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Direito da união europeia I

Introdução

Vamos estudar a união europeia e primeira cena é caracterizá-la e da rra perceber do que
estamos a falar.

Que tipo de organização e o que ela incluie.

Ao dizermos que é uma organização já estamos a tomar partidos de uma ideia/opção.

A união europeia hoje ocupa-se tantas matérias que não há praticamente nenhuma disciplina
da faculdade que não inclua direito da união europeia.

A autonomia pedagogica da união europeia está na sua matéria de natureza própria que rege
sobre os vários temas.

Depois a sua realidade enquanto existência será usada na nossa vida de diplomatas,
magistrados, etc. Pelo menos enquanto existir.

Nós começamos o curso a falar do que é a UE, as características e o que tem de específico

O que tem de específico:

-É uma pessoa para o direito – é pessoa para o direito mas quando foi criada a UE
propriamente dita ela não tinha sequer personalidade jurídica e não era um sujeito para o
direito. Quem tgdc sabe que o direito reconhece a realidade e personalidade jurídica e
sabemos que determinadas associações determinam sujeitos para o direito. A atual união
europeia entra em relações jurídicas com outros sujeitos de direito. A primeira vez que a UE
entrou como UE (tratado de maastrischt) não tinha personalidade jurídica e nasceu como uma
espécie de chapéu de chuva (cobertura virtual) tendo organizações com personalidade jurídica
e era simplesmente uma cobertura virtual para as organizações comunitários. Antes de união
europeia haviam comunidades europeias.

A meio do percurso (anos 90) é que entra a União Europeia stricto sensu.

Podemos caracterizá-la num parecer muito importante em 2014 pelo tribunal de justiça em
que este aborda a natureza peculiar da UE. Saber se esta organização e comunidades da união
europeia constituiam entidades internacionais ou outra coisa.

Um doutor da nossa casa dizia que a UE eram um OPNI (objeto político não identificado)

Do ponto de vista internacional a UE não é um estado pela sua natureza/características. Tem


muitas notas que cada vez mais se aproxima dessa classificação mas não o é diz o tribunal de
justiça da união europeia e assim o é. Foi este que afirmou maior parte dos princípios da união
europeia mas que não estão em tratados. Como um oráculo luxamburguês. O direito da união
europeia que está em toda parte da nossa vida tem como interlucutor o tribunal de justiça da
UE.
Os estados e hoje também a UE. Com o tratado de Lisboa houve uma unificação da
comunidade europeia em união europeia mas isso não é inteiramente verdade porque ainda
há a comunidade europeia da energia atómica mas damos 99% de atenção à primeira.

Nas aulas práticas vamos começar a trabalhar a frequência dos tratados (frequentar e
conhecê-los). Vai simplificar o estudo e o trabalho.

Que união europeia é esta, as características e estrutuas:

-É pessoa para o direito (não o tinha na sua origem, mas no tratado de Lisboa um dos grandes
aspetos que foi dependido como característico do tratado de lisboa era atribuir personalidade
jurídica à UE – foi sujeito a referendo em vários estados). Agora é uma pessoa de direito para
quê? – Um ojni? Um estado? Do direito privado? Estão mais virados para o ojni. É uma nova
ordem jurídica com um regime constitucional e institucional próprio. Temos a tendência de
classificar a UE como uma organização internacional e tem todas as características desta como
por exemplo (uma estrutura permanente, conjunte de fontes baseado em documentos com
caráter permanente com as quais os estados construem um conjunto de regras para se
relacionarem entre si e cooperarem, É internacional (entre nações).

A união europeia não é um estado de federal, nem confederal (apesar de ter umas
características federais mas isso é matéria da ciência política).

Iuris constituentendo (o que o direito deve ser)

Iuris constituto (o que o direito é)

A UE é tão original que discutimos se não está para além de bagdad (da classificação
tradicional dos sujeitos de direito público).

Ex.: Conselho da Europa é uma organização de cooperação onde os estados estão lá e


recebem, transformam e aceitam tratados internacionais, etc.

A UE é uma organização de cooperação mas que nem sempre está segundo a vontade dos
estados membros e muitas vezes estão contra a vontade dos estados membros e muitas vezes
fazem direito que substitui e sobrepõe a legislação interna de certas nações. O direito da UE
substitui e revoga direito nacional tendo aí características federais.

Para outras certas matérias a UE não tem esse poder e só pode fazer recomendações (ex.:
política externa e segurança comum). (ex.: Taiwan, Venezuela). A UE toma uma posição por
consenso e prevê que um estado ou um número deles pode bloquear essa posição. Nessas
àreas aproxima-se de uma organização internacional de cooperação.

Pergunta-se se já não ultrapassou as fronteiras e tornou-se um OJNI (objeto jurídico não


identificado).

Quem decide muitas das coisas, por exemplo na comissão europeia, é a comissão europeia em
si e não os estados normalmente por voto maioritário simplificado, etc. O mesmo para a
assembleia europeia e outras.

É uma organização internacional não só de cooperação (como o ONU, NATO ou conselho da


europa) mas também de direito que integra ou apoça o direito nacional mesmo que contra a
vontade do estado. Se a UE decidir tratar de uma matéria de direitos fundamentais os de
luxemburgo ou bruxelas não se perguntam se está de acordo com a constituição portuguesa
ou algo assim vai e vai. Tem estruturas do próprio controlo democrático e político. Não há
qualquer tremor para que as normas da europeia rompam na estrutura jurídica dos seus
membros. A UE discute sobre todas as matérias e mais algumas e ninguém discute se é ou não
constitucional e isso constituiesse devido a um défice democrático e jurídico que deve ser
ultrapassado levando lá para dentro mecanismo de controlo.

Aprendemos hoje que vamos estudar a união europeia. A UE não é um estado, só pode ser
classificada como organização internacional por falta de outra classificação e produz um direito
extremamente forte que apoça o direito nacional mas porque não é um estado se queria isto
tudo? Tem uma bandeira, um hino, uma moeda? (símbolos que estão no tratado de Lisboa
menos o euro porque não está em todos os estados).

Tem elementos da chamada estabilidade que um estado pode ter desde criação de direito,
poderes próprios, bandeira e hino. Será que simplesmente não chegámos ao patamar de a
reconhecer como um estado ou há uma limitação qualquer.

Aquilo que a distingue dos estados, além de outros como o poder de coerção menor (exército,
etc.) comparado aos estados sendo a ordem público maioritariamente dos países (ainda que a
UE começe a ter algum poder militar com exércitos sobre a bandeira da UE), temos uma mais
importante e que, por exemplo, quando criamos empresas, esta capacidade jurídica está
determinado pelos fins que tem os seus estatutos. Os estatutos de uma sociedade de vender
roupa é vender roupa e as pessoas coletivas têm a sua capacidade jurídica limitadas pelas suas
especialidades (C.C). Um estado por sua vez é “soberano” e pode legislar sobre tudo.

A UE como pessoa coletiva, tem uma capacidade jurídica (ao contrário da capacidade jurídica
de uma pessoa por exemplo) limitada pela sua especialidade (princípio da atribuição –
princípio da união europeia escrito no tratado de Lisboa). O princípio da atribuição diz que a
UE só pode fazer aquilo que os estados disseram que à UE fazer. Não tem uma capacidade
jurídica plena e a sua capacidade é de perseguir e conseguir os objetivos que os estados lhe
assinaram. A UE não cria a sua própria competência.

Guess what agora estou na 1ª turma então nova professora.

Alexandre Aragão

Agora é de A a Jorge.

A professora apresentou a equipa

Dulce Lopes como assistente nas práticas e Alexandre Aragão como professora regente.

Podem ainda fazer trocas no final.

Eduardo figueiredo tmb nas práticas.

Avaliação final e não temos possibilidade para uma repartida por número de estudantes e
pouca gente docente.
O exame final será um exame escrito mas incentivam muito a fazer oral de melhoria através de
exame oral.

Há uma tradição longa desta cadeira que é que quando nos candidatamos à melhor
começamos sempre por uma pergunta que incide sobre um tema à escolha do candidato
(preparamos o tema em casa e preparamo-lo mais aprofundadamente e desenvolvamos em
termos de estudo doutrinal e de resto também). Perguntam qual o tema que queremos
desenvolver e dialogam um bocado e depois falam de outras coisas e picam em sítios onde o
tema escolhido não toque.

Os manuais de DUE são todos semelhantes então fica meio igual, são obras que têm todas
mais ou menos a mesma extensão e servem para ambos semestres. Vamos estudar metade no
segundo semestre e outra no primeiro.:

Manual do Jónatas que tem muitas pontes com direito constitucional pois ele é
constitucionalista.

Manual do Manuel Gorjão Henriques com uma clareza menos óbvio mas mais aprofundado
porque cita mais acórdãos.

Manual do professor João Mota Campos manual excelente em termos da DUE como os outros.

Para saber qual escolhor é melhor consultar e ver o estilo dos vários para ver o que nos agrada
mais e também há a possibilidade de numa determinada matéria senão percebermos bem a
matéria ir ler esse ponto noutro manual para ver se entendemos melhor.

Hoje vamos estudar um temática muito próxima ao direito constitucional

Vamos ter acesso aos powerpoints das aulas para fazermos uma linha deste estudo para
depois podermos identificar nas obras os vários pontos a serem estudados. Devemos ler livros
e documentos além de estudos. Apesar de ser nós corrente dizer que não ser difícil muito
difícil não devemos facilitar e temos tido médias relativamente elevadas para esta disciplina e
assim deve continuar.

Um aspeto que torna o estudo desta unidade curricular um bocado mais complexo é o facto de
DUE ser um bocadinha mais jurisprudencial. Além desse direito ser muito de facto (leis, etc.)
também se basear na jurisprudência e decisões do tribunal.

Para realizar o exame escrito podemos e devemos ter uma coletânea dos textos fundamentais
da união europeia (têm tratados, etc.). É a lei seca (os tratados) sem anotações, etc.

Podemos descarregar da net um pdf mas para efeito de exame não podemos ter o
computador. Os tratados são a legislação efetiva para o exame e é o que está nessa coletânea.
No 1º semestre os pratos fortes da nossa disciplina vai ser as instituições europeias e o
ordenamento jurídico da união europeia.

O que aconteceria normalmente era começarmos pela história da UE porém estamos numa
época de controvérsia no direito europeu e estamos a atravessar situações de crise do direito
europeu (algo que é comum ao direito da união europeia primeira já nos anos 60 só com 6
estados membros).

Desde quinta feira dia 7/10 começou uma crise e falou-se na decisão do tribunal constitucional
polaco em vista de compreender e ter uma visão crítica do que se está a passar quanto a esta
história vamos construir a casa pelo telhado e falar disto. O desenvolvimento da matéria
acabaria em dezembro com o estudo de um princípio- o princípio do primado que foi o negado
pelo tribunal constitucional alemão e vamos dar esse princípio para perceber este alvoroço
atual.

A professora vai inverter esta aula apenas para dar este princípio e para percebermos este
assunto.

A professora vai explicar muita coisa antes para percebermos este princípio fazendo um
brainstorm de várias coisas para tentar fazermos perceber este risco de um polexit.

Vamos falar um pouco do direito institucional depois um bocado do ordenamento jurídico da


união europeia depois os valores fundamentais da união europeia e depois o que acontece
quando há a violação do direito e dos valores da União para perceber esta notícia.

Esta temática do estudo do princípio do primado não decorre dos tratados mas sim da
jurisprudência. É um pilar fundamental do direito da UE mas não está em tratado.

O direito da união europeia tem que prevalecer sobre o direito nacional – princípio da
primazia. Em caso de conflito do direito da UE sobrepõe o nacional.

Instituições:

 Parlamento Europeu
 Conselho europeu
 Conselho da União Europeia
 Comissão europeia (adiante designado “Comissão”)
 Tribunal de justiça da união europeia
 Banco central europeu
 Tribunal de contas

Os tratados da UE não tem epígrafo (um resumo à frente do número do artigo e explica em
avançado o conteúdo do artigo e algo que é normal por exemplo na CPR). Qunado
trabalhamos com os tratados pdoemos por os autocolantes à margem para saber onde estão
os artigos até porque não é sequencial e andamos a saltar entre tratados que falam do mesmo
assunto.
O estudar as instituições é perceber como está organizada a UE e é um estudo estático para
perceber como esta funciona.

Em sentido amplo o direito institucional abrange não só as instituições em stricto sensu (as
ditas antes) mas também os órgãos sem poder vinculativa mas sim aqueles auxiliares como o
Comité Económico Social e o Comité Económico Regional. São instituições em sentido amplo
mas em stricto sensu são apenas as listadas em cima.

As instituições as principais são mais fortes porque correspondem aos órgãos soberanos e
dividem seus poderes.

Parlamento Europeu com o poder legislativo que emitem atos legislativos em conjunto com o
conselho da união europeia mas também pela comissão europeia que tem algum poder
normativo apesar de ser o cabeça do poder executivo.

Comissão Europeia com o poder executivo

Tribunal de Justiça da UE com o poder judicial

Estas instituições em stricto sensu articulam-se a partir de procedimentos descritos nos


tratados.

Ordenamento jurídico da União

Composto por duas grandes categorias de direito:

-Direito primário ou direito originário (os tratados, o ordenamneto jurídico da união é


composto em primeiro lugar por fontes de direito de origem convencional (de convenções)

-Direito secundário ou derivado (atos produzidos pelas instituições, estas instituições


produzem direito legislado e esse é este direito. )

Em forma simplificada vemos que se vem fazer um ordenamento jurídico que se vem sobrepor
ao direito nacional.
O direito secundário pode assumir diferente formas, diferentes tipos de atos jurídicos de
direito derivado:

-Regulamentos

-Diretivas

-Decisões

-Recomendações

-Pareceres

- Não é só isto pois a união europeia não está impedida de produzir outro tipos de atos com
outra nomeação e efeitos mas não é normal ela o fazer (ex.: comunicações, etc.)

As coletâneas que temos de comprar normalmente chamaria-se tratado de lisboa apesar de


estar errado pois o tratado de lisboa é uma versão atualizada do tratado de roma e o de
maastricht. Coletânea de tratados de 1957 e 1992. É por isso que, por exemplo, o artigo 288
do tratado oficial sobre o funcionamento união europeia faz referência a uma antigo
numeração.

Temos neste artigo o equivalente ao nosso artigo 112 da constituição pois fala dos atos
normativos que as instituições europeias podem praticar e que tipos de direito derivado
existem.

Podemos ter acessos a todos estes atos em documentos com designações específicas que
podemos ter acesso num site chamado EUR-Lex.

Os tipos de documentos onde pode estar a legislação da UE (repertório dos atos jurídicos é
como se chama online – o sítio onde podemos ver a legislação atualizada da UE):

-Acordos

-Diretivas

-Regulamentos

-Decisões

Vemos no repertório os atos organizados por temas de 1 a 20 e destes temas neste estudo
vamos estudar nem metade disso mas vamos percorrer muitos e estão organizados por muitos
capítulos. Antes a UC tinha nos arquivos um repertório da UE que era atualizamente
semestralmente mas custava muito e agora não custa nada.

Vamos estudar temas como o 01, 02, 05, 06, 10, 15. Há uma número à frente dos temas que
corresponde ao número de atos jurídicos associados aos temas. Os números de atos jurídicos
podem estar um bocado inflacionados porque, por exemplo, pode haver atos jurídicos que
referem o ambiente mas também de consumidor então ficam nos dois subtemas e repetem.

Pessoalmente o Euro-Lex tem uma boa organização de temas para exploração legislativa e lê-
se, por exemplo, uma diretiva de forma diferente. Primeira temos a designação da direita com
o seu título e o seu número e depois uma lista de países a quem é dirigido e pode incluir países
que não fazem parte da UE mas da EFTA. Depois também diz as várias línguas onde está
disponível o documento.

Vamos aprender depois como é importante dominar outras línguas porque pode servir para
sanar algumas dúvidas nas outras versões caso haja alguma na nossa. Os juízes têm que aplicar
o direito da união europeia e podem colocar uma dúvida ao tribunal da união europeia mas
pode evitar de sanar um dúvidar ao consultar o documento noutra língua podendo sanar tal
dúvida.

Vendo mais à frente na diretiva já fica mais normal mas também devemos saber que é
frequente na UE que costuma haver um artigo 2 a falar de definições pela natureza
multilinguística do ordenamento jurídica até pelos amigos falsos de alguns termos entre as
noções jurídicas das várias línguas.

No final do direito europeu temos artigos de transposição onde diz que os estados têm uma
data limite para adotar esta medida (ex.: até 12 de janeiro de 2023 vamos ter esta medida
implementada senão é uma infração). Pode também haver efeitos imediatos mal a publicação
no jornal oficial.

São feitas numa data

São publicadas numa data

São aplicadas numa data (vaccatio legis de normalmente 20 dias)

São definadas datas para a transposição.

É normal haver sempre anexos costumam ter um grande complexidade e costumam ser mais
bem entendidos por engenheiros. Os juristas não devem ignorar os anexos e os engenheiros
não devem ignorar o enunciado.

Até aqui vimos as instituições europeias, um pouco do ordenamento jurídico.

Agora vamos ver quais são os valores da união para depois percebermos o que acontece
quando são violados.

Estes encontramos logo no artigo 3 do TUE alguns destes valores fundamentais – tratado da
união europeia.

Valores fundamentais:

-Promover a paz

-Os seus valores

-Bem-estar dos seus povos

E outros (todos no artigo 3º)

Aqui estão os valores de 2 pilares dos 3 da UE.


A UE assume a responsabilidade de assumir ao nível internacional o respeito pelos valores
fundamentias.

No TUE artigo 6º vemos quais são os valores democráticos em que assenta a união europeia
tendo como exemplo:

-Princípios da liberdade;

-Princípios da democracia

-Respeito pelos direitos do homem

-Pelas liberdades fundamentais

-Princípio do estado de direito (e isto tem vindo a ser um problema na Polónia, Roménia, etc
principalmente na separação de poderes).

Como é que a UE tem sancionado violações do DUE por parte dos estados membros e que
organismo temos para isto?

Tema: Ação de incumprimento

Tribunal de justiça da união europeia

Artigo 259º (tratado de funcionamento sobre a união europeia)

Qualquer estado membro pode instaurar um caso em tribunal a outro quando detetar um
incumprimento mas isso não costuma acontecer.

O que mais acontece é a comissão europeia chamar a Polónia por violar o princípio do
primado. Isto apontaria por uma via de resolução judicial mas num caso como estes a via de
resolução não será judicial mas sim política e esta resolução política pode ser visto no artigo 7
do TUE.

Artigo 7 da TUE – pode haver uma via política para uma apreciação e sanção de um
incumprimento de uma obrigação por parte de estado-membro

Isto parece tudo mas ainda não chegamos ao princípio do primado.

Princípio do primado.

Para estudarmos este princípio, numa linha helkelsiana, vemos uma hierarquia entre normas
por hábito mas esta visão está cada vez mais em crise (havendo um texto de François Ost e
Michel van de Kerchove “De la pyramide au résau). Ao haver novas normas que se equiparam
aos mais altos cargos da pirâmide vemos agora mais uma rede e não um topo pirâmidal
exclusivo.

O princípio do primado diz que em caso de conflito entre uma norma nacional e da UE
prevalece a da UE.
Esta ideia da prevalência do direito europeu sobre a norma nacional parece ser inprescendível
ao bom funcionamento do direito europeu pois se os estados pudessem simplesmente
contrariar as normas europeias ia contra a ideia de harmonizar as ordens jurídicas e haver um
standart comum entre a comunidade europeia. Desde o nível de mercado comum e outras
coisas como a livre circulação de bens e pessoas.

Acontece que o princípio do primada não está escrito num tratado por não haver coragem
política para o escrever em 1957 ou 1992 (Roma e Maastricht) havendo só em 2004 com a
possibilidade da constituição europeia e foi aprovada mas para entrar em vigor alguns estados
membros exigiram referendo e em referendo foi chumbada e não entrou em vigor e portanto
2 estados membros (Holanda e França) em referendo fizeram com que chumba-se.

Neste projeto de constituição europeia havia uma artigo 10º que mostrava escrito este
princípio do tratado.

Artigo 10º: Direito da União

1. A constituição e o direito adotado pelas instituições da União no exercício das


compet...

Este princípio não está nos tratados mas é válido e é aí que entra o caso:

-Caso Flaminio Costa vs. Enel TJCEE 6/64 acórdão 15/07/1964

O direito europeu é extremamente jurisprudencial pois foram dados grandes saltos


qualitativos em virtude de decisões de tribunal.

Este caso é a fonte do princípio do primado da UE e até hoje é onde ele está consagrado.

Flamino Costa era acionista de uma empresa de energia italiana e esta foi nacionalizada e
perdeu essas ações e estrategicamente deixou de pagar a energia. Quando deixou de pagar a
ENEL (empresa nacional energia bla bla) foi falar com o homem e ele disse que não pagava
porque essa empresa violava as normas da comissão europeia da energia e vendo esse conflito
ficaram aflitos e o juíz sem saber o que fazer suspende o processo e manda para luxemburgo
para o TJUE e esses juízes responderam:

“Resulta do conjunto destes elementos que ao direito emergente do tratado (originário e


derivado aqui), emanando de uma fonte autónoma, em virtude da sua natureza originária
específica, não pode ser oposto em juízo um texto interno, qualquer que ele seja, sem que
perca a sua natureza comunitária e sem que sejam postos em causa os fundamentos jurídicos
da própria comunidade”.

Isto quer dizer que o direito europeu prevalece sobre o direito nacional mesmo o
constitucional. Esta decisão foi acatada pelo juíz e depois acatado pelos tribunais dos estados
membros. Foram suscitadas dúvidas sempre que houve uma revisão do tratado sobre meter
ou não este princípio mas nunca houve coragem política para tal. Adicionou-se nessa altura ao
tratado de lisboa um anexo que funciona como declaração conjunta dos 28 estados (na altura)
sobre o primado do direito comunitário. É uma mera declaração e não se sabe quanto valor
tem. Foi instaurada no ordenamento jurídico mais ainda foi implantado oficialmente num
tratado.
Dizem:
17. Declaração sobre o primado do direito comunitário
A Conferência lembra que, em conformidade com a jurisprudência constante do Tribunal de
Justiça da União Europeia, os Tratados e o direito adotado pela União com base nos
Tratados primam sobre o direito dos EstadosMembros, nas condições estabelecidas pela
referida jurisprudência.
Além disso, a Conferência decidiu anexar à presente Ata Final o parecer do Serviço Jurídico
do Conselho sobre o primado do direito comunitário constante do documento 11197/07
(JUR 260):

"Parecer do Serviço Jurídico do Conselho


de 22 de junho de 2007

Decorre da jurisprudência do Tribunal de Justiça que o primado do direito comunitário é um


princípio fundamental desse mesmo direito. Segundo o Tribunal, este princípio é inerente à
natureza específica da Comunidade Europeia. Quando foi proferido o primeiro acórdão
desta jurisprudência constante (acórdão de 15 de julho de 1964 no processo 6/64, Costa
contra ENEL [1]), o Tratado não fazia referência ao primado. Assim continua a ser
atualmente. O facto de o princípio do primado não ser inscrito no futuro Tratado em nada
prejudica a existência do princípio nem a atual jurisprudência do Tribunal de Justiça.

Este parecer, por estar transcrito numa declaração de um tratado passa de direito derivado
para direito originário.

Como é que Portugal resolver o problema da constituição ser a nossa cúpula do nosso
ordenamento jurídica e as diretrizes da união europeia.

O nosso artigo 8 da CRP resolve este quebra cabeças onde no número 4 deste diz:

“As disposições dos tratados que regem a União Europeia e as norams emanadas das suas
instituições, no exercício das respetivas competências, são aplicáveis na ordem interna, nos
termos definidos pelo direito da União, com respeito pelos princípios fundamentais do Estado
de direito democrático.”

