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Introdução
Vamos estudar a união europeia e primeira cena é caracterizá-la e da rra perceber do que
estamos a falar.
A união europeia hoje ocupa-se tantas matérias que não há praticamente nenhuma disciplina
da faculdade que não inclua direito da união europeia.
A autonomia pedagogica da união europeia está na sua matéria de natureza própria que rege
sobre os vários temas.
Depois a sua realidade enquanto existência será usada na nossa vida de diplomatas,
magistrados, etc. Pelo menos enquanto existir.
Nós começamos o curso a falar do que é a UE, as características e o que tem de específico
-É uma pessoa para o direito – é pessoa para o direito mas quando foi criada a UE
propriamente dita ela não tinha sequer personalidade jurídica e não era um sujeito para o
direito. Quem tgdc sabe que o direito reconhece a realidade e personalidade jurídica e
sabemos que determinadas associações determinam sujeitos para o direito. A atual união
europeia entra em relações jurídicas com outros sujeitos de direito. A primeira vez que a UE
entrou como UE (tratado de maastrischt) não tinha personalidade jurídica e nasceu como uma
espécie de chapéu de chuva (cobertura virtual) tendo organizações com personalidade jurídica
e era simplesmente uma cobertura virtual para as organizações comunitários. Antes de união
europeia haviam comunidades europeias.
A meio do percurso (anos 90) é que entra a União Europeia stricto sensu.
Podemos caracterizá-la num parecer muito importante em 2014 pelo tribunal de justiça em
que este aborda a natureza peculiar da UE. Saber se esta organização e comunidades da união
europeia constituiam entidades internacionais ou outra coisa.
Um doutor da nossa casa dizia que a UE eram um OPNI (objeto político não identificado)
Nas aulas práticas vamos começar a trabalhar a frequência dos tratados (frequentar e
conhecê-los). Vai simplificar o estudo e o trabalho.
-É pessoa para o direito (não o tinha na sua origem, mas no tratado de Lisboa um dos grandes
aspetos que foi dependido como característico do tratado de lisboa era atribuir personalidade
jurídica à UE – foi sujeito a referendo em vários estados). Agora é uma pessoa de direito para
quê? – Um ojni? Um estado? Do direito privado? Estão mais virados para o ojni. É uma nova
ordem jurídica com um regime constitucional e institucional próprio. Temos a tendência de
classificar a UE como uma organização internacional e tem todas as características desta como
por exemplo (uma estrutura permanente, conjunte de fontes baseado em documentos com
caráter permanente com as quais os estados construem um conjunto de regras para se
relacionarem entre si e cooperarem, É internacional (entre nações).
A união europeia não é um estado de federal, nem confederal (apesar de ter umas
características federais mas isso é matéria da ciência política).
A UE é tão original que discutimos se não está para além de bagdad (da classificação
tradicional dos sujeitos de direito público).
A UE é uma organização de cooperação mas que nem sempre está segundo a vontade dos
estados membros e muitas vezes estão contra a vontade dos estados membros e muitas vezes
fazem direito que substitui e sobrepõe a legislação interna de certas nações. O direito da UE
substitui e revoga direito nacional tendo aí características federais.
Para outras certas matérias a UE não tem esse poder e só pode fazer recomendações (ex.:
política externa e segurança comum). (ex.: Taiwan, Venezuela). A UE toma uma posição por
consenso e prevê que um estado ou um número deles pode bloquear essa posição. Nessas
àreas aproxima-se de uma organização internacional de cooperação.
Quem decide muitas das coisas, por exemplo na comissão europeia, é a comissão europeia em
si e não os estados normalmente por voto maioritário simplificado, etc. O mesmo para a
assembleia europeia e outras.
Aprendemos hoje que vamos estudar a união europeia. A UE não é um estado, só pode ser
classificada como organização internacional por falta de outra classificação e produz um direito
extremamente forte que apoça o direito nacional mas porque não é um estado se queria isto
tudo? Tem uma bandeira, um hino, uma moeda? (símbolos que estão no tratado de Lisboa
menos o euro porque não está em todos os estados).
Tem elementos da chamada estabilidade que um estado pode ter desde criação de direito,
poderes próprios, bandeira e hino. Será que simplesmente não chegámos ao patamar de a
reconhecer como um estado ou há uma limitação qualquer.
Aquilo que a distingue dos estados, além de outros como o poder de coerção menor (exército,
etc.) comparado aos estados sendo a ordem público maioritariamente dos países (ainda que a
UE começe a ter algum poder militar com exércitos sobre a bandeira da UE), temos uma mais
importante e que, por exemplo, quando criamos empresas, esta capacidade jurídica está
determinado pelos fins que tem os seus estatutos. Os estatutos de uma sociedade de vender
roupa é vender roupa e as pessoas coletivas têm a sua capacidade jurídica limitadas pelas suas
especialidades (C.C). Um estado por sua vez é “soberano” e pode legislar sobre tudo.
A UE como pessoa coletiva, tem uma capacidade jurídica (ao contrário da capacidade jurídica
de uma pessoa por exemplo) limitada pela sua especialidade (princípio da atribuição –
princípio da união europeia escrito no tratado de Lisboa). O princípio da atribuição diz que a
UE só pode fazer aquilo que os estados disseram que à UE fazer. Não tem uma capacidade
jurídica plena e a sua capacidade é de perseguir e conseguir os objetivos que os estados lhe
assinaram. A UE não cria a sua própria competência.
Alexandre Aragão
Agora é de A a Jorge.
Dulce Lopes como assistente nas práticas e Alexandre Aragão como professora regente.
Avaliação final e não temos possibilidade para uma repartida por número de estudantes e
pouca gente docente.
O exame final será um exame escrito mas incentivam muito a fazer oral de melhoria através de
exame oral.
Há uma tradição longa desta cadeira que é que quando nos candidatamos à melhor
começamos sempre por uma pergunta que incide sobre um tema à escolha do candidato
(preparamos o tema em casa e preparamo-lo mais aprofundadamente e desenvolvamos em
termos de estudo doutrinal e de resto também). Perguntam qual o tema que queremos
desenvolver e dialogam um bocado e depois falam de outras coisas e picam em sítios onde o
tema escolhido não toque.
Os manuais de DUE são todos semelhantes então fica meio igual, são obras que têm todas
mais ou menos a mesma extensão e servem para ambos semestres. Vamos estudar metade no
segundo semestre e outra no primeiro.:
Manual do Jónatas que tem muitas pontes com direito constitucional pois ele é
constitucionalista.
Manual do Manuel Gorjão Henriques com uma clareza menos óbvio mas mais aprofundado
porque cita mais acórdãos.
Manual do professor João Mota Campos manual excelente em termos da DUE como os outros.
Para saber qual escolhor é melhor consultar e ver o estilo dos vários para ver o que nos agrada
mais e também há a possibilidade de numa determinada matéria senão percebermos bem a
matéria ir ler esse ponto noutro manual para ver se entendemos melhor.
Vamos ter acesso aos powerpoints das aulas para fazermos uma linha deste estudo para
depois podermos identificar nas obras os vários pontos a serem estudados. Devemos ler livros
e documentos além de estudos. Apesar de ser nós corrente dizer que não ser difícil muito
difícil não devemos facilitar e temos tido médias relativamente elevadas para esta disciplina e
assim deve continuar.
Um aspeto que torna o estudo desta unidade curricular um bocado mais complexo é o facto de
DUE ser um bocadinha mais jurisprudencial. Além desse direito ser muito de facto (leis, etc.)
também se basear na jurisprudência e decisões do tribunal.
Para realizar o exame escrito podemos e devemos ter uma coletânea dos textos fundamentais
da união europeia (têm tratados, etc.). É a lei seca (os tratados) sem anotações, etc.
Podemos descarregar da net um pdf mas para efeito de exame não podemos ter o
computador. Os tratados são a legislação efetiva para o exame e é o que está nessa coletânea.
No 1º semestre os pratos fortes da nossa disciplina vai ser as instituições europeias e o
ordenamento jurídico da união europeia.
O que aconteceria normalmente era começarmos pela história da UE porém estamos numa
época de controvérsia no direito europeu e estamos a atravessar situações de crise do direito
europeu (algo que é comum ao direito da união europeia primeira já nos anos 60 só com 6
estados membros).
Desde quinta feira dia 7/10 começou uma crise e falou-se na decisão do tribunal constitucional
polaco em vista de compreender e ter uma visão crítica do que se está a passar quanto a esta
história vamos construir a casa pelo telhado e falar disto. O desenvolvimento da matéria
acabaria em dezembro com o estudo de um princípio- o princípio do primado que foi o negado
pelo tribunal constitucional alemão e vamos dar esse princípio para perceber este alvoroço
atual.
A professora vai inverter esta aula apenas para dar este princípio e para percebermos este
assunto.
A professora vai explicar muita coisa antes para percebermos este princípio fazendo um
brainstorm de várias coisas para tentar fazermos perceber este risco de um polexit.
Esta temática do estudo do princípio do primado não decorre dos tratados mas sim da
jurisprudência. É um pilar fundamental do direito da UE mas não está em tratado.
O direito da união europeia tem que prevalecer sobre o direito nacional – princípio da
primazia. Em caso de conflito do direito da UE sobrepõe o nacional.
Instituições:
Parlamento Europeu
Conselho europeu
Conselho da União Europeia
Comissão europeia (adiante designado “Comissão”)
Tribunal de justiça da união europeia
Banco central europeu
Tribunal de contas
Os tratados da UE não tem epígrafo (um resumo à frente do número do artigo e explica em
avançado o conteúdo do artigo e algo que é normal por exemplo na CPR). Qunado
trabalhamos com os tratados pdoemos por os autocolantes à margem para saber onde estão
os artigos até porque não é sequencial e andamos a saltar entre tratados que falam do mesmo
assunto.
O estudar as instituições é perceber como está organizada a UE e é um estudo estático para
perceber como esta funciona.
Em sentido amplo o direito institucional abrange não só as instituições em stricto sensu (as
ditas antes) mas também os órgãos sem poder vinculativa mas sim aqueles auxiliares como o
Comité Económico Social e o Comité Económico Regional. São instituições em sentido amplo
mas em stricto sensu são apenas as listadas em cima.
As instituições as principais são mais fortes porque correspondem aos órgãos soberanos e
dividem seus poderes.
Parlamento Europeu com o poder legislativo que emitem atos legislativos em conjunto com o
conselho da união europeia mas também pela comissão europeia que tem algum poder
normativo apesar de ser o cabeça do poder executivo.
Em forma simplificada vemos que se vem fazer um ordenamento jurídico que se vem sobrepor
ao direito nacional.
O direito secundário pode assumir diferente formas, diferentes tipos de atos jurídicos de
direito derivado:
-Regulamentos
-Diretivas
-Decisões
-Recomendações
-Pareceres
- Não é só isto pois a união europeia não está impedida de produzir outro tipos de atos com
outra nomeação e efeitos mas não é normal ela o fazer (ex.: comunicações, etc.)
Temos neste artigo o equivalente ao nosso artigo 112 da constituição pois fala dos atos
normativos que as instituições europeias podem praticar e que tipos de direito derivado
existem.
Podemos ter acessos a todos estes atos em documentos com designações específicas que
podemos ter acesso num site chamado EUR-Lex.
Os tipos de documentos onde pode estar a legislação da UE (repertório dos atos jurídicos é
como se chama online – o sítio onde podemos ver a legislação atualizada da UE):
-Acordos
-Diretivas
-Regulamentos
-Decisões
Vemos no repertório os atos organizados por temas de 1 a 20 e destes temas neste estudo
vamos estudar nem metade disso mas vamos percorrer muitos e estão organizados por muitos
capítulos. Antes a UC tinha nos arquivos um repertório da UE que era atualizamente
semestralmente mas custava muito e agora não custa nada.
Vamos estudar temas como o 01, 02, 05, 06, 10, 15. Há uma número à frente dos temas que
corresponde ao número de atos jurídicos associados aos temas. Os números de atos jurídicos
podem estar um bocado inflacionados porque, por exemplo, pode haver atos jurídicos que
referem o ambiente mas também de consumidor então ficam nos dois subtemas e repetem.
Pessoalmente o Euro-Lex tem uma boa organização de temas para exploração legislativa e lê-
se, por exemplo, uma diretiva de forma diferente. Primeira temos a designação da direita com
o seu título e o seu número e depois uma lista de países a quem é dirigido e pode incluir países
que não fazem parte da UE mas da EFTA. Depois também diz as várias línguas onde está
disponível o documento.
Vamos aprender depois como é importante dominar outras línguas porque pode servir para
sanar algumas dúvidas nas outras versões caso haja alguma na nossa. Os juízes têm que aplicar
o direito da união europeia e podem colocar uma dúvida ao tribunal da união europeia mas
pode evitar de sanar um dúvidar ao consultar o documento noutra língua podendo sanar tal
dúvida.
Vendo mais à frente na diretiva já fica mais normal mas também devemos saber que é
frequente na UE que costuma haver um artigo 2 a falar de definições pela natureza
multilinguística do ordenamento jurídica até pelos amigos falsos de alguns termos entre as
noções jurídicas das várias línguas.
No final do direito europeu temos artigos de transposição onde diz que os estados têm uma
data limite para adotar esta medida (ex.: até 12 de janeiro de 2023 vamos ter esta medida
implementada senão é uma infração). Pode também haver efeitos imediatos mal a publicação
no jornal oficial.
É normal haver sempre anexos costumam ter um grande complexidade e costumam ser mais
bem entendidos por engenheiros. Os juristas não devem ignorar os anexos e os engenheiros
não devem ignorar o enunciado.
Agora vamos ver quais são os valores da união para depois percebermos o que acontece
quando são violados.
Estes encontramos logo no artigo 3 do TUE alguns destes valores fundamentais – tratado da
união europeia.
Valores fundamentais:
-Promover a paz
No TUE artigo 6º vemos quais são os valores democráticos em que assenta a união europeia
tendo como exemplo:
-Princípios da liberdade;
-Princípios da democracia
-Princípio do estado de direito (e isto tem vindo a ser um problema na Polónia, Roménia, etc
principalmente na separação de poderes).
Como é que a UE tem sancionado violações do DUE por parte dos estados membros e que
organismo temos para isto?
Qualquer estado membro pode instaurar um caso em tribunal a outro quando detetar um
incumprimento mas isso não costuma acontecer.
O que mais acontece é a comissão europeia chamar a Polónia por violar o princípio do
primado. Isto apontaria por uma via de resolução judicial mas num caso como estes a via de
resolução não será judicial mas sim política e esta resolução política pode ser visto no artigo 7
do TUE.
Artigo 7 da TUE – pode haver uma via política para uma apreciação e sanção de um
incumprimento de uma obrigação por parte de estado-membro
Princípio do primado.
Para estudarmos este princípio, numa linha helkelsiana, vemos uma hierarquia entre normas
por hábito mas esta visão está cada vez mais em crise (havendo um texto de François Ost e
Michel van de Kerchove “De la pyramide au résau). Ao haver novas normas que se equiparam
aos mais altos cargos da pirâmide vemos agora mais uma rede e não um topo pirâmidal
exclusivo.
O princípio do primado diz que em caso de conflito entre uma norma nacional e da UE
prevalece a da UE.
Esta ideia da prevalência do direito europeu sobre a norma nacional parece ser inprescendível
ao bom funcionamento do direito europeu pois se os estados pudessem simplesmente
contrariar as normas europeias ia contra a ideia de harmonizar as ordens jurídicas e haver um
standart comum entre a comunidade europeia. Desde o nível de mercado comum e outras
coisas como a livre circulação de bens e pessoas.
Acontece que o princípio do primada não está escrito num tratado por não haver coragem
política para o escrever em 1957 ou 1992 (Roma e Maastricht) havendo só em 2004 com a
possibilidade da constituição europeia e foi aprovada mas para entrar em vigor alguns estados
membros exigiram referendo e em referendo foi chumbada e não entrou em vigor e portanto
2 estados membros (Holanda e França) em referendo fizeram com que chumba-se.
Neste projeto de constituição europeia havia uma artigo 10º que mostrava escrito este
princípio do tratado.
Este princípio não está nos tratados mas é válido e é aí que entra o caso:
Este caso é a fonte do princípio do primado da UE e até hoje é onde ele está consagrado.
Flamino Costa era acionista de uma empresa de energia italiana e esta foi nacionalizada e
perdeu essas ações e estrategicamente deixou de pagar a energia. Quando deixou de pagar a
ENEL (empresa nacional energia bla bla) foi falar com o homem e ele disse que não pagava
porque essa empresa violava as normas da comissão europeia da energia e vendo esse conflito
ficaram aflitos e o juíz sem saber o que fazer suspende o processo e manda para luxemburgo
para o TJUE e esses juízes responderam:
Isto quer dizer que o direito europeu prevalece sobre o direito nacional mesmo o
constitucional. Esta decisão foi acatada pelo juíz e depois acatado pelos tribunais dos estados
membros. Foram suscitadas dúvidas sempre que houve uma revisão do tratado sobre meter
ou não este princípio mas nunca houve coragem política para tal. Adicionou-se nessa altura ao
tratado de lisboa um anexo que funciona como declaração conjunta dos 28 estados (na altura)
sobre o primado do direito comunitário. É uma mera declaração e não se sabe quanto valor
tem. Foi instaurada no ordenamento jurídico mais ainda foi implantado oficialmente num
tratado.
Dizem:
17. Declaração sobre o primado do direito comunitário
A Conferência lembra que, em conformidade com a jurisprudência constante do Tribunal de
Justiça da União Europeia, os Tratados e o direito adotado pela União com base nos
Tratados primam sobre o direito dos EstadosMembros, nas condições estabelecidas pela
referida jurisprudência.
Além disso, a Conferência decidiu anexar à presente Ata Final o parecer do Serviço Jurídico
do Conselho sobre o primado do direito comunitário constante do documento 11197/07
(JUR 260):
Este parecer, por estar transcrito numa declaração de um tratado passa de direito derivado
para direito originário.
Como é que Portugal resolver o problema da constituição ser a nossa cúpula do nosso
ordenamento jurídica e as diretrizes da união europeia.
O nosso artigo 8 da CRP resolve este quebra cabeças onde no número 4 deste diz:
“As disposições dos tratados que regem a União Europeia e as norams emanadas das suas
instituições, no exercício das respetivas competências, são aplicáveis na ordem interna, nos
termos definidos pelo direito da União, com respeito pelos princípios fundamentais do Estado
de direito democrático.”
A última parte diz que simplesmente se houver um norma europeia que viole os princípios
fundamentais do Estado de direito democrático aí a constituição prevalece. Mas isso não muda
muito porque aí não passaría pelo tribunal europeu.
Depois vamos dar sobre a crise da “cadeira vazia” onde, na altura da CEE, discutindo em
prenoite sobre a PAC, a França fechou o acordo e não queria requerer outra reunião. Fizeram
um “agree to disagree” e quase significou o fim da CEE e como não a queriam matar
continuaram com ela sobre acordo.
Se houver um norma europeia em conflito com uma norma nacional a europeia prevalece e a
nacional é desaplicada. A norma nacional não é inválida mas torna-se ineficaz no caso concreto
e é puxada para o lado pelo juíz.
Quando há um conflito com o direito constitucional pode-se resolver com:
Um estado membro pode instaurar uma ação contra o parlamento europeu porque a norma é
inválida ao nível de princípios fundamentais do direito internacional. Ele pode votar vencido e
recorrer em tribunal antes mesmo de haver um conflito interno indo ao tribunal para tentar
anular o ato.
