativo no equacionamento dos problemas
encontrados.
Considerando o contexto apresentado, assinale a alternativa correta.
a) Apenas o item I está correto.
b) Apenas o item II está correto.
c) Apenas o item III está correto.
d) Apenas os itens I e II estão corretos.
e) Apenas os itens II e III estão corretos.

Questão 3:

Além de classificar a pesquisa quanto as formas de estudos, Barros e Lehfeld (2007) a classificam
segundo os fins a que se destina. Com base nessa classificação, analise o trecho a seguir,
completando suas lacunas.

A pesquisa ____________ tem o objetivo de conhecer determinado fato, o que, em um primeiro


momento, não implica em uma intervenção ou uma transformação da realidade social. Por outro
lado, a pesquisa _________ tem uma contribuição prática que visa à solução imediata para o
problema da realidade.

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Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas.
a) teórica/aplicada.
b) teórica/experimental.
c) aplicada/experimental.
d) descritiva/experimental.
e) ação/descritiva.

Questão 4:

Considere a classificação de variáveis: geral, intermediária e empírica. Dê um exemplo de um


fenômeno a ser estudado e quais seriam as variáveis identificadas nesse fenômeno de acordo
com essa classificação.

Questão 5:

A pesquisa experimental “adota o critério de manipulação de uma ou mais variáveis


independentes (causas) sob adequado controle, a fim de observar e interpretar as reações e as
modificações ocorridas no objeto de pesquisa (efeito variável dependente)” (BARROS; LEHFELD,
2007, p. 90-91). Com base nessas informações, cite quais são os procedimentos que devem ser
seguidos em uma pesquisa experimental.

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Uma das habilidades necessárias ao estudante é conhecer os diferentes tipos de pesquisa científica.
A seguir é apresentado um quadro com as principais características dos tipos de pesquisa
apresentados nesse caderno.

Pesquisa Pesquisa Pesquisa Pesquisa


Pesquisa-ação
descritiva Experimental teórica aplicada
• caracteriza-se • o pesquisador • é concebida e • o pesquisador • o pesquisador
pelo fato de infere na realizada em visa busca
que não há situação estreita compreeder o soluções
interferência estudada por associação fenômeno práticas para
do meio da com uma ação sem uma problemas
pesquisador, manipulação ou com a intervenção concretos do
esse apenas direta das resolução de prática cotidiano.
descreve o variáveis um problema
objeto de coletivo
pesquisa

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Método – “Conjunto de procedimentos racionais, baseados em regras, que visam atingir um
objetivo determinado. Por exemplo, na ciência, o estabelecimento e a demonstração de uma
verdade científica” (JAPIASSÚ; MARCONDES, 2001, p. 130).

Problema – “Em um sentido genérico, dificuldade, tarefa prática ou teórica de difícil solução. No
sentido originário da matemática, trata-se de uma questão envolvendo relações entre elementos
matemáticos com números, figuras etc. Em um sentido mais amplo, filosófico e, em geral,
teórico, toda questão crítica, de natureza especulativa ou prática, examinando o fundamento, a
justificativa e o valor de um determinado tipo de conhecimento em forma de ação. Ex.: o
problema da indução, o problema do livre-arbítrio etc.” (JAPIASSÚ; MARCONDES, 2001, p. 157).

Criativas – algo novo, original que manifesta criatividades.

Projeto de pesquisa – é o resultado de um planejamento de pesquisa.

Hipóteses – “Proposição mais ou menos precisa que emitimos tendo em vista deduzir,
eventualmente, outras proposições. Em outras palavras, proposição ou conjunto de proposições
que constituem o ponto de partida de uma demonstração, ou então, uma explicação provisória
de um fenômeno, devendo ser provada pela experimentação” (JAPIASSÚ; MARCONDES, 2001, p.
93).

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Questão 1

Resposta:

De acordo com a definição apresentada no caderno, para Barros e Lehfeld (2007), a palavra
pesquisar, em um sentido amplo, significa realizar um empreendimento para conhecer algo. A
pesquisa pode ser considerada como um procedimento formal, que requer um tratamento
científico e que leva ao conhecimento da realidade ou para descobrir verdades.

Questão 2

Resposta: C

O item I está incorreto, pois Barros e Lehfeld (2007) destacam que a investigação experimental
observa e interpreta as modificações que podem ocorrer no objeto por meio da manipulação de
variáveis. Essa manipulação é realizada sob adequado controle. O item II está incorreto, pois a
pesquisa descritiva se caracteriza pelo fato de que não há interferência do pesquisador, esse
apenas descreve o objeto de pesquisa. O item III está correto.

Questão 3

Resposta: A

A pesquisa teórica tem o objetivo de conhecer determinado fato, o que, em um primeiro


momento, não implica em uma intervenção ou uma transformação da realidade social. Por

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outro lado, a pesquisa aplicada tem uma contribuição prática que visa à solução imediata para
o problema da realidade.

Questão 4

Resposta:

Um exemplo:

Fenômeno: aquecimento global.

Variável geral: estudo dos fatores que influenciam no aquecimento global.

Variável Intermediária: estudo das características dos fatores que influenciam no aquecimento
global.

Variável empírica: medição dos fatores que influenciam no aquecimento global.

Questão 5

Resposta:

Segundo Marinho os procedimentos são:

1) Investigação e definição do problema em estudo;

2) Literatura sobre o problema;

3) Elaboração de hipóteses;

4) Definição do plano experimental;

5) Realização do experimento;

6) Apresentação dos dados;

7) Provas de significância;

8) Análises ou interpretação dos resultados;

9) Conclusões.

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AMARAL, Paulo. Quais os tipos de pesquisa? - Metodologia Científica. 2017. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=LPVZIdC1R-Y. Acesso em: 27 mar. 2019.
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BARROS, Aidil Jesus da Silveira; LEHFELD, Neide Aparecida de Souza. Fundamentos de
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FERRARI, A. T. Metodologia da pesquisa científica. Rio de Janeiro: McGraw-Hill, 1982.
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 2002.
GUEDES, Ivan. Como fazer um Projeto de pesquisa passo a passo. 2016. Disponível em:
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JAPIASSU, Hilton; MARCONDES, Danilo. Dicionário básico de filosofia. 3. ed. Rio de Janeiro:
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MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de metodologia científica.
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