A última parte diz que simplesmente se houver um norma europeia que viole os princípios
fundamentais do Estado de direito democrático aí a constituição prevalece. Mas isso não muda
muito porque aí não passaría pelo tribunal europeu.

Depois vamos dar sobre a crise da “cadeira vazia” onde, na altura da CEE, discutindo em
prenoite sobre a PAC, a França fechou o acordo e não queria requerer outra reunião. Fizeram
um “agree to disagree” e quase significou o fim da CEE e como não a queriam matar
continuaram com ela sobre acordo.

Se houver um norma europeia em conflito com uma norma nacional a europeia prevalece e a
nacional é desaplicada. A norma nacional não é inválida mas torna-se ineficaz no caso concreto
e é puxada para o lado pelo juíz.
Quando há um conflito com o direito constitucional pode-se resolver com:

-Normas de valor infraconstitucional (desaplicação da lei nacional contrária)

-Normas de valor constitucional (não apanhei)

Um estado membro pode instaurar uma ação contra o parlamento europeu porque a norma é
inválida ao nível de princípios fundamentais do direito internacional. Ele pode votar vencido e
recorrer em tribunal antes mesmo de haver um conflito interno indo ao tribunal para tentar
anular o ato.

O juíz do estado (reenvio judicial) pede ajuda para interpretar um norma ou apreciar a
validade de uma norma ao tribunal de justiça e o tribunal de justiça pode declarar inválida a
norma nacional sendo contrária aos tratados a norma é nula ou anulável com efeitos ex tunc
(retroativos) podendo haver declarar exceção a essa norma.

Vamos dar início depois da semana anterior começado a construir a casa pelo telhado vamos
agora começar pelo início e construir a casa pela estrutura.

Começando o estudo pelo princípio a professor dá referência por vezes para quem não seja
natural de um estado membro da UE uma obra que dá ideia do que irá ser o trajeto.

Sobre o acesso à informação em Due é no site eur-lex.

Sobre o site Cvria é onde encontramos a jurisprudência dos tribunais europeus (são 2) tribunal
geral ou tribunal de justiça e podemos procurar preenchendo um formulário com nome do
processo. Nome das partes, temas, etc. para encontrar aquilo que queremos.

A parte do nome de processo e nome das partes já exige um conhecimento prévio mas o
formulário avançado que dá acesso ao preenchimento a partir do tema facilita.

Ex.. Acórdão Marleasing que vamos dar mais tarde e é muito importante se procurarmos por
ele vai aparecer vária jurisprudência que refere este acórdão.

O acórdão deve ser Sitado pelo número de processo – C-106/89

C – em cúria

106- nº de processo

89- ano

Este número de processo é o de Marleasing.

Com isto terminamos a apresentação geral e entramos no ponto 1 da matéria.


Os pontos da matéria:

-Introdução ao direito da união europeia (basicamente cultura geral)

-A estrutura institucional da UE

-A ordem jurídica da UE – as fontes, como se relacionam, como vincula os estados membros,


etc.

-Relacionamento com os direitos internos dos estados membros

Normalmente as àreas do direito administrativo, etc. do direito interno tem a haver com o
direito europeu porque este tem vindo a influenciar o direito nacional (ex.: no direito penal há
uma diretiva que afeta o direito penal dos estados membros onde criminalizam os crimes
contra o ambiente). Isto para dizer que o direito europeu tem incidência nos mais variados
ramos do direito público e interno dos seus estados membros e vamos estudar como é quando
o direito nacional e o europeu discordam um do outro. Até na defesa num litígio podemos
invocar o direito europeu quando o nacional não protege como deve ser o cliente. Não há uma
àrea curricular aqui que não seja de alguma forma influenciada pelo direito Europeu.

Esta prática é portanto de enorme importância prática.

O começo seria por esta parte por aquilo que chamamos a pré-história e história do direito
europeu..

Pré-história porque antes de surgir a CEE já havia diversos movimentos na europa no sentido
de aproximação dos estados no sentido económico porque a criação de um espaço económico
único traz um benfício enorme de qualdiade de vida, direito dos consumidores e outras coisas,
Com esse objetivo a nossa primeira organização geral foi a CEE.

Nesta fase pré-histórica temos movimentos anteriores que prepugnavam pela criação de uma
europa unida isto já antes da WWII e depois desta isto foi muito mais nítido. A europa ficou
arrasado e só com um esforço conjunto dos principais autores permitiria prevenir uma terceira
guerra mundial e recuparar a economia e com uma bazuca que veio dos EUA (plano marshall)
mas com a condição da europa se organizar para a atribuição desses fundos.

Movimentos depois da WWII:

-Comité Internacional de Coordenação de movimentos para a unidade europeia “Congresso da


Europa” (1947) – debate-se a forma de se avançar para essa união - sítio onde nasceram as
duas correntes: uma união mais forte até ao nível política com órgãos superiores superiores
aos estados e com poder de organizar os estados

Não a transferência de poder a nenhum órgão pelos estados e eles coordenam-se

-Corrente unionista

-Corrente federalista
Organizações internacionais criadas

Intergovernamentais )significa que o estado têm uma representatividade equivalente nos


órgãos desta organizações (1 voto – 1 estado) – é mais respeitada a soberania dos estados)

 Organização Europeia para a cooperação económica (OECE) (1948, resultado do Plano


Marshall) (1961: Organização para a cooperação e desenvolvimento económico
(OCDE))
o (EUA, Canadá, Japão, Austrália, Nova Zelândia)
o Fins: expansão económica sã, crescimento do emprego, estabilidade
financeira, melhoria do nível de vida)
o Consleho da Europa (1949) Visa a promoção da cooperação política dentro da
Europa e o respetio pelos direitos fundamentais.
o Fins: «realizar uma união mais estreita entre os seus membros a fim de
savaguardar e promover os ideias e os princípios qeu são seu património
comum, é de favorecer o respetivo progresso económico e social»
 CEDH 1959
o Começou com 10 e hoje tem 47 estados membros

De intergração

 BENELUX (Bélgica, Países baixos e luxemburgo), 1947 – foi um embrião de integração


europeia e foi como um laboratório de teste dos vários passos depois dados ao nível
da CEE
 Comunidade Europeu do Carvão e do Aºo (1951) – a primeira organização europeia
supranacional com características quase federal foi a CECA. Foi a primeira comunidade
europeia a surgir e foi antes da CEE que foi a primeira organização europeia
supranacional GERAL.
 Dois setores da CECA principais:

A produção industrial de carvão

A produção industrial de Aço

Foi uma organização de cariz supranacional para regular a produção de carvão e aço.
Congregaram os esforços deste 6 estados para uma coisa aparentemente tão pequena e é
estranho só por dizer que ambas estas atividades são essenciais para as guerras e regulando
estas não poderá um estado orientar a sua produção para uma outra guerra e evitou essa
tentativa de rearmamento pelos estados. Era uam comunidade que tinha como competência
apenas controlar a produção destes dois. Esta foi um laboratório de testes para posterior
integração europeia através dos seguintes passos:

.Criação da EURATOM (ainda hoje existe e justificou pela mesma razão da CECA que era para
evitar os estados embarcarem no produzir de armamento atómico)

.Criação da CEE (tratava de todas as àreas económicas)

.Criação da CECA (tratado de paris 1951)

Dois tratados de roma celebrados em 1957 que tinham objetivos diferenciados. Criaram as
outras 2)
Integração funcionalista

Pais fundadores da UE disseram como viam o futuro da construção europeia e é celebre a


expressão de Robert Schuman que tinha funções na CECA como representação da alta
autoridade (equivalente à comissão europeia).

“A europa não se fará de um golpe, nem numa construção de conjunto: far-se-á por meio de
realizações concretas que criem em primeiro lugar uma solidariedade de facto”;

Conferência de peritos elabora o tratado

‘Natureza supranacional das funções da alta autoridade” (artigo 9 do tratado CECA) – deixou
de vigorar este tratado porque foi feito para vigorar 50 anos. Agora as competências da
matéria de carvão e aço estão imputadas à UE. Era o único texto normativo onde
encontrávamos preto no branco que a construção da unificação europeia seria feita tendo em
conta a supranacionalidade da organização. Não foi repetida entretanto e ninguém teve
coragem para tal e era isto que provava o princípio do primado.

As decisões anteriormente eram decisões formadas pela unamidade e o discurso deste queria
fazer uma aproximação entre os países ao nível económico é importante e disse que nem tudo
se faz imediatamente e algumas coisas como a livre circulação apareceu mais tarde e não de
imediato. Um passo de cada vez.

A ideia era criar um união de facto para que não haja mais guerra.

Por este discurso ser importante o 9 de maio é o dia da europa.

A história: surgimento e evolução (Paris, Roma, Maastricht, Amesterdão, Nice, (Roma), Lisboa)

Vamos dar estes tratados como se fossem revisões constitucionais e estes tratados são como
revisões dos tratados originais. Estas cidades têm símbolo a presidência da União Europeia. No
final de cada presidência (semestre europeu) há uma reunião cimeira de chefe de estado e
governo e normalmente é nestas que se discute a revisão de tratados. (Em Maastricht reveu-
se os tratados anteriores de paris e Roma), Amesterdão o mesmo agora também com
Maastrischt e por aí a diante, Roma em parênteses foi a falha da constituição europeia que
teria feito uma reorganização em termos de tratados e também em termos termológicos pois
falava já do princípio do primado e pôr os pontos nos is. Não temos leis europeus mas sim
regulamentos, não temos quadros de lei mas sim diretivas mas temos a atividade legislativa e
isto não faz sentido. Houve coisas desta constituição que passaram e outras que infelizmente
não.

Agora vamos tentar perceber nos tratados de revisão a partir de uma leitura doutrinal que
consistem em dizer que a UE em sentido amplo (CECA, CEE e UE), a evolução tem se dado ao
longo de 3 linhas (Alargamento, aprofundamento, aperfeiçoamento). Nos tratados de revisão
estas foram fazendo uma coisa das 3.
Alargamento (da união europeia é o entrarem mais estados membros e isso faz-se a partir de
processo da união europeia – devemos ter conhecimento que a adesão é um processo
unilateral, etc. e tecnicamente a adesão à UE chama-se adesão porque é o Estado
unilateralmente se vincule mas isso não quer dizer que os estados membros existentes e a UE
em si não tenham nada a dizer e a aceitação depende de uma votação unânime dos estados.
Vamos ver isto quando estudarmos o ordenamento jurídico da União mas temos que saber
que se chama adesão e como sabemos isto traz relações jurídicas complicadas e demora anos
porque durante certo período a UE verifica o caráter democrático no funcionamento dos
nossos órgãos, a nossa organização até sobre o ponto de vista económico sobre o nosso
défice, etc. O processo é demoroso tanto como o processo de saída e isto é assim porque os
estados muitas vezes têm de fazer alterações para estar dentro dos parâmetros europeus (Ex.:
Portugal tinha uma tributação aduaneira muito alta e tivémos que abolir e o estado tinha que
ir buscar esse dinheiro a algum lado e houve reformas fiscais como sobre as empresas, etc.).
Portanto isto implica uma alteração na organização do país mas a verdade é que se o país for
inteligente e rico é feito rapidamente e facilmente. Havia prazos que portugal teve que
cumprir. Portugal até teve que assinar uma cláusula no tratado de Lisboa onde os
trabalhadores portugueses não tinham liberdade de circulação ainda porque estavam numa
saída da ditadura então França quem pediu por essa cláusula para que não fosse inundade de
trabalhadores. O mesmo para nós onde pedimos por um período de transição onde, com
medo de perder soberania económico tomou algumas medidas.
A regra é essa, o estado que entrar tem que aceiter basicamente totalmente o acervo
comunitário (podendo negociar algumas coisas como prazos, etc.) mas têm que aceitar em
bloco. Cada estado tem as suas pequenas preocupações.

O processo de adesão pode ser mais suave, o nosso foi meio brusco por suspeitaram da
democracidade do nosso estado, os trabalhadores a encher os mercados de trabalho de
outros, etc. Mas isto não se viu e a verdade é que as pessoas deixam de emigrar um bocado
com expectativas pelo país com o receber de fundos e o desenvolvimento interno do país traz
esperança pelo país, etc.

Agora para a Suécia, etc. eles já acompanhavam à muito tempo o progresso legislativo
europeu e ia, antes de se juntar já iam-se adequando o seu ordenamento jurídico para facilitar
a adesão e o mesmo com a polónia. Claro que é mais fácil para os países que tenham PIB acima
ou na média europeia e receiam aqueles abaixos da média até por causa da coesão europeia
onde procuram apoiar os países abaixo da média e isso vem do orçamento europeu. Quando
Portugal soube que 10 países do leste entraram e eram mais pobre que nós ficamos cheios de
medo tipo lá vão os nossos fundos de coesão mas a verdade é que a UE tem essa coesão.

Até ao Brexit tivemos só alargamentos mas agora tivemos o nosso primeiro “estreitamento”.
Adesão de novos estados

Primeiros: Alemanha, Bélgica, França, Itália, Luxemburgo, Países Baixos

1973: Dinamarca. Irlanda e Reino Unido

1981: Grécia

1986: Portugal e Espanha

1995: Ástrua, Finlândia e Suécia

2003: República Checa, República do Chipre, República da Eslováquia, Eslovénia, Estónia,


Hungria, Letónia,Lituânia, Malta, Polónia

2005- Bulgária e Roménia (vigor 1 de janeira de 2007)

2011- Croácia (vigor 1 de julho de 2013)

2020- Brexit (negociações) – para sair

Países candidatos (Macedónia, Turquia)

Critérios económicos e políticos – 49º TUE

Na UE há um peso relativo dos estados havendo em relação de população números de


deputados para cada estado membro. Quando se juntam novos países além de se
redistribuirem os fundos de coesão também o peso de deputados também o é.

Um à parte:
Está em organização pelo núcleo associativo para os estudos europeus de Coimbra juntamente
com o EURAET de órgão de divulgação e a federação nacional para os estudos europeus estão
a organizar a 4ªacademia europeia e tem decorrido nos arredores de coimbra e está em Mira
nos dia 5,6 e 7 de Novembro.

O tema alterações climáticas e economia circular na União Europeia a professora vai


apresentar se conseguir fazer match do tempo. Normalmente têm bons contactos com
eurodeputados, etc.

Ainda sobre o alargamente já falamos do respeitamento dos valores previsto no tratado para
se juntarem à UE e só assim se pode candidatar à UE e o processo de adesão passa por todas
as instituições europeias,

O conselho europeu vai avaliar os critérios de legibilidade ( este é o conselho de topo com os
chefes de estado)

Para além das instituições europeias os estados membros têm voto na matéria e podem ou
não aceitar a adesão. Até agora tem sido possível ser levado a bom tempo esse alargamento.

Isto está no artigo 49,

Surge com o tratado de lisboa este artigo 50 que refere a saída da comunidade europeia. Antes
não era referido porque não queria abrir a caixa de pandora e era um progresso óbvio e
pensavam que ninguém queria voltar atrás.
Quando se aprovou a subsequente revisão do tratado de lisboa após a falhada constituição. O
reino unido implicou para ser escrito o artigo 50 e pensavam que ninguém sairia mas já vimos
que não. O processo parecia simples mas o artigo 50 provava algo que não era verdade e o
processo de separação é muito demoroso e complicado.
Ex.: Há uma reator nuclear no reino unido que é da EURATOM e é preciso para investigação da
fusão nuclear a quente em vez de fissão nuclear porque não traz lixo e explosão. Já foi possível
manter processos de fusão durante admiráveis dois segundos e isto para dizer que a
EURATOM estava a contar com este reator britânico e financiamento britânico. E sendo um
estado que recebeu muito dinheiro e podemos dizer que muitas das investigações e o dinheiro
associado ia para o reino unido até pela facilidade linguística e agora pergunta-se como é. Se a
UE feicha a torneira e deixa muita gente desempregada, etc.

Depois a liberdade de circulação e as empresas sedeadas ou com filiais no reino unido. Os


trabalhadores do reino unido de outros países e querem saber se deixam de ser cidadãos da
UE, e a diversidade de documentos necessários agora. Quais os direitos dos cidadãos do UK
quando vêm a Portugal de férias, etc. Há muito a negociar o problema acontece quando não
há acordo e foi o que aconteceu e as negociações estão mais a resolver-se em termos do
direito nacional e não nacional.

Antes deste tratado dizia-se só nas imaginações académicas diziam que o estado como tinha
liberdade de entrar também de sair nos moldes do DIP e não do europeu.

Outras linhas de evolução do processo de integração europeia.

Aperfeiçoamente e aprofundamento

Ocorrem também no momento de revisão dos tratados. Os tratados vêm aperfeiçoar e


aprofundar o processo de integração europeia

Diferença entre aperfeiçoamente e aprofundamento

Aperfeiçoamento- é uma melhoria nos processos deliberativos e em geral nos processos de


funcionamento das instituições europeias (ex.: deixar de ter processos de tomada de decisão
que são por unâmidade e ter por maioria é aprefeiçoamente porque é mais frágil) (ex.: criação
de novos órgãos que representam melhores os cidadãos europeus (ex.: Comité económico
social e o comité de regiões) porque o processo ficou mais democrático pela maior
representação das pessoas – comité económico e social com os setores dos interesses
profissionais, sociais e económicos (representantes das federações e confederações
empresariais, profissionais, etc) e das regiões (representantes das várias regiões autónomas
que não o governo central (ex.: espanha com todas as suas) com, por exemplo, com os açores
e madeira. Isto não causa mais eficácia porque é mais difícil ter consensos mas é mais
democrático pela sensação de mais representatividade dos grupos.
Melhoria dos procedimentos de deliberação e executação seja no sentido mais eficaz ou mais
democrática

No tratado de Lisboa surge que a comissão pode praticar atos delegados porque fica mais fácil
de atuar e é mais espedita. Pode ser delegado a ela competências. A comissão tem pouca
gente e é fácil de tomar decisões. Agora no parlamento tem muita gente e é mais difícil. O
mesmo com o conselho de ministro porque os chefes de estado têm os seus estados a tratar-
Aprofundamento- a ampliação do conjunto de competências que são transferidas dos estados
membros para a UE. No tempo do surgimento da CEE as competências dela restringiam-se
para além da liberdade de circulação de bens, pessoas e mercadorias restringia-se à legislação
do mercado, política agrícola comum (principalmente para os grandes produtores e quanto
mais se produzia melhor e ganhava mais para ganhar capacidade de produção própria para nos
livrar-nos da dependência do bloco soviético. Foi aasim criada a PAC para que os agricultores
produziam-se depois viu-se que os fundos eram pretensiosos e os Franceses ficavam com
tudo. Portugal não recebia muito por não ter condições e era uma situação de desigualdade e
foi preciso mudar alguma coisa e até a certa altura produzíamos a mais e eram destruidos
litros e litros de lei e alimentos e foi um período negro e chocante que fez uma má imagem.
Além disso houve um esverdeamento da PAC e agora muitos dos auxílios da UE são
fundamentalmente para fomentar boas práticas agrícolas seja pela práticas de agricultura sem
uso de bioquímicos, fertilizantes químicos e financiam as práticas do pousio e outras coisas
sustentáveis como a rotação de culturas, etc. Financia atividades agrícolas que sejam benéficas
para a vida selvagem (ex.: Muros que separam as terras principalmente no norte e são agora
como habitats e meios de circulação para vida selvagem. No sul temos barragem com sistemas
de irrigação que permite outras culturas como produção de vinho e oliveira. Onde antes
tinhamos uma searas enormas agora temos as árvores de olivais intensivos e isto está a fazer
com que portugal que antes era um países de turismo de observação de aves, e temos a ave
maior da europa e agora não conseguem aterrar e estão a deslocar-se para a polónio e por isso
devemos pensar a nossa produção agrícola. A PAC teve então um objetivo de independência e
agora não e isto chama-se aprofundamento pois agora tem também competência para
construir uma agricultura sustentável mais do que tudo- no sentido em que não havia
competência em matéria ambiental) e liberdade não apanhei. Agora há políticas de coesão
territorial, energética, etc. e tudo isto são políticas novas. Até se fala agora de uma tentativa
de atribuição de competência à UE em matéria de saúde e a pandemia mostrou isso. A
professora não diz em tudo mas sim em situações especiais que põe em causa a livre
circulação de situações.

As grandes revisões dos tratados:

-1º tratado de revisão – tratado de fusão que veio rever os tratados de Paris e Roma –assinado
em Bruxelas em 8 de abril de 1965 e que entrou em vigor em 1 de julho de 1967, que institui
um Conselho único e uma Comissão única das 3 comunidades Europeias.

Nos primórdios da criação das primeiras organizações europeias perceberam que a duplicação
de órgãos não funciona entre CECA e CEE e definiram os órgãos como comum até porque os
estados eram os mesmos. As instituições europeias passaram a ser únicas e daí a chamada
unidade institucional (a CECA despareceu ao fim de 50 anos) Manteve-se a CEE e depois
apareceu a UE que coexistiram durante algum tempo mas já com unidade institucional vindo
UE a substituir a CEE e das originárias só a EURATOM subsistiu mas ainda com unidade
institucional na UE.

As instituições são as mesma para a UE e EURATOM.

2ª revisão dos tratados foi AUE ato único europeu:

 Consagrou formalmente a existência do conselho europeu (já definia que os chefes de


estado se reuniam ao mais alto nível mas não havia composição até aqui)
 Criou a “cooperação em matéria de política estrangeira”
 Alargou os poderes do Parlamento Europeu (aprofundamento) (procedimentos de
cooperação e parecer favorável)
 Clarificou a função executiva da Comissão e atribui novos poderes...

3ªrevisão – tratado de Maastricht entrou em vigor em 1 de novembro de 1993 (altera a


designação da CEE simplesmente para “comunidade europeia”). Cria União Europeia. Além de
ser um tratado de revisão também é um constitutivo pois cria a UE fazendo assim o 4º tratado
constitutivo.:

 Cria a União Europeia


 A CEE a ser apenas Comunidade Europeia
 Cria o comité das regiões
 Refere expressamente o objetivo de proteção dos direitos fundamentais
 Criação do conceito de cidadania da união europeia

4º - tratado de amesterdão – com maior aprofundamento e aperfeiçoamente

5º tratado de Nice – volta a aperfeiçar e traz a maioria e maioria qualifica maioritariamente


tirando a unâmidade.

6º- tratado que estabeleceu uma constituição na europa mas não avançou. Vinha com uma
carta de direitos fundamentais e foi aprovada mas fora do tratado e não dentro da
constituição. Inicialmente quando foi aprovada era uma mera proclamação do parlamento, da
comissão e outros e era discutido qual o valor porque era direito derivado até que foi
instituido no tratado de lisboa. O tratado reformador (o da constituição) não entrou em vigor.

Não passou a designação correta dos atos jurídicos e “tudo o que cheira-se a constituição”.
Para os juristas o pior que não passou foi aquilo sobre o primado e o reconhecimento do
primado e o princípio si ne quan non comprovaria isso. O artigo 50 no tratado de lisboa e o
reforço do poder do provedor de justiça europeu mais tarde refirido no tratado de lisboa
também foi depois feito para acalmar os eurocéticos porque fizeram uma campanha fortíssima
contra a constituição anterior e a tentativa de a acalmar.

7º- tratado de Lisboa por fim.


A professora deu speedrun por estes tratadose faltam muitos aspetos.