O juíz do estado (reenvio judicial) pede ajuda para interpretar um norma ou apreciar a
validade de uma norma ao tribunal de justiça e o tribunal de justiça pode declarar inválida a
norma nacional sendo contrária aos tratados a norma é nula ou anulável com efeitos ex tunc
(retroativos) podendo haver declarar exceção a essa norma.
Vamos dar início depois da semana anterior começado a construir a casa pelo telhado vamos
agora começar pelo início e construir a casa pela estrutura.
Começando o estudo pelo princípio a professor dá referência por vezes para quem não seja
natural de um estado membro da UE uma obra que dá ideia do que irá ser o trajeto.
Sobre o site Cvria é onde encontramos a jurisprudência dos tribunais europeus (são 2) tribunal
geral ou tribunal de justiça e podemos procurar preenchendo um formulário com nome do
processo. Nome das partes, temas, etc. para encontrar aquilo que queremos.
A parte do nome de processo e nome das partes já exige um conhecimento prévio mas o
formulário avançado que dá acesso ao preenchimento a partir do tema facilita.
Ex.. Acórdão Marleasing que vamos dar mais tarde e é muito importante se procurarmos por
ele vai aparecer vária jurisprudência que refere este acórdão.
C – em cúria
106- nº de processo
89- ano
-A estrutura institucional da UE
Normalmente as àreas do direito administrativo, etc. do direito interno tem a haver com o
direito europeu porque este tem vindo a influenciar o direito nacional (ex.: no direito penal há
uma diretiva que afeta o direito penal dos estados membros onde criminalizam os crimes
contra o ambiente). Isto para dizer que o direito europeu tem incidência nos mais variados
ramos do direito público e interno dos seus estados membros e vamos estudar como é quando
o direito nacional e o europeu discordam um do outro. Até na defesa num litígio podemos
invocar o direito europeu quando o nacional não protege como deve ser o cliente. Não há uma
àrea curricular aqui que não seja de alguma forma influenciada pelo direito Europeu.
O começo seria por esta parte por aquilo que chamamos a pré-história e história do direito
europeu..
Pré-história porque antes de surgir a CEE já havia diversos movimentos na europa no sentido
de aproximação dos estados no sentido económico porque a criação de um espaço económico
único traz um benfício enorme de qualdiade de vida, direito dos consumidores e outras coisas,
Com esse objetivo a nossa primeira organização geral foi a CEE.
Nesta fase pré-histórica temos movimentos anteriores que prepugnavam pela criação de uma
europa unida isto já antes da WWII e depois desta isto foi muito mais nítido. A europa ficou
arrasado e só com um esforço conjunto dos principais autores permitiria prevenir uma terceira
guerra mundial e recuparar a economia e com uma bazuca que veio dos EUA (plano marshall)
mas com a condição da europa se organizar para a atribuição desses fundos.
-Corrente unionista
-Corrente federalista
Organizações internacionais criadas
De intergração
Foi uma organização de cariz supranacional para regular a produção de carvão e aço.
Congregaram os esforços deste 6 estados para uma coisa aparentemente tão pequena e é
estranho só por dizer que ambas estas atividades são essenciais para as guerras e regulando
estas não poderá um estado orientar a sua produção para uma outra guerra e evitou essa
tentativa de rearmamento pelos estados. Era uam comunidade que tinha como competência
apenas controlar a produção destes dois. Esta foi um laboratório de testes para posterior
integração europeia através dos seguintes passos:
.Criação da EURATOM (ainda hoje existe e justificou pela mesma razão da CECA que era para
evitar os estados embarcarem no produzir de armamento atómico)
Dois tratados de roma celebrados em 1957 que tinham objetivos diferenciados. Criaram as
outras 2)
Integração funcionalista
“A europa não se fará de um golpe, nem numa construção de conjunto: far-se-á por meio de
realizações concretas que criem em primeiro lugar uma solidariedade de facto”;
‘Natureza supranacional das funções da alta autoridade” (artigo 9 do tratado CECA) – deixou
de vigorar este tratado porque foi feito para vigorar 50 anos. Agora as competências da
matéria de carvão e aço estão imputadas à UE. Era o único texto normativo onde
encontrávamos preto no branco que a construção da unificação europeia seria feita tendo em
conta a supranacionalidade da organização. Não foi repetida entretanto e ninguém teve
coragem para tal e era isto que provava o princípio do primado.
As decisões anteriormente eram decisões formadas pela unamidade e o discurso deste queria
fazer uma aproximação entre os países ao nível económico é importante e disse que nem tudo
se faz imediatamente e algumas coisas como a livre circulação apareceu mais tarde e não de
imediato. Um passo de cada vez.
A ideia era criar um união de facto para que não haja mais guerra.
A história: surgimento e evolução (Paris, Roma, Maastricht, Amesterdão, Nice, (Roma), Lisboa)
Vamos dar estes tratados como se fossem revisões constitucionais e estes tratados são como
revisões dos tratados originais. Estas cidades têm símbolo a presidência da União Europeia. No
final de cada presidência (semestre europeu) há uma reunião cimeira de chefe de estado e
governo e normalmente é nestas que se discute a revisão de tratados. (Em Maastricht reveu-
se os tratados anteriores de paris e Roma), Amesterdão o mesmo agora também com
Maastrischt e por aí a diante, Roma em parênteses foi a falha da constituição europeia que
teria feito uma reorganização em termos de tratados e também em termos termológicos pois
falava já do princípio do primado e pôr os pontos nos is. Não temos leis europeus mas sim
regulamentos, não temos quadros de lei mas sim diretivas mas temos a atividade legislativa e
isto não faz sentido. Houve coisas desta constituição que passaram e outras que infelizmente
não.
Agora vamos tentar perceber nos tratados de revisão a partir de uma leitura doutrinal que
consistem em dizer que a UE em sentido amplo (CECA, CEE e UE), a evolução tem se dado ao
longo de 3 linhas (Alargamento, aprofundamento, aperfeiçoamento). Nos tratados de revisão
estas foram fazendo uma coisa das 3.
Alargamento (da união europeia é o entrarem mais estados membros e isso faz-se a partir de
processo da união europeia – devemos ter conhecimento que a adesão é um processo
unilateral, etc. e tecnicamente a adesão à UE chama-se adesão porque é o Estado
unilateralmente se vincule mas isso não quer dizer que os estados membros existentes e a UE
em si não tenham nada a dizer e a aceitação depende de uma votação unânime dos estados.
Vamos ver isto quando estudarmos o ordenamento jurídico da União mas temos que saber
que se chama adesão e como sabemos isto traz relações jurídicas complicadas e demora anos
porque durante certo período a UE verifica o caráter democrático no funcionamento dos
nossos órgãos, a nossa organização até sobre o ponto de vista económico sobre o nosso
défice, etc. O processo é demoroso tanto como o processo de saída e isto é assim porque os
estados muitas vezes têm de fazer alterações para estar dentro dos parâmetros europeus (Ex.:
Portugal tinha uma tributação aduaneira muito alta e tivémos que abolir e o estado tinha que
ir buscar esse dinheiro a algum lado e houve reformas fiscais como sobre as empresas, etc.).
Portanto isto implica uma alteração na organização do país mas a verdade é que se o país for
inteligente e rico é feito rapidamente e facilmente. Havia prazos que portugal teve que
cumprir. Portugal até teve que assinar uma cláusula no tratado de Lisboa onde os
trabalhadores portugueses não tinham liberdade de circulação ainda porque estavam numa
saída da ditadura então França quem pediu por essa cláusula para que não fosse inundade de
trabalhadores. O mesmo para nós onde pedimos por um período de transição onde, com
medo de perder soberania económico tomou algumas medidas.
A regra é essa, o estado que entrar tem que aceiter basicamente totalmente o acervo
comunitário (podendo negociar algumas coisas como prazos, etc.) mas têm que aceitar em
bloco. Cada estado tem as suas pequenas preocupações.
O processo de adesão pode ser mais suave, o nosso foi meio brusco por suspeitaram da
democracidade do nosso estado, os trabalhadores a encher os mercados de trabalho de
outros, etc. Mas isto não se viu e a verdade é que as pessoas deixam de emigrar um bocado
com expectativas pelo país com o receber de fundos e o desenvolvimento interno do país traz
esperança pelo país, etc.
Agora para a Suécia, etc. eles já acompanhavam à muito tempo o progresso legislativo
europeu e ia, antes de se juntar já iam-se adequando o seu ordenamento jurídico para facilitar
a adesão e o mesmo com a polónia. Claro que é mais fácil para os países que tenham PIB acima
ou na média europeia e receiam aqueles abaixos da média até por causa da coesão europeia
onde procuram apoiar os países abaixo da média e isso vem do orçamento europeu. Quando
Portugal soube que 10 países do leste entraram e eram mais pobre que nós ficamos cheios de
medo tipo lá vão os nossos fundos de coesão mas a verdade é que a UE tem essa coesão.
Até ao Brexit tivemos só alargamentos mas agora tivemos o nosso primeiro “estreitamento”.
Adesão de novos estados
1981: Grécia
Um à parte:
Está em organização pelo núcleo associativo para os estudos europeus de Coimbra juntamente
com o EURAET de órgão de divulgação e a federação nacional para os estudos europeus estão
a organizar a 4ªacademia europeia e tem decorrido nos arredores de coimbra e está em Mira
nos dia 5,6 e 7 de Novembro.
Ainda sobre o alargamente já falamos do respeitamento dos valores previsto no tratado para
se juntarem à UE e só assim se pode candidatar à UE e o processo de adesão passa por todas
as instituições europeias,
O conselho europeu vai avaliar os critérios de legibilidade ( este é o conselho de topo com os
chefes de estado)
Para além das instituições europeias os estados membros têm voto na matéria e podem ou
não aceitar a adesão. Até agora tem sido possível ser levado a bom tempo esse alargamento.
Surge com o tratado de lisboa este artigo 50 que refere a saída da comunidade europeia. Antes
não era referido porque não queria abrir a caixa de pandora e era um progresso óbvio e
pensavam que ninguém queria voltar atrás.
Quando se aprovou a subsequente revisão do tratado de lisboa após a falhada constituição. O
reino unido implicou para ser escrito o artigo 50 e pensavam que ninguém sairia mas já vimos
que não. O processo parecia simples mas o artigo 50 provava algo que não era verdade e o
processo de separação é muito demoroso e complicado.
Ex.: Há uma reator nuclear no reino unido que é da EURATOM e é preciso para investigação da
fusão nuclear a quente em vez de fissão nuclear porque não traz lixo e explosão. Já foi possível
manter processos de fusão durante admiráveis dois segundos e isto para dizer que a
EURATOM estava a contar com este reator britânico e financiamento britânico. E sendo um
estado que recebeu muito dinheiro e podemos dizer que muitas das investigações e o dinheiro
associado ia para o reino unido até pela facilidade linguística e agora pergunta-se como é. Se a
UE feicha a torneira e deixa muita gente desempregada, etc.
Antes deste tratado dizia-se só nas imaginações académicas diziam que o estado como tinha
liberdade de entrar também de sair nos moldes do DIP e não do europeu.
Aperfeiçoamente e aprofundamento
No tratado de Lisboa surge que a comissão pode praticar atos delegados porque fica mais fácil
de atuar e é mais espedita. Pode ser delegado a ela competências. A comissão tem pouca
gente e é fácil de tomar decisões. Agora no parlamento tem muita gente e é mais difícil. O
mesmo com o conselho de ministro porque os chefes de estado têm os seus estados a tratar-
Aprofundamento- a ampliação do conjunto de competências que são transferidas dos estados
membros para a UE. No tempo do surgimento da CEE as competências dela restringiam-se
para além da liberdade de circulação de bens, pessoas e mercadorias restringia-se à legislação
do mercado, política agrícola comum (principalmente para os grandes produtores e quanto
mais se produzia melhor e ganhava mais para ganhar capacidade de produção própria para nos
livrar-nos da dependência do bloco soviético. Foi aasim criada a PAC para que os agricultores
produziam-se depois viu-se que os fundos eram pretensiosos e os Franceses ficavam com
tudo. Portugal não recebia muito por não ter condições e era uma situação de desigualdade e
foi preciso mudar alguma coisa e até a certa altura produzíamos a mais e eram destruidos
litros e litros de lei e alimentos e foi um período negro e chocante que fez uma má imagem.
Além disso houve um esverdeamento da PAC e agora muitos dos auxílios da UE são
fundamentalmente para fomentar boas práticas agrícolas seja pela práticas de agricultura sem
uso de bioquímicos, fertilizantes químicos e financiam as práticas do pousio e outras coisas
sustentáveis como a rotação de culturas, etc. Financia atividades agrícolas que sejam benéficas
para a vida selvagem (ex.: Muros que separam as terras principalmente no norte e são agora
como habitats e meios de circulação para vida selvagem. No sul temos barragem com sistemas
de irrigação que permite outras culturas como produção de vinho e oliveira. Onde antes
tinhamos uma searas enormas agora temos as árvores de olivais intensivos e isto está a fazer
com que portugal que antes era um países de turismo de observação de aves, e temos a ave
maior da europa e agora não conseguem aterrar e estão a deslocar-se para a polónio e por isso
devemos pensar a nossa produção agrícola. A PAC teve então um objetivo de independência e
agora não e isto chama-se aprofundamento pois agora tem também competência para
construir uma agricultura sustentável mais do que tudo- no sentido em que não havia
competência em matéria ambiental) e liberdade não apanhei. Agora há políticas de coesão
territorial, energética, etc. e tudo isto são políticas novas. Até se fala agora de uma tentativa
de atribuição de competência à UE em matéria de saúde e a pandemia mostrou isso. A
professora não diz em tudo mas sim em situações especiais que põe em causa a livre
circulação de situações.
-1º tratado de revisão – tratado de fusão que veio rever os tratados de Paris e Roma –assinado
em Bruxelas em 8 de abril de 1965 e que entrou em vigor em 1 de julho de 1967, que institui
um Conselho único e uma Comissão única das 3 comunidades Europeias.
Nos primórdios da criação das primeiras organizações europeias perceberam que a duplicação
de órgãos não funciona entre CECA e CEE e definiram os órgãos como comum até porque os
estados eram os mesmos. As instituições europeias passaram a ser únicas e daí a chamada
unidade institucional (a CECA despareceu ao fim de 50 anos) Manteve-se a CEE e depois
apareceu a UE que coexistiram durante algum tempo mas já com unidade institucional vindo
UE a substituir a CEE e das originárias só a EURATOM subsistiu mas ainda com unidade
institucional na UE.
6º- tratado que estabeleceu uma constituição na europa mas não avançou. Vinha com uma
carta de direitos fundamentais e foi aprovada mas fora do tratado e não dentro da
constituição. Inicialmente quando foi aprovada era uma mera proclamação do parlamento, da
comissão e outros e era discutido qual o valor porque era direito derivado até que foi
instituido no tratado de lisboa. O tratado reformador (o da constituição) não entrou em vigor.
Não passou a designação correta dos atos jurídicos e “tudo o que cheira-se a constituição”.
Para os juristas o pior que não passou foi aquilo sobre o primado e o reconhecimento do
primado e o princípio si ne quan non comprovaria isso. O artigo 50 no tratado de lisboa e o
reforço do poder do provedor de justiça europeu mais tarde refirido no tratado de lisboa
também foi depois feito para acalmar os eurocéticos porque fizeram uma campanha fortíssima
contra a constituição anterior e a tentativa de a acalmar.
Natureza juridica da UE
As instituilções europeias que temos neste momento (UE e EURATOM) são transnacionais mas
na doutrina as pessoas discutem se este direito da UE é:
-Direito estadual
-Direito federal
-Direito supranacional
Não é:
-Internacional
São mais que muitas as políticas da união europeia e que têm sido adicionadas às
competências da UE.
-Estadual (a professora vai saltar este)
Supranacionalidade
Porquê?
Direito Supranacional é a natureza jurídica mais considerada no DUE e algo que é considerado
o geral aceite na doutrina Europeia.
Agora vamos entrar na parte mais importante e ainda que seja descritiva é uma com análise e
que é o estudo da estrutura institucional da UE
Quais são as normas que organizam o funcionamento desta pessoa coletiva de direito
internacional público que é a UE.
As pessoas coletivas para atuar têm órgão e vamos ver quais são os órgãos da UE.
Na UE não é bem assim porque tem as competências delegadas pelo estado e não pode abrir
asas para além do que está definido dos tratados que tem uma função equivalente à
constituição de definir competências. Aqui há regras onde permite a possibilidade de
integrações de lacunas que é algo diferente do direito europeu comparado ao DIP onde não há
lacunas e os estados vinculam-se pelo que querem e não podemos dizer que é um lacuna.
Na UE é possível esta.
Quem atribui estas atribuições são os seus órgãos ou em alguns casos instituiões.
O repertório da UE – coletânea de toda a legislação (lato sensu) porque não é bem legislação –
compilada de forma organizada algo que não temos em Portugal. Na UE temos uma publicação
estrutura e organizada por temas e o que nos interessa agora é o 1.40 sobre as disposições
institucionais.
Devemos saber que além dos tratados existem também normas de direito derivado quanto ao
funcionamento das instituições. Um regulamento vai estar nos materiais.
Unidade institucional- quando surgiu havia órgãos que eram comuns às 3 ucomunidades
(euratom, ceca e outra) e outras que não eram como a comissão (alta autoridade na CECA) e o
conselho e falamos disso quando fizemos um périplo pelos vários tratados da história.
O que é certo é que desde muito cedo passamos a ter algo unificado.
Ficamos apenas com uma instituição no final que tinha competência das 3 unidades.
Agora que só temos a UE e a Euratom o que temos é uma estrutura institucional com uma
estrutura diferente conforme o assunto que estamos a tratar.
TUE artigo 13
A União dispõe de um quadro institucional que visa promover os seus valores, prosseguir os
seus objetivos, servir os seus interesses, os dos seus cidadãos e os dos Estados-Membros, bem
como assegurar a coerência, a eficácia e a continuidade das suas políticas e das suas ações. As
instituições da União são:
— o Parlamento Europeu,
— o Conselho Europeu,
— o Conselho,
— o Tribunal de Contas
No TCE tínhamos um artigo 7 mas faltava o conselho europeu no pré-lisboa e tinham que dar
tal explicação e com o tratado de Lisboa atualizaram isto e puseram este conselho. O artigo 7
era já desatualizado.
O que nós vamos fazer é estudar o direito institucional da União segindo a ordem do artigo 13
e tem uma ordem lógica e começa pelas instituições de direção e as últimas 3 são de controlo
e não direção.
Se alguma instituição for além dos poderes que lhe são atribuídos pode haver um recurso de
anulação anulando assim o ato a partir do tribunal de justiça com vários fundamentos que
vamos estudar (vício de forma, etc.)
É possível que com legitimidade e defendendo interesses tão diferentes é normal haver atritos
e já aconteceu uns recorerem à ação de outros no TJ. Isso não significa que seja uma ação de
última instância.
Estrutura orgânica
Internas
Externas:
o Extra comunitárias
o Intra comunitárias
As externas são competêncais que as instituições exercem mas que iradiam e provocam
efeitos jurídicos fora do quadro institucional europeu (ex.: Quando pedem aos estados para
preservar um objeto histórico) Provoca efeitos noutros sujeitos da UE e quais são eles:
-Os 27 estados membros e são os principais sujeitos pois sem eles ninguém funciona e o fazem
funcionar nos seus países seja a partir da polícia, tribunais, órgãos legislativos que transpoem
diretivas europeias, etc e deram origem à UE e remeteram algumas das suas competências;
No DUE temos o poder de recorrer a algumas normas europeias que podemos fazer valer nos
nossos tribunais nacionais. Isto vai ser importante quando estudarmos o efeito direto das
diretivas comunitárias e muitas das vezes o caso prático é sobre isto. Envolve um cidadão que
envolve uma diretiva europeia que quer transpor essa para o seu caso para se proteger, etc.
