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Professores João Paulo Santos, Débora

Kobayashi e Álex Carvalho

Impressões dos professores do CIL


Paranoá sobre o livro Marugoto

Anos letivos 2018-2022


Conhecen
do o CIL
Paranoá
O Centro Interescolar de Línguas
foi aberto em 2016 e oferece aulas
de inglês, espanhol, francês e
japonês
Nossa escola

E, com o apoio da embaixada


A escola conta com salas Temos até o momento 14
japonesa, conseguimos
com equipamento de turmas de japonês nos
montar uma sala de
projeção e reprodução de períodos matutino e
referência com livros e
áudio vespertino
materiais em japonês
Nossa escola

Desde o início de 2022,


Atendemos alunos de A idade mínima para se
oferecemos Japonês apenas
escolas públicas do DF e matricular no curso de
na modalidade Específica
alunos da comunidade japonês é 15 anos. Não há
(Curso de menor duração
limite máximo de idade
destinado a alunos mais
velhos)
O Livro
Adotamos o Marugoto como o
principal material didático do curso
pelas seguintes razões:

Material atual com foco na


comunicação;
Elementos culturais fortemente
presentes;
Fluxo de conteúdos semelhante
ao dos outros idiomas
ensinados no CIL;
Material de apoio e atividades
online para alunos e professor

Resultados
e nossas
impressões
Após utilizarmos os livros do marugoto em várias turmas
e discutirmos a experiência de cada professor,
dividimos nossos comentários em 4 tópicos principais:
Aplicabilidade, Método, Superando desafios e
Considerações finais
Aplicabilidade
Débora:
"Muito legal de aplicar. Inicio sempre pelo katsudou, onde
faço uma aula mais dinâmica, intuitiva, com muita prática
oral.
Depois reforço ainda mais aquelas novas expressões
passando uma atividade prática sobre o tema.
Somente depois que houve uma sensibilização dos alunos,
passo para o livro Rikai onde pincelo mais intensamente a
forma, a estrutura da expressão com suas particularidades,
etc."
Aplicabilidade
Álex:
"A adaptação dos alunos ao marugoto na minha visão é fácil
e ocorre de maneira rápida, afinal o livro é bem dividido e
intuitivo, (...) sendo assim, os alunos conseguem inclusive
estudar sozinhos com o livro e resolver atividades, a
depender do nível, claro."

"Como atendemos as mais diversas idades no CIL, o


material nem sempre é o melhor adaptado ao contexto do
aluno, que pode ser de adolescentes até idosos, mas
permite que o professor introduza e apresente conteúdos
extras
"
Aplicabilidade
João:
"Apesar de o Marugoto não ter sido feito levando em
consideração a realidade e características específicas dos
alunos do CIL, ele tem se encaixado bem e cumprido seu
propósito como material orientador e fomentador do estudo
de língua japonesa para não nativos e/ou descendentes
especialmente devido ao fato de o livro contar com ampla
plataforma de suporte e complementos com sites
dedicados a aprofundar os temas do livro"

"Contudo, ainda que tenha tantos pontos positivos em sua


aplicabilidade, o livro ainda deixa a desejar em alguns
pontos, o que exige certa capacidade do professor para
adaptar e complementar o material. Um ponto do livro que
deixa muito a desejar é o excesso de uso do alfabeto latino
ao longo de todo o primeiro livro.
Método
Débora:
"(...) Como é utilizar um material que propõe uma abordagem
mais direta, comunicativa, enquanto nós como docentes
nos formamos em uma graduação com inúmeras
referências ainda ancoradas em uma didática mais
estrutural e gramaticista?"

"Em um primeiro momento, houve certa insegurança em


trabalhar de uma maneira inovadora, pensando de onde se
encontrava meu olhar expectador(...). Ao longo dos anos de
experiência em sala de aula fui moldando minha forma de
ensinar para utilizar cada vez mais o japonês durante as
lições e, confiando que ao bater na tecla do hábito, os
alunos começariam a depender menos e menos de
explicações."

"Fui percebendo que as longas explicações realmente não


agregavam tanto nas habilidades dos alunos. Que utilizar o
idioma dentro das minhas possibilidades não era algo
extremamente complexo."
Método
Álex:
"Enquanto professor de japonês que está começando agora
na carreira docente, me senti seguro em trabalhar com o
Marugoto, um material de visual agradável, intuitivo e que
permite trabalhar todas as competências necessárias em
sala, tendo q por vez ou outra adaptar e buscar materiais
complementares, mas nada muito grave"

"Procuro sempre dividir as aulas conforme as competências


e fazer exercícios que atendam a cada uma delas, portanto,
a aula tem um momento de compreensão oral e
conversação, bem como atividades escritas e leitura"
Método
João:
"O livro é bastante intuitivo, portanto, sua utilização pelo
professor é bastante tranquila, porém, ele pode ser um
tanto desafiador para professores com pouca ou nenhuma
experiência em sala, visto que no livro em si há pouca
explicação sobre como utilizar e/ou aplicar as atividades."

"Dessa forma, as atividades em sala foram preparadas


seguindo as lições e a progressão do próprio marugoto,
complementando as atividades com materiais externos
sempre que o professor julga necessário"
Superando desafios
Débora:
"Embora o Marugoto seja um material bastante bem feito e
completo, acredito que outros professores irão concordar
que a utilização de romaji ao longo de todo o primeiro livro
da série dificulta em muito o letramento dos alunos em
todos os níveis da escola. (...)

Este obstáculo se torna ainda maior levando em


consideração que o ritmo trabalhado na unidade escolar é
menor do que o proposto pelo material. (...) , o que faz com
que só consigamos avançar algumas unidades por
semestre e encerremos o curso da escola no segundo livro
da série, concluindo apenas o nível introdutório do idioma."

Outro grande desafio presente nas aulas da escola é a


necessidade que muitos alunos têm de se apoiar em um
material mais cheio de minúcias e explicações. Estes
apresentam bastante resistência em uma aula sem
traduções e passo a passo no quadro negro
Superando desafios
Débora:
"Busco sempre atividades motivadoras, onde possa
trabalhar leitura e escrita de mãos dadas com o assunto do
capítulo. Um outro recurso que utilizo bastante para
contornar o vício na leitura do romaji é transcrever páginas
de atividades do livro para um slide e pedir que os alunos
leiam na projeção e não em seus papéis. (...) sempre
dialogar e encontrar um meio termo que seja motivador e
mostre resultados.

Busco também utilizar de bom humor, mímicas e contar


também histórias com ilustrações para tentar fazer com que
o aluno chegue à sua própria conclusão sobre alguma
expressão ou palavra, sem precisar dizer em bom
português o que estou tentando transmitir. "
Considerações finais
Débora:
"Considero o Marugoto um livro que se casa muito bem com
a proposta dos CILs em termos de uma abordagem mais
comunicativa e em torno de temas, capacidades e
habilidades dos alunos. Pessoalmente, ele serve ainda de
apoio para minha crença no ensino de línguas onde a
comunicação, a troca e o diálogo são mais importantes que
a forma. (...) A faixa etária atendida pelo CIL também têm
mostrado uma aceitação e um rendimento
surpreendentemente positivos. (...)"

João:
"(...)Porém ainda há pontos que precisam ser aprimorados,
em especial o trabalho com a parte escrita do japonês,
acreditamos que seria interessante para o aprendizado se
houvesse algum material complementar dedicado ao
estudo e prática da escrita japonesa que é um dos maiores
gargalos do estudo do japonês"

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