Natureza juridica da UE

As instituilções europeias que temos neste momento (UE e EURATOM) são transnacionais mas
na doutrina as pessoas discutem se este direito da UE é:

-Direito internacional (as regras de funcionamento de UE são diferentes das outras


organizações internacionais)

-Direito estadual

-Direito federal

-Direito supranacional

As outras hipóteses vamos descartar

Não é:

-Internacional

 Direito interno das Organizações internacionais


o Direito material (temos muito direito material que afeta diretamente os
cidadãos e é mais do que simplesmente um mero direito inetrno)
o Efeitos externos das normas (as normas da UE não vinculam apenas os estados
membros como na ONU aqui vinculam não só os estados membros mas
também a nós. Ex.: regulamento rodoviário de mercadorias – diz quantas
horas um condutor de camiões pode conduzir seguidas, etc. Os cidadãos são
afetados diretamente pelas normas europeias (não leis porque o tratado
reformador não seguiu em frente). Um cidadão europeu pode impugnar
normas nacionais pela europa.)
o Sujeitos (isto culmina que os sujeitos de direito europeu não são só os estados
criados mas também os estados membros, as instituições e os cidadãos
europeus. Não só as pessoas físicas mas as pessoas jurídicas como as
empresas, etc. e todos somos sujeitos de Direito europeu)
o Relações de subordinação
 Aplicabilidade direta.
 Primado
 Jurisdição compulsória do TJ (o direito europeu não é simples direito
internacional é o facto do tribunal europeu ter jurisdação compulsória,
por exemplo, no TiJ não é assim pois só quem quiser nos estados
membros é que fica sobre a jurisdição deste mas na UE quem entra
como estado membro fica obrigatoriamente sobre a jurisdição deste)

São mais que muitas as políticas da união europeia e que têm sido adicionadas às
competências da UE.
-Estadual (a professora vai saltar este)

-Federal (este também)

Supranacionalidade

Porquê?

 Pela personailidade jurídica – têm as organizações europeias artigo 281º “A


comunidade tem personalidade jurídica” (TCE – tratado de roma); artigo 6 “A união
goza de personalidade jurídica” na constituição europeia. Até 1992 tinhamos a CEE até
lá perdeu o seu cariz económico e teve mais cariz económico e social (ex.: O
trabalhador tinha direito a reunir com a sua família e a família tinha direito a ir com ele
para outro estado) depois estabeleceu-se com UE 3 pilares que era (CE onde valiam as
liberdades, etc); Cooperação da saúde, justiça e assuntos internos; e a cooperação em
assuntos externos) e então aqui assentava a UE. No tratado de 1992 não havia
nenhum artigo em que estabelecia os outros dois últimos pilares na UE mas isso gerou
discussões meia noite e até nas aulas explicavam que no tratado de maastrischt não
referir que a UE não tenha personalidade jurídica isso não significa nada porque a
personalidade jurídica era reconhecida por terceiros e não por própria. Isto acabou
com o tratado de Lisboa acalmando essas vozes e diz-nos expressamente que a UE tem
personalidade jurídica e tem a liberdade de celebrar contratos e relações com outrém
e assumir responsabilidades também; Tratado da União Europeia (Lisboa) Artigo 47 “A
união tem personalidade jurídica”.
 Tem poder de celebrar tratados provenientes da sua personalidade jurídica ( artigo
218º está previsto o procedimento para celebrar acordos com outros). O
procedimento inicia-se por autorização do conselho que permite à comissão a inicar o
processo para negociar os acordos que vinculam os estados membros e não podem
dizer o contrário.
 Responsabilidade – tem regras de responsabilidade (artigo 340 – fala da
responsabilidade contratual e extracontratual)
 Poder de criar direito (artigo 288 – pode criar direito sem os estados e contra os
estados porque é votado por maioria. O poder de criação autónoma de direito
mostrando a sua supranacionalidade)
 Aplicabilidade direta e efeito direito do direito europeu – a professora vai explicar mais
tarde pela complexida
 Políticas comuns (ex.: PAC, Transportes, etc.)
 Poder de revisão autónoma – pode rever os tratados e não depende da opinião dos
estados quando se faz um processo de revisão simplificado mas quando é ordinário é
preciso envovler os parlamentos nacionais
 Tem instituições autónomas – tem instituições que não dependem dos estados. Tem
alguns como o conselho que depende da vontade dos estados membros. Mas por
exemplo na comissão os comissionários são enviados pelos estados mas o seu poder
de decisão não depende dos estados (artigo 17 da TUE – fala sobre a comissão
europeia onde diz que promove o interesse da UE e portanto não depende do estado e
depois há outros como o 19/2 sobre tribunais ,etc.
 Recursos próprios – tem fontes próprias de recursos que não são recursos cedidos
pelo estado – como por exemplo a receita aduaneira que entrar na UE e é uma receita
direta da UE mas é recolhida pelos estados mas cobrados em nome da UE e tem
recursos próprios de financiamente sendo esse o principal embora haja outros
baseados nos orçamentos do estados mas são mais indiretos (ex.: percentagem da
quota do iva e por isso mesmo há também regulamentação sobre ele)
 Jurisdição obrigatória – a jurisdição do TJ da UE é uma jurisdição obrigatória para os
estados membros. Temos o tribunal geral que trata de questões mais comuns e outras
cenas.

Direito Supranacional é a natureza jurídica mais considerada no DUE e algo que é considerado
o geral aceite na doutrina Europeia.

Agora vamos entrar na parte mais importante e ainda que seja descritiva é uma com análise e
que é o estudo da estrutura institucional da UE

Quais são as normas que organizam o funcionamento desta pessoa coletiva de direito
internacional público que é a UE.

As pessoas coletivas para atuar têm órgão e vamos ver quais são os órgãos da UE.

EM linguagem técnica da UE vamos estudar o quadro internacional europeu – grupo de órgãos


e institutos que têm diferentes competências para fazer a UE exercer as suas funções.

As competências são definidas pelos estados membros e os estados membros decidem as


competências da UE. Os estados membros detêm a competência sobre as competências. (ex.:
amanhã está a ser discutida a votação uma nova lei climática e talvez a partir de amanhã
teremos uma e não teve de dar explicações a ninguém e tem as suas competências que quis
ter.

Na UE não é bem assim porque tem as competências delegadas pelo estado e não pode abrir
asas para além do que está definido dos tratados que tem uma função equivalente à
constituição de definir competências. Aqui há regras onde permite a possibilidade de
integrações de lacunas que é algo diferente do direito europeu comparado ao DIP onde não há
lacunas e os estados vinculam-se pelo que querem e não podemos dizer que é um lacuna.

Na UE é possível esta.

A competência da UE chama-se delegada e não originária como nos outros países.

Quem atribui estas atribuições são os seus órgãos ou em alguns casos instituiões.

Os tratados encontram-se compilados no jornal oficial da UE e as competências dos órgãos e


instituições da UE estão definidas as competências nos:

-“tratados” – porque não são formalmente uma constituição


-Temos um conjunto de direito derivado (o que é adotado pelas instituições e não vem dos
tratados). O relativo ao funcionamento e constituição dos órgãos está neste direito derivado
que é adotado pelas instituições e não pelos estados membros e isto é visto nos regulamentos
internos.

O repertório da UE – coletânea de toda a legislação (lato sensu) porque não é bem legislação –
compilada de forma organizada algo que não temos em Portugal. Na UE temos uma publicação
estrutura e organizada por temas e o que nos interessa agora é o 1.40 sobre as disposições
institucionais.

Devemos saber que além dos tratados existem também normas de direito derivado quanto ao
funcionamento das instituições. Um regulamento vai estar nos materiais.

Índice do direito institucional da UE

Unidade institucional- quando surgiu havia órgãos que eram comuns às 3 ucomunidades
(euratom, ceca e outra) e outras que não eram como a comissão (alta autoridade na CECA) e o
conselho e falamos disso quando fizemos um périplo pelos vários tratados da história.

O que é certo é que desde muito cedo passamos a ter algo unificado.

Ficamos apenas com uma instituição no final que tinha competência das 3 unidades.

Com o tratado de Maastrischt e surge a UE houve uma preocupação de reafirmar a unidade


criando o chavão quadro institucional único não fazendo os mais distraídos considerando a UE
como nova organização e não haver dúvida que esta criação não significou criar novos órgãos
ou instituições e existe muitas referências a um quadro institucional única e com a UE
ampliaram as suas competências seja na política externa e segurança comum como outra que
me esqueci.

Agora que só temos a UE e a Euratom o que temos é uma estrutura institucional com uma
estrutura diferente conforme o assunto que estamos a tratar.

 Da unidade institucional ao quadro institucional único


 Dicotomia órgãos/instituições
 Estrutura institucional
o O conselho europeu
o O parlamento
o O conselho
o A comissão
o Outros

A comissão europeu é o órgão europeu por excelência. A estrutura institucional básica da UE


apoia-se nestas 4 instituições mas temos uma evolução e vamos ver como chegámos aqui.

TUE artigo 13

A União dispõe de um quadro institucional que visa promover os seus valores, prosseguir os
seus objetivos, servir os seus interesses, os dos seus cidadãos e os dos Estados-Membros, bem
como assegurar a coerência, a eficácia e a continuidade das suas políticas e das suas ações. As
instituições da União são:

— o Parlamento Europeu,

— o Conselho Europeu,

— o Conselho,

— a Comissão Europeia (adiante designada "Comissão"),

— o Tribunal de Justiça da União Europeia,

— o Banco Central Europeu,

— o Tribunal de Contas

No TCE tínhamos um artigo 7 mas faltava o conselho europeu no pré-lisboa e tinham que dar
tal explicação e com o tratado de Lisboa atualizaram isto e puseram este conselho. O artigo 7
era já desatualizado.

O que nós vamos fazer é estudar o direito institucional da União segindo a ordem do artigo 13
e tem uma ordem lógica e começa pelas instituições de direção e as últimas 3 são de controlo
e não direção.

Portanto as instituição são as do artigo 13 e é importante saber que as instituições como a UE


só atuam dentro das competências que lhe são transferidas pelos tratados. Ex.: vamos estudar
que quem tem o poder de iniciativa é a comissão europeia e não podem eles dizer no
parlamento que como a comissão demora muito fazer por eles isso a proposta legislativo.
Claro que pode solicitar à comissão pela proposta mas não pode fazê-lo por moto próprio.
Cada instituição se limita às suas competências.

Se alguma instituição for além dos poderes que lhe são atribuídos pode haver um recurso de
anulação anulando assim o ato a partir do tribunal de justiça com vários fundamentos que
vamos estudar (vício de forma, etc.)

As instituições relacionam-se entre si de forma leal porque a legitimidade de cada instituição é


muito diferente e por isso esta é importante. Parlamento a sua legitimidade é dos cidadãos, da
comissão é derivada de proposta dos governos do estado que é aceite ou não pelo parlamento
europeu, no conselho a legitimidade é pelas eleições legislativas internas de cada estado
membros sendo os membros dos governos de cada estado-membro.

É possível que com legitimidade e defendendo interesses tão diferentes é normal haver atritos
e já aconteceu uns recorerem à ação de outros no TJ. Isso não significa que seja uma ação de
última instância.
Estrutura orgânica

Competência dos órgãos:

 Internas
 Externas:
o Extra comunitárias
o Intra comunitárias

Interna é a competência entre as instituições da UE.

As externas são competêncais que as instituições exercem mas que iradiam e provocam
efeitos jurídicos fora do quadro institucional europeu (ex.: Quando pedem aos estados para
preservar um objeto histórico) Provoca efeitos noutros sujeitos da UE e quais são eles:

-Instituições da UE – que podem agir umas contras as outras

-Os 27 estados membros e são os principais sujeitos pois sem eles ninguém funciona e o fazem
funcionar nos seus países seja a partir da polícia, tribunais, órgãos legislativos que transpoem
diretivas europeias, etc e deram origem à UE e remeteram algumas das suas competências;

-Os cidadãos da união europeia – enquanto cidadãos da UE temos o direito de recorrer


diretamento ao direito da UE e usá-lo contra o nosso direito nacional e estado nacional sempre
que os nossos direitos se põem-se em causa e isso é algo raro em DIP onde os tratados têm
raramente isto de ser executados ao nível nacional por medidas legislativas e são self-
executing como dizem.

No DUE temos o poder de recorrer a algumas normas europeias que podemos fazer valer nos
nossos tribunais nacionais. Isto vai ser importante quando estudarmos o efeito direto das
diretivas comunitárias e muitas das vezes o caso prático é sobre isto. Envolve um cidadão que
envolve uma diretiva europeia que quer transpor essa para o seu caso para se proteger, etc.

Isto para falar das competências externas dos órgãos da UE que vinculam os estados e
cidadãos.

Dentro das externas temos as Extra e intra comunitárias. Os autores não abandonaram esta
definição de comunitária porque é mais prático e não é errado apesar de ser mais correto
unionista pois não há uma comunidade mas sim uma união.

As intra são aquelas que se exercem vinculando apenas os sujeitos da UE

As extras são aquelas competências que acabam por produzir efeitos que não são só nos
sujeitos da UE (Ex.: Aquilo do mercosul onde tem poder para negociar com empresas do globo
e ameaçou que são não houvesse políticas de maior proteção na amazónia ameaçou de não
fazer negócio com eles) (outro ex.: Microsoft que é player importante na Europa estão sujeitos
a leis europeias cá como na RGPD (regulamento geral de proteção de dados). Há empresas que
atuam no território europeu e têm que respeitar as regras europeias e na medida que faz esse
software usado na europa tem que respeitar o RGPD e foi condenada pela UE por abuso de
posição dominante onde vendiam um pacote de software que vinha com um antivirus e não
dava para comprar o software sem o virus e obrigava a ter o virus também não vendendo o
software em separado (tying deal).

Tipos de órgãos:

-de direção política

-de direção, decisão e execução

-de controlo

-auxiliares

Órgãos da UE » Instituições da UE

Nem todos os órgãos são instituições. Já vimos as instituições e fora destas temos por ex.:
comité económico e social, comité das regiões, agência europeia do ambiente, etc.

Quando falamos da comissão europeia ou parlamento europeu podemos dizer que é órgão ou
instituição mas se falamos de comité não podemos falar de instituição mas apenas órgão.

Materialmente a diferença entre órgãos e instituições

As instituições equivalem aos órgãos de soberania do direito interno (connosco são os


tribunais, o parlamento, governo, etc. – os detentores do executivo, legislativo, judicial)

No plano interno é fácil de dizer como se distingue os poderes mas na UE uma vez que as
instituições se articulam para o exercício do seu poder não podemos dizer que o parlamento
tem o poder legislativo porque o tem em conjunto com a comissão e o conselho que dá mais
legitimidade porque dá uma representação a, por exemplo, uma diretiva que sai de lá.

É um bocado mais difícil dizer como os poderes fundamentais se dividem pela UE mas a ideia é
que as instituições têm poder deliberativa mas o resto são órgãos auxiliares.

Vamos entrar no estudo dos diferentes tipos de órgãos conforme as suas funções.

De direção política – imprimem à união os impulsos políticos:

 Parlamento Europeu
 Conselho Europeu
 Conselho (toucur (forma pequena)) mas podemos designar conselho de ministros da
união europeia
Parlamento Europeu e começamos por ele porque sempre foi considerado mesmo quando se
chamava apenas assembleia no primórdios da CEE sempre foi considerado o elemento mais
nobre da UE. Artigos 223-224 até pela sua composição e números de membros.

A distinção entre parlamento europeu e os conselhos é enorme porque o parlamento europeu


é o único órgão para a qual nós cidadãos contribuimos através da nossa escolha e votamos
apenas para este parlamento e portanto há uma diferença de legitimidade brutal. Isto não
acontece ao nível nacional porque votamos presidenciais, legislativas, etc.

Por este motivo é a mais importante.

Vamos ver a evolução e outras coisas.

Evolução

 1957-1962- Assembleia
 30 de Março de 1962- Resolução: “PE”
 1986- AUE- “PE”
 8 de Outubro de 1976 – Eleição por sufrágio direto
 6 de Março de 1993 – diretiva de harmonização dos direitos eleitorais

Antes era votado de forma indireta a partir dos deputados de cada parlamento dos estados
membros e agora é direto por todos os cidadãos.

Isto está previsto do artigo 223/1 do TFUE mas esgotou o seu vigor normativo a partir que se
definiu o sufrágio normativo direto.q

O parlamento europeu tem uma relação muito direta pelos cidadãos na medida em que
quando se criou a UE criou-se a cidadania europeia. No artigo 20º temos a lista dos direitos
dos cidadãos da UE e um dos direitos é o no nº2 onde diz:

2. Os cidadãos da União gozam dos direitos e estão sujeitos aos deveres previstos nos
Tratados. Assistem-lhes, nomeadamente:
a) O direito de circular e permanecer livremente no território dos Estados-membros;
b) O direito de eleger e ser eletiso nas eleições para o Parlamento Europeu, bem
como nas eleições municipais do Estado-Membro de residência, nas mesmas
condições que os nacionais desse Estado;

Esta última parte “nas mesmas condições” foi adicionada no de Maastrischt e é fundamental
de acrescentar.

Outros direitos de cidadania vai ser uma temática que vamos abordar mais à frente

Para já vamos olhar para esta norma homóloga do artigo 20, que é o artigo 39 do CDFUE que
fala do “Direito de eleger e ser eleito nas eleições para o Parlamento” e diz:

1. Todos os cidadãos da União gozam do direito de eleger e de serem eleitos para o


Parlamento Europeu no Estado-Membro de residência, nas mesmas condições que os
nacionais desse Estado.
Natureza da instituição é importante para distinguir entre as várias instituições

O parlamento europeu pela sua natureza é o porta voz das visões e ideologias dos cidadãos
diferentemente da comissão europeu e do conselho europeu e do conselho.

Composição – parlamento europeu tem um número de deputados que pode variar mas não
pode ser superior a 750 mais o presidente. Pode parecer superior comparadamente com os
nossos números de deputados mas se pensarmos na proporcionalidade de representatividade
até vemos que em Portugal temos mais deputados em comparação. Para poder discutir ou
diminuíamos muitos os nossos ou deixávamos tar.

Na UE é difícil mudar esta composição porque resulta de negociações políticas entre os


estados. Se fizermos as contas entre o número de euro deputados de estados membros com a
sua população. A alemanha e a polónia tem mais euro deputados do que a Malta e
Luxemburgo e por isso cada euro deputado da alemanha representa mais pessoas do que os
outros países. Luxemburgo é um estado fundador e por isso não aceitaria meio euro deputado
e sempre houve ali na distribuição dos lugares houve um atenuação no número de deputados
no campo dos países e os países grandes não têm tanto como deveriam e os pequenos tantos
como têm se seguissemos uma regra de 3 simples.

Com a saída do UK há novas negociações quanto aos lugares a ocupar.

Tal como acontece na ponderação dos votos do consleho também aqui os estados sabem que
determinadas alianças políticas dentro do parlamento conseguimos alcançar certas maiorías.
(Ex.: Portugal e Esapanha aliam, etc.) Para evitar essas alianças é que a Organização interna do
parlamento europeu não reflete origem nacional dos eurodeputados mas sim partidos
políticos europeus. Para evitar solieridade regional entre países e blocos nacionais. São
organizados e distribuídos em função dos partidos que representam para haver um diálogo de
ideologias e não de nações.

Os grupos maioritários são o Renew Europeu e o PPE (partido popular europeu)

Análise da importância dos grupos políticos europeus

Visam diluir as tais alianças nacionais e sim alianças ideológicas. Há uma importância de no
próprio tratado se frisar (no artigo 12 CDFUE) a importância destes. Para se por isto neste
documento é por isso que se considera muito importante esta organização por partidos
políticas em vez de nacionalidade.

No TUE também consagra isto no art 10/4: Os partidos políticos ao nível europeu contribuem
para a criação de uma consciência política europeia e para a expressão da vontade dos
cidadãos da União.

Parlamento funciona em plenário em Estrasburgo e em comissões parlamentares em Bruxelas.

Funcionam maior parte das vezes o que facilita o encontra com a comissão e conselho que se
sediam em Bruxelas.
Há uma lista de comissões permanentes:

E outros...

Temos como atual presidente do parlamento europeu Sasoli

Algo que nos interessa no parlamento europeu é saber as suas competências...

Olhando para o artigo 14 do TUE

Artigo 14.o 1. O Parlamento Europeu exerce, juntamente com o Conselho, a função legislativa
e a função orçamental. O Parlamento Europeu exerce funções de controlo político e funções
consultivas em conformidade com as condições estabelecidas nos Tratados. Compete-lhe
eleger o Presidente da Comissão.

2. O Parlamento Europeu é composto por representantes dos cidadãos da União. O seu


número não pode ser superior a setecentos e cinquenta, mais o Presidente. A representação
dos cidadãos é degressivamente proporcional, com um limiar mínimo de seis membros por
Estado-Membro. A nenhum Estado-Membro podem ser atribuídos mais do que noventa e seis
lugares. O Conselho Europeu adota por unanimidade, por iniciativa do Parlamento Europeu e
com a aprovação deste, uma decisão que determine a composição do Parlamento Europeu, na
observância dos princípios referidos no primeiro parágrafo.
3. Os membros do Parlamento Europeu são eleitos, por sufrágio universal direto, livre e
secreto, por um mandato de cinco anos.

4. O Parlamento Europeu elege de entre os seus membros o seu Presidente e a sua Mesa

 O controlo político é exercido pelo parlamento de forma direta


 Pode até votar um moção de censura à comissão de europeia, se exercer as suas
funções de forma que o parlamento não ache adequada pode exercer uma moção de
censura. A comissão apresenta até os seus planos de trabalho e podem ser ou não
aprovados pelo parlamento
 Exerce funções consultivas e isto pode parecer estranho porque os órgãos que
exerciam tais eram aqueles que nem era instituições então como estes exercem tal. Se
lermos o tratado vamos ver que estas funções se exercem em matérias que
contendem de forma muito próprio com as competências do estado e por isso é feito
um procedimento legislativo antigo feito no tratado de roma o conselho deliberar com
proprosta da comissão europeia e consulta do parlamento. É decisão do conselho e
deixou-se esta matéria de lado porque ninguém queria mexer porque merecia muito
com a soberania dos estados. Quem co-decide é o parlamento e o conselho europeu
num processo legislativo ordinário e estas decisões legislativas são extraordinárias e os
estados não quiseram dar tal poder ao parlamento até porque é rebelde quanto ao
que são os interesses do estado porque são do interesse de cidadania e não estadual.
(ex.: emergência climática para adotar medidas mais drásticas a favor do ambiente
algo que não seria de iniciativa no conselho normalmente e portanto este poder no
parlamento é bom).

Função legislativa do parlamento europeu:

-Iniciativa (225)

-Deliberação (294)

-Consulta (...)

A regra geral (é importante e vai ser repetido) é que quem tem o monopólio de poder de
iniciativa legislativa é a comissão europeia e tem os seus juristas e especialista das várias àreas
para apresentar a iniciativa. Se a comissão não tiver iniciativa o parlamento não precisa de
ficar de braços cruzadas e poder solicitar uma proposta como diz o artigo 225. Isto é um mero
pedido do parlamento à comissão e pode fundamentadamente recusar a apresentar a
proposta e aí dificilmente se pode ultrapassar esta recusa política. Raramente a comissão ela
tem os guts para recusar e nesses casos ou vê mal a questão ou um braço de ferro.

Muitas vezes a UE recorre à soft law, as “recomendações” que fazem muita coisa. Outra coisa
são as comunicações que são atos atípicos e não são vinculativas (ex.: condições de acesso à
justiça em direito ambiental, no UK o grande problema no acesso à justiça são as custas
judicias e são caríssimas e haviam processos no TJUE sobre esse problema e pediam custos
justos e em portugal era o moro brutal dos nossos tribunais e acontecia isso levando muitos
anos a percorrer o processo judicial, na Alemanha temos o problema da legitimidade
processual e o parlamento defendia que o acesso à justiça tem que ser facilitado pelas várias
dificuldades dos países. Era dificil dirigir algo que se adaptasse a tudo mas faz uma
comunicação sobre toda a jurisprudência sobre as queixas dos cidadãos sobre os tribunais dos
países e dizem “atenção que o tribunal já disse isto, e que tem que ter custos justos, tempo
melhor” e um cidadão já pode invocar isto como dizer que dizem que é irrazoável que demora
3 anos para uma decisão, etc.