Isto para falar das competências externas dos órgãos da UE que vinculam os estados e
cidadãos.
Dentro das externas temos as Extra e intra comunitárias. Os autores não abandonaram esta
definição de comunitária porque é mais prático e não é errado apesar de ser mais correto
unionista pois não há uma comunidade mas sim uma união.
As extras são aquelas competências que acabam por produzir efeitos que não são só nos
sujeitos da UE (Ex.: Aquilo do mercosul onde tem poder para negociar com empresas do globo
e ameaçou que são não houvesse políticas de maior proteção na amazónia ameaçou de não
fazer negócio com eles) (outro ex.: Microsoft que é player importante na Europa estão sujeitos
a leis europeias cá como na RGPD (regulamento geral de proteção de dados). Há empresas que
atuam no território europeu e têm que respeitar as regras europeias e na medida que faz esse
software usado na europa tem que respeitar o RGPD e foi condenada pela UE por abuso de
posição dominante onde vendiam um pacote de software que vinha com um antivirus e não
dava para comprar o software sem o virus e obrigava a ter o virus também não vendendo o
software em separado (tying deal).
Tipos de órgãos:
-de controlo
-auxiliares
Órgãos da UE » Instituições da UE
Nem todos os órgãos são instituições. Já vimos as instituições e fora destas temos por ex.:
comité económico e social, comité das regiões, agência europeia do ambiente, etc.
Quando falamos da comissão europeia ou parlamento europeu podemos dizer que é órgão ou
instituição mas se falamos de comité não podemos falar de instituição mas apenas órgão.
No plano interno é fácil de dizer como se distingue os poderes mas na UE uma vez que as
instituições se articulam para o exercício do seu poder não podemos dizer que o parlamento
tem o poder legislativo porque o tem em conjunto com a comissão e o conselho que dá mais
legitimidade porque dá uma representação a, por exemplo, uma diretiva que sai de lá.
É um bocado mais difícil dizer como os poderes fundamentais se dividem pela UE mas a ideia é
que as instituições têm poder deliberativa mas o resto são órgãos auxiliares.
Vamos entrar no estudo dos diferentes tipos de órgãos conforme as suas funções.
Parlamento Europeu
Conselho Europeu
Conselho (toucur (forma pequena)) mas podemos designar conselho de ministros da
união europeia
Parlamento Europeu e começamos por ele porque sempre foi considerado mesmo quando se
chamava apenas assembleia no primórdios da CEE sempre foi considerado o elemento mais
nobre da UE. Artigos 223-224 até pela sua composição e números de membros.
Evolução
1957-1962- Assembleia
30 de Março de 1962- Resolução: “PE”
1986- AUE- “PE”
8 de Outubro de 1976 – Eleição por sufrágio direto
6 de Março de 1993 – diretiva de harmonização dos direitos eleitorais
Antes era votado de forma indireta a partir dos deputados de cada parlamento dos estados
membros e agora é direto por todos os cidadãos.
Isto está previsto do artigo 223/1 do TFUE mas esgotou o seu vigor normativo a partir que se
definiu o sufrágio normativo direto.q
O parlamento europeu tem uma relação muito direta pelos cidadãos na medida em que
quando se criou a UE criou-se a cidadania europeia. No artigo 20º temos a lista dos direitos
dos cidadãos da UE e um dos direitos é o no nº2 onde diz:
2. Os cidadãos da União gozam dos direitos e estão sujeitos aos deveres previstos nos
Tratados. Assistem-lhes, nomeadamente:
a) O direito de circular e permanecer livremente no território dos Estados-membros;
b) O direito de eleger e ser eletiso nas eleições para o Parlamento Europeu, bem
como nas eleições municipais do Estado-Membro de residência, nas mesmas
condições que os nacionais desse Estado;
Esta última parte “nas mesmas condições” foi adicionada no de Maastrischt e é fundamental
de acrescentar.
Outros direitos de cidadania vai ser uma temática que vamos abordar mais à frente
Para já vamos olhar para esta norma homóloga do artigo 20, que é o artigo 39 do CDFUE que
fala do “Direito de eleger e ser eleito nas eleições para o Parlamento” e diz:
O parlamento europeu pela sua natureza é o porta voz das visões e ideologias dos cidadãos
diferentemente da comissão europeu e do conselho europeu e do conselho.
Composição – parlamento europeu tem um número de deputados que pode variar mas não
pode ser superior a 750 mais o presidente. Pode parecer superior comparadamente com os
nossos números de deputados mas se pensarmos na proporcionalidade de representatividade
até vemos que em Portugal temos mais deputados em comparação. Para poder discutir ou
diminuíamos muitos os nossos ou deixávamos tar.
Tal como acontece na ponderação dos votos do consleho também aqui os estados sabem que
determinadas alianças políticas dentro do parlamento conseguimos alcançar certas maiorías.
(Ex.: Portugal e Esapanha aliam, etc.) Para evitar essas alianças é que a Organização interna do
parlamento europeu não reflete origem nacional dos eurodeputados mas sim partidos
políticos europeus. Para evitar solieridade regional entre países e blocos nacionais. São
organizados e distribuídos em função dos partidos que representam para haver um diálogo de
ideologias e não de nações.
Visam diluir as tais alianças nacionais e sim alianças ideológicas. Há uma importância de no
próprio tratado se frisar (no artigo 12 CDFUE) a importância destes. Para se por isto neste
documento é por isso que se considera muito importante esta organização por partidos
políticas em vez de nacionalidade.
No TUE também consagra isto no art 10/4: Os partidos políticos ao nível europeu contribuem
para a criação de uma consciência política europeia e para a expressão da vontade dos
cidadãos da União.
Funcionam maior parte das vezes o que facilita o encontra com a comissão e conselho que se
sediam em Bruxelas.
Há uma lista de comissões permanentes:
E outros...
Artigo 14.o 1. O Parlamento Europeu exerce, juntamente com o Conselho, a função legislativa
e a função orçamental. O Parlamento Europeu exerce funções de controlo político e funções
consultivas em conformidade com as condições estabelecidas nos Tratados. Compete-lhe
eleger o Presidente da Comissão.
4. O Parlamento Europeu elege de entre os seus membros o seu Presidente e a sua Mesa
-Iniciativa (225)
-Deliberação (294)
-Consulta (...)
A regra geral (é importante e vai ser repetido) é que quem tem o monopólio de poder de
iniciativa legislativa é a comissão europeia e tem os seus juristas e especialista das várias àreas
para apresentar a iniciativa. Se a comissão não tiver iniciativa o parlamento não precisa de
ficar de braços cruzadas e poder solicitar uma proposta como diz o artigo 225. Isto é um mero
pedido do parlamento à comissão e pode fundamentadamente recusar a apresentar a
proposta e aí dificilmente se pode ultrapassar esta recusa política. Raramente a comissão ela
tem os guts para recusar e nesses casos ou vê mal a questão ou um braço de ferro.
Muitas vezes a UE recorre à soft law, as “recomendações” que fazem muita coisa. Outra coisa
são as comunicações que são atos atípicos e não são vinculativas (ex.: condições de acesso à
justiça em direito ambiental, no UK o grande problema no acesso à justiça são as custas
judicias e são caríssimas e haviam processos no TJUE sobre esse problema e pediam custos
justos e em portugal era o moro brutal dos nossos tribunais e acontecia isso levando muitos
anos a percorrer o processo judicial, na Alemanha temos o problema da legitimidade
processual e o parlamento defendia que o acesso à justiça tem que ser facilitado pelas várias
dificuldades dos países. Era dificil dirigir algo que se adaptasse a tudo mas faz uma
comunicação sobre toda a jurisprudência sobre as queixas dos cidadãos sobre os tribunais dos
países e dizem “atenção que o tribunal já disse isto, e que tem que ter custos justos, tempo
melhor” e um cidadão já pode invocar isto como dizer que dizem que é irrazoável que demora
3 anos para uma decisão, etc.
Isto para dizer que mesmo quando a comissão europeia responde ao parlamento não precisa
de ser algo legislativo mas um ato de recomendação, comunicação, etc.
Artigo 294.o (ex-artigo 251.o TCE) 1. Sempre que nos Tratados se remeta para o processo
legislativo ordinário para a adoção de um ato, aplicar-se-á o processo a seguir enunciado.
7. Se, no prazo de três meses após essa transmissão, o Parlamento Europeu: a) Aprovar a
posição do Conselho em primeira leitura ou não se tiver pronunciado, considera-se que o ato
em questão foi adotado com a formulação correspondente à posição do Conselho;
b) Rejeitar a posição do Conselho em primeira leitura, por maioria dos membros que o
compõem, considera-se que o ato proposto não foi adotado;
c) Propuser emendas à posição do Conselho em primeira leitura, por maioria dos membros
que o compõem, o texto assim alterado é transmitido ao Conselho e à Comissão, que emite
parecer sobre essas emendas.
8. Se, no prazo de três meses após a receção das emendas do Parlamento Europeu, o
Conselho, deliberando por maioria qualificada: a) Aprovar todas essas emendas, considera-se
que o ato em questão foi adotado;
b) Não aprovar todas as emendas, o Presidente do Conselho, de acordo com o Presidente do
Parlamento Europeu, convoca o Comité de Conciliação no prazo de seis semanas.
11. A Comissão participa nos trabalhos do Comité de Conciliação e toma todas as iniciativas
necessárias para promover uma aproximação das posições do Parlamento Europeu e do
Conselho.
12. Se, no prazo de seis semanas após ter sido convocado, o Comité de Conciliação não
aprovar um projeto comum, considera-se que o ato proposto não foi adotado. Terceira leitura
13. Se, no mesmo prazo, o Comité de Conciliação aprovar um projeto comum, o Parlamento
Europeu e o Conselho disporão cada um de um prazo de seis semanas a contar dessa
aprovação, para adotar o ato em causa de acordo com o projeto comum. O Parlamento
Europeu delibera por maioria dos votos expressos e o Conselho por maioria qualificada. Caso
contrário considera-se que o ato proposto não foi adotado.
14. Os prazos de três meses e de seis semanas a que se refere o presente artigo são
prorrogados, respetivamente, por um mês e por duas semanas, no máximo, por iniciativa do
Parlamento Europeu ou do Conselho. Disposições específicas
15. Sempre que, nos casos previstos nos Tratados, um ato legislativo seja submetido ao
processo legislativo ordinário por iniciativa de um grupo de Estados-Membros, por
recomendação do Banco Central Europeu ou a pedido do Tribunal de Justiça, não são
aplicáveis o n.o 2, o segundo período do n.o 6 e o n.o 9. Nesses casos, o Parlamento Europeu e
o Conselho transmitem à Comissão o projeto de ato, bem como as respetivas posições em
primeira e em segunda leituras. O Parlamento Europeu ou o Conselho podem, em qualquer
fase do processo, solicitar o parecer da Comissão, podendo esta igualmente emitir parecer por
iniciativa própria. Pode ainda, se o considerar necessário, participar no Comité de Conciliação,
nos termos do n.o 11.
Consulta - Depois temos o processo de integração de lacunas e está previsto no artigo 352 e
vem pouco alterado do tratado de roma. Quem intervém nos procedimentos são as 3
instituições do costume mas mediante aprovação do conselho europeu, proposta da comissão
e consulta do parlamento e isto é exceção
O parlamento controla os outros mais sobre atuações de inquérito (ex.: Sobre atuação de
inquérito) É uma característica típica de parlamentos e o europeu pode fazer o mesmo.
O parlamento europeu tem relações diretas com os cidadãos até porque podemos organizar
petições ao parlamento europeu que depois podem ser levadas a plenário e levar a atos no
espaço europeu. (artigo 227).
Por fim, e isto foi uma conquista da cidadania com vista à integração da união europeia. A
união europeia desde que foi vista como CEE por falta de democracia interna e o défice desta
tem sido um chavão desde o início e tem atuado para demonstrar o contrário como votação
direta, permissão por um inquérito, e projetos europeus pelos cidadãos. Ex.: Vamos ter um
projeto iniciado pela Doutora Dulce Lopes onde estudantes vão em Erasmus Plus para
treinarmos estas iniciativas de cidadania.
A UE tem se esforçado para ultrapassar estas críticas e uma delas foi a criação do provedor de
justiça (artigo 228). Dizem que se os cidadãos acham que há pouca democracia no
procedimento das instituições e querem mais controlo sobre o funcionamento vão criar um
órgão chamado provedor de justiça que tem competência de fiscalizar as violações de direito
europeu pelas instituições. É um órgão de controlo das próprias instituições que funciona
como um órgão auxiliar que age sobre as queixas de cidadãos perante uma falta de
cumprimento do direito europeu pelas instituições europeus. O provedor de justiça está lá
para receber queixas de pessoas que entendam que o direito europeu está a ser aplicado de
forma errada. O provedor não tem poder para condenar ou julgar as instituições mas podem
fazer relatórios fundamentados sobre a situação e asumem como uma censura própria.
O antigo recebia queixas da provedoria porque demorava muito e agora esta é mais rápida.
Provedpr de justiça está relacionado com o parlamento europeu porque é eleito pelo
parlamento (artigo 228) e é eleito após cada eleição do parlamento europeu e pode ser
recondicionado para mandatar de novo.
Condições do provedor:
O cidadão pode decidir se a queixa é anónima ou não, etc. e há um formulário específico, etc.
Carta dos direitos fundamentais da UE – é derivado mas houve uma discussão sobre isto e o
seu valor
TFUE
TUE
DUE
Vamos ver que os mesmo órgãos podem surgir com várias funções
Ex.: Parlamento Europeu pode ser de direção política, direção, decisão e execução e de
controlo. Quando fazemso a distinção de diferentes tipos de órgãos vamos ver que temos
órgãos com várias e diferentes funções.
Artigo 15 TUE
Há uma discussão para ver se as várias composições do conselho europeu e o conselho toucor
são uma organização ou várias. A doutrina geral é que são instituições diferentes e a distinção
é importante entre o conselho europeu, conselho toucor e o conselho da europa.
Conselho da europa é uma organização internacional diferente da UE e nada tem a haver com
tal e tem a sua sede em estrasburgo na frança, tem 54 ou 52 estados membros e tem uma
abrangência muito maior. Não é uma organização de integração mas funciona com funções ao
nível de direitos fundamentais e não tem muitas competências além disso. O conselho da
europa não nos interessa nada porque estudamos direito comunitário.
No conselho europeu até além dos chefes também há o direito próprio de presença por outras
entidades que vão ser ditas na próxima aula.
Origem:
-Conselho Europeu:
Cimeiras
Sem instituições
Sem regularidade
Conferências diplomáticas de alto nível
1974 Cimeira de Paris, comunicado final
1986 AuE Conselho Europeu
1992 TUE Conselho Europeu
Nasceu das reuniões que se iam celebrando onde as cimeiras não eram ao nível dos ministros
mas sim de um mais alto nível como os chefes de estado ou governo. Vemos mais tarde que
decisões que são em conjunto entre o conselho da CEE e os chefes de estado. Havia essa
aproximação além das cimeiras semestrais mas também com estes atos que se formam com
ajuda dos chefes de estado.
Com o ato único europeu já houve esse reconhecimento do Conselho Europeu mas ainda não
como instituição e daí surge perguntas.
Foi confirmado depois no artigo 13 do TUE onde este já aparece. Com o tratado de Lisboa
evolve para um órgão que participa e pratica nos atos legislativos (ex.: Recurso de anulação do
artigo 263 do TFUE onde refere o Conselho Europeu),
Antes disto só praticava atos políticos sendo os principais só as conclusões (no final do
semestre quando reunia proferia as conclusões do conselho (o consenso político que se tinha
formado entre os representantes do estado).
Agora já faz parte de atos legislativos, etc. e portanto já está sobre a tutela do tribunal.
No artigo 265 temos o outro verso da moeda do recurso de anulação onde temos a ação por
omissão do TJ e isso mostra que o Conselho Europeu é uma instituição de pleno direito na UE.
Antes do tratado de Lisboa defendiam que o Europeu e o Toucor era praticamente a mesma
coisa mas com o tratado de Lisboa disseram que no Europeu entram pessoas que não entram
no Toucor como o presidente do consleho europeu e o presidente da comissão. O presidente
da comissão é membro igual dos chefes de estado fazendo 28 membros,
No conselho toucor são os ministros que reunem à porta fechada sem comissão
O conselho europeu tem competência de representação externa e portanto é com este que
devem falar e não com a presidente do parlamento europeu, A comissão europeia é que tem a
competência de negociar tratados mas é o parlamento que diz o que se vai defender em nome
da UE. É uma dicotomia difícil de interpretar mas deve ser utilizada como deve ser.
Há casos no tratado que exigem que o conselho europeu que vote mesmo e que se reúne uma
maioria simples no que toca o processo de revisão de tratados ou quanto ao funcionamento
do conselho. (metade+1) sem ponderação de votos com pesos diferentes dependendo do país
como no conselho de ministros/da UE.
Noutros casos excecionais pode operar por maioria qualificada e noutros unâmidade.
-Conselho Europeu é a principal instituição de direção política (art. 15 TUE). Saber posições ao
nível política e aqui é decidido. (Artigo 22, TUE). Isto é definido consensualmente.
-Competência de política externa e segurança comum (PESC) – artigo 26. E tem o maior poder
quanto a isso.
O espaço de liberdade, segurança e justiça (outro dos pilares fracos junto da PESC da UE –
adicionado no tratado de roma no TFUE)
A mesma coisa em matéria de cooperação judiciário em matérial penal sobre essa instância de
recurso.
Ainda nas funções do conselho europeu vamos ver que é precisamento o Conselho europeu
votande mediante unâmidade pode avaliar uam violação persistente e grave de um estado
membro dos valores essenciais ditados no artigo 2. O procedimento de declaração de uma
violação grave de um estado membro é o nome do processo.
-etc.
Artigo 48 TUE – processo de revisão dos tratados por parte do conselho europeu. Iniciativa de
revisão e de um estado membro, comissão ou parlamento. O procedimento vamos estudar
mais tarde mas coenvolve todas as instituiçõe
Há o processo de revisão ordinário ou simplificada.
O conselho europeu pode alterar em nome de porcesso de revisão ordinário algumas coisas no
tratado (sirúrgicas) mas tem de consultar várias outras instituições como a comissão,
parlamento e eventualmente TC.
No que diz respeito à retirada da UE (artigo 50)- o conselho europeu é quem é notificado dessa
intenção. (este artigo surge para tirar algum vapor para acalmar os ânimos daqueles anti
constituição – quando foi escrito ninguém acreditava que fosse ser utilizado).
O papel do conselho europeu faz-se sentir na análise e avaliação periódica das ameaças
terroristas que se façam sentir na UE. (artigo 222). Cabe a este ver quais são as ameaças que
devem ser prioritárias.
Relação do conselho europeu com outras.
-Articula-se com o consleho tocour porque é este que adota as formaças do conselho de
ministros (diz que existe conselho de ministros da agricultura, etc.) e são definidas por este.
É o tal órgão que é composto por um representante de cada estado membro ao nível ministral.
Quais ministros integram o conselho da UE? Dependo do tema em ordem do dia na reunião.
(artigo 16). Senão houver ministro para a temática específica pode enviar um ministro quase lá
ou das relações externas em último caso.
