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QMC 5230 –2018.1 – Turma 05503 Data do experimento: 20/04/2018

Experimento - Cromatografia

Alana Milan Damo, Nátaly Neves, Mayra de Souza.

Palavras Chave: fases, misturas, separação, técnica, eluente, solubilidade.


Objetivos dc:distância percorrida pelos componentes da
mistura
Aprender as técnicas básicas para o
ds: distância percorrida pelo eluente(solvente,
desenvolvimento de cromatografia em camada
entretanto, não irá dissolver ou reagir com as
delgada e cromatografia em coluna, analisar e
identificar os componentes coloridos extraídos de amostras, e sim, interagir com elas. Ele é a fase
folhas verdes e os da cenoura, e ainda identificar o móvel e por isso, promove a separação dos
2
efeito do solvente no valor do Rf para dois componentes)
compostos. A cromatografia em coluna é
Introdução
considerada uma técnica de partição em que se
utiliza duas fases, sólida e líquida, ela pode ser usada
A cromatografia é uma técnica que tem por para fins preparativos, dependendo do tamanho da
finalidade geral a identificação de substâncias e de coluna.1,3
separação/ purificação de misturas. Usando
Já a cromatografia em camada delgada é
propriedades como a solubilidade. ¹ Esta técnica
uma técnica simples e rápida para análise qualitativa
envolve o equilíbrio do analito entre duas fases
de pequenas quantidades. Pode ser utilizada para
químicas ou físicas
identificar componentes de uma mistura, determinar
Para o processo de separação de misturas, a
a pureza de compostos e isolar componentes puros
mesma passa por duas fases, sendo uma estacionária
de uma mistura. ¹
(fixa),que é imobilizada em uma coluna ou sobre
uma superfície plana e outra móvel, que é composta
por um solvente ou combinação de solventes, Resultados e Discussão
chamado eluente, os constituintes dessa mistura
O primeiro procedimento a ser feito seria a
interagem com as fases através de forças
preparação das placas cromatográficas, porém como
intermoleculares e iônicas, fazendo assim a é uma técnica mais demorada e complexa usamos
separação, de acordo com a polaridade dos placas prontas.
componentes da amostra, eles ou interagiram mais Começamos então com a prática Separação
com a fase estacionária ou com a fase móvel ,na dos componentes de uma mistura: C  om um capilar
maioria das vezes mais apolar que a fase foi feito duas manchas a meio centímetro da base da
estacionária1,2 placa e separadas entre si, uma de extrato de folhas
Outro importante constituinte da verdes e outra de extrato de cenoura. Colocamos
então a placa em uma cuba cromatográfica contendo
cromatografia é Rf FATOR DE
eluente (acetato de etila :éter de petróleo 2:3),
RETARDAMENTO ou FATOR DE RETENÇÃO, sempre observando se o nível de eluente estava
ocorre quando duas substâncias têm diferentes abaixo das manchas na placa.
constantes de distribuição Kc entre a fase Após a eluição deixamos secar a placa e
estacionária e a móvel, ele definido pela razão entre utilizamos a câmara de luz U.V, e o vapor de iodo
as distâncias percorridas pela substância e pela fase para revelar a placa. O β-caroteno apareceu como
móvel, como descrito na equação abaixo:3 uma mancha amarelada, e esperava-se que teríamos
duas manchas de clorofilas A e B verde oliva e verde
azulada, mas só obtemos um tom de verde, devido a
mistura de outros compostos ou da fonte do extrato,
e após isso calculamos os Rf.
Rf do β-caroteno: 2.3/ 4.2 = 0,547
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Rf da clorofila: 1.9/ 4.2 = 0,450

Figura 2 - Cromatografia em graduação de acetato de


Figura 1 - Cromatografia na esquerda da clorofila e a etila, na esquerda (1) é o β-naftol e na direita (2) o
direita do β-caroteno. p-toluidina

Ao analisar os valores de Rf dos compostos E a última parte foi comparar uma amostra
foi verificado que a clorofila ficou mais retida, isso de cafeína pura com a cafeína obtida em um
significa que ela é mais polar que o β-caroteno que experimento anterior. Como nossa amostra de
por sua vez conseguiu uma distância maior devido a cafeína obtida em aula foi pouca, recortamos um
sua menor interação com a fase estacionária 2 pedaço de filtro aonde ela estava retida e misturamos
com diclorometano para obter a solução de cafeína,
Na segunda parte a prática realizada foi Efeito do então seguindo o mesmo procedimento das outras
solvente no valor de Rf: e m uma placa de sílica gel etapas, com um capilar aplicamos amostra de cada
ativada aplicamos com um capilar, uma solução cafeína na placa, uma em cada extremidade e
diluída de β-naftol e outra de p-toluidina usando colocamos a placa na cuba cromatográfica com um
como eluente os solventes: solvente constituído por CH2Cl2, MeOH e NH4OH
a) cloreto de metileno puro; b) cloreto de metileno com concentrações de 85:10:5 respectivamente.
contendo 25% de acetato de etila; c) cloreto de Aguardamos o solvente subir até a linha feita na
metileno contendo 50% de acetato de etila. Após o base, deixamos evaporar e em seguida levamos para
solvente atingir o topo da placa, retiramos a placa da revelar as cores em vapor de iodo e na câmara de luz
cuba, evaporar o solvente e colocamos as placas na UV. Para a solução de cafeína pura não conseguimos
câmara de luz UV, e posteriormente no vapor de obter nenhuma marca, devido a baixa concentração
iodo para revelar as manchas das substâncias, e da mesma, ou também pelo fato de que deveríamos
então calculamos o Rf de cada placa. ter aplicado mais vezes a cafeína na placa. Então
Rf β-naftol em cloreto puro: 1.2/3.8=0,31 obtemos o valor de Rf somente para nossa amostra
Rf β-naftol em 25% de ac. etila: 2.1/2.6 =0,80 de cafeína, sendo de:
Rf β-naftol em 50% de ac. etila: 2.4/3.2= 0,75 Rf: 4/4.6 = 0,86

Rf p-toluidina em cloreto puro: 2/3.8= 0,52


Rf p-toluidina em 25% de ac. etila:1.8/2.6=0.69
Rf p-toluidina em 50% de ac. etila: 2.7/3.2=0,84

Os Rf’s variam pela quantidade de acetato


de etila devido a polaridade do solvente, com o
aumento da polaridade ocorre uma maior interação
com grupos polares.
O solvente mais polar elui melhor
substâncias polares por melhor dissolve-los e
deslocar o equilíbrio da reação. Figura 3 - Cromatografia da cafeína, a esquerda amostra
de cafeína extraída no experimento anterior e na direita
amostra de cafeína presente no laboratório.

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Conclusões
Conclui-se assim que o experimento
realizado de cromatografia é mais uma técnica para
verificar se a amostra está presente ou ausente, com
o auxílio de métodos de detecção, como a luz UV.
Foi verificado também que o valor que Rf pode
aumentar ou diminuir de acordo com a mistura de
solvente, devido a polaridade da amostra e do
solvente.
________________
Ref..1
Material de apoio - Apostila de aula.
Ref..2
http://www.quimicasuprema.com/2013/12/o-que-e-c
romatografia.html

Ref..3
Técnicas básicas de cromatografia , M
 aria Luiza
Faria Salatino, 2016,USP, Baseado em
"Fundamentos de Cromatografia"C. H. Collins, G.
L. Braga, P. S. Bonato, 2006

Ref..4
Collins, C. H., Braga, G. L. Bonato, P. S.
Fundamentos de cromatografia. Ed. Unicamp. 7ª ed.
2006.

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