Isto para dizer que mesmo quando a comissão europeia responde ao parlamento não precisa
de ser algo legislativo mas um ato de recomendação, comunicação, etc.

Nós como cidadaõs da UE, a partir de um procedimento de recolha de assinaturas, começar


uma iniciativa de cidadania que pedia legislação europeia sobre o bem estar animal (anti cage
living) e foi a partir de uma iniciativa de cidadãos e não se sabe ainda a resposta da União
Europeia, foi aprovado e reconhecido mas ainda têm que discutir isto até entre o lobby de
criadores de carne, etc,

Isto tudo é só para tocar na ponto do iceberg que é a iniciativa na UE.

Deliberação no procedimento legislativo – artigo 294 –TFUE

Artigo 294.o (ex-artigo 251.o TCE) 1. Sempre que nos Tratados se remeta para o processo
legislativo ordinário para a adoção de um ato, aplicar-se-á o processo a seguir enunciado.

2. A Comissão apresenta uma proposta ao Parlamento Europeu e ao Conselho. 7.6.2016 Jornal


Oficial da União Europeia C 202/173 PT Primeira leitura

3. O Parlamento Europeu estabelece a sua posição em primeira leitura e transmite-a ao


Conselho.

4. Se o Conselho aprovar a posição do Parlamento Europeu, o ato em questão é adotado com a


formulação correspondente à posição do Parlamento Europeu.

5. Se o Conselho não aprovar a posição do Parlamento Europeu, adota a sua posição em


primeira leitura e transmite-a ao Parlamento Europeu.

6. O Conselho informa plenamente o Parlamento Europeu das razões que o conduziram a


adotar a sua posição em primeira leitura. A Comissão informa plenamente o Parlamento
Europeu da sua posição. Segunda leitura

7. Se, no prazo de três meses após essa transmissão, o Parlamento Europeu: a) Aprovar a
posição do Conselho em primeira leitura ou não se tiver pronunciado, considera-se que o ato
em questão foi adotado com a formulação correspondente à posição do Conselho;

b) Rejeitar a posição do Conselho em primeira leitura, por maioria dos membros que o
compõem, considera-se que o ato proposto não foi adotado;

c) Propuser emendas à posição do Conselho em primeira leitura, por maioria dos membros
que o compõem, o texto assim alterado é transmitido ao Conselho e à Comissão, que emite
parecer sobre essas emendas.

8. Se, no prazo de três meses após a receção das emendas do Parlamento Europeu, o
Conselho, deliberando por maioria qualificada: a) Aprovar todas essas emendas, considera-se
que o ato em questão foi adotado;
b) Não aprovar todas as emendas, o Presidente do Conselho, de acordo com o Presidente do
Parlamento Europeu, convoca o Comité de Conciliação no prazo de seis semanas.

9. O Conselho delibera por unanimidade sobre as emendas em relação às quais a Comissão


tenha dado parecer negativo. Conciliação

10. O Comité de Conciliação, que reúne os membros do Conselho ou os seus representantes e


igual número de membros representando o Parlamento Europeu, tem por missão chegar a
acordo sobre um projeto comum, por maioria qualificada dos membros do Conselho ou dos
seus representantes e por maioria dos membros que representam o Parlamento Europeu, no
prazo de seis semanas a contar da sua convocação, com base nas posições do Parlamento
Europeu e do Conselho em segunda leitura.

11. A Comissão participa nos trabalhos do Comité de Conciliação e toma todas as iniciativas
necessárias para promover uma aproximação das posições do Parlamento Europeu e do
Conselho.

12. Se, no prazo de seis semanas após ter sido convocado, o Comité de Conciliação não
aprovar um projeto comum, considera-se que o ato proposto não foi adotado. Terceira leitura

13. Se, no mesmo prazo, o Comité de Conciliação aprovar um projeto comum, o Parlamento
Europeu e o Conselho disporão cada um de um prazo de seis semanas a contar dessa
aprovação, para adotar o ato em causa de acordo com o projeto comum. O Parlamento
Europeu delibera por maioria dos votos expressos e o Conselho por maioria qualificada. Caso
contrário considera-se que o ato proposto não foi adotado.

14. Os prazos de três meses e de seis semanas a que se refere o presente artigo são
prorrogados, respetivamente, por um mês e por duas semanas, no máximo, por iniciativa do
Parlamento Europeu ou do Conselho. Disposições específicas

15. Sempre que, nos casos previstos nos Tratados, um ato legislativo seja submetido ao
processo legislativo ordinário por iniciativa de um grupo de Estados-Membros, por
recomendação do Banco Central Europeu ou a pedido do Tribunal de Justiça, não são
aplicáveis o n.o 2, o segundo período do n.o 6 e o n.o 9. Nesses casos, o Parlamento Europeu e
o Conselho transmitem à Comissão o projeto de ato, bem como as respetivas posições em
primeira e em segunda leituras. O Parlamento Europeu ou o Conselho podem, em qualquer
fase do processo, solicitar o parecer da Comissão, podendo esta igualmente emitir parecer por
iniciativa própria. Pode ainda, se o considerar necessário, participar no Comité de Conciliação,
nos termos do n.o 11.

Consulta - Depois temos o processo de integração de lacunas e está previsto no artigo 352 e
vem pouco alterado do tratado de roma. Quem intervém nos procedimentos são as 3
instituições do costume mas mediante aprovação do conselho europeu, proposta da comissão
e consulta do parlamento e isto é exceção

A regra é o processo legislativo ordinário que é visto no processo de deliberação no artigo


grande mostrado antes
Competências e estratégias de controlo do parlamento europeu até perante outras
instituições

Como é que o parlamento controla a comissão:

Artigo 17 do TUE – a comissão europeu é responsável perante o parlamento e além disso o


parlamento pode executar uma moção de censura e existir um derrube e nova formação de
uma comissão. O parlamento é um instituição de controla e controla muito próximo a
comissão

O parlamento controla os outros mais sobre atuações de inquérito (ex.: Sobre atuação de
inquérito) É uma característica típica de parlamentos e o europeu pode fazer o mesmo.

O parlamento europeu tem relações diretas com os cidadãos até porque podemos organizar
petições ao parlamento europeu que depois podem ser levadas a plenário e levar a atos no
espaço europeu. (artigo 227).

Por fim, e isto foi uma conquista da cidadania com vista à integração da união europeia. A
união europeia desde que foi vista como CEE por falta de democracia interna e o défice desta
tem sido um chavão desde o início e tem atuado para demonstrar o contrário como votação
direta, permissão por um inquérito, e projetos europeus pelos cidadãos. Ex.: Vamos ter um
projeto iniciado pela Doutora Dulce Lopes onde estudantes vão em Erasmus Plus para
treinarmos estas iniciativas de cidadania.

A UE tem se esforçado para ultrapassar estas críticas e uma delas foi a criação do provedor de
justiça (artigo 228). Dizem que se os cidadãos acham que há pouca democracia no
procedimento das instituições e querem mais controlo sobre o funcionamento vão criar um
órgão chamado provedor de justiça que tem competência de fiscalizar as violações de direito
europeu pelas instituições. É um órgão de controlo das próprias instituições que funciona
como um órgão auxiliar que age sobre as queixas de cidadãos perante uma falta de
cumprimento do direito europeu pelas instituições europeus. O provedor de justiça está lá
para receber queixas de pessoas que entendam que o direito europeu está a ser aplicado de
forma errada. O provedor não tem poder para condenar ou julgar as instituições mas podem
fazer relatórios fundamentados sobre a situação e asumem como uma censura própria.

“Colmatar o poço que existe entre os cidadãos e as instituições”

Nikiforos Diamandouros era o antigo e agora é a Emily O’Reilly.

O antigo recebia queixas da provedoria porque demorava muito e agora esta é mais rápida.

Provedpr de justiça está relacionado com o parlamento europeu porque é eleito pelo
parlamento (artigo 228) e é eleito após cada eleição do parlamento europeu e pode ser
recondicionado para mandatar de novo.

O parlamento europeu recebe um relatório anual do provedor. Senão funcionar bem o


provedor por iniciativo do parlamento pode ser demitido pelo TJ.

Condições do provedor:

-Qualquer cidadão pode se dirigir ao provedor

-Ouve a instituição/órgão ou organismo para pedir explicação e;


-Constitui um relatório

Não é vinculativo mas é importante afetando e reprimindo as instituições de qualquer forma.

O cidadão pode decidir se a queixa é anónima ou não, etc. e há um formulário específico, etc.

Elementos legislativos principais:

Carta dos direitos fundamentais da UE – é derivado mas houve uma discussão sobre isto e o
seu valor

TFUE

TUE

Auxiliares são os órgãos stricto sensu e os resto são instituições

DUE

Parte II (o que vamos dar na próxima semana)

Vamos ver que os mesmo órgãos podem surgir com várias funções

Ex.: Parlamento Europeu pode ser de direção política, direção, decisão e execução e de
controlo. Quando fazemso a distinção de diferentes tipos de órgãos vamos ver que temos
órgãos com várias e diferentes funções.

Vamos então apresentar o conselho europeu

Artigo 15 TUE

Há uma discussão para ver se as várias composições do conselho europeu e o conselho toucor
são uma organização ou várias. A doutrina geral é que são instituições diferentes e a distinção
é importante entre o conselho europeu, conselho toucor e o conselho da europa.

Conselho da europa é uma organização internacional diferente da UE e nada tem a haver com
tal e tem a sua sede em estrasburgo na frança, tem 54 ou 52 estados membros e tem uma
abrangência muito maior. Não é uma organização de integração mas funciona com funções ao
nível de direitos fundamentais e não tem muitas competências além disso. O conselho da
europa não nos interessa nada porque estudamos direito comunitário.

Conselho Europeu, instituição dentro da UE que tem 27 estados membros

Conselho da UE, instituição dentro da UE


Tanto os dois últimos têm na sua composição um representante de cada estado membro e
juntam-se 27 em cada reunião. No caso do conselho europeu temos como representantes os
chefes de estado (presidente) ou chefes de governo (primeiro-ministro). De acordo com as
regras constituicionais de Portugal é o chefe de governo e na maioria dos estados é assim. No
caso da frança é o presidente mas na maioria é o chefe de governo. Quando há reuniões do
conselho europeu é normalmente 6 em 6 meses (a cada semestre europeu) reunem até
porque aí há mudança de presidente.

Já o conselho da UE tem uma composição idêntica mas é o ministro competente na matéria


que vai ser discutida naquela reunião (ex.: se for políitica de educação mandamos ministros de
educação, se for matérias que são competências de vários ministros ou uma matéria para a
qual não temos ministros mandamos o de negócios estrangeiros e quando há uma matéria
pode ser reunião das pescas, etc. e quando é de economia e finanças é chamada de Ecofin.

Como há semelhanças alguns autores dizem que é quase o mesmo.

No conselho europeu até além dos chefes também há o direito próprio de presença por outras
entidades que vão ser ditas na próxima aula.

Conselho Europeu e Conselho da União Europeia – diferenças

Origem:

-Conselho Europeu:

 Cimeiras
 Sem instituições
 Sem regularidade
 Conferências diplomáticas de alto nível
 1974 Cimeira de Paris, comunicado final
 1986 AuE Conselho Europeu
 1992 TUE Conselho Europeu

Nasceu das reuniões que se iam celebrando onde as cimeiras não eram ao nível dos ministros
mas sim de um mais alto nível como os chefes de estado ou governo. Vemos mais tarde que
decisões que são em conjunto entre o conselho da CEE e os chefes de estado. Havia essa
aproximação além das cimeiras semestrais mas também com estes atos que se formam com
ajuda dos chefes de estado.

Com o ato único europeu já houve esse reconhecimento do Conselho Europeu mas ainda não
como instituição e daí surge perguntas.

Foi confirmado depois no artigo 13 do TUE onde este já aparece. Com o tratado de Lisboa
evolve para um órgão que participa e pratica nos atos legislativos (ex.: Recurso de anulação do
artigo 263 do TFUE onde refere o Conselho Europeu),

Antes disto só praticava atos políticos sendo os principais só as conclusões (no final do
semestre quando reunia proferia as conclusões do conselho (o consenso político que se tinha
formado entre os representantes do estado).

Agora já faz parte de atos legislativos, etc. e portanto já está sobre a tutela do tribunal.
No artigo 265 temos o outro verso da moeda do recurso de anulação onde temos a ação por
omissão do TJ e isso mostra que o Conselho Europeu é uma instituição de pleno direito na UE.

Antes do tratado de Lisboa defendiam que o Europeu e o Toucor era praticamente a mesma
coisa mas com o tratado de Lisboa disseram que no Europeu entram pessoas que não entram
no Toucor como o presidente do consleho europeu e o presidente da comissão. O presidente
da comissão é membro igual dos chefes de estado fazendo 28 membros,

No conselho toucor são os ministros que reunem à porta fechada sem comissão

Funcionamento do consleho europeu:

-Existe de logo o presidente do conselho europeu o que gera alguma dificuldade de


compreensão de qual o locutor de diálogo nas relações externas. (artigo 15 do TUE). Os
Amercianos confundem-se sempre e não sabem com quem deve falar.

O conselho europeu tem competência de representação externa e portanto é com este que
devem falar e não com a presidente do parlamento europeu, A comissão europeia é que tem a
competência de negociar tratados mas é o parlamento que diz o que se vai defender em nome
da UE. É uma dicotomia difícil de interpretar mas deve ser utilizada como deve ser.

Charles Michel – presidente do conselho europeu

Artigo 15/6 do TUE – competência de representação externa da UE.

Reuniões do Conselho – este articula-se com o conselho da UE e têm reuniões em conjunto e


reune-se internamente duas vezes por semestre sempre que há uma transição de presidência
na UE. O conselho europeu pronuncia-se por consenso e não uma votação formal.

Há casos no tratado que exigem que o conselho europeu que vote mesmo e que se reúne uma
maioria simples no que toca o processo de revisão de tratados ou quanto ao funcionamento
do conselho. (metade+1) sem ponderação de votos com pesos diferentes dependendo do país
como no conselho de ministros/da UE.

Noutros casos excecionais pode operar por maioria qualificada e noutros unâmidade.

Funções que distinguem os dois:

-Conselho Europeu é a principal instituição de direção política (art. 15 TUE). Saber posições ao
nível política e aqui é decidido. (Artigo 22, TUE). Isto é definido consensualmente.

-Relativamente à ação externa da União (art 21)

-Competência de política externa e segurança comum (PESC) – artigo 26. E tem o maior poder
quanto a isso.
O espaço de liberdade, segurança e justiça (outro dos pilares fracos junto da PESC da UE –
adicionado no tratado de roma no TFUE)

Artigo 68 – TFUE – O conselho Europeu define as orientações estratégicas da programação


legislativa e operacional...

Quando as outras instituições nomeadamente o conselho da UE não conseguir deliberar sobre


as matérias das quais têm competência o Europeu vai funcionar como instância de recurso
(artigo 48 do TFUE (segurança social)). É submetido ao conselho europeu e fica suspenso o
processo legislativo ordinário porque o conselho toucor funciona em maioria simples.

A mesma coisa em matéria de cooperação judiciário em matérial penal sobre essa instância de
recurso.

Em matéria de Eurojust o mesmo e cooperação policial também.

Tem uma função de desempate em matérias muito sensíveis.

Ainda nas funções do conselho europeu vamos ver que é precisamento o Conselho europeu
votande mediante unâmidade pode avaliar uam violação persistente e grave de um estado
membro dos valores essenciais ditados no artigo 2. O procedimento de declaração de uma
violação grave de um estado membro é o nome do processo.

Consequências (artigo 354 do TFUE):

-Deixa de poder receber fundos comunitários

-Deixa de ter lugar nas instituições

-Deixa de ter voto

-etc.

Artigo 48 TUE – processo de revisão dos tratados por parte do conselho europeu. Iniciativa de
revisão e de um estado membro, comissão ou parlamento. O procedimento vamos estudar
mais tarde mas coenvolve todas as instituiçõe
Há o processo de revisão ordinário ou simplificada.

O conselho europeu pode alterar em nome de porcesso de revisão ordinário algumas coisas no
tratado (sirúrgicas) mas tem de consultar várias outras instituições como a comissão,
parlamento e eventualmente TC.

No que diz respeito à retirada da UE (artigo 50)- o conselho europeu é quem é notificado dessa
intenção. (este artigo surge para tirar algum vapor para acalmar os ânimos daqueles anti
constituição – quando foi escrito ninguém acreditava que fosse ser utilizado).

O papel do conselho europeu faz-se sentir na análise e avaliação periódica das ameaças
terroristas que se façam sentir na UE. (artigo 222). Cabe a este ver quais são as ameaças que
devem ser prioritárias.
Relação do conselho europeu com outras.

-Articula-se com o consleho tocour porque é este que adota as formaças do conselho de
ministros (diz que existe conselho de ministros da agricultura, etc.) e são definidas por este.

-Sempre que o conselho da UE reunem é em articulação com o presidente do conselho


europeu e é informado do que vai ser discutido.

-O conselho europeu é a instituição que nomeia a comissão europeia. Designa e dá posse à


comissão europeia. A forma dos membros da comissão europeia é atípica porque se escolhe
primeiro o presidente e depois este ajuda a escolher os membros e normalmente é ao
contrário. É o conselho europeu que propõe ao parlamento o candidato de presidente.

-Articula-se com parlamento na medida em que apresenta relatórios ao parlamento sobre o


que foi discutido em CE mas a inversa também é verdadeira na medida em que o CE envio o
presidente para o esclarecimento do que for necessário.

Agora chegamos ao conselho da UE/ministro/ toucor (artigo 16)

É o tal órgão que é composto por um representante de cada estado membro ao nível ministral.
Quais ministros integram o conselho da UE? Dependo do tema em ordem do dia na reunião.
(artigo 16). Senão houver ministro para a temática específica pode enviar um ministro quase lá
ou das relações externas em último caso.

Não têm membros fixos e não sabemos quem são porque os ministros podem variar e não
sabemos exatamente quem está no governo. Podem haver mudanças ministrais nos governos,
queda deles, etc.

Faz com que o órgão de funcionamento seja incoerente de alguma forma por essa variação de
membros. Os tratados tem desenvolvendo estratégicas para ajudar nessa coerência (ex.: hoje
decidem uma coisa nos transportes, e depois vêm os dos ambientes a dizer que não podem
construir mais transportes por causa do ambiente e é o suficiente). Se este tipo de incoerência
existisse sempre era grave e vamos ver como se assegura essa coerência.

Coerência

1º esta coerência foi reconhecida e proclamada como problema em 2001 num livro branco
publicado pela UE. (remissão para a página 11 dele)

Claro que esta incoerência se sente mais ao nível do conselho da UE do que na atuação global
da UE porque é adotada normalmente sobre consenso das instituições e já evita incoerência.

O problema é nas atuações do próprio conselho...

1º estratégia a coerência é afirmada no artigo 7 do TFUE.

2º estratégia- o conselho é uma instituição que ao contrário da comissão e do parlamento não


está reunida em permanência porque são ministros e só se reunem semestralmente e por isso
(artigo 16/7) por causa deste funcionamento tão esporádico é importante que existe (surge
com o AUE) uma comité de representantes permamentes ddos governos (funciona em
Bruxelas) e tem competência para preparar as reuniões do conselho (COREPER é a sigla deste
comité). Chegam a votar as matérias que se vão levar a conselho de ministros. Têm poder de
secretário de estado e não têm poder deliberativo nenhum e se houver reunião de consenso
no COREPER aparece no Conselho de Ministro como tema do tipo A e é quase só preciso votar,
Se houver pouco consenso no COREPER é um tema de tipo B e no CUE ainda o discutem.

Isto é para agilizar no CUE e o funcionamento geral da UE e vai en passant pelo tratado,

3º estratégia – há um secretaria geral que deteta incoerências na reunião e avisa o mesmo.

O conselho tem um ministro por cada estado membro e é por maioria qualificada e cada
ministro tem um número x de votos e esses votos depende do peso relativo de cada país ex.:

Neste momento temos página do conselho (concilium.pt) encontramos um calculador de votos


que permite aos representantes do estado saber que parcerias é que têm de fazer na votação
para garantir que vai ter maioria. É uma calculadora oficial no site para que os ministros
saibam se vai haver maioria ou não dos votos e ver com quêm têm de se aliar quando
consideramos a maioria qualificada.

Artigo 16/8 – as reuniões do conselho são públicas quando se discutem atos legislativos

Têm sede em bruxelas e luxemburgo.

Comepetências:

-Orçamentos (juntamento com o parlamento)

-Legislativos (artigo 204 – ordinário)

-Aritgo 244 – pedir à comissão por propostas legilastivas

-Outras
Agora vamos passar para a comissão europeia...

Agora vamos com órgãos de direção, execução, outra e coisa e também de controlo

É a alavanca do funcionamento da UE toda.

A comissão atualmente é composto por 1 membro (comissário) de cada estado. Não são
representantes porque não representam o estado sendo estes os ministros.

Artigo 17/5 – diz-se que a partir de 2014 a comissão seria constituida por um número de
membros inferior ao número de estado (1/3 do número dos estado)?

Na realidade foi mantida a compisão de 1 por cada estado e este prazo foi prorrogado e não
sabemos quando ou se mudar a composição da comissão. Talvez há medida que a união
europeia expanda ter quase 50 comissários seria difícil fazer funcionar um órgão ágil que é a
comissão. Dizem também que esta correspondência entre o número de comissário e os
estados não é importante porque não representa os interesses dos estados nem dos cidadãos
mas sim os da UE e em teoria seria indiferente termos 27 comissário e termos 5, 10 ou 15
comissários.

Na teoria é assim mas na prática é óbvio que os estado não gostam e não gostariam de perder
o seu comissário, seria um desonra. Apesar de ser previsto para 2014 este decisão tem-se
arrastado. Esta correspondência entre número de estado e comissário não é algo equívoco
porque em certa altura acordaram que alguns estados teriam 1 comissário e outros 2 então
eram 20 comissários para 15 estados membros (a Alemanha, Reino Unido, França, Espanha e
outra tinham 2 – os países grandes). Com a entrada do leste não fazia sentido e o grande
número de comissários levou a esta consideração de diminuição tendo em conta
representatividade geográfica e demográfica sempre com rotatividade (de cada região
europeia e dos países grandes e pequenos).

Isto era um tema possível de desenvolver mas vamos fazer referência aquilo que os autores
chamam o “Mito de Independência da UE”.

Na teoria a Comissão não tem que se subjugar ao parlamento no que diz respeito aos
interesses da união, nem ao conselho europeu. A comissão europeia é sempre independente e
tem sempre que defender os interesses da Ue.

Há quem diga que isto é um mito e quando dividem os pelouros entre os comissários é-lhes
dado o que lhes mais interessa e os países com menos poder negocial vão ficando com os
restos (ex.: interessa à frança a agricultura e fica com esse, a alemanha a economia, etc. e este
ano até que ficámos com uma coisa que nos interessa que é a coesão regional).

Dizem que é um mito mas de facto as ações refletem que de facto não se submete aos
interesses do estado e seguem os próprios. No tratado até nos fala melhor disso;

-Estatuto dos comissários (artigo 17/3 do TUE) onde pedem independência precisamente. Os
comissários são escolhidos em função do resultado das eleições para o parlamento europeu (a
composição de comissão deve seguir essa visão política).
Exerce as funções como total independência (ainda no artigo 17/3), etc.

Artigo 245 – abstêm-se de praticar cargos além das suas funções (em empresas, outras coisas
no geral). Além do mandato, compremetem-se a respeitar os deveres incorrentes do cargo
durante e após as funções. Prometem isso quando assumem o cargo.

Se não respeitar perde os direitos de pensão vitalícia de comissário se (ex.: assumir um cargo
como consultor numa empresa onde tomou decisão a favor). Se o fizer durante o cargo pode
ser demitido.