Não têm membros fixos e não sabemos quem são porque os ministros podem variar e não
sabemos exatamente quem está no governo. Podem haver mudanças ministrais nos governos,
queda deles, etc.
Faz com que o órgão de funcionamento seja incoerente de alguma forma por essa variação de
membros. Os tratados tem desenvolvendo estratégicas para ajudar nessa coerência (ex.: hoje
decidem uma coisa nos transportes, e depois vêm os dos ambientes a dizer que não podem
construir mais transportes por causa do ambiente e é o suficiente). Se este tipo de incoerência
existisse sempre era grave e vamos ver como se assegura essa coerência.
Coerência
1º esta coerência foi reconhecida e proclamada como problema em 2001 num livro branco
publicado pela UE. (remissão para a página 11 dele)
Claro que esta incoerência se sente mais ao nível do conselho da UE do que na atuação global
da UE porque é adotada normalmente sobre consenso das instituições e já evita incoerência.
Isto é para agilizar no CUE e o funcionamento geral da UE e vai en passant pelo tratado,
O conselho tem um ministro por cada estado membro e é por maioria qualificada e cada
ministro tem um número x de votos e esses votos depende do peso relativo de cada país ex.:
Artigo 16/8 – as reuniões do conselho são públicas quando se discutem atos legislativos
Comepetências:
-Outras
Agora vamos passar para a comissão europeia...
Agora vamos com órgãos de direção, execução, outra e coisa e também de controlo
A comissão atualmente é composto por 1 membro (comissário) de cada estado. Não são
representantes porque não representam o estado sendo estes os ministros.
Artigo 17/5 – diz-se que a partir de 2014 a comissão seria constituida por um número de
membros inferior ao número de estado (1/3 do número dos estado)?
Na realidade foi mantida a compisão de 1 por cada estado e este prazo foi prorrogado e não
sabemos quando ou se mudar a composição da comissão. Talvez há medida que a união
europeia expanda ter quase 50 comissários seria difícil fazer funcionar um órgão ágil que é a
comissão. Dizem também que esta correspondência entre o número de comissário e os
estados não é importante porque não representa os interesses dos estados nem dos cidadãos
mas sim os da UE e em teoria seria indiferente termos 27 comissário e termos 5, 10 ou 15
comissários.
Na teoria é assim mas na prática é óbvio que os estado não gostam e não gostariam de perder
o seu comissário, seria um desonra. Apesar de ser previsto para 2014 este decisão tem-se
arrastado. Esta correspondência entre número de estado e comissário não é algo equívoco
porque em certa altura acordaram que alguns estados teriam 1 comissário e outros 2 então
eram 20 comissários para 15 estados membros (a Alemanha, Reino Unido, França, Espanha e
outra tinham 2 – os países grandes). Com a entrada do leste não fazia sentido e o grande
número de comissários levou a esta consideração de diminuição tendo em conta
representatividade geográfica e demográfica sempre com rotatividade (de cada região
europeia e dos países grandes e pequenos).
Isto era um tema possível de desenvolver mas vamos fazer referência aquilo que os autores
chamam o “Mito de Independência da UE”.
Na teoria a Comissão não tem que se subjugar ao parlamento no que diz respeito aos
interesses da união, nem ao conselho europeu. A comissão europeia é sempre independente e
tem sempre que defender os interesses da Ue.
Há quem diga que isto é um mito e quando dividem os pelouros entre os comissários é-lhes
dado o que lhes mais interessa e os países com menos poder negocial vão ficando com os
restos (ex.: interessa à frança a agricultura e fica com esse, a alemanha a economia, etc. e este
ano até que ficámos com uma coisa que nos interessa que é a coesão regional).
Dizem que é um mito mas de facto as ações refletem que de facto não se submete aos
interesses do estado e seguem os próprios. No tratado até nos fala melhor disso;
-Estatuto dos comissários (artigo 17/3 do TUE) onde pedem independência precisamente. Os
comissários são escolhidos em função do resultado das eleições para o parlamento europeu (a
composição de comissão deve seguir essa visão política).
Exerce as funções como total independência (ainda no artigo 17/3), etc.
Artigo 245 – abstêm-se de praticar cargos além das suas funções (em empresas, outras coisas
no geral). Além do mandato, compremetem-se a respeitar os deveres incorrentes do cargo
durante e após as funções. Prometem isso quando assumem o cargo.
Se não respeitar perde os direitos de pensão vitalícia de comissário se (ex.: assumir um cargo
como consultor numa empresa onde tomou decisão a favor). Se o fizer durante o cargo pode
ser demitido.
Organização da comissão:
-Presidente
-Restantes membros
Escolha e manutenção
Organização e funcionamento
Outras coisas
Se a comissão europeia exerce mal as suas funções pode haver uma moção de censura que
permite essa demissão (normalmente seriam 5 anos). Votada pelo PE. Já houve ameaças mas
nunca realizadas dessa destituição.
Pode haver demissão individual também por iniciativa do presidente da comissão europeia.
Quando a presidente assimui o cargo definiu esta e propôs um pacto ecológico europeu, uma
economia ao serviço das pessoas, uma europa preparada para a era digital, proteger o modo
de vida europeu,
Natureza da comissão
Órgão colegial
Órgão não governamental (ao contrário dos outros tirando aqueles individuais)
Órgão de indivíduos (não representam ninguém nem nada apenas os interessas da UE)
Não sabemos no que é que os comissários votam aqui ao contrário do PE onde sabemos no
que eles votam e o mesmo do CUE sobre os atos legislativos sendo estas transparentes.
A comissão europeia não é transparente para proteger os próprios comissários e para grantir
que a sua atuação seja transparente. Este sigilo é mais uma forma de garantir a independência
da comissão europeia.
Competências
No âmbito da PESC
o Através do ARUNEPS executa esta
o Nos tratados tem que ser consutaldo antes do processo de revisão ou de
adesão
Nas restantes matérias
o Promover o tal interesse Europeu e dizer o que é relevante para a UE em cada
momento. Antes da tomada de posse perante o PE e tem que ser ouvida e os
seus objetivos políticos
o Para nós juristas os dois papeis mais importantes são (Direito de iniciativa
legislativa e o papel de guardiã dos tratados (expressão de europlata)
Tem o poder de instaurar ações de incumprimento contra um estado no TJ tendo um
monopólio desta iniciativa – artigo 258.
Recurso de anulação – quando as instituições adotam atos ilegal podem recorrer ao TJ mas isto
não é exclusivo e quase todos podem tomar isso não sendo exclusivo como o de cima.
Competências para fiscalizar na prática o respeito pelo DUE porque quaisquer operadores
económicos.
Auxílios de Estado (artigo 108) - Fiscaliza as intervenções dos estado na economia (se derem
subsídio, abatimentos fiscais, etc.)
Agora passamos aos órgãos exclusivamente de controlo e não misto que é o TJUE.
Características;
Não hierárquica (nas relações com tribunais nacionais) – não há recurso judicial das
decisões dos tribunais nacionais para a UE- é estranho tendo em conta o princípio da
primazia... Ainda assim um tribunal pode perguntar ao TJUE como se interpreta certa
norma europeia e aí está vinculado à explicação do TIJUE ou quando questiona a
validade da norma (chamado reenvio judicial).
Quais são os tribunais europeus que integram que integram o sistema jurisdicional da UE?
Justiça como direito fundamental dos cidadãos da UE – toda gente tem o direito a aceder aos
tribunais e está dito na carta dos direitos fundamentais dos cidadãos da UE mas a verdade é
que não é bem assim seja pelo custo elevado, etc.
TJUE – história
Atualmente
Mas nem sempre é assim porque se é uma ação contra um estado o TIJUE é a primeira
instância. O TIJUE é a segunda instância mas às vezes é a primeira e última instância quando se
recorrer a este.
TJUE – funções
Natureza – TJUE
Sede- Luxemburgo
Composição do TJUE (pelo menos 28 juízes)
TUE – artigo 19
São escolhidos da sua competência e não da sua experiência de juíz ao nível nacional
Nos artigos que lemos dizia juízes e advogados gerais... O que são?
Advogado- geral (artigo 252 do TFUE) é uma magistrado que tem como funções apresentar
conclusões fundamentados
Ratio
Com este regime do segredo do sentido de voto como garantimos o saudável vincenço na
garantia do direito. Senão sabemos o sentido de voto ou se a deicsão de voto passou à
rasquinha ou totalmente e como sabemos se a opinião mudou um pouco ou não. Para mostrar
as diferentes interpertações temos o advogado- geral que analisa as questões apresentadas ao
TJ e faz quase um acórdão onde diz que pensando tal e tal pensa que x é a decisão mais
adequada e é publicado em conjunto com o acórdão e comparando ambos podemos ver se a
opinião é diferente ou não da interpretação do advogado geral.
Organização do TJUE
Funciona em secções
Grande secção (3 ou 9)
Além dos dois grandes comités há muitos. Estes dois representam os valores sociais,
económicos e regionais mas só têm funcionar fazer pareceres e emiti-los e serem consultados
senão me engano.
Easte é o nosso prato forte. Apesar de o estudo institucional ser importante o que mexe mais
com a nossa vida é o estudo do ordenamento jurídico da UE.
-Fonte consuetudinária
-(AJU) – atos jurídicos unilaterais – atos praticados pela OI unilateralmente – são fontes de
direito mas não estão elencados no estauto do TIJ sobre as fontes de direito e por isso estão
em parênteses.
-PGD)
-Jurisprudência
-Doutrina
-...
-Fonte consuetudinária
-(AJU)
-PGD)
-Jurisprudência
-Doutrina
-...
As fontes de DUE são as mesmas de DIP mas vamo-nos focar, por ser maioritária na UE:
-a fonte convencional
-Tratados institutivos
-Tratados de adesão
-Protocolos anexos
Tratados constitutivos – são aqueles que deram origem (donde nasceu) a UE, a CE, a Euratom e
claro também a CECA. Esses tratados (artigo do tratado de Roma que criou a CEE) e segue
determinado procedimento para a sua entrada em vigor.
TFUE= outro
Normas constitucionais – no nosso caso, artigo 8º. Há outras normas constitucionais que têm
as suas exigências em relação à DUE mas em portugal basta que o tratado seja ratificado e
aprovado na ordem interna para que seja inteirado no nosso ordenamento jurídico.
Nos termos do artigo 164º da CRP, sendo um tratado de participação numa organização
internacional, é preciso aprovação da AR. Noutros estados exige a realização de um referendo.
Em portugal é permitido mas não é obrigatório.
Tratados de adesão
tratados que por força dos quais certos estados passam a ser membros em pleno direito de tal
organização internacional.
Dos vários atos de adesão aquele que nos mais interessa é o de portugal – o tratado de Lisboa
– não o de 2009 mas o outro anterior que é o de 1985 que permitiu a adesão de Portugal e de
Espanha à UE.
A adesão dos estados exige mudanças nos tratados, ex.: nº de representantes nos conselhos,
etc. Tem de haver ajustamentos organizacionais e por isso não é algo simples e tem que haver
um renegociação na organização interna da UE.
Além de repensar a organização institucional é necessário também ver como é que todo o
direito europeu se vai aplciar no ordenamento jurídico do novo estado. Para um estado que já
está na UE e que aprovou os atos, regras e nos tratados e outro é um que entra e tem que
adequar milhares de atos jurídicos ao ordenamento jurídico.
Óbvio que isto é mais difícil para os estados abaixo da média europeia, etc. Mas para outras
mais fácil como os nórdicos que estavam acima da média e para outros porque se prepararam
(ex.: Polónia) que tinha observadores na UE e adaptavam o ordenamento jurídico às mudanças
europeias.
Em Portugal tivemos problemas com a liberdade de circulação dos trabalhadores, etc. Até
problemas vindo dos outros países.
Na altura ainda haviam as 3 comunidades entam na altura aderimos à CEE, CECA e Euratom.
-Valores do artigo 2º
Quando a UE percebeu que votavam favoralmente atos de direito europeu que depois não
eram depois incorporados eficazmente nacionalmente então a UE veio com o conceito de
Cooperação Administrativa e isto é direito originário agora.
Tratado de Lisboa (artigo 197) – era algo que não era garantido e até para a Suécia que é
insuspeito tinha processos por não conseguirem acompanhar o direito europeu porque diziam
que não tinham pessoas suficientes e agora já não há desculpas para esta lacuna.
O Estado requerente dirige o seu pedido ao Conselho, que se pronuncia por unanimidade,
após ter consultado a Comissão e após aprovação do Parlamento Europeu, que se pronunciará
por maioria dos membros que o compõem.
Esse acordo será submetido à ratificação de todos os estados contratantes, de acordo com as
respetivas normas constitucionais.
Quanto à retirada da UE – artigo 50 do TUE
-Os estados podem ser suspensos dos seus direitos (TUE – artigo 7) – a suspensão dos direitos
de um estado membro se houver um risco manifesto de violação grave dos valores referidos
no artigo 2 (se se verificar isto na Polónia pode acontecer alguma coisa) – normalmente seriam
os direitos financeiros suspensos.
Tratados de revisão
-O primeiro grande foi o grande tratado de revisão de 1975 – fundiu os parlamentos das 3
instituições.
-Tratado de Maastricht
-Tratado de Amesterdão (quase que se chama Lisboa porque não o negociamos a tempo)
-Tratado de Nice
-Tratado de Lisboa
-Temos vários e segundo o TUE artigo 51 têm a mesma força dos tratados.
Temos vários e vamos estudar alguns (e vão ser o nº1 no processo legislativo ordinário; nº2
relativo aos princípios da subsidariedade e proporcionalidade)
Temos também acordos que são também direito originário e estão previstos no próprio
tratado (artigo 341 do TFUE) “ A sede das instituições da União será fixada, de comum acordo,
pelos Governos dos Estados-membros”
É direito originário porque é vontade dos estados membros mas que de certa forma decorre
do direito dos tratados.
-Força jurídica
-Integração de lacunas
-Revisão
Força jurídica – quando pensamos no dirieto originário pensamos que tem de se relacionar
externamento com o direito dos estados membros e internamente com o derivado.
Na relação com o direito dos estados membros vemos que há condições para a entrada deste
direito num estado. O estado permite a prevenção preventiva da constitucionalidade do
direito da UE mas entrando em vigor é diferente e já há o princípio da primazia e aí caso haja
dúvidas sobre uma norma de um tratado da UE estas têm qeu ser sanadas no TJUE.
No plano externo é esta que depende do direito constitucional dos estados para entrar em
vigor mas entrando ganha força.
-É fundamento e fronteira limite para o direito derivado. (tem que haaver uma base jurídica
para as instituições adotarem e emitirem diretivas e estas têm que ser baseadas) – ~
Nessas medidas o direito originário é condição de validade para o direito derivadov – coisa que
não acontece nas relações entre o direito europeu e o nacional. Uma norma nacional que
contrarie o direito europeu não é nula ou anulável mas é ineficaz no caso concreto e tem que
ser revogada por quem a produziu e não por essa contrariedade.
Portanto num caso o direito originário é condição de validade para o direito derivado e pelo
contrário num conflito entre normas nacionais e europeu o europeu prevalece pelo princípio
de primazia mas isso não implica a nulidade ou anulabilidade da norma nacional.
(ex.: Uma diretiva europeia que decide que o limite máximo dentro das localidades é de 30
km/h e depois o direito nacional diz 50 km/h – aqui aplica-se os 30 mas o 50 só fica ineficaz no
caso)
TUE – artigo 13 – 2. Cada instituição atua dentro dos limites das atribuições que lhe são
conferidads pelos tratados de acordo com os procedimentos e tal (a União Europeia só tem as
competências que lhe foram atribuídas pelos estados (tratados) e portanto têm que limitar o
direito derivado conforme o originário que são produto da vontade do estado.
E por isso vamos ver que em sede de revisão de tratados pode-se reduzir o âmbito de
competências da UE ou ampliar os mesmos. A UE atua dentro do limite das competências que
os estados lhe atribuirem.
Por outro lado vamos ver que os tratados definem qual a forma de atuação que deve ser
tomada e os procedimentos. As políticas normalmente definem o procedimento mas há
políticas onde diz que as instituições não têm um procedimento definido e para isso existe o
artigo 296º do TFUE – diz que devem seguir o princípio da proporcionalidade, etc.
In dubio de qual procedimento aplicar (diretivas e regulamentos, etc.) deve-se aprovar uma
diretiva (que é mais leve na exigência) e não um regulamento (que é mais exigente). Há certas
políticas com muitos regulamentos que é a PAC e da pesca porque nestes casos houve uma
completa transferência de competências à UE.
Atribui ao TJUE para fiscalizar a legalidade dos atos legislativos, dos atos do Conselho, da
Comissão e do BCE que não sejam recomendações ou pareceres, etc...
Quando estudamos os tratados percebemos como é que no DUE se integram lacunas. Neste
aspeto o DIP é diferente do DUE porque este não reconhece lacunas e os estados só se
vinculam por aquilo que quiserem (ex.: Acordo de Gasglow – não podemos dizer que há uma
lacuna porque não referem coisas referentes ao transporte aeronáutico) – não podemos
presumir a vontade dos estados.
No DUE, com o princípio de supranacionalidade e quase um estado federal admite a existência
de lacunas e usa 3 técnicas de integração destas. Primeiro vamos ver os limites de integração
de lacunas:
-Só podemos integrar lacunas dentro das competências da UE, a UE não pode integrar lacunas
sobre competências que não lhe são atribuidas (ex.: até ao tratado de lisboa não podia se
versar sobre política energética então não podia integrar qualquer lacuna). E portanto remete-
nos para o estado de categorias de competência da UE:
-Unidade de sentido dos tratados (via jurisprudencial) – isto começou no TJ e daí o nome.
Isto começou na relação entre os dois tratados de Roma. Neste dois não havia regras de
liberdade de circulação dos trabalhadores mas era óbvio que sim, essas regras não estão
nesses tratados mas estão no tratados criador da CEE e portanto há uma unidade de
normas entre tratados. A liberdade de circulação de trabalhadores aplicava-se a todos
incluindo os trabalhadores do setor da energia atómico e os do carvão e do aço.
Unidade de sentido:
Tratados gerais
Tratados especiais
-Princípios das competências implícitas (via doutrinal) – foi a doutrina que criou este – a
questão colocou-se- A Ue tem competências ao nível interno variadíssimos e será que tem
competências também para celebrar tratados sobre essas mesmas matérias no plano
internacional? Não há nenhum artigo específico que defenda isso no entanto há uma
norma genérica que diz que pode celebrar acordos se estiver precisto num ato legislativo
da União e a lacuna vem dizendo que mesmo não estando num ato legislativo. Se tem
competências internas admite-se que também as tem internacionais (artigo 3/2 TFUE).
Como se fazem esses acordos internacionais (artigo 218, 219, 217) – é o conselho que
delimita a matéria do acordo e depois a comissão vai e representa, etc.)
-Via normativa de integração de lacunas (artigo 352 do TFUE) – esta é uma das matérias
mais complicadas diz a professora. – Lacuna que ocorre alguma vez nos tratados e algumas
vezes nos artigos referentes às diferentes políticas dos tratados vamos ver que em alguns
não se diz qual o procedimento aplicável (que é o conselho que delibera após consulta ao
parlamento, etc.) e quando não se diz pode eventualmente seguir o procedimento dito no
artigo 352 e é complexo até porque existe o consenso institucional.
352º diz:
1. Se uma aão da união for considerada necessária, no quadro das políticas definidas
pelos tratados, para atingir um dos objetivos estabelecidaos pelos tratados, sem
que estes tenham previsto os poderes de açãp necessários para o efeito, o
conselho, deliberando pro unanimidade, sob proposta da Comissão e após
aprovação do Parlamento Europeu, adoptará as disposições adequadas.