Nomeação na comissão – fases:

1. Aprovação do presidente (CE propõe + Parlamento aprova) (artigo 17/7)


2. Aprovação dos Comissários (Estado Membros propõe+ (Conselho+ presidente)
aprovam)
3. Aprovação da Comissão (PE) – aprova a composição em bloco)
4. Nomeação da Comissão (CE)

Previsto no Regimento interno do parlamento europeu (artigo 105) e no 107 do TFUE

Organização da comissão:

-Presidente

-Vice-presidentes (ARUNEPS- alto representante da união para os negócios estrangeiros e


política de segurança (artigo 18/2, 3 do TUE) sendo este o mais relevante dos vários vice
presidentes)

-Restantes membros

Aqui não há outras comissões e aqui há comissões gerais

Há vários serviços e funções da comissão e o presidente tem:

Escolha e manutenção

-Pode vetar a escolha dos comissões

-Pode propor a demissão dos vice presidentes ou comissários

-Nomeação dos vice presidentes

Organização e funcionamento

-Distribuição e redistribuição dos pelouros

Outras coisas
Se a comissão europeia exerce mal as suas funções pode haver uma moção de censura que
permite essa demissão (normalmente seriam 5 anos). Votada pelo PE. Já houve ameaças mas
nunca realizadas dessa destituição.

Pode haver demissão individual também por iniciativa do presidente da comissão europeia.

Orientação política da Comissão

Quando a presidente assimui o cargo definiu esta e propôs um pacto ecológico europeu, uma
economia ao serviço das pessoas, uma europa preparada para a era digital, proteger o modo
de vida europeu,

Natureza da comissão

 Órgão colegial
 Órgão não governamental (ao contrário dos outros tirando aqueles individuais)
 Órgão de indivíduos (não representam ninguém nem nada apenas os interessas da UE)

Regulamento interno da comissão – artigo 7

 As reuniões da comissão não são públicas (para proteger os próprios comissários e


para não haver influencia do país (ex.: comissário PT vota numa coisa que não apoia
portugal, se soubéssemos já não punha cá os pés)
 Os debates são confidenciais

Não sabemos no que é que os comissários votam aqui ao contrário do PE onde sabemos no
que eles votam e o mesmo do CUE sobre os atos legislativos sendo estas transparentes.

A comissão europeia não é transparente para proteger os próprios comissários e para grantir
que a sua atuação seja transparente. Este sigilo é mais uma forma de garantir a independência
da comissão europeia.

Sede da Comissão – Bruxelas (Berlaymont)

Competências

 No âmbito da PESC
o Através do ARUNEPS executa esta
o Nos tratados tem que ser consutaldo antes do processo de revisão ou de
adesão
 Nas restantes matérias
o Promover o tal interesse Europeu e dizer o que é relevante para a UE em cada
momento. Antes da tomada de posse perante o PE e tem que ser ouvida e os
seus objetivos políticos
o Para nós juristas os dois papeis mais importantes são (Direito de iniciativa
legislativa e o papel de guardiã dos tratados (expressão de europlata)
Tem o poder de instaurar ações de incumprimento contra um estado no TJ tendo um
monopólio desta iniciativa – artigo 258.

Recurso de anulação – quando as instituições adotam atos ilegal podem recorrer ao TJ mas isto
não é exclusivo e quase todos podem tomar isso não sendo exclusivo como o de cima.

Competências para fiscalizar na prática o respeito pelo DUE porque quaisquer operadores
económicos.

Auxílios de Estado (artigo 108) - Fiscaliza as intervenções dos estado na economia (se derem
subsídio, abatimentos fiscais, etc.)

Tem uma leque de competências gigante.

Funcionamento – funciona por maioria e não há ponderação de votos porque não


representam nada. As decisões são adotadas por maioria.

Agora passamos aos órgãos exclusivamente de controlo e não misto que é o TJUE.

Características;

 Desconcentrada (difusa) – os órgãos jurisdicionais são os “tribunais comuns” da EU –


até os tribunais podem ser tribunais de direito europeu se houver algum problema que
chegue lá sobre tutela do mesmo.

 Compulsória (não facultativa) – o reconhecimento do TJUE é automático e resulta dos


tratrados. Os destinatários não podem escolher meios jurisdicionais alternativos.

 Não hierárquica (nas relações com tribunais nacionais) – não há recurso judicial das
decisões dos tribunais nacionais para a UE- é estranho tendo em conta o princípio da
primazia... Ainda assim um tribunal pode perguntar ao TJUE como se interpreta certa
norma europeia e aí está vinculado à explicação do TIJUE ou quando questiona a
validade da norma (chamado reenvio judicial).

Quais são os tribunais europeus que integram que integram o sistema jurisdicional da UE?

-TIJUE (artigo 19) TUE

-Órgãos jurisdicionais nacionais (artigo 19) TUE

Não é possível dizer exatamento quantos tribunais existem na UE.

Justiça como direito fundamental dos cidadãos da UE – toda gente tem o direito a aceder aos
tribunais e está dito na carta dos direitos fundamentais dos cidadãos da UE mas a verdade é
que não é bem assim seja pelo custo elevado, etc.
TJUE – história

 TJCE – Paris/Roma 1951/1957 –CECA+CEE+CEEA


 Tribunal de primeira instância- AUE – 1988 (foi criado porque os funcionários da UE
enchiam o TJ normal todo)
 “Tribunal da função pública” (Secção jurisdicional especializada) – 2005

Atualmente

 TIJUE e tribunal geral – Lisboa 2009

O tribunal geral normalmente é a primeira instância e depois TIJUE

Mas nem sempre é assim porque se é uma ação contra um estado o TIJUE é a primeira
instância. O TIJUE é a segunda instância mas às vezes é a primeira e última instância quando se
recorrer a este.

TJUE – funções

 Jurisdição internacional (responsabilidade dos EM)


 Jurisdição constitucional (avalia a legalidade das ações perante os tratados)
(interpretação e valdiade em função do tratado)
 Jurisdição administrativa (validade dos atos – atuação da administração (de uma
diretiva perante um regulamente, uma decisão perante uma diretiva, etc.) – grande
fatia
 Jurisdição cível (responsabilidade da UE) (indemnizações podem ser pedidas à UE por
danos em relações extracontratual ou contratualmente)
 Jurisdição laboral (funcionários e agentes) – outra grande fatia – (os funcionários
europeus recorrem muito ao tribunal de justiça até porque não têm custas – seja por
questões sobre o acesso dos filhos à escola, certas coisas que deviam ter recebido,
etc.)

Natureza – TJUE

Instituição Europeia sendo órgão de soberania

Sede- Luxemburgo
Composição do TJUE (pelo menos 28 juízes)

TUE – artigo 19

Artigo 253 e 254 do TFUE

Os juízes são escolhidos entre personalidades que ofereçam todas as garantias de


independência e que possuam a capacidade requerida para o exercício de altas funções
judiciais.

São escolhidos da sua competência e não da sua experiência de juíz ao nível nacional

Comité consultivo (artigo 255)

Composto por antigos juízes do TJ dão opinião sobre os atuais juízes

TJ – presidente – artigo 253 e 254

É escolhido pelos restantes membros

O tribunal geral também tem um presidente.

Mandato é de 6 anos e a substituição dos juízes é feita parcialmente de 3 em 3 anos. Não há


uma mudança drastica de juízes para não haver um flex jurisdicional gigante para as decisões
não mudarem drasticamente resultantes de leituras diferentes. (artigo 19/ 2 e 3 do TUE)

Garantias da independência das presonsalidades

 (artigo 253 TFUE) Pessoas com garantias de independÊncia


 ETJUE (estatutos) artigo 2 – prometem exercer o cargo com independência
 Artigo 4 do estatuto tem aquilo de depois do cargo privar da pensão se deixarem de
cumprir imparcialidade e independência e artigo 6.

Nos artigos que lemos dizia juízes e advogados gerais... O que são?

Advogado- geral (artigo 252 do TFUE) é uma magistrado que tem como funções apresentar
conclusões fundamentados

Ratio

 ETJUE artigo 35 – as deliberações do tribunal de justiça são e permanecem secretas.


 ETJUE artigo 36 – Os acórdãos são fundamentados e mencionam os nomes dos juízes
que intervieram na deliberação
 RPTJUE artigo 59 – O advogado geral apresenta conclusões orais fundamentadas antes
do encerramento da fase oral

Com este regime do segredo do sentido de voto como garantimos o saudável vincenço na
garantia do direito. Senão sabemos o sentido de voto ou se a deicsão de voto passou à
rasquinha ou totalmente e como sabemos se a opinião mudou um pouco ou não. Para mostrar
as diferentes interpertações temos o advogado- geral que analisa as questões apresentadas ao
TJ e faz quase um acórdão onde diz que pensando tal e tal pensa que x é a decisão mais
adequada e é publicado em conjunto com o acórdão e comparando ambos podemos ver se a
opinião é diferente ou não da interpretação do advogado geral.

Se o acórdão for no mesmo sentido do advogado geral a fundamentação serve para


complementar o acórdão (que costumam de curtinhos neste tribunal) e pelo contrário as
decisões do advogado geral são de imensas páginas que estuda a doutrina, direito interno,
etc.). Sempre que decide no sentido do advogado geral é bom porque temos a fundamentação
toda e quando fazem ao contrário quer dizer que alguns juíz votaram contra. Não sabemos em
que sentido é que os juízes votaram.

Organização do TJUE

Funciona em secções

Temos tribunal plenos (pelo menos 15)

Grande secção (3 ou 9)

Secção (pelo menos 3)

O tribunal pode decorrer em qualquer língua dependendo de várias coisas

Órgãos auxiliares (pequenas notas)

Além dos dois grandes comités há muitos. Estes dois representam os valores sociais,
económicos e regionais mas só têm funcionar fazer pareceres e emiti-los e serem consultados
senão me engano.

Na próxima aula vamos falar do ordenamento jurídica da UE dividindo:

-Direito originário (tratados, etc.)

-Direito derivado (muitos mais) – diretivas, etc.


O ordenamento jurídico da União Europeia (vamos mudar para os regulamentos da UE)

Já fomos falando dos tratados, do surgimento e desenvolvimento da UE mas ainda não


estudamos o sistema do ordenamento jurídico da UE com as suas fontes e como se articula
com o direito nacional.

Easte é o nosso prato forte. Apesar de o estudo institucional ser importante o que mexe mais
com a nossa vida é o estudo do ordenamento jurídico da UE.

Este estudo é mais dinâmico comparado ao de institucional. Só fizemos institucional quanto às


principais instituições nem os auxiliares mas devemos passar os olhos na matéria que está nos
manuais quanto a isso.

Comparação entre as fontes de DE e do DIP.

Fontes formais de DUE:

-Fonte convencional . tratados, acordos, convenções, etc.

-Fonte consuetudinária

-(AJU) – atos jurídicos unilaterais – atos praticados pela OI unilateralmente – são fontes de
direito mas não estão elencados no estauto do TIJ sobre as fontes de direito e por isso estão
em parênteses.

-PGD)

-Jurisprudência

-Doutrina

-...

Fontes formais de DIP:

-Fonte convencional . tratados, acordos, convenções, etc.

-Fonte consuetudinária

-(AJU)

-PGD)

-Jurisprudência

-Doutrina

-...

As fontes de DUE são as mesmas de DIP mas vamo-nos focar, por ser maioritária na UE:

-a fonte convencional

-fonte de AJU (a partir do poder legislativo)


Vamos começar pela fonte de direito Europeu primária que decorre da vontade dos estados
delegando comepetências à UE para a criar e a esta fonte chamamos de fonte primário e a
seguir estudamos a fonte secundária que decorre da fonte primário. Como origem de todas as
competências os estados e delegam essas à UE através dos tratados e funcionando nos termos
e moldes dos tratados as instituições dão origem ao direito secundário em termos
quantitativos o maior.

Direito Europeu Originário:

-Tratados institutivos

-Tratados de adesão

-Tratados de revisão geral

-Acordos de revisão parcial (instituicionais, financeiros, orçamentais)

Além disso (têm a mesma força jurídica dos tratados):

-Protocolos anexos

-Acordos previstos nos tratados

São como um post scriptum e anexo que completam o contexto.

Tratados constitutivos – são aqueles que deram origem (donde nasceu) a UE, a CE, a Euratom e
claro também a CECA. Esses tratados (artigo do tratado de Roma que criou a CEE) e segue
determinado procedimento para a sua entrada em vigor.

Tratado criador da UE (TUE (artigo 54)

De Roma (artigo 357 do TFUE)

Há outro de Roma criador da Euratom

TUE = tratado de Maastricht

TFUE= outro

Normas constitucionais – no nosso caso, artigo 8º. Há outras normas constitucionais que têm
as suas exigências em relação à DUE mas em portugal basta que o tratado seja ratificado e
aprovado na ordem interna para que seja inteirado no nosso ordenamento jurídico.

Nos termos do artigo 164º da CRP, sendo um tratado de participação numa organização
internacional, é preciso aprovação da AR. Noutros estados exige a realização de um referendo.
Em portugal é permitido mas não é obrigatório.
Tratados de adesão

tratados que por força dos quais certos estados passam a ser membros em pleno direito de tal
organização internacional.

A professora mostra a lista dos vários estados membros da UE e anos de adesão e a


negociação de outros países de pedidos de adesão por parte de países.

Dos vários atos de adesão aquele que nos mais interessa é o de portugal – o tratado de Lisboa
– não o de 2009 mas o outro anterior que é o de 1985 que permitiu a adesão de Portugal e de
Espanha à UE.

A adesão dos estados exige mudanças nos tratados, ex.: nº de representantes nos conselhos,
etc. Tem de haver ajustamentos organizacionais e por isso não é algo simples e tem que haver
um renegociação na organização interna da UE.
Além de repensar a organização institucional é necessário também ver como é que todo o
direito europeu se vai aplciar no ordenamento jurídico do novo estado. Para um estado que já
está na UE e que aprovou os atos, regras e nos tratados e outro é um que entra e tem que
adequar milhares de atos jurídicos ao ordenamento jurídico.

Óbvio que isto é mais difícil para os estados abaixo da média europeia, etc. Mas para outras
mais fácil como os nórdicos que estavam acima da média e para outros porque se prepararam
(ex.: Polónia) que tinha observadores na UE e adaptavam o ordenamento jurídico às mudanças
europeias.

Em Portugal tivemos problemas com a liberdade de circulação dos trabalhadores, etc. Até
problemas vindo dos outros países.

Na altura ainda haviam as 3 comunidades entam na altura aderimos à CEE, CECA e Euratom.

Vamos então falar do processo de adesão e os seus requisitos.

Condições materias e procedimentais. (PT pediu a adesão logo a seguir ao 25 de abril e


portanto em 76 e só entramos mais tarde porque não havia garantias de estabilidade
económica, institucional, respeito pelos direitos fundamentais (com as expropriações,etc).
Quando conseguimos mostrar isso quase um década depois fomos admitidos.

Requisitos materiais (artigo 49 do TFUE):

-Valores do artigo 2º

 Valores do respeito pela dignidaade humana, da liberdade, da democracia, da


igualdade
 Estado de direito e do respeito pelos direitos do Homem, incluindo os direitos das
pessoas pertencentes a minroais.
 Pluralismo, a não discriminação, a tolerância, justiça, a solidariedade e igualdade entre
homens e mulheres
-Critérios de eligibilidade aprovados pelo conselho Europeu (critérios de copenhaga)

 Estabilidade das instituições que garantem a democracia, o Estado de direito, os


direitos humanos e o respeito pelas minorias e a sua proteção;
 Economia de mercado que funcione efetivamente e a capacidade de fazer face à
concorrência e às forças de mercado da UE;
 Assumir e aplicar eficazmente as obirgações decorrentes da adesão, incluindo os
objetivos de união político, económica e monetária
 Conidção para aplicar a legislação da UE e para garantir a aplicação efetiva da
legislação da UE transposta para a legislação nacional, através de estruturas
administrativas e judiciais adequadas. – as estruturas administrativas tem que suportar
o DE – o que acontecia era que os Estados eram acusados de não conseguir cumprir o
direito Europeu e os estados diziam que não tinham capacidade de cumprir o direito
europeu porque equipamentos não chegam a tempo, etc. A UE diz que temos que ter
capacidade administrativa para impor as normas da União Europeia.

Quando a UE percebeu que votavam favoralmente atos de direito europeu que depois não
eram depois incorporados eficazmente nacionalmente então a UE veio com o conceito de
Cooperação Administrativa e isto é direito originário agora.
Tratado de Lisboa (artigo 197) – era algo que não era garantido e até para a Suécia que é
insuspeito tinha processos por não conseguirem acompanhar o direito europeu porque diziam
que não tinham pessoas suficientes e agora já não há desculpas para esta lacuna.

Condições procedimentais para ser membro da UE.

-Pedido por parte do estado interessado dirigido ao conselho europeu e é imediatamento


reenviado para o PE e para os parlamentos nacionais para ultrapassar aquela crítica de na UE
haver défice democrático (a parte dos parlamentos nacionais, e também com o provedor, etc.)
– qualquer estado europeu que respetios os valores referidos no artigo 2 pode pedir para
aderir

O Estado requerente dirige o seu pedido ao Conselho, que se pronuncia por unanimidade,
após ter consultado a Comissão e após aprovação do Parlamento Europeu, que se pronunciará
por maioria dos membros que o compõem.

São tidos em conta os critérios de eligibilidade aprovados pelo Conselho Europeu. As


condições de admissão e as adaptações dos Tratados em que s efunda a União, decorrentes
dessa admissão, serão objeto de acordo entre os Estados-membros e o Estado peticionário (a
adesão pode ter certas condições)

Esse acordo será submetido à ratificação de todos os estados contratantes, de acordo com as
respetivas normas constitucionais.
Quanto à retirada da UE – artigo 50 do TUE

Outra hipótese dos contratos de adesão – suspensão:

-Os estados podem ser suspensos dos seus direitos (TUE – artigo 7) – a suspensão dos direitos
de um estado membro se houver um risco manifesto de violação grave dos valores referidos
no artigo 2 (se se verificar isto na Polónia pode acontecer alguma coisa) – normalmente seriam
os direitos financeiros suspensos.

Agora vamos passar rapidamentos pelos

Tratados de revisão

-O primeiro grande foi o grande tratado de revisão de 1975 – fundiu os parlamentos das 3
instituições.

-Outro que não captei

-Tratado de Maastricht

-Tratado de Amesterdão (quase que se chama Lisboa porque não o negociamos a tempo)

-Tratado de Nice

-Tentativa de constituição Europeia

-Tratado de Lisboa

Estas foram as revisões que já falámos.

Para além dos tratados temos os chamados protocolos anexos:

-Temos vários e segundo o TUE artigo 51 têm a mesma força dos tratados.

Temos vários e vamos estudar alguns (e vão ser o nº1 no processo legislativo ordinário; nº2
relativo aos princípios da subsidariedade e proporcionalidade)

Temos vários mas que não vamos estudar

Temos também acordos que são também direito originário e estão previstos no próprio
tratado (artigo 341 do TFUE) “ A sede das instituições da União será fixada, de comum acordo,
pelos Governos dos Estados-membros”

É direito originário porque é vontade dos estados membros mas que de certa forma decorre
do direito dos tratados.

Outro ex.: 347 do TFUE – sobre os mercados internos, etc.


Aquiloq que íamos ver agora era a força jurídica do direito originário em relação com o direito
derivado:

-Força jurídica

-Integração de lacunas

-Revisão

-Relação com outros tratados

Força jurídica – quando pensamos no dirieto originário pensamos que tem de se relacionar
externamento com o direito dos estados membros e internamente com o derivado.

Na relação com o direito dos estados membros vemos que há condições para a entrada deste
direito num estado. O estado permite a prevenção preventiva da constitucionalidade do
direito da UE mas entrando em vigor é diferente e já há o princípio da primazia e aí caso haja
dúvidas sobre uma norma de um tratado da UE estas têm qeu ser sanadas no TJUE.

No plano externo é esta que depende do direito constitucional dos estados para entrar em
vigor mas entrando ganha força.

No ordenamento jurídico europeu a força jurídíca deste direito é hierarquicamente superior ao


direito derivado e se um norma de direito derivado for contrário ao tratado é a norma do
tratado que prevalece:

-Superioridade hierárquica do direito originário perante o outro direito da UE (o derivado)

-É fundamento e fronteira limite para o direito derivado. (tem que haaver uma base jurídica
para as instituições adotarem e emitirem diretivas e estas têm que ser baseadas) – ~

Nessas medidas o direito originário é condição de validade para o direito derivadov – coisa que
não acontece nas relações entre o direito europeu e o nacional. Uma norma nacional que
contrarie o direito europeu não é nula ou anulável mas é ineficaz no caso concreto e tem que
ser revogada por quem a produziu e não por essa contrariedade.

Portanto num caso o direito originário é condição de validade para o direito derivado e pelo
contrário num conflito entre normas nacionais e europeu o europeu prevalece pelo princípio
de primazia mas isso não implica a nulidade ou anulabilidade da norma nacional.

(ex.: Uma diretiva europeia que decide que o limite máximo dentro das localidades é de 30
km/h e depois o direito nacional diz 50 km/h – aqui aplica-se os 30 mas o 50 só fica ineficaz no
caso)

TUE – artigo 13 – 2. Cada instituição atua dentro dos limites das atribuições que lhe são
conferidads pelos tratados de acordo com os procedimentos e tal (a União Europeia só tem as
competências que lhe foram atribuídas pelos estados (tratados) e portanto têm que limitar o
direito derivado conforme o originário que são produto da vontade do estado.
E por isso vamos ver que em sede de revisão de tratados pode-se reduzir o âmbito de
competências da UE ou ampliar os mesmos. A UE atua dentro do limite das competências que
os estados lhe atribuirem.

Por outro lado vamos ver que os tratados definem qual a forma de atuação que deve ser
tomada e os procedimentos. As políticas normalmente definem o procedimento mas há
políticas onde diz que as instituições não têm um procedimento definido e para isso existe o
artigo 296º do TFUE – diz que devem seguir o princípio da proporcionalidade, etc.

In dubio de qual procedimento aplicar (diretivas e regulamentos, etc.) deve-se aprovar uma
diretiva (que é mais leve na exigência) e não um regulamento (que é mais exigente). Há certas
políticas com muitos regulamentos que é a PAC e da pesca porque nestes casos houve uma
completa transferência de competências à UE.

Artigo 263 – para fundamentar a força jurídica do direito originário

Atribui ao TJUE para fiscalizar a legalidade dos atos legislativos, dos atos do Conselho, da
Comissão e do BCE que não sejam recomendações ou pareceres, etc...

Continuando... Integração de lacunas do Direito Originário

Quando estudamos os tratados percebemos como é que no DUE se integram lacunas. Neste
aspeto o DIP é diferente do DUE porque este não reconhece lacunas e os estados só se
vinculam por aquilo que quiserem (ex.: Acordo de Gasglow – não podemos dizer que há uma
lacuna porque não referem coisas referentes ao transporte aeronáutico) – não podemos
presumir a vontade dos estados.
No DUE, com o princípio de supranacionalidade e quase um estado federal admite a existência
de lacunas e usa 3 técnicas de integração destas. Primeiro vamos ver os limites de integração
de lacunas:

-Só podemos integrar lacunas dentro das competências da UE, a UE não pode integrar lacunas
sobre competências que não lhe são atribuidas (ex.: até ao tratado de lisboa não podia se
versar sobre política energética então não podia integrar qualquer lacuna). E portanto remete-
nos para o estado de categorias de competência da UE:

 Competência exclusiva – casos onde os estados transferiram completamente as


competências de tal matéria à UE (artigo 2 do TFUE) – a lista desta competência no
artigo 3 do TFUE. (Ex.: União Aduaneira, Política monetária para os EM cuja moeda
seja o Euro, etc.)
 Competência partilhada – competências atribuidas pelos estados que não estejam
contemplados nos artigos 3 e 6.
 Competência para coordenador ou completar ações dos EM para ajudar os estados em
algumas das suas competências. Lista no artigo 6. Nestas matérias o papel da UE é
apenas de apoiar ou ordenar a ação dos EM.
Portanto há diferentes níveis de intervenção da UE conforme a competência atribuída e
isto vem na integração de lacunas e o diferente espaço de atuação da UE.