2. Quando as disposições em questão sejam adotadas pelo Consleho de acorod com
um processo legislativo especial, o Cosnleho delibera igauldad epro unanimidade,
sob proposta da Comissão e após consulta ao Parlamento Europeu
O TJUE já aprovou diretivas que foi adotada pelo mecanismo de integração de lacunas do
artigo 352 porque defendia a intencionalidade nuclear do tratado.
No tratado temos uma declaração anexa 42 relativo ao artigo 352 para evitar que as
instituições vão além daquilo que é a vontade do estado.
Na declaração anexa nº41 fala dos objetivos da UE e o facto de termos de cumprir e são
falados destes no artigo 3 do TUE. Temos que estar cientes que quando se faz referência aos
objetivos da união aqui neste 41 é quanto ao artigo 3 do TUE
Nestas competências não há forma de harmonizar a coisa porque tudo depende das situações
nacionais
TFUE 352
Sempre que se pertenda utilizar o artigo 352 não pode levar a decisão até ao fim sem
se terem ouvidos os parlamentos nacionais e algures no meio do procedimento os
parlamentos têm de ser ouvidos e é permitido ouvir a opinião destes.
Existe mais um protocolo anexo especificamente sobre o papel dos parlamentos nacionais
na UE e sobre o papel destes e a intenção destes deverem ter a oportunidade de dizer
mais durante o processo europeu sobretudo quando está em causa a integração de
lacunas.
Agora ainda dentro da relação do direito originário com o derivado falamos agora do
processo de revisão dos tratados.
Há um membro que vem de Lisboa qu ediz que decorridade um prazo de dois anos a
contar da data de assinatura de um Tratado que altera os Tratado, quatro quintos dos
Estados Membros o tiverem ratificado e um ou mias Estados-membros tiverem deparado
com dificuldades em proceder a essa ratificação, o conselho Europeu analisa a questão. –
isto veio em resposta à falha da constituição europeia porque esteve nesse limbo e deve
ser evitado.
Este artigo 48 é novo e havia quem dissesse que a UE não podia retrodecer e não pode
perder competências que já assumiu e depois da falha da constituição europeia disseram
que pode sim senhor e isso diz a segunda parte do 48 a dizer que se realmente os estados
se sentirem desconfortáveis os estados podem voltar a trás e tirar as competências tanto
como as dam.
Está previsto que podem haver procedimentos mais simples para alterar certas coisas dos
tratados da união. São revisões cirúrgicas dos tratados. Não há aquelas obrigação da
convenção e é ao nível apenas institucional e europeu.~
Ainda assim tem de haver controlo dos parlamentos nacionais que são sempre notificados
Agora último ponto do Direito Originário – relação com outros tratados – além dos
tratados europeus os países têm outros tratados com outros países no âmbito do direito
internacional e querem manter essas relações priveligiados e muitas vezes são
incompatíveis com medidas da UE (ex.: commonwealth onde não havia impostos
aduaneiros entre AU e UK e a UE não aceita isso). Temos que conciliar os tratados
europeus com os dos países.
Como se concilia
Ex.: Benelux – esse acordo não conflitua com os europeus até porque foi um embrião da
organização.
Artigo 8.º
Direito internacional
1. As normas e os princípios de direito internacional geral ou comum fazem parte integrante
do direito português.
2. As normas constantes de convenções internacionais regularmente ratificadas ou aprovadas
vigoram na ordem interna após a sua publicação oficial e enquanto vincularem
internacionalmente o Estado Português.
3. As normas emanadas dos órgãos competentes das organizações internacionais de que
Portugal seja parte vigoram diretamente na ordem interna, desde que tal se encontre
estabelecido nos respetivos tratados constitutivos.
4. As disposições dos tratados que regem a União Europeia e as normas emanadas das suas
instituições, no exercício das respetivas competências, são aplicáveis na ordem interna, nos
termos definidos pelo direito da União, com respeito pelos princípios fundamentais do Estado
de direito democrático.
Quando no acórdão costa enel to TJ vem dizer que o direito da UE primava sobre o direito
nacional referia-se a qualquer fonte do DUE e portanto o princípio do primado aplica-se
também ao derivado. Para poderem existir ao mesmo tempo neste artigo 8 diz como este
direito derivado se aplica e vigora internamente e vemos essa resposta no nº3 do artigo 8 da
CRP. UE e Euratom.
A estatuição do artigo 8 diz que vigoram estas normas desde que estabelecido nos tratados
originários e isso está lá.
Na CRP artigo 112, no nº4, é previsto também o direito derivado. No caso da UE temos um
artigo com um conteúdo parecido ao 112 quew é o artigo 288 do TFUE.
Neste artigo 288 encontramos um elenco de atos normativos ao qual chamamos típicos
porque estão expressamente previstos nos tratados como formas normais das instituição e
órgãos da UE atuarem e são estas a adoção de: regulamentos, diretivas, decisões,
recomendações e pareceres.
por estas razão fazemos distinção entre atos típicos e atos atípicos. Apesar de termos esta lista
no 288 não quer dizer que não haja outra forma de atuação. Os atípicos ainda têm a sua força
jurídica e contribuem para o funcionamento da UE, e fazem parte do direito derivado.
Vamos ver como estes atípicos até estão previstos no tratado e vamos ver alguns exemplos de
atos atípicos primeiramente enlistando-os:
Propostas (este e o abaixo são atos internos e preparatórios de outros atos e por isso
têm uma força jurídica menor e meramente interna)
Projetos
Diretrizes (agora diretrizes, relatórios e sobretudo resoluções têm uma força jurídica
maior e externa que não incula apenas dentro da UE e são atos tipicos da organizações
internacionais)
Relatórios
Conclusões
Declarações
Cartas de arquivamento
Resoluções
Comunicações
Etc.
Têm diferença de força jurídica conforme a natureza destes
Exemplo destes::
Vamos então para a matéria – atos atípicos:
Atos atípicos internos – estes atos vinculam apenas os órgãos ou instituições da UE e são:
-Propostas – vemos no artigo 17/2 do TUE:
2. Os atos legislativos da União só podem ser adotados sob proposta da Comissão, salvo
disposição em contrário dos Tratados. Os demais atos são adotados sob proposta da Comissão
nos casos em que os Tratados o determinem.
Portanto a proposta é um ato jurídico praticado pela comissão importante porque marca o
conteúdo da futura diretiva, do futuro regulamento ou decisão mas o que é certo é que
apenas vincula as instituições que estão envolvidas no processo legislativo ordinário – o
parlamento e o conselho.
-Continuando a correr o tratado encontramos projetos – TUE artigo 48º/2:
2. O Governo de qualquer Estado-Membro, o Parlamento Europeu ou a Comissão podem
submeter ao Conselho projetos de revisão dos Tratados. Esses projetos podem,
nomeadamente, ir no sentido de aumentar ou reduzir as competências atribuídas à União
pelos Tratados. Os projetos são enviados pelo Conselho ao Conselho Europeu e notificados aos
Parlamentos nacionais.
Aqui encontramos os projetos de revisão dos tratados que podem vir dos estados-membros
mas também do parlamento ou da comissão europeia e qualquer uma destas 2 instituições
podem apresentar projetos de revisão dos tratados – atos portanto de direito interno sem
vinculalidade interna.
-Encontramos agora as diretrizes que não confundir com diretivas que são atos típicos com
muitas força jurídica e é um ato sui generis, de enorme importãncia no DUE. No artigo
207º/3.§3 (3º parágrafo) vemos:
-As negociações são conduzidas pela Comissão, em consulta com um comité especial
designado pelo Conselho para a assistir nessas funções e no âmbito das diretrizes que o
Conselho lhe possa endereçar. A Comissão apresenta regularmente ao comité especial e ao
Parlamento Europeu um relatório sobre a situação das negociações.
Aqui vemos as diretrizes dirigidas pelo conselho à Comissão Europeia a propósito da
negociação de acordos internacionais em que dissemos que havia várias entidades Iniciar os
acordes mas no âmbito das diretrizes dirigidas pelo conselho que é quem tem o poder de
direção política
Depois encontramos atos que já produzem alguns efeitos externos ao contrário destes que
acabamos de ver e que são os relatórios estão previstos no Tratado. Ao longo do Tratado
inúmeros relatórios alguns dos quais são politicamente extremamente importante é o caso do
relatório anual que Comissão Europeia é obrigada a produzir e apresentar perante o
parlamento europeu recordam-se que a comissão europeia é politicamente responsável
perante o Parlamento Europeu vimos isso no próprio momento da nomeação dos membros da
comissão europeia na possibilidade que o parlamento europeu tem de votar uma moção de
censura destituindo a Comissão Europeia mas enfim há aqui também uma prestação de contas
da comissão europeia ao parlamento e essa prestação é feita a partir de um relatório geral.
(artigo 249 do TFUE –
Artigo 249.o (ex-artigo 212.o e ex-n.o 2 do artigo 218.o TCE)
1. A Comissão estabelece o seu regulamento interno, de forma a garantir o seu próprio
funcionamento e o dos seus serviços. A Comissão assegura a publicação desse regulamento
interno.
2. A Comissão publicará anualmente, pelo menos um mês antes da abertura da sessão do
Parlamento Europeu, um relatório geral sobre as atividades da União.
Neste relatório geral há algumas partes que são até orbigatórios que é o caso da situação
social da UE que deve constar sempre neste relatório – artigo 161º do TFUE-
Outras formas de atos atípicos que não são meramente informativos como os relatórios são as
conclusões ou as declarações em que se transmite a opinião de um determinado órgão ou
instituição da UE sobre uma determinad situação ou facto.
O CE reune anualmente e o ato que pratica no final que pratica no final da reunião são as
conclusões do Conselho Europeu – artigo 148º
2. Com base nas conclusões do Conselho Europeu, o Conselho, sob proposta da Comissão e
após consulta ao Parlamento Europeu, ao Comité Económico e Social, ao Comité das Regiões e
ao Comité do Emprego a que se refere o artigo 150.o , definirá anualmente as orientações que
os Estados- -Membros devem ter em conta nas respetivas políticas de emprego. Essas
orientações deverão ser coerentes com as orientações gerais adotadas em aplicação do n.o 2
do artigo 121.o .
Estas conclusões eram antes o ato típico do conselho europeu mas agora com o tratado de
Lisboa o CE pode também já produzir outros tipos de atos típicos, vinculativos e de natureza
legislativo mas até então eram as decisões o ato jurídico mais importante deste.
No caso das declarações neste caso é o TCUE que tem a competência para apreciar e aprovar
as contas da UE e que emite anualmente a declaração da fiabilidade das contas e a legalidade
ou ilegalidade das operações a que estas contas se referem.
Temos ainda outro ato atípicos que são as cartas de arquivamento –podem afetar
profundamente a vida dos cidadãos e como vimos a comissºao europeia tem a competência de
levar os estados a tribunal por incumprimento do DUE porém antes de instaurar estas ações
em tribunal a CE está obrigada a estabelecer um diálogo com os estados membros para apurar
exatamente as situações que a comissão consideera numa primeira análise violadora do Due
mas após dialógo pode concluir que não se trata de uma violação do DUE e aqui estamos
perante cartas de arquivamento – quando chega a tal conclusão de não violação emite uma
carta de arquivamento.artigo 258:
Se a Comissão considerar que um Estado-Membro não cumpriu qualquer das obrigações que
lhe incumbem por força dos Tratados, formulará um parecer fundamentado sobre o assunto,
após ter dado a esse Estado oportunidade de apresentar as suas observações.
Se o Estado em causa não proceder em conformidade com este parecer no prazo fixado pela
Comissão, esta pode recorrer ao Tribunal de Justiça da União Europeia.
outro exemplo de atos atípicos são as resoluções – esta é a forma normal pela qual as
organizações internacionais funcionam e os ´rogãso competentes destas em regra adotam
resoluções e sendo a UE não exceção podem eventualmente resoluções e temos por exemplo
uma resolução adotada pelo parlamento europeu em 2010. O problema é qual a força jurídica
destas resoluções...
É mais que uma mera recomendação, não é um ato não vinculativo ou recomendatório porém
não é também um regulamento ou diretiva e tem menos força jurídico que um ato típioc e
neste tipo de atos o parlamento europeu profere a sua opinião e emite a sua visão sobre
determinado tema mas a força jurídica não é a mesma que um ato legislativo.
Outro ex.: de resolução do PE é sobre a situação dos ciganos e a livre circulação das pessoas na
UE e exprime a sua opinião da população roma e as carências de proteção destes.
Outro ato são as comunicações – esta forma é habitual embora atípica de autamneto das
instituições europeias – na série C do jornal oficial encontramos um monte destas.ex.:
25.10.2011 sobre o combate e luita contra as drogas.
Outro ex. de 2016 sobre a estratégia espacial da UE.
Aquilo que nos interesse analisar é saber qual a força jurídica dos atos jurídicos atípicos da Ue
e podemos ver que algunas são:
Ou
Atos externos (vinculam os sujeitos de DUE como os estados, pessoas, empresas, etc. e são
mais vinculativos que os internos portanto)
Atos preparatórios (sobretudo os internos são preparatórios de outros atos e têm menos força
que os definitivos –
Ou
Atos definitivos
não podemos definir de forma inequívoca dos atos porque depende logo do tipo de ato que
falamos mas a força jurídica vai depender também do conteúdo do ato atípico e portanto se
falarmos de um ato atípico de matéria exclusiva tem mais força que um de matéria
concorrente ou de coordenação.
Podemos afirmar que o ato atípico tem força variável que depende da forma do ato, do âmbito
do próprio ato (externo, interno, preparatório ou definitivo) e do conteúdo.
Agora dedicamo-nos ao estudo dos atos típicos e é mais importante porque estes atos versam
na matéria de competência da UE e são aqueles que estão previstos na UE para serem
adotados na esmagadora maioria dos casos em que as instituições agem dando
desenviolvimento às várias políticas e ações da UE.
Para nos auxiliar no nosso percurso do estudo dos típico olhamamos para o 288 que tem o
elenco de atos típicos da UE.
Temos:
Regulamentos
Diretivas
Decisões
Recomendações
Pareceres
São 5 tipos de atos cuja força jurídica varia significativamente porque a força jurídica dos 3
primeiros é vinculativa e dos outros 2 é não vinculativa ou seja, não significa que esses não
produzam quaisquer efeitos jurídicos e podem até dar origem à invlaidade do ato jurídica
praticado pelas instituições mas naturalmente pela sua própria naturez anão têm a mesma
força que os outros.
Ainda antes de entrar no estudo de cada ato o que vamos ver é uma proposta que esteve
em vigor enquanto se discutiu a futura Consittuição Europeia e o que estava previsto no
prjeto de tratado constitucional europeu para o elenco de atos normativos típicos da UE
era um avanço muito significativo no ponhto de vista de técnica jurídico.
Isto é, as designações atuais do típicos não correspondem aquilo que no direito interno é
considerado como um ato jurídico com esta designação-
Ex.: Um regulamento no direito interno não é o mesm que uma lei no entanto no atual
DUE podemos dizer que um regulamento europeu tem a mesma força jurídica que uma lei.
Portanto tinhamos interesse que nos ponto de vista do rigor conceputal houvesse uma
evolução dos conceitos e no projeto de constituição foi tentado mas ainda asism interessa-
nos saber historicamente quais as designações previstas no projeto de constituição e
tínhamos no artigo 32 deste projeto.
Referia comos atos jurídicos vinculativos a lei europeia,.
Na definição de lei europeia vimos que não havia diferença nem numa vírgula no que é
atualmente um regulamento europeu,
É nada mais uma redefinição do que hoje chamamos de regulamento,
Também teria havido alterações na designação porque aquilo que chamamos atualmente
diretivas europeias e que até juristas de quadrante extraeuropeus têm dificuldade em
percber o que é um diretiva chamar-se-ia de forma mais lógica uma lei quadro europeia.
Conhecemos este conceito do direito interno e seria muito mais rigoroso do ponto de vista
conceptual.
A verdade é que esta tipologia não entrou em vigor mas temos que nos conformar com as
tipologias que vem já dos primórdios da CEE com o tratado de roma que instituiu em 1957
que estabeleceu a CEE e já falava desta tipologia toda.
Atos jurídicos não vinculativos (comecemos então por falar das recomendações e
pareceres)
Recomendações (artigo 292 do TFUE – refere que o conselho pode adotar recomendações
e portanto não são exclusivas de nenhum órgão mas a comissão e o BCE também as
podem adotar e o artigo é explícito e diz que estas 3 podem adotar recomendações)
Se recuarmos no TFUE (artigo 149) vemos que o PE pode também adotar recomendações e
isto é uma possibilidade que é adotada inúmeras vezes, antes vimos resoluções do PE mas
se procurarmos recomendações encontravamos ainda mais e o PE usa esta forma de atuar
para ultrapassar as dificuldades resultantes do processo legislativo só poder começar
sobre proposta da comissão europeia e quando esta não toma iniciativo o PE adotar
recomendações.
Estes dois têm protanto como função primordial (porque são auxiliares) emitir pareceres e
portanto, mediante solicitação externa, proferir a sua opinião que influenciará o conteúdo de
um ato definitivo e provavelmente típico que vai ser adotado por uma instituição europeia e
portanto as recomendações e pareceres apesar de não serem em regra vinuclativos não
deixam de ter alguma força normativo porque devem existir e ter tidos em consideração
porque senão o fossem não fazia sentido solicitar um parecer mas no caso da recomendação é
outro caso porque sendo por iniciativa própria podem não ser consideradas ou pelo menos
não adotadas em quaisquer atos.
Portanto os pareceres não deixam de ter força jurídica normativa pela influência mas não são
atos jurídicos vinculativos e por isso têm uma força jurídica menor realtivamente aos restantes
atos jurídicso praticados pela UE e que são vinculativos.
Diretiva (processo de “legislação indireta)
A temática que vamos falar hoje é o estudo das diretivas e os seus efeitos diretos e tem uma
grande importância e é matéria que é reincidente no caso prático dos exames finais na ordem
dos 80 e tal %. É uma forma de ultrapassar a inércia dos estados pois estando obrigados a
transpor uma norma para o seu ordenamento interno não o fazem.
isto é continuação do direito derivado da UE.
Este é um ato deste e vimos regulamentos, decisões e agora diretivas.
Decisões era tipo ato administrativo
regulamentos tipo lei da UE
Quanto ás direitvas não há analogia porque não há no direito interno algo parecido tem um
unidade meramente parcial. Os regulamentos são obrigatórios em todos os seus elementos
mas as diretivas não e deixam aos estados uma margem de manobra quanto à forma de
implementar estas obrigações que vêm com esta. As diretivas são a forma de atuação mais
frequente da UE em matérias de competência concorrente e nas políticas desta a política que
sejam de competência exclusiva os atos adotados costumam ser regulamentos mas em
concorrente é em diretiva porque é mais fácil aprovar em parlamento uma diretiva do que um
regulamento. É mais fácil os estados concordarem com as diretivas do que regulamentos.
As diretivas também são mais frequentes porque além de gerarem mais facilmente
consentimento também é mais adaptável às várias realidades dos estados pela liberdade de
forma a alcançar os objetivos que estas diretivas lhes dá.
Outra razão é as diretivas respeitarem o princípio da subsideriedade que diz que a UE atuará
apenas se os objetivos a alcançar não consigam ser alcançados pelos estados membros e é
mais respeitado através das diretivas do que regulamentos.
Estas são as razões da importância das diretivas que é único e não analógico aquilo que existe
no direito interno dos estados. É um ato jurídico sui generis e que se torna fácil fazer aprovar
mas difícil executar pelas diferenças entre estados.
Artigo 288º (olhamos para isto que tem as definições dos atos jurídicos)
Para exercerem as competências da união, as instituições adoptam regulamentos,
diretivas, decisões, recomendações e pareceres
O regulamento tem caráter geral. É obrigatório em todos os seus elementos e
diretamento aplicável em todos os estados membros.
(comparativamento) A diretiva vincula o Estado membro destinatário quanto ao
resultado a alcançar... (isto está no 288)
-Caráter não geral – Destinatários apenas os EM – mas os regulamentos podem ter como
destinatário cidadãos, empresas europeis, organizações, etc. mas as diretivas só podem ser
destinatários os EM. É uma obrigação de atos jurídicos para adotar os objetivos a alcançar das
diretivas e quem tem esse poder é apenas os estados membros.
Agora podem ser indicados individualmente os EM destinatários ou podem ser todos e só
sabemos isso verificando o último artigo da diretiva e só no fim desta diz que estados
membros ou todos os EM são destinatários da mesma.
Em regra são todos.
-Liberdade de forma- limites- aparentemente os estado têm liberdado quanto ao tipo de ato
jur´diico que vai servir para alcançar o objetivo da diretiva (para transpor a diretiva). Para
perceber melhor isso é um exemplo:
Diretiva europeia destinada a evitar a dupla tributação da pessoa (pessoa que trabalha em 3
países e todos os países querem tributar a totalidade do rendimento mas se for tributado
entre países pode haver duplos tributamento, por vezes há acordos entre estados para evitar
esta. Esta dupla tributação pode ser evitada dizendo no estado onde há menos rendimentos e
aufere os rendimentos dos outros países ao país onde rende mais e paga tudo lá no estado de
maior rendimento.
Pode também pagar em todos os estados na totalidade e depois pede o reembolso da parte
duplicada e em excesso e há muitas formas excessivas de ultrapassar este objetivo das
diretivas.
Outro ex.: Diretivas sobre a pop. Urbana dizem que em zona urbana diferentes tipos de
contaminantes atmosféricos tem x limites e há muitas formas de alcançar o resultado como
filtro nos tubos de escapes nos carros, ficar só com carros elétricos, impedir o acesso dos
carros ao centro da cidade, plantar mais árvores. Há muitas maneiras de alcançar o resultado
atribuido pela UE e portanto tendo estes dois exemplos em mente fica mais fácil o que vamos
dizer a seguir da liberdade quanto à forma e quanto aos meiso:
Liberdade:
-Qunato à forma- podem querer adotar uma lei se quiserem (toda a pessoa que desconta cá
tributa em espanha) ou através de outro ato (como ato conjunto, tributaria, etc.). A UE deixa
aplicar qualquer ato mas a UE dá limites. Em PT a constituição dá limites e entre 87 e 97
podiamos transpor com quaisquer atos e em 97 alteraram a CRP para dizer artigo 112/9.
isto foi uma autolimitação portuguesa mas é cada estado que decide e a UE não mete a colher
desde que seja garantida a estabilidade deste ato jurídico (não um ato que pode ser mexido de
um dia para outro) e um ato com publicitado.
Limites:
-Mínimo de publicidade
Isto surgiu sobre o propósito de atos jurídicos feitos por monarquias e houve um caso na
bélgica sobre um despacho real qualquer e duvidou-se se seria adequado qunado a
estabilidade e publicidade.
No caso prático se dissermos que foi publicado pelas portarias diziamos que não porque era
inconstitucional, para a UE tudo bem mas inconstitucional era.
Liberdade de meios- limites – os meios são aquelas várias possibilidades por ex. de reduzir a
poluição e diferentes formas de alcançar os resultados. Portanto há uma liberdade quanto aos
meios mas há certos limites quanto à liberdade dos estados quanto à escolha dos meios:
Limites:
Ex.: Numa diretiva é feita uma lei para conformar mas depois o código de estrada não permite
essa lei e viola a diretiva e essa nova obrigação da diretiva tem que ser cumprida e pode
alterar várias outras leis mas não podem haver incumprimento desta diretiva e as suas
obrigações. È necessário garantir que as disposições já me vigor estejam e conformidade com
as diretivas.
-Efeito direto das diretivas – a liberdade dos meiso prende-se com isto. Históricamente (nos
primórdios) o que acontecia é que os estados não transpunham completamente as diretivas e
portanto o que acontecia era que os cidadãos não tinham nadapara se agarrar e faziam queixa
à comissão e daí eram levados a tribunal a itália, etc. Até que certa altura o TJ disse que tem de
haver uma forma mais rápida e espedita para os estados transporem as diretivas e evitar que
não o façam fora dos prazos. Os prazos são estabelecidos pela própria diretiva e muitas vezes
os estados não cumpriam um prazo de transposição.
O que pode acontecer também além de não fazerem dentro do prazo ou transpunham
parcialmente ou até uma má transposição (ex.: o objetivo era acabar com a poluição das
cidades e diziam que para evitar a poluição do centro da cidade os carros só podem andar 5
min na estrada e não está em toque com a realidade e portanto isto nã oresolve o problema.
-Transposição parcial
-Má transposição
-Fora do prazo
Nesta situações o tribunal estava de pés e mãos atados e diziam que o estado tinha que ser
mais rápido apenas mas depois o TJ começou a dizer que se as normas de transposição não
sejam suficientemente claras, precisas e incondicionadas então os cidadãos poderam
eventualmente invocar diretamente a diretiva perante os tribunais nacionais e contra o seu
estado membro.
isto foi a construção jurisprudnecial que nos fez chegar hoje à teoria do efeito direto das
diretivas (ou doutrina do...)
AS diretivas em regra só estabelecem os grandes fins a alcançar mas na prática as diretivas tem
em certa forma algumas normas mais densas que faz com que a transposição seja uma
transcrição e por vezes essa norma pode ser invocada contra o estado membro nestes
tribunais. Quando a transposição é incompleta dá certo poder aos cidadãos de aclamar por
direitos que não lhe são c oncedidos.
Este efeito é situação atípica e anómala porque normalmente uma diretiva não tem efeito em
direito porque depende da atuação do estaod mas o certo é que em vezes há normas que não
assim tão vagas e podem ser usadas e são invocadas ao estado.
Nem todas as diretivas gozam de efeito diretivo e nem todos os artigos destas gozam de efeito
direto e só gozam se forem claras, precisas e incondicionadas.
isto permite ao estado proibir a passagem de algué mde outro EM. Disseram que era perante
ordem pública a violação. Van Duyn recorreu ao Ttribunal Inglês e diz que a “seita” não tinha
sido fechada e até pode ser ilegal mas estando aberto posso lá trabalhar.
Ela invoca essa diretiva que não estava transposta no Reino Unido e perguntaram-se como ela
invoca a diretiva se não é um estado e depois o TJ veio dizer que “
"
Aqui é feito o efeito direto das diretivas e aqui é necessário que as diretivas sejam claras,
precisas e incondicionadas.
Aquela norma pode ser invocada no caso concreto e invocada no caso concreto por ter essas 3
características e impõe essa obrigação ao estado de não impedir a secretária de passar que ia
responder a uma entervista de emprego.
Vamos ver quais os pressupostos do efeito direto da diretiva e quando a norma possuiu esta
possibilidade de efeito direto:
Estes pressupostos que devem estar no caso concreto não são absolutamento lineares e há
exceções e pode haver situações onde se pode aplicar o efeito direto mesmo sem estes
pressupostos.
Quando dizemos que uma diretiva só produz efeito depois do prazo de transposição não é
bem verdade. Houve situações em que o estado não transpunha a diretiva mas ia fazendo
legislação contrária à diretiva dizendo que os estados ainda tinha tempo para transpor e a
questão é se eles durante o prazo não estão já vinculados à direta.
Estavam dentro do prazo de transposição e a Bélgica adota uma medida que é contra a
diretiva. São pré-efeitos das diretivas. As diretivas só produzem efeitos após o acabar do prazo
de transposição e a pergunta é se enquanto a diretiva está em vigor mas o prazo não acabou
será que têm liberdade os EM.
(ex.: Proteger sobreiros era a diretiva e davam um prazo durante 1 ano e PT mandava uma
norma a dizer que devemos cortar sobreiros e quando era para aplicar a diretiva o estado já
proibia cortar os sobreiros.
Há limites de pré-efeitos.
Há o dever de respeitar os fins da diretiva durante este período de transposição. O estado não
pode pôr em risco os fins da diretiva (ex.: Uma diretiva que dizia que era proibido expulsar
pessoas mesmo que cometendo crimes de x nacionalidades e antes do prazo acabar faziam
uma lei que expulsava toda gente de x paíse). Se contrariar os fins da diretiva é inválido.
Neste caso o governo da Valónia, adotou legislação que contrariava frontalmente esta
definação da diretiva sobre resíduos e iam eliminar até ao prazo provavelmente este resíduos
e o tribunal e comissão intervieram e depois outros governos. (vários argumentos de ambos os
lados no PPT) mas o TJ disse que a obrigação de um EM para adotar as finalidades da diretiva
está no artigo 288 e esta obrigação impõe a todas as autoridades incluindo aos órgãos
jurisdicionais e portanto estes órgãos que se pronunciem validade a uma norma desta tal
pronunciação deve ser inválida. Os estado estão obrigados mesmo durante o período de
transposição para tomar todas as medidas para alcançar x resultados e não podem tomar
medidas que comprometam os resultados prescritos na diretiva e isto tem um nome que é
“Stand Still” os estados ficaram em standby para não contrariar os fins da diretiva e isto é
falado às vezes em casos práticos no ano passado.
Em PT tivemos um caso de Stand Still quando da construção da ponte Vasco da Gama.
Qunato ao efeito direto na relações verticais quais exceções – O TJ sempre disse até hoej
sempre disse que não existe efeito horizontal do efeito direto das diretivas e só podem ser
invocadas nas relações verticais para sancionar a inercia do estado e a vinculação deste.
Já nas relações horizontais entre dois particulares seria injustos que um particular invoque
uma diretiva contra outro e em casos práticas já fizeram tipo:
“diretiva europeia sobre o tempo de maternidade das senhores e esse valor tem sido
aumentado por razões da maternidade e parentalidade por diretivas europeias, Se a diretiva
europeia não for transposta em Portugal podem invocar essa diretiva contra o Estado se forem
funcionárias públicas mas se for do privado não pode aplicar porque a empresa não precisa de
aplicar algo que não foi transposto.
Isto é injusto porque os do público são mais protegidos. O mesmo na saúde e as diretivas que
dizem que os médicos tenham mais descanso e se a medida não for transposta então o do
público pode invocar mas os privados não. Os privados das empresas não têm culpa nenhuma
mas é injusto.
Apesar do TJ dizer que não existe horizontal ainda arranjam uma série de refugios onde
permite a invocação do efeito direto das diretivas entre particulares (ainda os chama de
efeitos incidentais, colaterais, etc. mas não é bem assim)
Vamos falar de vários casos de vários efeitos dizer horizontal e vertical e ver diferentes formas
de invocar o efeito direito sendo a maior parte vertical.
Depois vamos ver o que diz a jurisprudência sobre os horizontais.
Caso Ratti (diretiva como efeito de escudo onde protege o particular contra o estado- efeitos
similares aos regulamentos)
(Ac.1997) Ação penal contra Túlio Ratti que cumpriu as exigências da diretiva sobre rotulagem
e embalagem de substâncias perigosas (solbentes, tintas, verinzes e colas), não transposta pelo
Estado Italiano mas não da legislação nacional, que tem requisitos de rotulagem mais exifente
que os europeus.
O Italiano era acusado por incumprimento de exigências superiores da lei Italiana quando
havia diretivas para menor exigência desta rotulagem pela diretiva. Houve uma altura em que
o Direito Europeu exigiu x tamanho destes sinais. As exigências da diretiva eram mais forte que
a nacional e a ASAE italiana queria sancionar o italiano mas este usou a diretiva para se
proteger da aplicação da legislação nacional mais exigente (efeito escudo)
(Ac. 1982) Queria que lhe devolvessem o dinheiro do Iva que foi cobrado mal segundo
diretivas.
-Uniformidade de aplicação
Marshall – igualdade de tempo de reforme entre homens e senhoras e o caso era um senhora
que atingiu a idade da reforma que era menor para as mulheres e queria trabalhar mais
porque recebia menos na reforma e trabalhava numa Health Authority e não era do Estado
nem da administração central do Estado mas aqui pode aplicar o efeito horizontal.
Foster- é ainda sobre a diretiva da idade da reforma só que aqui trabalhava na empresa
pública e permitiram
Fratelia Constanzo- Uma empresa contratado com o Município de Milão e havia uma diretiva
de exclusão de candidatos a concursos públicos e portanto a diretiva não tinha sido transposta
e isso foi invocado por um dos perdedores que foi excluído por uma proposta de preço
demasiado baixo.
A frateli foi excluído por essa razão e depois invocaram a legislação europeia contra o
município e apesar de ser administração local o TJ deixou na mesmo que não o estado.
-Caso Marleising- é precis omais atenção porque é o mais descarado quanto ao efeito
horizonta.
Surgiu no tribunais espanhois na década de 90 e coflito priovado entre duas empresas
“Marleising e La Cormecial” e é um caso de dívidas e não se justifica invocar qualquer efeito
vertical.
Há uma empresa que tem dívidas a Marleasing mas depois ao executar o património da
devedor ela já tinha transferido os bens para uma nova que era a La Comercial e o pacto de
criação comercial era nulo porque impediu o seu direito de implicar a dívida.
Numa diretiva europeia diziam que só poderiam ser considerados nulos os contratos sociais
em que faltam ato constitutivo ou natureza ilícito, etc. (Direto 68/151- artigo 11) e só aqui
poderiam declarar a nulidade dos atos sociais isto a diretiva de 68 sobre a anulação do ato
ocnstitutivo de empresas.
Acontece que o código comercial espanhol que era antiquíssimo previa determinadas
situações de invalidade dos pactos sociais e era do interesse da Marlaesing invocar este e não
da La Comercial.
O Juíz perguntou-se se podia invocar a diretiva para este caso.
O TJ disse que houve aqui uma situação de todas as autoridades dos EM estarem vinculados às
diretivas e para a diretiva devem interpretar todas normas do seu ordenamento conforme a
diretiva (princípio da interpretação conforme) e portante devem ter em conta a causa de
nulidade.
A causa discutida era (11/2 b da diretiva) e dizia que aqui a finalidade da La Comercial tinha
como objetivo defraudar os credores e a La Comercial dizia que não.
O resultado final foi aplicar ao caso concreto uma diretiva não transposta e não pelo efeito
direto mas porque todo o direito interno espanhol devia ser interpretado conforme a diretiva.
Isto tudo para dizer que o TJ não quer admitir este efeito diretio horizontal e camufla esta
situações de forma surrateiro nos casos. Fala apenas de efeitos indiretos e dizem que isso
aconteceu no caso Marleasing e com base na interpretação conforme. Claro que a
interpretação conforme depende a letra da norma e de certa forma a norma interna e a da
diretiva não seja muito diferente tem de haver uma relação por mera interpretação.
Outra situação que o tribunal de justiça tem declarado é o efeito horizontal incidental.
Océano/Salvat (Ac.2000)
Quanto á proteção do consumo falam de uma cláusula abusiva num contrato e adquiriram um
enciclopédia prestações e depois arrependeu-se e queria devolver e portanto naquela altura
não era bem regulado e o tribunal queria saber se podia devolver. Perguntaram ao TJ onde se
colocava esta questões. Segundo a diretiva esta questão era colocada na residência do
consumidor (no tribunal perto deste) ou se em Madrid (sede da empresa Océano/Salvat)
sendo que no direito espanhol não regulava isto.
O tribunal de justiça disse que para haver uma proteção do consumidor o tribunal deve ter a
oportunidade de apreciar a cláusula de afuramento sobre ter que responder em Madrid e
deve-se proteger quem está na posição de maior vulnerabilidade que é o consumidor e
portanto aqui diz que o juiz deve interpretar o direito nacional da mesma forma que a diretiva
mesmo que não transporta (aquela ideia de proteção de consumidores)
Agora vamos falar mais do efeito direito em geral que existe não só em relação a diretiva mas
a outras norma do DUE.
O conceito de efeito direto para as diretivas é algo revolucionário porque tem como
destinatário os estados membros e é estranho que possa ser invocado contra o estados ou
eventualmente contra outros particulares.
Se pensarmos assim não é tão estranho porque já antes tinham reconhecido o efeito direto de
algumas normas que é as dos tratados e a primeira vez que o TJ mencionou o efeito direto foi
no caso Van Gend eLoos.
Fazia importação de um produto especial do plástica proveniente da resina e foi feito num
período antigo do direito comunitário porque ainda se estava a fazer a abolição das pautas
aduaneiras e foram sendo esta receita dos impostos aduaneiras sendo substituidas ao longo
do tempo com outros impostos. E foi neste período de desmantelamento (iniciado com a CEE)
e criação de pauta aduaneira comum. O que aconteceu foi que sempre fez entre transportação
da Alemanha para a Holanda e sempre pagou 3% mas a certa altura a administração fiscal
holandesa apercebeu-se que o produto estava com uma classificação pautal errada porque era
um plástica x e não y e fez um reposicionamento pautal que era de 8%. Eles não aceitaram isso
e invocou um artigo do tratado que dizia que os estados devem se abster novos direitos
aduaneiros. É inédito que um privado invoca um artigo de um tratado internacional mas a
Holanda foi dizer que não podiam invocar uma norma do tratado e é um tratado entre estados
e se houver alguma coisa a dizer deve ser resolvido no tribunal de justiça e não os nacionais.
O TJ de forma pragmática foi dizer que apesar destes assuntos serem tratados no TJ não quer
dizer que um juiz não possa tratar disso nacionalmente.
Além disso diz que os sujeitos não são só os EM mas os cidadãos e empresas também são
sujeitos de direito comunitário e o artigo em causa impõe uma obrigação, claro e incondicional
de “non facere” que não é acompanhada de qualquer reserva que subordine aos estados e
portanto reconheceu que sendo uma norma dos tratados mas tendo as 3 características pode
ser invocada.
Foi neste caso que nasceu pela 1ª vez aquela triologia de caracterísitcas das normas para
poderem ser invocadas contra os estados : Clara, precisa e incondicionada.
Claro – suficiente
Abstenções
(ex.:O Estado tem que proteger as igrejas e deve ser alvo de restauração – seria uma norma
precisa e clara se for O estado tem que proteger as igrejas do Séc.XIX tal e tal mas não seriam
incondicionadas porque os estados seriam condicionadas pela falta de dinheiro).
Agora numa norma que diz que o estado esteja proibido de demolir todas as igrejas com mais
de 100 anos reune todas as características porque uma norma non facere não é condicionada.
Insistimos nos efeitos diretos das diretivas porque há mais diretivas e é o mais estranho. A
probabilidade de ocorrer o efeito direto é muito provavelmente de diretivas pela sua quantia e
pela sua recorrente incumprimento de transposição, falta ou incompletude desta.
Para além dos tratados também o TJ declarou nalguns casos o efeito direto de normas
constantes de outros atos jurídicos como regulamentos:
Caso assim – Simmenthal (1978)- saber se se podia ou não adotar medidas de segurança e
controlo sanitário quanto a importação de carne e o TJ veio dizer que as normas devem ser
aplicadas de forma uniforme em todos os EM. O TJ disse que o tribunal nacional deve aplicar
as normas do regulamento sempre que tenham a triologia sempre que possível.