Técnicas de integração de lacunas:

-Unidade de sentido dos tratados (via jurisprudencial) – isto começou no TJ e daí o nome.
Isto começou na relação entre os dois tratados de Roma. Neste dois não havia regras de
liberdade de circulação dos trabalhadores mas era óbvio que sim, essas regras não estão
nesses tratados mas estão no tratados criador da CEE e portanto há uma unidade de
normas entre tratados. A liberdade de circulação de trabalhadores aplicava-se a todos
incluindo os trabalhadores do setor da energia atómico e os do carvão e do aço.

Unidade de sentido:

 Tratados gerais
 Tratados especiais

Em tratados pequenos como o de Euratom que eram especiais obviamente não se


preocuparam com coisas como a igualdade da mulher até porque na altura nem pensavam
nisso mas sabemos que consoante os outros tratados gerais mais desenvolvidos e
exaustivos esse direito está consagrado nesse setor.

-Princípios das competências implícitas (via doutrinal) – foi a doutrina que criou este – a
questão colocou-se- A Ue tem competências ao nível interno variadíssimos e será que tem
competências também para celebrar tratados sobre essas mesmas matérias no plano
internacional? Não há nenhum artigo específico que defenda isso no entanto há uma
norma genérica que diz que pode celebrar acordos se estiver precisto num ato legislativo
da União e a lacuna vem dizendo que mesmo não estando num ato legislativo. Se tem
competências internas admite-se que também as tem internacionais (artigo 3/2 TFUE).

Como se fazem esses acordos internacionais (artigo 218, 219, 217) – é o conselho que
delimita a matéria do acordo e depois a comissão vai e representa, etc.)

-Via normativa de integração de lacunas (artigo 352 do TFUE) – esta é uma das matérias
mais complicadas diz a professora. – Lacuna que ocorre alguma vez nos tratados e algumas
vezes nos artigos referentes às diferentes políticas dos tratados vamos ver que em alguns
não se diz qual o procedimento aplicável (que é o conselho que delibera após consulta ao
parlamento, etc.) e quando não se diz pode eventualmente seguir o procedimento dito no
artigo 352 e é complexo até porque existe o consenso institucional.

352º diz:

1. Se uma aão da união for considerada necessária, no quadro das políticas definidas
pelos tratados, para atingir um dos objetivos estabelecidaos pelos tratados, sem
que estes tenham previsto os poderes de açãp necessários para o efeito, o
conselho, deliberando pro unanimidade, sob proposta da Comissão e após
aprovação do Parlamento Europeu, adoptará as disposições adequadas.
2. Quando as disposições em questão sejam adotadas pelo Consleho de acorod com
um processo legislativo especial, o Cosnleho delibera igauldad epro unanimidade,
sob proposta da Comissão e após consulta ao Parlamento Europeu

Ao analizarmos o procedimento dito vemos que é pré-Maastricht e vemos que é pouco


democrático e é decidido basicamente pelos Estados (isto está assim maioritariamente desde
1957). Senão disser direitinho no artigo como está o procedimento então o conselho decide e
pode ter consulta ao parlamento europeu e sob proposta da comissão.

3. As medidas baseadas no presente artigo não podem implicar a harmonização das


disposições legislativas e regulamentares dos Estados membros nos casos em que
os tratados excluam tal harmonização
4. O presente artigo não pode constituir fundamento para prosseguir objetivos do
âmbito da política externa e de segurança comum e qualquer ato adotado por
força do presente artigo deve respeitar os limites estabelecidos no segundo
parágrafo do artigo 40º do Tratado da União Europeia

O TJUE já aprovou diretivas que foi adotada pelo mecanismo de integração de lacunas do
artigo 352 porque defendia a intencionalidade nuclear do tratado.

Direito a recorrer ao artigo 352 – 5 limites

-Limite 1: Competências atribuídas – a matéria da diretiva da integração de lacunas tem que


estar dentro das competências atribuídas à união europeia (artigo 3 do TUE/6) – as
competências de ação da UE temos por um lado as políticas e por outro lado os objetivos dos
tratados (diz no artigo 352).

No tratado temos uma declaração anexa 42 relativo ao artigo 352 para evitar que as
instituições vão além daquilo que é a vontade do estado.

Na declaração anexa nº41 fala dos objetivos da UE e o facto de termos de cumprir e são
falados destes no artigo 3 do TUE. Temos que estar cientes que quando se faz referência aos
objetivos da união aqui neste 41 é quanto ao artigo 3 do TUE

-Limite 2: Respeitar proibições expressas – há matérias em que é expressamente proibído


recorrer ao artigo 352. Sempre que nos tratados se exclúa o recurso a este artigo. Vamos ver
quando é que nos tratados se refere a proibição desse recorrer e refere-se no artigo 2 do TFUE
que diz que nalguns casos não pode haver harmonização em algumas matérias e essas são as
do artigo 6º.

Nestas competências não há forma de harmonizar a coisa porque tudo depende das situações
nacionais

-Limite 3: PESC – o segundo pilar (primeiro pilar é o SE (liberdades fundamentais de circulação)


política externa e de segurança comum que é um pilar fraco) – é um pilar em que é proibído
utilizar o artigo 352 e dizer que a UE devia legislar por causa da intervenção militar em x sítio
mas não e não é possível.
-Limite 4: Sempre unanimidade (revisão simplificada) - 352 diz que o nº7 do artigo 48 não é
aplicável ao artigo 352. O 48 diz que nesses processos de revisão simplificada em que é
prevista a unanimidade do voto o conselho europeu pode mudar esse processo de voto mas
quando se trata do artigo 352 eles não podem alterar essa unanimidade.

-Limite 5: Controlo pelos parlamentos nacionais

 TFUE 352
 Sempre que se pertenda utilizar o artigo 352 não pode levar a decisão até ao fim sem
se terem ouvidos os parlamentos nacionais e algures no meio do procedimento os
parlamentos têm de ser ouvidos e é permitido ouvir a opinião destes.

O papel dos parlamentos vai ser fiscalizar o princípio da subsidariedade (divisão de


competência da UE e dos estados e aqui neste princípios diz que a UE só atua a esse nível
se quando o fizer for fazer melhor que a atuação isolada dos estados membros). Artigo 12
do TUE.

Existe mais um protocolo anexo especificamente sobre o papel dos parlamentos nacionais
na UE e sobre o papel destes e a intenção destes deverem ter a oportunidade de dizer
mais durante o processo europeu sobretudo quando está em causa a integração de
lacunas.

Agora ainda dentro da relação do direito originário com o derivado falamos agora do
processo de revisão dos tratados.

Processos de revisão (artigo 48 do TUE)

1. Os tratados podem ser alterados de acordo com um processo de revisão ordinário.


Podem igualmente ser alterados de acordo com processos de revisão simplificados.

A ordinário é mais morosa.

O processo de revisão ordinário envolve sempre os estados membros, depois ao nível


institucional europeu, depois a nível internacional (fase intermédia onde há uma
convenção em que integra instituições e estados membros e saímos do plano meramento
europeu e passamos para um pano internacional) e depois o tratado só entra em vigor se,
depois de descer nacionalmente, for tudo ratificado e aprovado.

Nº2 do 48 – diz que o governo de qualquer EM, o Parlamento Europeu ou a comissão


podem submeter ao conselho projetos de revisão dso Tratados. Esses projetos podem,
nomeadamente, ir no sentido de aumentar ou reduzir as competências atribuídas à união
pelos tratados. Os projetos são enviados pelo Conselho ao Conselho europeu e notificados
ao parlamentos nacionais.

Aqui vemos a iniciativa e a quem é enviado.


Nº3 do 48 – vemos um decisão que pode favorecer ou não a revisão por parte do conselho
europeu e se achar oportuno o presidente do conselho europeu convoca uma convenção
que é composto por vários onde é negociado os diferentes projetos de revisão do tratado
(a lista de membros está neste nº3). As instituições estão representadas mas também os
estados membros.

Depois há conferência entre EM porque são o poder originário e estas alterações de


tratado só entraram em vigor por aprovação de todos os estados membros em
conformidade com as normas constitucionais de cada um.

Há um membro que vem de Lisboa qu ediz que decorridade um prazo de dois anos a
contar da data de assinatura de um Tratado que altera os Tratado, quatro quintos dos
Estados Membros o tiverem ratificado e um ou mias Estados-membros tiverem deparado
com dificuldades em proceder a essa ratificação, o conselho Europeu analisa a questão. –
isto veio em resposta à falha da constituição europeia porque esteve nesse limbo e deve
ser evitado.

Este artigo 48 é novo e havia quem dissesse que a UE não podia retrodecer e não pode
perder competências que já assumiu e depois da falha da constituição europeia disseram
que pode sim senhor e isso diz a segunda parte do 48 a dizer que se realmente os estados
se sentirem desconfortáveis os estados podem voltar a trás e tirar as competências tanto
como as dam.

Alternativamente a esta confusão da iteração do processo de revisão ordinário temos o


processo de revisão simplificada

Está previsto que podem haver procedimentos mais simples para alterar certas coisas dos
tratados da união. São revisões cirúrgicas dos tratados. Não há aquelas obrigação da
convenção e é ao nível apenas institucional e europeu.~

Ainda assim tem de haver controlo dos parlamentos nacionais que são sempre notificados

Agora último ponto do Direito Originário – relação com outros tratados – além dos
tratados europeus os países têm outros tratados com outros países no âmbito do direito
internacional e querem manter essas relações priveligiados e muitas vezes são
incompatíveis com medidas da UE (ex.: commonwealth onde não havia impostos
aduaneiros entre AU e UK e a UE não aceita isso). Temos que conciliar os tratados
europeus com os dos países.

Como se concilia

- há tratatados entre EM e separamos os anteriores e posteriores. Dentro dos

-há tratatdos entre UE e Estados ou Organizações internacionais

-há tratados entre EM e terceiros estados ou Organizações internacionais (este é o


problema).
Artigo 4º -deve haver um dever de cooperação leal com a união europeia e face a isto os
estados vêm-se obrigados a renegociar os tratados com outros estados terceiros ou OI
para não serem conflituosos com os europeus.

Ex.: Benelux – esse acordo não conflitua com os europeus até porque foi um embrião da
organização.

Gap aqui para a aula gravada... tenho que ver...

Ordem jurídica: e as fontes

Agora direito secundário...

O direito que provém diretamento dos órgãos e instituições da UE que é o secundário.


Estudo das fontes do DUE sendo que esta fonte de direito secundário é quantitativamente a
mais importante.
O direito originário é superior ao derivado mas do ponto de vista quantitativo o secundário é
mais abundante e é constitu´+ida pela própria UE para adaptar as disposições ao tipo de
atividade e essas disposições são de diferente tipo e isso vamos dar.

Este direito está previsto na nossa constituição (artigo 8)

Artigo 8.º
Direito internacional
1. As normas e os princípios de direito internacional geral ou comum fazem parte integrante
do direito português.
2. As normas constantes de convenções internacionais regularmente ratificadas ou aprovadas
vigoram na ordem interna após a sua publicação oficial e enquanto vincularem
internacionalmente o Estado Português.
3. As normas emanadas dos órgãos competentes das organizações internacionais de que
Portugal seja parte vigoram diretamente na ordem interna, desde que tal se encontre
estabelecido nos respetivos tratados constitutivos.
4. As disposições dos tratados que regem a União Europeia e as normas emanadas das suas
instituições, no exercício das respetivas competências, são aplicáveis na ordem interna, nos
termos definidos pelo direito da União, com respeito pelos princípios fundamentais do Estado
de direito democrático.

Quando no acórdão costa enel to TJ vem dizer que o direito da UE primava sobre o direito
nacional referia-se a qualquer fonte do DUE e portanto o princípio do primado aplica-se
também ao derivado. Para poderem existir ao mesmo tempo neste artigo 8 diz como este
direito derivado se aplica e vigora internamente e vemos essa resposta no nº3 do artigo 8 da
CRP. UE e Euratom.
A estatuição do artigo 8 diz que vigoram estas normas desde que estabelecido nos tratados
originários e isso está lá.
Na CRP artigo 112, no nº4, é previsto também o direito derivado. No caso da UE temos um
artigo com um conteúdo parecido ao 112 quew é o artigo 288 do TFUE.
Neste artigo 288 encontramos um elenco de atos normativos ao qual chamamos típicos
porque estão expressamente previstos nos tratados como formas normais das instituição e
órgãos da UE atuarem e são estas a adoção de: regulamentos, diretivas, decisões,
recomendações e pareceres.

por estas razão fazemos distinção entre atos típicos e atos atípicos. Apesar de termos esta lista
no 288 não quer dizer que não haja outra forma de atuação. Os atípicos ainda têm a sua força
jurídica e contribuem para o funcionamento da UE, e fazem parte do direito derivado.
Vamos ver como estes atípicos até estão previstos no tratado e vamos ver alguns exemplos de
atos atípicos primeiramente enlistando-os:
 Propostas (este e o abaixo são atos internos e preparatórios de outros atos e por isso
têm uma força jurídica menor e meramente interna)
 Projetos
 Diretrizes (agora diretrizes, relatórios e sobretudo resoluções têm uma força jurídica
maior e externa que não incula apenas dentro da UE e são atos tipicos da organizações
internacionais)
 Relatórios
 Conclusões
 Declarações
 Cartas de arquivamento
 Resoluções
 Comunicações
 Etc.
Têm diferença de força jurídica conforme a natureza destes

Exemplo destes::
Vamos então para a matéria – atos atípicos:
Atos atípicos internos – estes atos vinculam apenas os órgãos ou instituições da UE e são:
-Propostas – vemos no artigo 17/2 do TUE:
2. Os atos legislativos da União só podem ser adotados sob proposta da Comissão, salvo
disposição em contrário dos Tratados. Os demais atos são adotados sob proposta da Comissão
nos casos em que os Tratados o determinem.
Portanto a proposta é um ato jurídico praticado pela comissão importante porque marca o
conteúdo da futura diretiva, do futuro regulamento ou decisão mas o que é certo é que
apenas vincula as instituições que estão envolvidas no processo legislativo ordinário – o
parlamento e o conselho.
-Continuando a correr o tratado encontramos projetos – TUE artigo 48º/2:
2. O Governo de qualquer Estado-Membro, o Parlamento Europeu ou a Comissão podem
submeter ao Conselho projetos de revisão dos Tratados. Esses projetos podem,
nomeadamente, ir no sentido de aumentar ou reduzir as competências atribuídas à União
pelos Tratados. Os projetos são enviados pelo Conselho ao Conselho Europeu e notificados aos
Parlamentos nacionais.
Aqui encontramos os projetos de revisão dos tratados que podem vir dos estados-membros
mas também do parlamento ou da comissão europeia e qualquer uma destas 2 instituições
podem apresentar projetos de revisão dos tratados – atos portanto de direito interno sem
vinculalidade interna.

-Encontramos agora as diretrizes que não confundir com diretivas que são atos típicos com
muitas força jurídica e é um ato sui generis, de enorme importãncia no DUE. No artigo
207º/3.§3 (3º parágrafo) vemos:
-As negociações são conduzidas pela Comissão, em consulta com um comité especial
designado pelo Conselho para a assistir nessas funções e no âmbito das diretrizes que o
Conselho lhe possa endereçar. A Comissão apresenta regularmente ao comité especial e ao
Parlamento Europeu um relatório sobre a situação das negociações.
Aqui vemos as diretrizes dirigidas pelo conselho à Comissão Europeia a propósito da
negociação de acordos internacionais em que dissemos que havia várias entidades Iniciar os
acordes mas no âmbito das diretrizes dirigidas pelo conselho que é quem tem o poder de
direção política

Depois encontramos atos que já produzem alguns efeitos externos ao contrário destes que
acabamos de ver e que são os relatórios estão previstos no Tratado. Ao longo do Tratado
inúmeros relatórios alguns dos quais são politicamente extremamente importante é o caso do
relatório anual que Comissão Europeia é obrigada a produzir e apresentar perante o
parlamento europeu recordam-se que a comissão europeia é politicamente responsável
perante o Parlamento Europeu vimos isso no próprio momento da nomeação dos membros da
comissão europeia na possibilidade que o parlamento europeu tem de votar uma moção de
censura destituindo a Comissão Europeia mas enfim há aqui também uma prestação de contas
da comissão europeia ao parlamento e essa prestação é feita a partir de um relatório geral.
(artigo 249 do TFUE –
Artigo 249.o (ex-artigo 212.o e ex-n.o 2 do artigo 218.o TCE)
1. A Comissão estabelece o seu regulamento interno, de forma a garantir o seu próprio
funcionamento e o dos seus serviços. A Comissão assegura a publicação desse regulamento
interno.
2. A Comissão publicará anualmente, pelo menos um mês antes da abertura da sessão do
Parlamento Europeu, um relatório geral sobre as atividades da União.

Neste relatório geral há algumas partes que são até orbigatórios que é o caso da situação
social da UE que deve constar sempre neste relatório – artigo 161º do TFUE-

Artigo 161.o (ex-artigo 145.o TCE)

No seu relatório anual a apresentar ao Parlamento Europeu, a Comissão consagrará um


capítulo especial à evolução da situação social na União.
O Parlamento Europeu pode pedir à Comissão que elabore relatórios sobre problemas
específicos respeitantes à situação social.

Outras formas de atos atípicos que não são meramente informativos como os relatórios são as
conclusões ou as declarações em que se transmite a opinião de um determinado órgão ou
instituição da UE sobre uma determinad situação ou facto.
O CE reune anualmente e o ato que pratica no final que pratica no final da reunião são as
conclusões do Conselho Europeu – artigo 148º

Artigo 148.o (ex-artigo 128.o TCE)

1. O Conselho Europeu procederá anualmente à avaliação da situação do emprego na União e


adotará conclusões nessa matéria, com base num relatório anual conjunto do Conselho e da
Comissão.

2. Com base nas conclusões do Conselho Europeu, o Conselho, sob proposta da Comissão e
após consulta ao Parlamento Europeu, ao Comité Económico e Social, ao Comité das Regiões e
ao Comité do Emprego a que se refere o artigo 150.o , definirá anualmente as orientações que
os Estados- -Membros devem ter em conta nas respetivas políticas de emprego. Essas
orientações deverão ser coerentes com as orientações gerais adotadas em aplicação do n.o 2
do artigo 121.o .

Estas conclusões eram antes o ato típico do conselho europeu mas agora com o tratado de
Lisboa o CE pode também já produzir outros tipos de atos típicos, vinculativos e de natureza
legislativo mas até então eram as decisões o ato jurídico mais importante deste.

No caso das declarações neste caso é o TCUE que tem a competência para apreciar e aprovar
as contas da UE e que emite anualmente a declaração da fiabilidade das contas e a legalidade
ou ilegalidade das operações a que estas contas se referem.

Temos ainda outro ato atípicos que são as cartas de arquivamento –podem afetar
profundamente a vida dos cidadãos e como vimos a comissºao europeia tem a competência de
levar os estados a tribunal por incumprimento do DUE porém antes de instaurar estas ações
em tribunal a CE está obrigada a estabelecer um diálogo com os estados membros para apurar
exatamente as situações que a comissão consideera numa primeira análise violadora do Due
mas após dialógo pode concluir que não se trata de uma violação do DUE e aqui estamos
perante cartas de arquivamento – quando chega a tal conclusão de não violação emite uma
carta de arquivamento.artigo 258:

Artigo 258.o (ex-artigo 226.o TCE)

Se a Comissão considerar que um Estado-Membro não cumpriu qualquer das obrigações que
lhe incumbem por força dos Tratados, formulará um parecer fundamentado sobre o assunto,
após ter dado a esse Estado oportunidade de apresentar as suas observações.

Se o Estado em causa não proceder em conformidade com este parecer no prazo fixado pela
Comissão, esta pode recorrer ao Tribunal de Justiça da União Europeia.

outro exemplo de atos atípicos são as resoluções – esta é a forma normal pela qual as
organizações internacionais funcionam e os ´rogãso competentes destas em regra adotam
resoluções e sendo a UE não exceção podem eventualmente resoluções e temos por exemplo
uma resolução adotada pelo parlamento europeu em 2010. O problema é qual a força jurídica
destas resoluções...
É mais que uma mera recomendação, não é um ato não vinculativo ou recomendatório porém
não é também um regulamento ou diretiva e tem menos força jurídico que um ato típioc e
neste tipo de atos o parlamento europeu profere a sua opinião e emite a sua visão sobre
determinado tema mas a força jurídica não é a mesma que um ato legislativo.
Outro ex.: de resolução do PE é sobre a situação dos ciganos e a livre circulação das pessoas na
UE e exprime a sua opinião da população roma e as carências de proteção destes.

Outro ato são as comunicações – esta forma é habitual embora atípica de autamneto das
instituições europeias – na série C do jornal oficial encontramos um monte destas.ex.:
25.10.2011 sobre o combate e luita contra as drogas.
Outro ex. de 2016 sobre a estratégia espacial da UE.

Aquilo que nos interesse analisar é saber qual a força jurídica dos atos jurídicos atípicos da Ue
e podemos ver que algunas são:

Atos internos (produzem efeito apenas para os órgãos e instituições da UE)

Ou

Atos externos (vinculam os sujeitos de DUE como os estados, pessoas, empresas, etc. e são
mais vinculativos que os internos portanto)

Atos preparatórios (sobretudo os internos são preparatórios de outros atos e têm menos força
que os definitivos –

Ou

Atos definitivos

não podemos definir de forma inequívoca dos atos porque depende logo do tipo de ato que
falamos mas a força jurídica vai depender também do conteúdo do ato atípico e portanto se
falarmos de um ato atípico de matéria exclusiva tem mais força que um de matéria
concorrente ou de coordenação.

Podemos afirmar que o ato atípico tem força variável que depende da forma do ato, do âmbito
do próprio ato (externo, interno, preparatório ou definitivo) e do conteúdo.

Agora dedicamo-nos ao estudo dos atos típicos e é mais importante porque estes atos versam
na matéria de competência da UE e são aqueles que estão previstos na UE para serem
adotados na esmagadora maioria dos casos em que as instituições agem dando
desenviolvimento às várias políticas e ações da UE.

Para nos auxiliar no nosso percurso do estudo dos típico olhamamos para o 288 que tem o
elenco de atos típicos da UE.
Temos:

 Regulamentos
 Diretivas
 Decisões
 Recomendações
 Pareceres
São 5 tipos de atos cuja força jurídica varia significativamente porque a força jurídica dos 3
primeiros é vinculativa e dos outros 2 é não vinculativa ou seja, não significa que esses não
produzam quaisquer efeitos jurídicos e podem até dar origem à invlaidade do ato jurídica
praticado pelas instituições mas naturalmente pela sua própria naturez anão têm a mesma
força que os outros.
Ainda antes de entrar no estudo de cada ato o que vamos ver é uma proposta que esteve
em vigor enquanto se discutiu a futura Consittuição Europeia e o que estava previsto no
prjeto de tratado constitucional europeu para o elenco de atos normativos típicos da UE
era um avanço muito significativo no ponhto de vista de técnica jurídico.
Isto é, as designações atuais do típicos não correspondem aquilo que no direito interno é
considerado como um ato jurídico com esta designação-

Ex.: Um regulamento no direito interno não é o mesm que uma lei no entanto no atual
DUE podemos dizer que um regulamento europeu tem a mesma força jurídica que uma lei.