C201/02
Neste caso o TJ veio permitir a aplicação do efeito direto de uma norma não transposta. É
interessante porque há uma relação triangular entre o estado e dois particulares onde o
tribunal diz que o particular invoca contra o estado mas que depois traz efeitos ao outro
particular.
Problema em causa:
O direito europeu exige atualmente que para este tipo de atividade uma avaliação de impacte
ambiental e uma licença sobre o mesmo para a atividade.
O tribunal escocês ou inglês ficou com dúvidas e colocou a questão a título prejudicial ao TJ e
qual o regime aplicável a este caso e a pedreira era muito antigo e segundo o direito inglês não
carecia de permissão.
Isto é no fundo a invocação do efeito direto horizontal de um diretiva mas o TJ veio alegar que
há aqui uma relação triangular e portanto esta permissão da pedreira segundo o direito
nacional não impede que Delen Wells invoque contra o estado a diretiva.
Com isto entramos numa situação complicada que é a da responsabilidade do estado e diz que
o estado tem responsabilidade civil pelos danos causados que decorram de violação do DUE e
indemnização do privado.
Temos que ver quando esta é aplicada ao caso concreto.
A doutrina que deu origem a isto foi o caso de Francovitch e as dívidas destas empresa que
venha à falência e esta pode ficar a dever ao estado e empresas mas nunca aos trabalhadores
e há uma diretiva europeia que fala sobre isto que não tinha transposta pelo estado. Há aqui
uma responsabilidade do estado porque a diretiva não tinha sido transposta e os
trabalhadores não tinham qualquer proteção por falta dessa transposição e por falta de outros
meios o estado poderia ter de indemnizar os trabalhadores. Isto em traços gerais é a última
possibilidade de responder a esta não transposição de diretivas.
As diretivas dependem desta mesma atuação dos estados e este meios construídos pelo TJ
servem para garantir que as diretivas são uma forma efetiva de criar normas jurídicas para
proteger os cidadãos da UE.
Isto é uma forma de tornar mais pesada a aplicação das diretivas.
a) Efeito direto
b) Interpretação conforme, ou
c) Responsabilidade do estado?
Recordando a semana passada estivemos a passar de um problema característico das
diretivas que é facto de carecer de uma autação dos estados e os estados devem atuar
para prosseguir essas medidas e o que acontece é que não o fazem em tempo útil, não o
fazem corretamente ou só o fazem parcialmente.
Estas 3 situações eram habitualmente prosseguidas com uma ação ao TJ para dizer que o
estaod não transpôs as diretivas só que é um processo morosíssimo e pode nem levar à
resolução de problemas e houve momentos em que os estados são levados a tribunal pela
mesma diretiva e portanto o TJ tentou denseovlver novos mecanismos para tornar mais
expedita a aplicação das diretivas quando estas tragam direitos e vantagens aos cidadãos e
portanto a partir da jurisprudência o TJ cria o chamado efeito direto (o TJ veio estabelecer
em que condições excecionalmente é que isto se podia verificar e estas não se verificam
tão raramente como poderíamos verificar (nem precisamos que o TJ declara o efeito direto
das diretivas para as invocar diretamente no direito interno e cada cidadão já tem a
liberdade de invocar esse efeito direto no nosso ordenamento se se verificarem os
requisitos do TJ:
-Ter decorrido o prazo de transposição
por último vimos que o cidadão deveria estar numa relação (vertical) com o estado mas
acontece é que muitas vezes está numa relação horizontal e aqui o TJ diz que não é
possível invocar a diretiva mas cabe aos tribunais nacionais interpretar todo o direito
interno existente e em vigor de forma a dar a maior efetividade à diretiva possível e por
vezes é possível e outras não.
Francovich
Aqui o governo italiano não transpõe e é de uma diretiva dos anos 80 sobre a proteção dos
trabalhadores na insolvência da entidade patronal e como vemos:
Este é o prazo e nesta altura ainda falavam de meses e não da data limite (deadline) específica
tipo 1 de janeiro.
Itália não transpõs
Resultado uma empresa vai à falência e um trabalhador franchovich prentede ter o seu salário
devido de qualquer forma seja empresa ou estado e o juiz fica com dúvidas e vai por dúvidas
ao TJ e pergunta que se um indivíduo pode invocar a diretiva contra o estado perante a não
transposição.
A questão colocado veio ter resposta e portanto veio o TJ que o estado membro que não toma
medidas de transposição não pode benificiar da diretiva impondo obrigações a outrém (não
podem dizer à empresa para pagar os trabalhadores (não pode haver efeito vertical invertido
contra as empresas)). Se as disposição da diretiva parecerem incondicionais e suficientemente
precisas,...
A dúvida nesta diretiva é perceeber se as normas têm a trindade e o TJ veio dizer que há 3
questões a esclarecer:
1ª questão:
2ª questão:
Muitas das vezes a empresa continua a operar ainda com esperanças e na decisão o governo
italiano podia ser mais generoso a dizer que são os salários todos devidos ou só a partir da
data da insolvência.
3ª questão
Aqui há muita gente e nesta transposição o estado poderia tomar muitas opções desde o
próprio OE até a um fundo que as empresas reunam.
Portanto aqui diz que não conseguem aplicar aqui o efeito direto mas tem de haver um
resolução porque há aqui uma grande injustiça e começa a desenvolver a doutrina da
responsabilidade do estado e não está escrito no tratado mas faz a seguinte construção.
O TJ partiu destes princípios jurídicos fundamentais que faz parte do DUE e uma delas é
responsabilidade pelos danos e vamos dar esta matéria a seguir. O TJ continua a dizer que o
tratado criou o seu prórpio sistema jurídico que se integra nos próprios ordenamentos
jurídicos dos EM (artigo 8 senão me engano e os artigos do CRP) e os tribunais nacionais são
obrigados a aplicar DUE e os sujeitos não são só os sujeitos mas também os cidadãos.
Há vários direitos dos particulares que se impõe tanto as indivíduos, como aos EM e as
instituições europeias.
Então conclui o TJ
-O facto de ser devido a uma enércia do estado e falta de atuação que os cidadãos foram
prejudicados e os danos sofridos foram por falta ou má atuação do estado e senão
reconhecêssemos estas responsabildiade dos estados pelas diretivas que são imensas em
número então cortávamos muitos direitos dos cidadãos.
-Princípio da responsabilidade por perdas e danos e os estados devem assumir.
CAPÍTULO IV
Responsabilidade civil por danos decorrentes do exercício da função político-
legislativa
Artigo 15.º
Responsabilidade no exercício da função político-legislativa
1 - O Estado e as regiões autónomas são civilmente responsáveis pelos danos anormais causados aos direitos ou
interesses legalmente protegidos dos cidadãos por actos que, no exercício da função político-legislativa, pratiquem,
em desconformidade com a Constituição, o direito internacional, o direito comunitário ou acto legislativo de valor
reforçado.
2 - A decisão do tribunal que se pronuncie sobre a inconstitucionalidade ou ilegalidade de norma jurídica ou sobre a
sua desconformidade com convenção internacional, para efeitos do número anterior, equivale, para os devidos
efeitos legais, a decisão de recusa de aplicação ou a decisão de aplicação de norma cuja inconstitucionalidade,
ilegalidade ou desconformidade com convenção internacional haja sido suscitada durante o processo, consoante o
caso.
3 - O Estado e as regiões autónomas são também civilmente responsáveis pelos danos anormais que, para os direitos
ou interesses legalmente protegidos dos cidadãos, resultem da omissão de providências legislativas necessárias para
tornar exequíveis normas constitucionais.
4 - A existência e a extensão da responsabilidade prevista nos números anteriores são determinadas atendendo às
circunstâncias concretas de cada caso e, designadamente, ao grau de clareza e precisão da norma violada, ao tipo de
inconstitucionalidade e ao facto de terem sido adoptadas ou omitidas diligências susceptíveis de evitar a situação de
ilicitude.
5 - A constituição em responsabilidade fundada na omissão de providências legislativas necessárias para tornar
exequíveis normas constitucionais depende da prévia verificação de inconstitucionalidade por omissão pelo Tribunal
Constitucional.
6 - Quando os lesados forem em tal número que, por razões de interesse público de excepcional relevo, se justifique
a limitação do âmbito da obrigação de indemnizar, esta pode ser fixada equitativamente em montante inferior ao
que corresponderia à reparação integral dos danos causados.
Alguns anos depois em 96 veio concretizar melhor aquele nexo de causalidade que era terceiro
requisito para responsabilização do estado por danos causados e para isso vamos ver sebre o
acórdão:
Aqui não se trata por um falta de transposição mas por legislação contrária a diretiva europeia
e aqui é o dever da alemanha de indemnizar um cidadão.
É uma lei sobre a pureza da cerveja das quais têm muita legislação e diz que as empresas
francesas que faziam cerveja e exportavam para alemanha deixaram de o poder por não
cumprir com a lei sobre elas e dizem que está a violar a liberdade de circulação de mercadorias
e diz que há uma cerveja que é vendidad legalmente em frança mas não em Alemanha por não
ser pura o suficiente.
Vamos ver no segundo semestre que a Alemanha proíbe uma bebida de Dijon por ser pouco
alcóolico e por lei alemanha só podem lá beber bebidas acima de x àlcool e o Casser Dijon leva
alemanha a TJ dizendo e o TJ concordou que a bebida pode ser diluída anyways e veio a dizer
que se uma bebida pode ser vendida em todos os outros países então em princípio podem ser
vendidos nesses também.
Portanto neste caso é interessante ver os argumentos da Alemanha
A Alemanha vem dizer que só são restaurados os particulares quando previsto na lei e isto vem
dizer que nesta altura ainda havia estados que não tinham previsto esta responsabilidade civil
dos estados e portanto veio dizer que sendo o TJ declarar que devem indemnizar era uma
violação da separação de poderes.
TJ diz que realmente não está previsto nos tratados mas recorrem aos princípios fundamentais
e dizem que faz parte da UE os princípios fundamentais reconhecidos pelos estados membros
em comum mesmo que não em relação à UE.
Aqui diz que não é preciso haver má fé ou dolo para responsabilizar os estados e veio o TJ
concretizando melhor o nexo de causalidade que basta que a norma de direito comunitária
violada tenha conferido um direito aos cidadãos (o direito das empresas francesas venderem
mercadorias na aleamanha) e portanto temos que ter uma violação suficientemente
caracterizada e um nexo de causalidade direto.
Violação suficientemente caracterizada não sabemos bem o que é mas deve ser que
claramente viole o direito comunitário.
Ou seja, não pode ser exigido mais nada relativamente ao direito europeu quanto ao que é
nacionalmente e portanto se os particulares podem pedir indemnização ao estado fora do DUE
sem exigir abuso de poder e má fé o mesmo em Due deve acontecer.
Aqui este processo está no TJ por um reenvio judicial e foram os juízes alemães que no caso
destas empresas que recorre a um tribunal nacional alemão para dizer que esta lei alemã é
ilegal e o tribunal foi perguntar ao TJ sobre este caso e o governo alemão não pode ser no
tribunal nacional que pergunta ao TJ que convoque a sua ilegalidade e dizem que venha a
comissão europeia que venha convocar a ileglaidade e o TJ não concorda e seria contrário ao
princípio da efetividade do direito comunitário que esperássemos por isso e a empressa estaria
a rezar e à espera que a comissaõ europeia instaurasse uma ação de incumprimento contra o
estado que costuma demorar anos.
Além disso a comissão europeia pode não querer instaurar ação por x razões e podia fazer
apenas uma recomendação instaurou na verdade uma ação mas podia não tê-lo feito e os
cidadãos não podiam ficar dependentes neste juízo de discricionariedade e portanto isto da
alemanha de querer ser instaurado uma ação e depois aí indemnização não foi aceite pelo TJ e
indemnizaram pelo tribunal nacional.
Isto era o essencial no que diz repseito à responsabilidade e estudamos isto no contexto do
dever de transpor diretivas mas não é só assim e até já foi adotada uma ação de expulsão de
romenos na frança e isto é violação do direito de liberdade de circulação e portanto daí a
frança teve que indemnizar ou via ter que fazê-lo a estes cidadãos.
Isto para dizer que quando falamos desta responsabildiade não estamos a falar só das diretivas
mas de todos os atos mas excertou isto nas diretivas porque deu jeito.
Falamos das fontes de direito derivado da UE e falámos com mais promenores as típicas e
agora iríamos estuadr os princípios jurídicos como fonte de direito europeu e isto é importante
porque temos alguns que revolucionaram o direito europeu (ex.: princípio do efeito direto, do
primado, da responsabilidade dos estados) muitos não positivados nos tratados como o do
primado mas que são importantes:
Temos princípios:
-de origem convencional (escritos nos tratados9
-de origem jurisprudencial (que nasceram nos acórdãos do TJ mas que são igualmente
importantes porque vieram resolver problemas do DUE e foram inventados pelo TJ
importantes como responsabilidade civil, etc.
-junto ao jurisprudencial temos os doutrinais cujo TJ foi ver à doutrina (ex.: Princípio da
subsideriado ou que nasceram na jurisprudência e depois foram para a doutrina)(isto é visto
nos direitos de origem federal e este era muito falado pela doutrina quando falavam de direito
europeu e depois acabou por ser aplicado em alguns acórdãos e depois aplicado nos tratados e
portanto há uma fluidez entre os princípios convencionais e doutrinas (Baumaniano)
Tipos:
1- Comuns a todos
2- A UE faz parte do DIP e portanto este fazem parte do direito europeu
3- Vamos ver quais são
4- Autonomizados por que nasceram basicamente com o tratado de Maastricht e depois
alargaram-se com o tratado de lisboa.
5- Regulam estas relações
1- Temos alguns que estão expressamente reconhecidos nos tratados (ex.: artigos 2º do
TUE – dita x direitos e são princípios que estão nas constituições dos estados mas que
a UE assimui para ela própria e estão no 2º artigo.
O princípio da responsabilidade é comum também no artigo 340 no que diz respeito à
UE e se causar danos aos estados ou aos cidadãos também é obrigada a indemnizar
mas queremos denotar o parágrafo segundo deste artigo (diz que imaginem que a
comissão europeia causa um dano à UC no exercício das suas funções (ex.: Senão
pagar as viagens que são previstas no projeto sobre iniciativa de cidadania da UE e isso
causava prejuízo e isso é responsabilidade contratual e extracontratual se houvesse
um ato que involuntariamente causa-se um dano a um estado membro e isso rege-se
sobre os princípios jurídicos fundamentais comuns de responsabilidade civil dos EM.
Ex.: Dever de indemnizar danos morais e patrimoniais e não há nenhuma normal de
DUE que regule exatamente o dever de indemnizar e é praticamente igual a todos os
EM que a UE nem quis regular.
Temos uma lista de outros princípios que são implícitos e não expressos como os
outros (os dois tipos) como:
- Segurança jurídica
-Confiança legítima
-Não retroatividade
-etc.
2- exemplos:
-Proibição de recurso à força armada
-Princípio da liberdade económica (este foi o primeiro princípio onde se baseou a CEE cujos
objetivos primeiros era a economia e não permitia o controlo dos estados e não intervenham
na economia através de subsídios ou tabelamento de preços e é um princípio ilustrativo dos
primórdios mas que ainda hoje vigora na UE sendo proibido qualquer controlo e ajuda)
Princípio da igualdade dos agentes económicos (não pode haver discriminação entre todos os
agentes económicos sejam públicos e privados (ex.: subsídios para o setor do calçado não
pode haver))
-(...)
-Reforçar o papel dos parlamentos nacionais – de facto estes não eram muito ouvidos no
processo legislativo e com o tratado de Maastricht e de Lisboa foram cada vez mais ouvidos e
abertos e efetivamente houve um certo divórcio mas agora os parlamentos já são
perfeitamente envolvidos neste.
b- direito dos cidadãos serem ouvidos e poderes influenciar o projeto legislativo em curso
c- diz que temos direito de ter acesso a toda a documentação e algumas reuniões das
instituições europeias (Não todas e não podemos participar das reuniões da comissão europeia
(representam os estados mas não os interesses destes e para manter a imparcialidade não
podemos assistir a tal). Direito de acesos aos codumento e reuniões
e-coerentes entre si (já vimos as técnicas para manter a coerências do conselho de ministros)
Começar aqui...
Continuando os princípios jurídicos fundamentais temos então os princípios que regem entre o
DUE e os direitos internos.
Hoje temos que conservar para finalizar matéria sobre princípios jurídicos fundamnentais e na
semana passado iniciamos esta conversa falando de diferentes tipos de princípios que regulam
o DUE.
Vimos os comuns
O DIP
Princípios fundamentais da UE
Princípios democráticos
Agora não falamos de princípios jurídicos que regulam as relações da UE com o direito interno.
Avançando para esse ponot 5º da matéria vamos falar sobre estes princípios sui generis.
São princípios importantes para um aplicador de direito e sejam advogados ou juízes, etc que
queiram aplicar essa normas da UE e mesmo que sejam normas graças a diretivas pode ser
importante para clarificação recorrer ao DUE para conhecer a origem dessa lei nacional de
transposição.
E portanto os legisladores e aplicadores que aplicam o DUE não devem de deixar conisderar
esses princípios e são provalvemente esse princípios que vão ser usados para o caso prático e
temos que convocar estes princípios para fundamentar a nossa resposta.
Alguns vêm dos tratados e a sua aplicação tem sido promovida pelo TJ nos seus acórdãos.
Estes não são os mais difíceis de aplicar e explicar (mais complexo) mas sim aqueles que não
estão nos tratados mas sim daqueles que vêm de construção doutrinal como os subprincípios
do princípio da efetividade:
Primeiro vamos falar dos princípios convencionais – aqueles que vêm dos tratados e são os da
primeira lista.
-Princípio da cooperação leal (artigo 4) – obrigação que os estados têm para efetivar medidas
que vêm de obrigações do direito originário e o derivado.
Para facilitar a execução do DUE os estados membros devem adotar ações ou abstenção de
algo contra essas medidas.
OS estados membros é que têm de criar condições para que possa ser aplicado do DUE e
poderam aplicar esse princípio de cooperação leal no caso prático como em situações do dever
de transposição de diretiva e se o estado não o fizer bem ou por completo e devemos invocar
este princípio e só assim ficaria completa.
Em resposta de saber se tinha ou não efeito direto ainda temos que referir o dever que so
estados têm de colaborar com as intituições europeias.
Se no caso prático falarmos de outras situações de infração do DUE que depois pode resultar
no instaurar de uma ação do estado membro também aí se verifica este princípio (artigo 258
do TFUE) Isto porque o TIJ põe em questão se, o entendimento do estado que é dado antes da
ação à comissão europeia antes da ação é um ónus (para se defender) ou uma obrigação que
decorre desse princípio e o TIJ entende o segundo e o Estado tem essa obrigação de se
justiifcar perante a comissão europeia.
Por outro lado se a comissão europeia vier com a ação e o TIJ julgar o caso (como vamos ver
no segundo semestre o TIJ não tem poder primeiramente para o condenar e só poder declarar
que o estado membro infrigui o DUE porém sendo uma ação declaratório e não condenatória
não deixa de produzir o princípio dito e o estado tem que tomar as medidas necessário à
execução do acórdão).
Isto são exemplos do afloramento do princípio.
Outro exemplo diz respeito ao dever de stand still (quando demos sobre as diretivas e a
transposição falamos que mesmo antes que o prazo de transposição passe eles não são livres e
não podem pôr em causa os deveres que vêm a ser obrigados e esse dever teorizado pelo TIJ é
chamado de stand still e eles devem cooperar com a UE evitando adotar medidas que
contrariem os fins da diretiva.
Outro princípio é o novo título do tratado introduzido pelo de Lisboa que corresponde ao 197
do TFUE e a história dezste é que era muito frequente antes os Estados alegarem perante a
comissão que não tinham capacidade administrativa para aplicar as normas do DUE e diziam
que os meios humanos do estado em sentido amplo não estão capacitados para aplicar o
direito europeu (ex.: direitvas europeias sobre o ruído sorbetudo dos veículos motorizados,
etc. exigia determinadas condições para medição de ruído e era preciso um conhecimento
técnico grande, infraestruturas e equipamento que não existiam nos estados membros e
diziam que não tinham recursos humanos ou técnicos que não permitiam aplicar o direito
europeu e isto era um problema grande e criou-se esta medida de cooeração administrativa da
UE para quando precisam de apoio desta para que possam aplicar esse direito e por isso a UE
financia formações, etc. equipamentos, etc.
E portanto este princípio de cooperação administrativa surge para este princípio de
cooperação leal.
Artigo 258.o
Se a Comissão considerar que um Estado-Membro não cumpriu qualquer das obrigações que
lhe incumbem por força dos Tratados, formulará um parecer fundamentado sobre o assunto,
após ter dado a esse Estado oportunidade de apresentar as suas observações.
Se o Estado em causa não proceder em conformidade com este parecer no prazo fixado pela
Comissão, esta pode recorrer ao Tribunal de Justiça da União Europeia.
Outro princípio é o da atribuição de competências.
Artigo 4 tue
Por força deste princípio a UE atua apenas nas matérias que lhes foram transmitidos e
resultam de transferência de competência dos estados membros para a União e há vários
tipos:
As exclusivas há:
Artigo 3.o 1. A União dispõe de competência exclusiva nos seguintes domínios: a) União
aduaneira; b) Estabelecimento das regras de concorrência necessárias ao funcionamento do
mercado interno; c) Política monetária para os Estados-Membros cuja moeda seja o euro; d)
Conservação dos recursos biológicos do mar, no âmbito da política comum das pescas; e)
Política comercial comum. 2. A União dispõe igualmente de competência exclusiva para
celebrar acordos internacionais quando tal celebração esteja prevista num ato legislativo da
União, seja necessária para lhe dar a possibilidade de exercer a sua competência interna, ou
seja suscetível de afetar regras comuns ou de alterar o alcance das mesmas.
NA concorrente
Há o princípio da preemptência onde se a UE legisla sobre algo o estado já não pode legislar
sobre isto. Ex.: àguas – se não houver legislação europeia os estados podem legislar sobre
àguas mas depois a UE legisla sobre àguas subterrâneas, o facto de adotar legislação sobre
àguas subterrâneas não impede os estados de legislar sobre outras coisas de àgua).
Este princípio não significa que se a UE legislar sobre uma parte pequena os estados perdem
poder legislativo sobre tudo sobre àguas mas não é só sobre as subterrâneas.
Ex.:
Artigo 6.o A União dispõe de competência para desenvolver ações destinadas a apoiar,
coordenar ou completar a ação dos Estados-Membros. São os seguintes os domínios dessas
ações, na sua finalidade europeia: a) Proteção e melhoria da saúde humana; b) Indústria; c)
Cultura; d) Turismo; e) Educação, formação profissional, juventude e desporto; f) Proteção
civil; g) Cooperação administrativa
Vimos também que a UE pode alargar ligeiramente as suas competências e isso está no artigo
352 como regral geral.
1. Se uma ação da União for considerada necessária, no quadro das políticas definidas pelos
Tratados, para atingir um dos objetivos estabelecidos pelos Tratados, sem que estes tenham
previsto os poderes de ação necessários para o efeito, o Conselho, deliberando por
unanimidade, sob proposta da Comissão e após aprovação do Parlamento Europeu, adotará as
disposições adequadas. Quando as disposições em questão sejam adotadas pelo Conselho de
acordo com um processo legislativo especial, o Conselho delibera igualmente por
unanimidade, sob proposta da Comissão e após aprovação do Parlamento Europeu.
4. O presente artigo não pode constituir fundamento para prosseguir objetivos do âmbito da
política externa e de segurança comum e qualquer ato adotado por força do presente artigo
deve respeitar os limites estabelecidos no segundo parágrafo do artigo 40.o do Tratado da
União Europeia.
Em lacunas competenciais aplica esse 352 que estabelece em que conidções podem ser
adotados os atos quando o tratado nada diz mas a regra mesmo é a do artigo 2/6
Se quisermos saber qual o regime temos que ir ao artigo que prevê x (chamada base jurídica)
e aí sabemos o que podemos aplicar (ex.: se falamos de procedimento legislativo
extraordinário ou não, etc.) Isto para dizer que quando imaginamos um caso prático que diz
respeito às competências das instituições (imaginemos sobre transportes) e vemos a regra que
diz respeito aos atos jurídicos desta matéria e precisamos de ver isso no tema de transportes
nos tratados onde lá diz o procedimento.
Exemplo.
Aqui diz que se faz processo legislativo ordinário mas depois diz no nº2 uma exceção nas
matérias das alíneas onde se aplica portanto um processo legislativo especial.
Porque há esta diferença ao nível dos procedimentos de deicsão na UE e não esquecendo que
tudo isto vem a propósito do princípio x da competência e isso porque há alguns
procedimentos que respeitam mais a soberania dos estados que outro (os atos que respeitam
ao PE etc. é mais respeitador da soberania mas por exemplo do conselho europeu nem tanto.
No procesos legislativo ordinário há mais poder para o PE
No especial é para o conselho (até diz por unanimidade e isso quer dizer que qualquer estado
que não tenha muito poder ainda assim tem poder de voto e isto dá poder brutal aos estados).
Claro que o PE é sempre consultado com o princípio democrático. Os estados têm mais poder
nos estados e no ordinário é mais de dar poder á UE.
OS atos jurídicos do ordinários são em regra muito mais integradores e aproximam mais os
EM, etc. do que os atos do especial que tendem a respeitar muito mais a diversidade dos
estados e autonomia decisória deste e a origem destes explica tudo.
-Dentro das fontes de DUE falamos agora dos princípios e no contexto do estudo do princípio
das competências por atribuição e quando o fazem os EM essa atribuição fazem de diferente
forma e portanto há vários procedimento de decisão...
-Regulamento
-Diretiva
-Decisão
Atos legislativos:
-Regulamento=lei
-Diretiva=lei quadro
-Decisão=lei medida.
O 296 é importante porque diz que não estando nos tratados as instituições podem escolher o
tipo de ato a aplicar e da intenção destes.
Os tratados ou dizem se é regulamento ou diretiva ou senão disserem nada (e vemos muitas
vezes tratados a dizer que mediante escolha de x) então o que é o processo legislativo
oridnário.
(289 do TFUE) Este nasce no tratado de Maastricht (que institui a UE em 92) e na altura
chamava-se processo de codecisão porque foi a partir deste tratado que se criou a
possibilidade dos atos jurídicos diretivas e regulamentos fossem aprovados conjuntamente
entre o PE e o conselho e antes era por um ou por outro e agora é dada origem destes atos
mistos (com a assinatura dos respetivos presidentes. Etc.)
A doutrina do DUE sabemos que o processo legislativo ordinário é um processo de codecisão e
são adotados simultaneamente entre o parlamento e o conselho iniciados pela comissão.
Última referência dos procediometnos é dizer que o de Lisboa criou a novidade das delegações
legislativos e dizemos que a ocmissão europeia pode partiicpar no processo deliberativo da UE
com atos sem caráter legislativo e aqui o que dizemos é que a comissão tem o poder de adotar
atos não legislativos mas que ajudam a completar esse ato legislativo sempre que lhe seja
delegada a competência. (290) Portanto agora pode adotar atos para além do pedido que
antes se prendia assim.
Procedimentos legislativos:
-Processo legislativo ordinário (codecisão)
-Vários
Exceção: PESC onde está regulado do artigo 24 a 40 e sendo este um pilar da UE é o mais fraco
e neste caso não há constitucionalização do procedimento e parece mais uma organização
internacional...
Com exclusão desta pesc onde não podem ser adotados atos legislativos e os procedimento
são específicos vamos aos exemplos dos outros.
-artigo 43 – Na PAC é o ordinário mas ainda só após consulta ao Comité Económico e Social
sendo que a sua palavra será vertida num parecer.
-Artigo 133- utilização do euro como moeda única, aqui é ordinária sendo o ato à escolha e
com consulta do BCE.
-Artigo 169 – proteção do interesses dos consumidores que tem evoluido muito e é ordinário
com conuslta do comité referido com ato à escolha.
-artigo 178- ao nível de fundo europeu de desenvolvimento regional que apoiou muit portugal
e são regulamentos através do ordinário onde é consultado o outr ocomité que é o regional
qualquer coisa.
-Artigo 19 – para combater a discriminação são adotados por unanimidade pelo cosnelho de
acordo com processo legislativo especial atavés de aprovação do conselho e aqui não temos
uma codecisão e aqui o consleho é que tem a última palavra para os estado manterem algum
poder. Ainda são processos legislativos só que não no seu procedimento que é especial.
-artigo 22- é processo legislativo especial o direito de eleger e er direito nas eleições
municipais do EM de residência. E diz que o direito é regulado com predominio pelo consleho
e deliebra pro unanimidade sobre estas regras.
-artigo 223- eleição dos euro deputados – esta procedimento de eleição é adotado pelo
conselho, etc. São atos legislativos do especial
Não legislativos:
-artigo 103- política importante que é a de concorrência – diz aqui que os atos adotados que
podem ser regulamentos ou diretivas são adotados pelo consleho
-Aritog 106- a mesma coisa quando existem empresas pública, eempresas encarreadas da
gestão de serviço de interesse económico geral o uqeu tenham a natureza de monopólio fiscal
e aqui dzi que a comissão diretiva através de diretivos ou decisões (não legislativas nunca) que
o fazem.
-Artigo 129- no âmbito do SEBC (sistema europeu de bancos centrais) aqui também não é
processo legislativo.
Já temos a ideia que é a comissão que começa e depois temos os outros dois a deliberar.
Temos 3 fases:
-Aprovação (em regra feita por um órgão mas no caso da codecisão são por dois)
Dentro do iter procedimental vimos a iniciativa e agora vemos a consertação e dentro disto
vamos olhar para:
Se o 2ª não se cumprir cria-se um órgão ad-hoc e podemos pensar que o DUE não tem órgãos
ad-hoc mas a verdade é que há e chama-se comité de conciliação.
Quando na segunda leitura não há concílio entre PE e conselho, para evitar um aborto
legislativo constitui-se um órgão com o mesmo número de representantes do parlamento e
conselho e neste negociam e tenttam chegar a um acordo e o comité traz uma nova versão ao
ato jurídico (versão final – 3ª versão) e chegamos à terceira leitura... O comité faz uma
proposta e se os dois aceitarem ótimo e é aprovado senão temos um aborto legislativo mesmo
depois daquele esforço.
Depois do comité ou o ato é adotado ou não é com isto o processo pode demorar 1 ano e é
demoroso mas é assim para respeitar as 3 instituições e com essa vista a respeitar o DUE
perde-se muito tempo (no mínimo 1 ano)
Para auxiiar a aplicação do procedimento legislativo ordinário temos desde o tratado de Lisboa
e isto é importante para entender a democratização da UE e daí está o protocolo nº1 relativo
ao papel dos parlamentos nacionais na UE.
Quando a comissão europeia elabora uma propsota de ato envia para o parlamento e consleho
e agora após Lisboa envia também para os 27 parlamentos nacionais e estes no âmbito deste
protocolo nº1 controlam o respeito do princípio da subsideriedade (Este princípio é aquele que
diz que a UE atua apenas se e possível quando deva atuar ao nível da matéria concorrente com
os estados membros e eles controlam se se justiifica que esta matéria respeite este princípio
isto a priori.
Têm a capacidade de se pronunciar sobre se respeita o princípio e se x EM se pronunciarem
contra essa violação o ato tem que ser revisto. Isto é importante mas é à custa de
procedimentos mais longo.
Há reuniões semestrais do conselho e isto diz respeito às duas e tem a haver com a rotação de
presidências semestrais da UE e há uma lista que a professora pôs no powerpoint mas não me
apetece copiar.
Mas o importante é perceber esta rotatividade desta presidência.
30 de Junho houve uma reunião de final de presidência e ia para a França, antes da Bélgica e a
França discordou das posições tomadas sobre orçamento e quando tomou essa posse a França
tomou fechada a reunião e não ia voltar a reunir dizia enquanto não se mudava as regras de
deliberação (E chamou-se a crise da cadeira vazia) porque a França na presidência da CEE se
recusava a reunir ou a aplicar atos e houve um reunião no Luxemburgo onde se concluiu que:
Este acordo diz que em matérias importantes pode-se afastar a regra deliberativa do tratado e
aplica-se as regras do acordo de Luxemburgo onde se negocia negocia até chegar a um acordo
e a França dizia debate até acordo unânime.
As delegações diziam que bastava negociação e consenso e França daquela forma.
Foi um “agree to disagree”
Quanto a estes acordos eles fazem questão de colocar quando de uma adesão nova quanto a
acordos de luxemburgo, etc. (artigo 3º do Tratado de Lisboa fala disso) e os estados quando
entram dizem que concordam contudo e decidem se entram numa posição ou noutro e na
adesão de novos estados nos sucessivos da UE inserem-se numa cláusula destas onde aderem
nos tratados mas também a essas decisões e acordos do EM (sendo isto referência aos acordos
de luxemburgo)
-Surge nos tratados no artigo 130 R relativamente ao ambiente mas logo naquela altura a
doutrina sobre DUE diz que o princípio é importante demais para se aplica só ao ambiente e é
consensula que este princípio era transversal aos tratados e não só da política e assim
acontece com a revisão dos tratados e com o de Maastrucht colocado como princípio
trasnversal do tratado e não só da secção do ambiente.
Finalidade – artigo 5/3 – assegurar que as decisões sejam tomadas tão próximo quanto
possível dos cidadãos da união. A subsidiariedade significa não só dar proridade dos estados
membros como aplicar atos que dêm liberdade aos estados membros.
Critério de repartção:
-realização dos objetivos (é melhor fazer isso ao nível da UE ou dos estados – no caso poluição
é o exemplo emblemático que é melhor ao nível da UE porque dizem que a poluição não
conhece fronteiras e se um espanhol polui um rio pode chegar a portugal, etc. se o objetivo é
prevenir poluição então os objetivos são mais bem alcançados na UE). Por isso pode levar
muito tempo a que sejam legislados atos jurídicos nestas matérias por este princípio da
subsideriadade e demora muito a mostrar que as ações dos estados são insuficientes (ex.: Só
neste ano com o ambiente é que foi evidenciado e relativamente aos solos e florestas houve
em 2003 um ato sobre este que foi vetado pelos países sobre este princípio e diziam que as
poluições deslocam-se, etc. mas as florestas não e eles devem proteger isso mas ao fim de
quase 30 anos vê-se agora que não protegem bem e a UE vai tratar disso.
Indicadores da competência da UE:
-Atendemos à dimensão da ação (no caso da poluição porque não sabe fronteiras)
-Alcance dos efeitos (no caso das florestas é porque é preciso ações mais fortes)
Princípio da proporcionalidade (artigo 5º/4) – costumam usar nos casos práticos este princípio
da proporcionalidade para explicarmos como a UE devia usar um ato em vez de outro apesar
da sua difícil definição e perguntam se o estado pode negar-se a cumprir o regulamento
negando e dizemos que não mas há uma violação do proprocionalidade e aí devemos recorrer
ao tribunal e não pode um estado unilateralmente não cumprir uma norma.
Se o parlamento nacional não se opuser ao ato então o ato não pode vir dizer que discorda e
que não aplica e portanto este princípio pode ser usado para casos práticos.
Este princípio é importante no exercício das competências concorrentes e para isto devemos
usar os princípios disto aprendido em DC...:
Com os seus liimits – ver powerpoint
No artigo 6 vemos como se faz esse diálogo em concreto e diz que o parlamento nacional tem
um prazo para dar o seu parecer sobre a eventual violação dos princípios e os parlamentos
têm dois votos repartidos se houver câmaras e são estes diz se há uma violação ou não do
princípio, se um terço disser que sim então pode ter que haver uma reavaliação (artigo 7)
Concluindo este ponto dos dois princípios devemos dizer que até ao tratado de Lisboa discutia
se o TJUE e outros tinham ou não poder para avaliar a violação desses princípios e duirante
muito tempo diziam que era um princípio política mas atualmetne não há d´vuida nenhuma e
decorre ainda neste protocolo (artigo 2) e diz que o TJUE diz que pode apreciar estes
princípios.
Há algumas normas que são densas e específicas e que não carecem de legislação e portanto
diz que o regulamento vigora automaticamente na ordem interna sem qualquer
transformação ou receção plena e é uma forma de vigência atípica e muito mais forte até
como tratados que precisa de receção oficial.
Há uma integração automática e isto até sel gia com o princípio do primado.
Último ponto da abordar são os princípios não abordados no tratado mas que não deixam de
ter importância no enforço do DUE e temos:
-Efeito direto
-interpretação conforme
-Uniformidade de aplicação
-primado
-Efeito direto – em normas de tratado, de regulamentos mas mais importante nas diretivas
porque em certas condições podem produzir efeitos diretos o que normalmente não é a regra
e aí as diretivas podem produzir efeitos mesmo sem transposição e os particulares podem
confiar nas diretivas nas suas relações jurídicas com o estado e em algumas siutações com os
particulares. É uma princípio revolucionário nas diretivas e com importância prática e portanto
o efeito direto é uam garantia fundamental dos cidadãos para garantir essas regras do DUE ao
estados.
Por fim há dois princípios que não são frequentemente referidos nos manuais mas era sempre
referido pelo doutor Moreira Ramos que são:
-Princípio da autonomia – tem sido muito afirmado pelo TJ no caso Costa Enell, etc. e dizia que
o direito europeu era autónomo e diferente do DIP e devemos aplicar regras próprias deste e
não de direito internaiconal até porque tem sujeitos diferetnes e tipologias de sui generis e
podemos criar novas forma e princípios de aplicação do DUE e daí foram sendo criados o do
primado, etc. e partindo do princípio que DUE é diferente dos outros e é a narrativa do TJ para
construção destes novos.
-Princípio da sede disciplinadora – diz que quem tem até hoje vindo a determinar quais são as
regras que se aplicam às relações entre o DUE e o interno é o próprio DUE e isto é interessante
porque sendo isto uma construção dos estados no entanto foi a própria UE que disse que o seu
direito sobrevale ao interno (interno), efeito direito e há quem fale do efeito frankenstein
onde os estados a cria e ela ganha vida e isto não é inconstitucional porque a nossa
constituição teve que ser alterada para permitir reconhecer expressamente o princípio do
primado.
Quando se pensava que a constituição europeia e ia ser instituido o princípio do primado e
para permitir isso sem ser inconstitucional em Portugal ele adicionou o nº4 do artigo 8 e a CRP
deixa que os outros decidam e quem tem a última palavra é a CRP onde diz que as normas que
faz parte é aplicada nas condições estabelecidas lá e portanto isto é para evitar a
inconstitucionalidade quando a aplicação que não aconteceu de uma constituição europeia e
foi uma construção jurídica para evitar a inconstitucionalidade do princípio do primado qunado
este passou a ser positivado no tratado.