Portanto tinhamos interesse que nos ponto de vista do rigor conceputal houvesse uma
evolução dos conceitos e no projeto de constituição foi tentado mas ainda asism interessa-
nos saber historicamente quais as designações previstas no projeto de constituição e
tínhamos no artigo 32 deste projeto.
Referia comos atos jurídicos vinculativos a lei europeia,.
Na definição de lei europeia vimos que não havia diferença nem numa vírgula no que é
atualmente um regulamento europeu,
É nada mais uma redefinição do que hoje chamamos de regulamento,

Também teria havido alterações na designação porque aquilo que chamamos atualmente
diretivas europeias e que até juristas de quadrante extraeuropeus têm dificuldade em
percber o que é um diretiva chamar-se-ia de forma mais lógica uma lei quadro europeia.
Conhecemos este conceito do direito interno e seria muito mais rigoroso do ponto de vista
conceptual.

Por fim teríamos os chamados regulamentos europeus com caráter de regulamentos


segundo o interno.

A verdade é que esta tipologia não entrou em vigor mas temos que nos conformar com as
tipologias que vem já dos primórdios da CEE com o tratado de roma que instituiu em 1957
que estabeleceu a CEE e já falava desta tipologia toda.

Atos jurídicos não vinculativos (comecemos então por falar das recomendações e
pareceres)

Recomendações (artigo 292 do TFUE – refere que o conselho pode adotar recomendações
e portanto não são exclusivas de nenhum órgão mas a comissão e o BCE também as
podem adotar e o artigo é explícito e diz que estas 3 podem adotar recomendações)

Se recuarmos no TFUE (artigo 149) vemos que o PE pode também adotar recomendações e
isto é uma possibilidade que é adotada inúmeras vezes, antes vimos resoluções do PE mas
se procurarmos recomendações encontravamos ainda mais e o PE usa esta forma de atuar
para ultrapassar as dificuldades resultantes do processo legislativo só poder começar
sobre proposta da comissão europeia e quando esta não toma iniciativo o PE adotar
recomendações.

Mas se olharmos para as várias políticas setoriais na UE aprecebemo-nos que


determinadas políticas podendo selecionar a de transportes (artigo 91) pode haver
recomendações adotados por outros órgãos.
Isto recomendaçoes ou até pareceres como diz neste artigo 91.

Aquilo que nos interessa neste momento é compreender a diferença entre


recomendações e pareceres:

-Recomendações – iniciativa própria-emitidas por iniciativa pela instituição ou órgão da UE


que pretende com estato jurídico influenciar o comportamento futuro de outros órgãos ou
instituições ou até dos EM ou até dos cidadãos, das empresas ou associações mas faz isso
motto proprio e não mediante solicitação de qualquer outro órgão ou instituição.

-Pareceres- iniciativa externa-são respostas a solicitações externa, externas não significa


que sejam solicitações por parte de instituições fora da UE mas externas que não provém
da propria iniciativa do órgão ou instituição. Frequentemente o consleho, a comissão e o
parlamento solicitam pareceres ou entre si (PE ao conselho) mas o PE pode solicitar
pareceres ao TJ ou podem solicitar pareceres ao órgão que pela sua própria natureza
foram criados para ter essa função auxiliar no processo legislativo (os múltiplos comitês
que funcionam junto das instituições europeias como o comitê do medicamente,
segurança alimentar, segurança aeronáutica, etc.) Há dois que destacamos no estudo do
direito institucionalque é:

 o comitê das regiões (que representa as regiões europeias)


 o comitê económico e social (que representa as associações económicas e sociais
da UE)

Estes dois têm protanto como função primordial (porque são auxiliares) emitir pareceres e
portanto, mediante solicitação externa, proferir a sua opinião que influenciará o conteúdo de
um ato definitivo e provavelmente típico que vai ser adotado por uma instituição europeia e
portanto as recomendações e pareceres apesar de não serem em regra vinuclativos não
deixam de ter alguma força normativo porque devem existir e ter tidos em consideração
porque senão o fossem não fazia sentido solicitar um parecer mas no caso da recomendação é
outro caso porque sendo por iniciativa própria podem não ser consideradas ou pelo menos
não adotadas em quaisquer atos.
Portanto os pareceres não deixam de ter força jurídica normativa pela influência mas não são
atos jurídicos vinculativos e por isso têm uma força jurídica menor realtivamente aos restantes
atos jurídicso praticados pela UE e que são vinculativos.
Diretiva (processo de “legislação indireta)

A temática que vamos falar hoje é o estudo das diretivas e os seus efeitos diretos e tem uma
grande importância e é matéria que é reincidente no caso prático dos exames finais na ordem
dos 80 e tal %. É uma forma de ultrapassar a inércia dos estados pois estando obrigados a
transpor uma norma para o seu ordenamento interno não o fazem.
isto é continuação do direito derivado da UE.
Este é um ato deste e vimos regulamentos, decisões e agora diretivas.
Decisões era tipo ato administrativo
regulamentos tipo lei da UE

Quanto ás direitvas não há analogia porque não há no direito interno algo parecido tem um
unidade meramente parcial. Os regulamentos são obrigatórios em todos os seus elementos
mas as diretivas não e deixam aos estados uma margem de manobra quanto à forma de
implementar estas obrigações que vêm com esta. As diretivas são a forma de atuação mais
frequente da UE em matérias de competência concorrente e nas políticas desta a política que
sejam de competência exclusiva os atos adotados costumam ser regulamentos mas em
concorrente é em diretiva porque é mais fácil aprovar em parlamento uma diretiva do que um
regulamento. É mais fácil os estados concordarem com as diretivas do que regulamentos.
As diretivas também são mais frequentes porque além de gerarem mais facilmente
consentimento também é mais adaptável às várias realidades dos estados pela liberdade de
forma a alcançar os objetivos que estas diretivas lhes dá.
Outra razão é as diretivas respeitarem o princípio da subsideriedade que diz que a UE atuará
apenas se os objetivos a alcançar não consigam ser alcançados pelos estados membros e é
mais respeitado através das diretivas do que regulamentos.

Estas são as razões da importância das diretivas que é único e não analógico aquilo que existe
no direito interno dos estados. É um ato jurídico sui generis e que se torna fácil fazer aprovar
mas difícil executar pelas diferenças entre estados.

Capítulo 2 – atos jurídicos da união, processo de adoção e outras disposições

Secção 1 – os atos jurídicos da união

 Artigo 288º (olhamos para isto que tem as definições dos atos jurídicos)
 Para exercerem as competências da união, as instituições adoptam regulamentos,
diretivas, decisões, recomendações e pareceres
 O regulamento tem caráter geral. É obrigatório em todos os seus elementos e
diretamento aplicável em todos os estados membros.
 (comparativamento) A diretiva vincula o Estado membro destinatário quanto ao
resultado a alcançar... (isto está no 288)

Caracterísiticas das diretivas:

-Caráter não geral – Destinatários apenas os EM – mas os regulamentos podem ter como
destinatário cidadãos, empresas europeis, organizações, etc. mas as diretivas só podem ser
destinatários os EM. É uma obrigação de atos jurídicos para adotar os objetivos a alcançar das
diretivas e quem tem esse poder é apenas os estados membros.
Agora podem ser indicados individualmente os EM destinatários ou podem ser todos e só
sabemos isso verificando o último artigo da diretiva e só no fim desta diz que estados
membros ou todos os EM são destinatários da mesma.
Em regra são todos.

-Obrigação de fins- dever de cooperação – (artigo 288, 3) dever de alcançar um determinado


resultado e este cumpre-se através do dever de cooperação dos Em perante a UE (artigos TUE
4, nº3/2 e TFUE 291 e temos que referir isto no caso prático quanto ao EM não cumprir o
dever de cooperação mas sempre articulado com o 288/3) Devemos sempre mobilizar isto
num caso de diretiva e a biolação do dever d ecooperação.
além disto vincula os estados a executar todas as medidas necessárias para alcançar o fim e
segundo o princípio da primazia não podem justificar situações onde não respeitam as
diretivas europeias. Portugal já foi acusado disso quanto à qualidade do ar em certas zonas do
porto e lisboa. Isto quer dizer que não podemos justificar a violação desta diretivas alegando
que não tem recursos económicos, ou há poucos autocarros, etc. porque os estados são
obrigados a executar todas as medidas necessárias para certo fim e senão acreditavam na
diretiva em si usavam ferramentas para adotar a diretiva seja votando contra ou contestando a
diretiva judicialmente e senão age contra agora tem que cumprir se foi adotado.
Por força do princípio do primado os estados não têm forma de justificar o incumprimento das
diretivas (o princípio do primado não está escrito no TUE e TFUE mas há a declaração anexo 17
que reconhece este e nasceu jurisdicionalmente.
Para garantir que os fins estabelecidos pela diretivas são alcançados todo o direito interno seja
aquele que foi adotado para transpor a diretiva ou pre existente ou adotado posterior à
diretiva deve ser interpretado conforme as diretivas (princípio da interpretação conforme – o
direito nacional que foi feito para transpor a diretiva é interpretado conforme a diretiva como
é óbvio assim como todo o direito nacional além desse que dizem respeito ao caso (isto surge
com a jurisprudência esta parte do direito todo) e isto são estratagemas da UE para reforçar a
força normativa das diretivas porque não é tão forte quanto regulamento porque só regulam
quanto ao fim e não ao meio mas o TJ ainda fez artimanhas para reforçar estas diretivas. Todo
o direito interno deve ser interpretado conforme as diretivas e senão o fizer tem que ser
alterado, modificado ou revogado conforme estas diretivas em prol do princípio do primado e
interpretação conforme.

-Liberdade de forma- limites- aparentemente os estado têm liberdado quanto ao tipo de ato
jur´diico que vai servir para alcançar o objetivo da diretiva (para transpor a diretiva). Para
perceber melhor isso é um exemplo:
Diretiva europeia destinada a evitar a dupla tributação da pessoa (pessoa que trabalha em 3
países e todos os países querem tributar a totalidade do rendimento mas se for tributado
entre países pode haver duplos tributamento, por vezes há acordos entre estados para evitar
esta. Esta dupla tributação pode ser evitada dizendo no estado onde há menos rendimentos e
aufere os rendimentos dos outros países ao país onde rende mais e paga tudo lá no estado de
maior rendimento.
Pode também pagar em todos os estados na totalidade e depois pede o reembolso da parte
duplicada e em excesso e há muitas formas excessivas de ultrapassar este objetivo das
diretivas.

Outro ex.: Diretivas sobre a pop. Urbana dizem que em zona urbana diferentes tipos de
contaminantes atmosféricos tem x limites e há muitas formas de alcançar o resultado como
filtro nos tubos de escapes nos carros, ficar só com carros elétricos, impedir o acesso dos
carros ao centro da cidade, plantar mais árvores. Há muitas maneiras de alcançar o resultado
atribuido pela UE e portanto tendo estes dois exemplos em mente fica mais fácil o que vamos
dizer a seguir da liberdade quanto à forma e quanto aos meiso:

Liberdade:

-Qunato à forma- podem querer adotar uma lei se quiserem (toda a pessoa que desconta cá
tributa em espanha) ou através de outro ato (como ato conjunto, tributaria, etc.). A UE deixa
aplicar qualquer ato mas a UE dá limites. Em PT a constituição dá limites e entre 87 e 97
podiamos transpor com quaisquer atos e em 97 alteraram a CRP para dizer artigo 112/9.
isto foi uma autolimitação portuguesa mas é cada estado que decide e a UE não mete a colher
desde que seja garantida a estabilidade deste ato jurídico (não um ato que pode ser mexido de
um dia para outro) e um ato com publicitado.
Limites:

-Tem de haver um mínimo de estabilidade

-Mínimo de publicidade

Isto surgiu sobre o propósito de atos jurídicos feitos por monarquias e houve um caso na
bélgica sobre um despacho real qualquer e duvidou-se se seria adequado qunado a
estabilidade e publicidade.
No caso prático se dissermos que foi publicado pelas portarias diziamos que não porque era
inconstitucional, para a UE tudo bem mas inconstitucional era.

Liberdade de meios- limites – os meios são aquelas várias possibilidades por ex. de reduzir a
poluição e diferentes formas de alcançar os resultados. Portanto há uma liberdade quanto aos
meios mas há certos limites quanto à liberdade dos estados quanto à escolha dos meios:
Limites:

Respeitar o princípio do primado

-Respeitar o princípio da interpretação conforme.

Ex.: Numa diretiva é feita uma lei para conformar mas depois o código de estrada não permite
essa lei e viola a diretiva e essa nova obrigação da diretiva tem que ser cumprida e pode
alterar várias outras leis mas não podem haver incumprimento desta diretiva e as suas
obrigações. È necessário garantir que as disposições já me vigor estejam e conformidade com
as diretivas.

-Efeito direto das diretivas – a liberdade dos meiso prende-se com isto. Históricamente (nos
primórdios) o que acontecia é que os estados não transpunham completamente as diretivas e
portanto o que acontecia era que os cidadãos não tinham nadapara se agarrar e faziam queixa
à comissão e daí eram levados a tribunal a itália, etc. Até que certa altura o TJ disse que tem de
haver uma forma mais rápida e espedita para os estados transporem as diretivas e evitar que
não o façam fora dos prazos. Os prazos são estabelecidos pela própria diretiva e muitas vezes
os estados não cumpriam um prazo de transposição.
O que pode acontecer também além de não fazerem dentro do prazo ou transpunham
parcialmente ou até uma má transposição (ex.: o objetivo era acabar com a poluição das
cidades e diziam que para evitar a poluição do centro da cidade os carros só podem andar 5
min na estrada e não está em toque com a realidade e portanto isto nã oresolve o problema.

Portanto o TJ foi confrontado várias vezes com:

-Transposição parcial

-Má transposição

-Fora do prazo

Nesta situações o tribunal estava de pés e mãos atados e diziam que o estado tinha que ser
mais rápido apenas mas depois o TJ começou a dizer que se as normas de transposição não
sejam suficientemente claras, precisas e incondicionadas então os cidadãos poderam
eventualmente invocar diretamente a diretiva perante os tribunais nacionais e contra o seu
estado membro.
isto foi a construção jurisprudnecial que nos fez chegar hoje à teoria do efeito direto das
diretivas (ou doutrina do...)

AS diretivas em regra só estabelecem os grandes fins a alcançar mas na prática as diretivas tem
em certa forma algumas normas mais densas que faz com que a transposição seja uma
transcrição e por vezes essa norma pode ser invocada contra o estado membro nestes
tribunais. Quando a transposição é incompleta dá certo poder aos cidadãos de aclamar por
direitos que não lhe são c oncedidos.
Este efeito é situação atípica e anómala porque normalmente uma diretiva não tem efeito em
direito porque depende da atuação do estaod mas o certo é que em vezes há normas que não
assim tão vagas e podem ser usadas e são invocadas ao estado.

Nem todas as diretivas gozam de efeito diretivo e nem todos os artigos destas gozam de efeito
direto e só gozam se forem claras, precisas e incondicionadas.

Isto surge com o caso Van Duyn (C-41/74)-


Era para ser secretária Francesa a trabalhar na Holanda e candidatou-se a posto de trabalho
para UK e quando chegou a UK disseram que o trabalho era uma seita e se ia desenvolver
trabalho ilegal não podia passar. Depois havia uma diretiva europeia que regulamenta as
condições em que se podem abrir exceções ao direito das pessoas circularem livremente e
exceções são:
-saúde pública (na situação atual vivemos isso até dentro do país)

-Ordem pública e segurança pública.

isto permite ao estado proibir a passagem de algué mde outro EM. Disseram que era perante
ordem pública a violação. Van Duyn recorreu ao Ttribunal Inglês e diz que a “seita” não tinha
sido fechada e até pode ser ilegal mas estando aberto posso lá trabalhar.
Ela invoca essa diretiva que não estava transposta no Reino Unido e perguntaram-se como ela
invoca a diretiva se não é um estado e depois o TJ veio dizer que “
"

Aqui é feito o efeito direto das diretivas e aqui é necessário que as diretivas sejam claras,
precisas e incondicionadas.
Aquela norma pode ser invocada no caso concreto e invocada no caso concreto por ter essas 3
características e impõe essa obrigação ao estado de não impedir a secretária de passar que ia
responder a uma entervista de emprego.

Não transposição de diretivas ou mal transpostas- efeitos:

 Invocação do efeito direto


 Interpretação confrome
 Responsabilidade do Estado (invoca-se isto e pede-se indemnização se os de cima não
funcionarem)

Vamos ver quais os pressupostos do efeito direto da diretiva e quando a norma possuiu esta
possibilidade de efeito direto:

 Decurso do prazo de transposição (normalmente no penúltimo artigo, atualmente o


prazo de transposição são feitos conforme a data limite mas antes era fixado em
meses ou anos (ex.: Agora 20 e tal de fevereiro de x e antes eram que a transposição
tinha que ser feito em 5 meses, etc.) Isto era uma técnica porque apresentam duas
datas de entrada em vigor e o acordo, etc e tínhamos que entender qual a data a
entender. Então um dos pressupostos era passar este prazo de transposição.
 Falta de transposição/transposição incompleta/incorreta – tem que ter sido mal,
incompletamente ou de todo não transporta e isso acontece muitas vezes até quanto
aos prazos e não conseguem organizar o processo legislativo dentro do prazo quanto a
PT.
 Direitos para os particulares – tem que criar direitos para os particulares porque
algumas diretivas da UE não criam direitos mas obrigações (ex.: é proibído deslocar-se
numa viatura individual em distância inferiores a 5km e portanto neste caso a sua não
transposição os cidadãos ficavam calados. Protanto as diretivas cujo efeito diretiva
pode ser invocado tem que gerar direitos para os particulares)
 Contra o Estado – só se as relações jurídicas que a aquela diretiva regular forem
relações verticais (relações em que põe o estado em relação com o cidadão e se forem
relações entre cidadãos não pode haver efeito direto (ex.: Proteção sobre os produtos,
se comprar um período defeituoso devo poder devolver ou trocar o produto e isto
decorre de diretivas mas estas diretivas põe uma relação entre consumidor e
vendedor e se esta diretiva não for transposta para o ordenamento jurídico PT o
vendedor não tem culpa disso e só respeita a lei quando for transporta e faz sentido.
 Norma clara, precisa e incondicionada – uma norma que tenha suficientemente
densidade normativa em que podemos dizer que gera direitos ao cidadãos.

Estes pressupostos que devem estar no caso concreto não são absolutamento lineares e há
exceções e pode haver situações onde se pode aplicar o efeito direto mesmo sem estes
pressupostos.
Quando dizemos que uma diretiva só produz efeito depois do prazo de transposição não é
bem verdade. Houve situações em que o estado não transpunha a diretiva mas ia fazendo
legislação contrária à diretiva dizendo que os estados ainda tinha tempo para transpor e a
questão é se eles durante o prazo não estão já vinculados à direta.

Decurso do prazo- exceções

Caso InterEnvironmento Walonia (Ac. 1997)

Estavam dentro do prazo de transposição e a Bélgica adota uma medida que é contra a
diretiva. São pré-efeitos das diretivas. As diretivas só produzem efeitos após o acabar do prazo
de transposição e a pergunta é se enquanto a diretiva está em vigor mas o prazo não acabou
será que têm liberdade os EM.

(ex.: Proteger sobreiros era a diretiva e davam um prazo durante 1 ano e PT mandava uma
norma a dizer que devemos cortar sobreiros e quando era para aplicar a diretiva o estado já
proibia cortar os sobreiros.
Há limites de pré-efeitos.
Há o dever de respeitar os fins da diretiva durante este período de transposição. O estado não
pode pôr em risco os fins da diretiva (ex.: Uma diretiva que dizia que era proibido expulsar
pessoas mesmo que cometendo crimes de x nacionalidades e antes do prazo acabar faziam
uma lei que expulsava toda gente de x paíse). Se contrariar os fins da diretiva é inválido.

Neste caso o governo da Valónia, adotou legislação que contrariava frontalmente esta
definação da diretiva sobre resíduos e iam eliminar até ao prazo provavelmente este resíduos
e o tribunal e comissão intervieram e depois outros governos. (vários argumentos de ambos os
lados no PPT) mas o TJ disse que a obrigação de um EM para adotar as finalidades da diretiva
está no artigo 288 e esta obrigação impõe a todas as autoridades incluindo aos órgãos
jurisdicionais e portanto estes órgãos que se pronunciem validade a uma norma desta tal
pronunciação deve ser inválida. Os estado estão obrigados mesmo durante o período de
transposição para tomar todas as medidas para alcançar x resultados e não podem tomar
medidas que comprometam os resultados prescritos na diretiva e isto tem um nome que é
“Stand Still” os estados ficaram em standby para não contrariar os fins da diretiva e isto é
falado às vezes em casos práticos no ano passado.
Em PT tivemos um caso de Stand Still quando da construção da ponte Vasco da Gama.
Qunato ao efeito direto na relações verticais quais exceções – O TJ sempre disse até hoej
sempre disse que não existe efeito horizontal do efeito direto das diretivas e só podem ser
invocadas nas relações verticais para sancionar a inercia do estado e a vinculação deste.
Já nas relações horizontais entre dois particulares seria injustos que um particular invoque
uma diretiva contra outro e em casos práticas já fizeram tipo:
“diretiva europeia sobre o tempo de maternidade das senhores e esse valor tem sido
aumentado por razões da maternidade e parentalidade por diretivas europeias, Se a diretiva
europeia não for transposta em Portugal podem invocar essa diretiva contra o Estado se forem
funcionárias públicas mas se for do privado não pode aplicar porque a empresa não precisa de
aplicar algo que não foi transposto.
Isto é injusto porque os do público são mais protegidos. O mesmo na saúde e as diretivas que
dizem que os médicos tenham mais descanso e se a medida não for transposta então o do
público pode invocar mas os privados não. Os privados das empresas não têm culpa nenhuma
mas é injusto.
Apesar do TJ dizer que não existe horizontal ainda arranjam uma série de refugios onde
permite a invocação do efeito direto das diretivas entre particulares (ainda os chama de
efeitos incidentais, colaterais, etc. mas não é bem assim)

Vamos falar de vários casos de vários efeitos dizer horizontal e vertical e ver diferentes formas
de invocar o efeito direito sendo a maior parte vertical.
Depois vamos ver o que diz a jurisprudência sobre os horizontais.

Caso Ratti (diretiva como efeito de escudo onde protege o particular contra o estado- efeitos
similares aos regulamentos)

(Ac.1997) Ação penal contra Túlio Ratti que cumpriu as exigências da diretiva sobre rotulagem
e embalagem de substâncias perigosas (solbentes, tintas, verinzes e colas), não transposta pelo
Estado Italiano mas não da legislação nacional, que tem requisitos de rotulagem mais exifente
que os europeus.
O Italiano era acusado por incumprimento de exigências superiores da lei Italiana quando
havia diretivas para menor exigência desta rotulagem pela diretiva. Houve uma altura em que
o Direito Europeu exigiu x tamanho destes sinais. As exigências da diretiva eram mais forte que
a nacional e a ASAE italiana queria sancionar o italiano mas este usou a diretiva para se
proteger da aplicação da legislação nacional mais exigente (efeito escudo)

Outro caso: Caso Becker (efeito espada) Efeitos punitivos)

(Ac. 1982) Queria que lhe devolvessem o dinheiro do Iva que foi cobrado mal segundo
diretivas.

A necessidade do efeito horizontal:

-Justiça (injusto a desigualdade)


-igualdade (os privados têm que ter os mesmos direitos que os que têm relação direta com o
estado)

-Uniformidade de aplicação

-Unidade da ordem jurídica

Casos onde o TJ reconheceu um quasi efeito horizontal como o caso :

Marshall – igualdade de tempo de reforme entre homens e senhoras e o caso era um senhora
que atingiu a idade da reforma que era menor para as mulheres e queria trabalhar mais
porque recebia menos na reforma e trabalhava numa Health Authority e não era do Estado
nem da administração central do Estado mas aqui pode aplicar o efeito horizontal.

Foster- é ainda sobre a diretiva da idade da reforma só que aqui trabalhava na empresa
pública e permitiram

Fratelia Constanzo- Uma empresa contratado com o Município de Milão e havia uma diretiva
de exclusão de candidatos a concursos públicos e portanto a diretiva não tinha sido transposta
e isso foi invocado por um dos perdedores que foi excluído por uma proposta de preço
demasiado baixo.
A frateli foi excluído por essa razão e depois invocaram a legislação europeia contra o
município e apesar de ser administração local o TJ deixou na mesmo que não o estado.

Horizontalização do efeito direito.

 Efeito direto e o seu alargamento a partir dos casos em cima.

Outra forma de alargamento é a partir dos efeitos “indiretos”

Conforme o princípio da interpretação conforme e aqui diz que o TJ.


Casos:
Von Colson – tinha a haver com uma cadeia pública e foi aberto um posto de trabalho a guarda
prisional e foram candidatas homens e mulheres e estas mais qualificadas foram menos
preferidas pelos homens dizendo que era uma cadeia de homens e não era seguro e fez este
efeito e disseram que não era preciso transposição mas sim interpretar a norma conforme a
diretiva.

-Kolpinghuis – qualquer coisa sobre àgua

-Caso Marleising- é precis omais atenção porque é o mais descarado quanto ao efeito
horizonta.
Surgiu no tribunais espanhois na década de 90 e coflito priovado entre duas empresas
“Marleising e La Cormecial” e é um caso de dívidas e não se justifica invocar qualquer efeito
vertical.

Há uma empresa que tem dívidas a Marleasing mas depois ao executar o património da
devedor ela já tinha transferido os bens para uma nova que era a La Comercial e o pacto de
criação comercial era nulo porque impediu o seu direito de implicar a dívida.
Numa diretiva europeia diziam que só poderiam ser considerados nulos os contratos sociais
em que faltam ato constitutivo ou natureza ilícito, etc. (Direto 68/151- artigo 11) e só aqui
poderiam declarar a nulidade dos atos sociais isto a diretiva de 68 sobre a anulação do ato
ocnstitutivo de empresas.
Acontece que o código comercial espanhol que era antiquíssimo previa determinadas
situações de invalidade dos pactos sociais e era do interesse da Marlaesing invocar este e não
da La Comercial.
O Juíz perguntou-se se podia invocar a diretiva para este caso.
O TJ disse que houve aqui uma situação de todas as autoridades dos EM estarem vinculados às
diretivas e para a diretiva devem interpretar todas normas do seu ordenamento conforme a
diretiva (princípio da interpretação conforme) e portante devem ter em conta a causa de
nulidade.
A causa discutida era (11/2 b da diretiva) e dizia que aqui a finalidade da La Comercial tinha
como objetivo defraudar os credores e a La Comercial dizia que não.
O resultado final foi aplicar ao caso concreto uma diretiva não transposta e não pelo efeito
direto mas porque todo o direito interno espanhol devia ser interpretado conforme a diretiva.

Isto tudo para dizer que o TJ não quer admitir este efeito diretio horizontal e camufla esta
situações de forma surrateiro nos casos. Fala apenas de efeitos indiretos e dizem que isso
aconteceu no caso Marleasing e com base na interpretação conforme. Claro que a
interpretação conforme depende a letra da norma e de certa forma a norma interna e a da
diretiva não seja muito diferente tem de haver uma relação por mera interpretação.

Outra situação que o tribunal de justiça tem declarado é o efeito horizontal incidental.

Ex.: Situação de proteção do consumidor Ruiz Bernaldez – a diretiva tornou os seguro de


responsabilidade civil automóvel e este Ruiz provoca um acidente de viação embriagado e a
seguradora recusou-se a pagar indemnização e segundo diretiva devia assumir a indemnização
podendo mais tarde exigir ao condutor o reembolso.
No direito espanhol não era assim e havia uma dúvida quanto à diretiva e o juíz tinha dúvidas e
tirou dúvidas no Tj e no sentido de proteção devia a seguradora indemnizar a vítima e depois
fazer o processo da direitva. O TJ permitiu que numa relação entre particulares que se
invocasse uma diretiva não transposta. Isto só pode ser efeito direto horizontal mas continuam
a dizer que não.

Océano/Salvat (Ac.2000)

Quanto á proteção do consumo falam de uma cláusula abusiva num contrato e adquiriram um
enciclopédia prestações e depois arrependeu-se e queria devolver e portanto naquela altura
não era bem regulado e o tribunal queria saber se podia devolver. Perguntaram ao TJ onde se
colocava esta questões. Segundo a diretiva esta questão era colocada na residência do
consumidor (no tribunal perto deste) ou se em Madrid (sede da empresa Océano/Salvat)
sendo que no direito espanhol não regulava isto.

O tribunal de justiça disse que para haver uma proteção do consumidor o tribunal deve ter a
oportunidade de apreciar a cláusula de afuramento sobre ter que responder em Madrid e
deve-se proteger quem está na posição de maior vulnerabilidade que é o consumidor e
portanto aqui diz que o juiz deve interpretar o direito nacional da mesma forma que a diretiva
mesmo que não transporta (aquela ideia de proteção de consumidores)

Agora vamos falar mais do efeito direito em geral que existe não só em relação a diretiva mas
a outras norma do DUE.
O conceito de efeito direto para as diretivas é algo revolucionário porque tem como
destinatário os estados membros e é estranho que possa ser invocado contra o estados ou
eventualmente contra outros particulares.

Se pensarmos assim não é tão estranho porque já antes tinham reconhecido o efeito direto de
algumas normas que é as dos tratados e a primeira vez que o TJ mencionou o efeito direto foi
no caso Van Gend eLoos.

Fazia importação de um produto especial do plástica proveniente da resina e foi feito num
período antigo do direito comunitário porque ainda se estava a fazer a abolição das pautas
aduaneiras e foram sendo esta receita dos impostos aduaneiras sendo substituidas ao longo
do tempo com outros impostos. E foi neste período de desmantelamento (iniciado com a CEE)
e criação de pauta aduaneira comum. O que aconteceu foi que sempre fez entre transportação
da Alemanha para a Holanda e sempre pagou 3% mas a certa altura a administração fiscal
holandesa apercebeu-se que o produto estava com uma classificação pautal errada porque era
um plástica x e não y e fez um reposicionamento pautal que era de 8%. Eles não aceitaram isso
e invocou um artigo do tratado que dizia que os estados devem se abster novos direitos
aduaneiros. É inédito que um privado invoca um artigo de um tratado internacional mas a
Holanda foi dizer que não podiam invocar uma norma do tratado e é um tratado entre estados
e se houver alguma coisa a dizer deve ser resolvido no tribunal de justiça e não os nacionais.
O TJ de forma pragmática foi dizer que apesar destes assuntos serem tratados no TJ não quer
dizer que um juiz não possa tratar disso nacionalmente.

Além disso diz que os sujeitos não são só os EM mas os cidadãos e empresas também são
sujeitos de direito comunitário e o artigo em causa impõe uma obrigação, claro e incondicional
de “non facere” que não é acompanhada de qualquer reserva que subordine aos estados e
portanto reconheceu que sendo uma norma dos tratados mas tendo as 3 características pode
ser invocada.

Foi neste caso que nasceu pela 1ª vez aquela triologia de caracterísitcas das normas para
poderem ser invocadas contra os estados : Clara, precisa e incondicionada.

Claro – suficiente

Precisa- sem margem de apreciação


Incondicionada –não depende de condições (económicas ou outros)

Abstenções

(ex.:O Estado tem que proteger as igrejas e deve ser alvo de restauração – seria uma norma
precisa e clara se for O estado tem que proteger as igrejas do Séc.XIX tal e tal mas não seriam
incondicionadas porque os estados seriam condicionadas pela falta de dinheiro).

Agora numa norma que diz que o estado esteja proibido de demolir todas as igrejas com mais
de 100 anos reune todas as características porque uma norma non facere não é condicionada.

Insistimos nos efeitos diretos das diretivas porque há mais diretivas e é o mais estranho. A
probabilidade de ocorrer o efeito direto é muito provavelmente de diretivas pela sua quantia e
pela sua recorrente incumprimento de transposição, falta ou incompletude desta.

Para além dos tratados também o TJ declarou nalguns casos o efeito direto de normas
constantes de outros atos jurídicos como regulamentos:

Caso assim – Simmenthal (1978)- saber se se podia ou não adotar medidas de segurança e
controlo sanitário quanto a importação de carne e o TJ veio dizer que as normas devem ser
aplicadas de forma uniforme em todos os EM. O TJ disse que o tribunal nacional deve aplicar
as normas do regulamento sempre que tenham a triologia sempre que possível.

Um caso mais recente foi Delen Wells (2004)

C201/02

Neste caso o TJ veio permitir a aplicação do efeito direto de uma norma não transposta. É
interessante porque há uma relação triangular entre o estado e dois particulares onde o
tribunal diz que o particular invoca contra o estado mas que depois traz efeitos ao outro
particular.

Problema em causa:

 Autorização de reabertura e funcionamento de um pedreira com base numa “old


mining permission” – O vizinho Delen Wells dizia que não fazia sentido a permissão da
reabertura sem uma reavaliação do impacte ambiental e uma nova licença sendo a
outra demasiado antigo.
 Avaliação de impacte ambiental
 Participação do público

O direito europeu exige atualmente que para este tipo de atividade uma avaliação de impacte
ambiental e uma licença sobre o mesmo para a atividade.
O tribunal escocês ou inglês ficou com dúvidas e colocou a questão a título prejudicial ao TJ e
qual o regime aplicável a este caso e a pedreira era muito antigo e segundo o direito inglês não
carecia de permissão.
Isto é no fundo a invocação do efeito direto horizontal de um diretiva mas o TJ veio alegar que
há aqui uma relação triangular e portanto esta permissão da pedreira segundo o direito
nacional não impede que Delen Wells invoque contra o estado a diretiva.

Com tudo o que vimos é se estas estratégias desenvolvidas do TJ do efeito direto e


interpretação conforme são suficiente para garantir a força jurídica da diretiva.
A resposta é não porque há casos em que a diretiva não é clara, etc. ou estamos numa plena
relação horizontal ou não haja nenhuma norma que com jeitinho se consiga aplicar ao caso no
direito nacional para a interpretação conforme.
Nestes casos a solução é um terceira e temos de estar atentos aos casos práticos do exame e
pode não ser possível resolver a questão por efeito direto e pode faltar requisitos para esse ou
para fazer justiça através do princípio de interpretação conforme.

Com isto entramos numa situação complicada que é a da responsabilidade do estado e diz que
o estado tem responsabilidade civil pelos danos causados que decorram de violação do DUE e
indemnização do privado.
Temos que ver quando esta é aplicada ao caso concreto.
A doutrina que deu origem a isto foi o caso de Francovitch e as dívidas destas empresa que
venha à falência e esta pode ficar a dever ao estado e empresas mas nunca aos trabalhadores
e há uma diretiva europeia que fala sobre isto que não tinha transposta pelo estado. Há aqui
uma responsabilidade do estado porque a diretiva não tinha sido transposta e os
trabalhadores não tinham qualquer proteção por falta dessa transposição e por falta de outros
meios o estado poderia ter de indemnizar os trabalhadores. Isto em traços gerais é a última
possibilidade de responder a esta não transposição de diretivas.

As diretivas dependem desta mesma atuação dos estados e este meios construídos pelo TJ
servem para garantir que as diretivas são uma forma efetiva de criar normas jurídicas para
proteger os cidadãos da UE.
Isto é uma forma de tornar mais pesada a aplicação das diretivas.

Vamos voltar ao tema da semana passada que é o das diretivas.

“Não tranposição” das diretivas:

a) Efeito direto
b) Interpretação conforme, ou
c) Responsabilidade do estado?
Recordando a semana passada estivemos a passar de um problema característico das
diretivas que é facto de carecer de uma autação dos estados e os estados devem atuar
para prosseguir essas medidas e o que acontece é que não o fazem em tempo útil, não o
fazem corretamente ou só o fazem parcialmente.
Estas 3 situações eram habitualmente prosseguidas com uma ação ao TJ para dizer que o
estaod não transpôs as diretivas só que é um processo morosíssimo e pode nem levar à
resolução de problemas e houve momentos em que os estados são levados a tribunal pela
mesma diretiva e portanto o TJ tentou denseovlver novos mecanismos para tornar mais
expedita a aplicação das diretivas quando estas tragam direitos e vantagens aos cidadãos e
portanto a partir da jurisprudência o TJ cria o chamado efeito direto (o TJ veio estabelecer
em que condições excecionalmente é que isto se podia verificar e estas não se verificam
tão raramente como poderíamos verificar (nem precisamos que o TJ declara o efeito direto
das diretivas para as invocar diretamente no direito interno e cada cidadão já tem a
liberdade de invocar esse efeito direto no nosso ordenamento se se verificarem os
requisitos do TJ:
-Ter decorrido o prazo de transposição

-Ter atribuido direitos aos particulares

-A norma gozar das características de clareza, precisão e incondicionalidade.

por último vimos que o cidadão deveria estar numa relação (vertical) com o estado mas
acontece é que muitas vezes está numa relação horizontal e aqui o TJ diz que não é
possível invocar a diretiva mas cabe aos tribunais nacionais interpretar todo o direito
interno existente e em vigor de forma a dar a maior efetividade à diretiva possível e por
vezes é possível e outras não.

E não há solução para as situações em que não há transposição ou incomlpeta ou parcial


porém as normas das diretivas não são claras, precisas, etc. e o pior é que não há
nenhuma norma no direito interno que possa ser interpretada de alguma forma para
efetuar os objetivos da diretiva estando perante uma verdadeira lacuna e temos que
arranjar uma forma de sanar esta falha ou inércia legislativa e por isso chegamos a um
tema importante que é a responsabilidade do estado perante privados por violação do
DUE.
Se num caso prático formos confrontados por uma coisa assim é verificar se estão
preenchidos todos os requistios do efeito direto e se for assim está o caso arrumado e o
sujeito basta invocar perante o estado (ex.: duas pessoas que trabalham uma num hospital
privado e num no público, e aaprece uma diretiva da UE que estabelece um limite de horas
consecutivas a trabalhar e ninugém pode trabalhar + de 30 horas de seguida e temos um
estado que não transpõe e devia até outubro e estão a exigir as entidades patronais que
trabalhem mais do que 30 horas por dia aos trabalhadores e pergunta-se o que poderam
eles fazer perante o DUE e então a abordagem deve ser que no caso da pessoa do público
é um relação vertical e preenche todos os requisitos e portanto a atitude do profissional
de saúde do público é recusar-se e se o obrigarem e puserem um processo disciplinar
então recorre a tribunal.
Para o privado proque é diferente porque há benifícios para os particulares que
beneficiam para os trabalhadores mas há encargos para os particulares das empresas e
não têm culpa da não transposição mas é possível olhar para a legislação internacional e
virmos uma lei qualquer PT que dissesse que em geral os trabalhadores não deveram
trabalhar mais do que x horas consecutivos e se possível dizer que isto era só para
camionistas mas depois podendo interpretar que esta norma também se podia aplicar
para os trabalhadores que façam trabalhos arriscados (ex.: cirurgiões) e aqui resolvia-se
com interpretação conforme sem tentar prejudicar as legítimas expectativas dos hospitais.
Agora imaginando que esta interpretação não era possível chegamos à responsabilidade
do estado e o estado deve indemnizar os particulares por estes danos feitos pela não
transposição ou incompleta ou parcial e esta é de ultima ratio em situação última.

resumindo e vendo os vários acórdãos com este tema temos:

 1957 – TCEE – já se falava da responsabilidade do estado membro perante CEE


 1974- Van Duyn- efeito direto vertical é compreendido
 1984- Von Colson- interpretação conforme e uma horizontalização dos efeitos
 1991- Francovich- Responsabildiade EM- particular – 1º caso onde o TJ disse essa
responsabilidade dos estados.

Francovich

Aqui o governo italiano não transpõe e é de uma diretiva dos anos 80 sobre a proteção dos
trabalhadores na insolvência da entidade patronal e como vemos:

Os credores da empresa e clientes podem ser prejudicados pela insolvência mas o


trabalhadores devem ser protegidos e o seu salário e créditos destes devem ser sanados e
estabelece no artigo 3º quando falamos de efeito direto é neste, “medidas necessárias”
formulação típica do que é uma diretiva, (uma diretiva que estabelece as horas de trabalho é
uma diretiva que não dá grande discricionariedade aos estados mas não deixa de ser porque
tem como objetivo a proteção do horário dos trabalhos mas é a tal coisa estes precisos são
aqueles que estabelecem corretamente (ex.; num subsídio o valor, etc.).
Este artigo 3º é claro e mais ou menos preciso e o TJ fala sobre este artigo sobre 3 e em que
situações seria considerado efeito direto.

Este é o prazo e nesta altura ainda falavam de meses e não da data limite (deadline) específica
tipo 1 de janeiro.
Itália não transpõs

Resultado uma empresa vai à falência e um trabalhador franchovich prentede ter o seu salário
devido de qualquer forma seja empresa ou estado e o juiz fica com dúvidas e vai por dúvidas
ao TJ e pergunta que se um indivíduo pode invocar a diretiva contra o estado perante a não
transposição.
A questão colocado veio ter resposta e portanto veio o TJ que o estado membro que não toma
medidas de transposição não pode benificiar da diretiva impondo obrigações a outrém (não
podem dizer à empresa para pagar os trabalhadores (não pode haver efeito vertical invertido
contra as empresas)). Se as disposição da diretiva parecerem incondicionais e suficientemente
precisas,...

A dúvida nesta diretiva é perceeber se as normas têm a trindade e o TJ veio dizer que há 3
questões a esclarecer:

 A identidade das pessoas com direito à garantia, (a quem é para pagar? Ao


trabalhador, não aquele prestador de serviços que foi lá, etc.
 Conteúdo da garantia (quanto vai ser pago? Todos os salários em atraso, ou aqueles a
seguir à insolvência ou aqueles desde o início da insolvência até a declaração judicial)
 Identidade da pessoa responsável pela garantia (quem é responsável, a empresa
porque deveria ter um fundo, um banco que devia assegurar através de uma caução,
uma seguradora?
O TJ respondeu às 3 questões:

1ª questão:

2ª questão:

Muitas das vezes a empresa continua a operar ainda com esperanças e na decisão o governo
italiano podia ser mais generoso a dizer que são os salários todos devidos ou só a partir da
data da insolvência.
3ª questão

Aqui há muita gente e nesta transposição o estado poderia tomar muitas opções desde o
próprio OE até a um fundo que as empresas reunam.

Portanto aqui diz que não conseguem aplicar aqui o efeito direto mas tem de haver um
resolução porque há aqui uma grande injustiça e começa a desenvolver a doutrina da
responsabilidade do estado e não está escrito no tratado mas faz a seguinte construção.
O TJ partiu destes princípios jurídicos fundamentais que faz parte do DUE e uma delas é
responsabilidade pelos danos e vamos dar esta matéria a seguir. O TJ continua a dizer que o
tratado criou o seu prórpio sistema jurídico que se integra nos próprios ordenamentos
jurídicos dos EM (artigo 8 senão me engano e os artigos do CRP) e os tribunais nacionais são
obrigados a aplicar DUE e os sujeitos não são só os sujeitos mas também os cidadãos.

Há vários direitos dos particulares que se impõe tanto as indivíduos, como aos EM e as
instituições europeias.
Então conclui o TJ

Em Frankovitch o TJ diz que o tribunal nacional tem que proteger os indivíduos e a


fundamentação de acordo com o TJ para responsabilidade Fundamentos:

-O pleno efeito do direito comunitário – está dependente da atuação do estado e portanto


depende deste.

-O facto de ser devido a uma enércia do estado e falta de atuação que os cidadãos foram
prejudicados e os danos sofridos foram por falta ou má atuação do estado e senão
reconhecêssemos estas responsabildiade dos estados pelas diretivas que são imensas em
número então cortávamos muitos direitos dos cidadãos.
-Princípio da responsabilidade por perdas e danos e os estados devem assumir.

Já vimos que isto tudo é reunido.

Se não fosse a falta de transposição da diretiva o frankovitch tinha recebido os salários de


certeza e foi por essa falta que não recebeu (nexo causal).

Consequências disto no direito português.

A lei da responsabilidade do estado português (década de 60) não previu a responsabilidade


de PT por violação de direito comunitário e isto deu origem a uma ação contra o estado
português e em 2007 foi aprovada a lei 67/2007 que prevê essa lei de responsabilidade do
estado e vemos que prevê o estado indemnizar a particulares por atos que cause dano sejam
administrativos, jurisprudenciais, políticos, legislativa (falta de transposição de diretiva –
omissão legislativa)).
O artigo 15 desta lei:

CAPÍTULO IV
Responsabilidade civil por danos decorrentes do exercício da função político-
legislativa
  Artigo 15.º
Responsabilidade no exercício da função político-legislativa
1 - O Estado e as regiões autónomas são civilmente responsáveis pelos danos anormais causados aos direitos ou
interesses legalmente protegidos dos cidadãos por actos que, no exercício da função político-legislativa, pratiquem,
em desconformidade com a Constituição, o direito internacional, o direito comunitário ou acto legislativo de valor
reforçado.
2 - A decisão do tribunal que se pronuncie sobre a inconstitucionalidade ou ilegalidade de norma jurídica ou sobre a
sua desconformidade com convenção internacional, para efeitos do número anterior, equivale, para os devidos
efeitos legais, a decisão de recusa de aplicação ou a decisão de aplicação de norma cuja inconstitucionalidade,
ilegalidade ou desconformidade com convenção internacional haja sido suscitada durante o processo, consoante o
caso.
3 - O Estado e as regiões autónomas são também civilmente responsáveis pelos danos anormais que, para os direitos
ou interesses legalmente protegidos dos cidadãos, resultem da omissão de providências legislativas necessárias para
tornar exequíveis normas constitucionais.
4 - A existência e a extensão da responsabilidade prevista nos números anteriores são determinadas atendendo às
circunstâncias concretas de cada caso e, designadamente, ao grau de clareza e precisão da norma violada, ao tipo de
inconstitucionalidade e ao facto de terem sido adoptadas ou omitidas diligências susceptíveis de evitar a situação de
ilicitude.
5 - A constituição em responsabilidade fundada na omissão de providências legislativas necessárias para tornar
exequíveis normas constitucionais depende da prévia verificação de inconstitucionalidade por omissão pelo Tribunal
Constitucional.
6 - Quando os lesados forem em tal número que, por razões de interesse público de excepcional relevo, se justifique
a limitação do âmbito da obrigação de indemnizar, esta pode ser fixada equitativamente em montante inferior ao
que corresponderia à reparação integral dos danos causados.

Alguns anos depois em 96 veio concretizar melhor aquele nexo de causalidade que era terceiro
requisito para responsabilização do estado por danos causados e para isso vamos ver sebre o
acórdão:

Beasserie du pêcheur/Factortarme (1996)

Aqui não se trata por um falta de transposição mas por legislação contrária a diretiva europeia
e aqui é o dever da alemanha de indemnizar um cidadão.
É uma lei sobre a pureza da cerveja das quais têm muita legislação e diz que as empresas
francesas que faziam cerveja e exportavam para alemanha deixaram de o poder por não
cumprir com a lei sobre elas e dizem que está a violar a liberdade de circulação de mercadorias
e diz que há uma cerveja que é vendidad legalmente em frança mas não em Alemanha por não
ser pura o suficiente.
Vamos ver no segundo semestre que a Alemanha proíbe uma bebida de Dijon por ser pouco
alcóolico e por lei alemanha só podem lá beber bebidas acima de x àlcool e o Casser Dijon leva
alemanha a TJ dizendo e o TJ concordou que a bebida pode ser diluída anyways e veio a dizer
que se uma bebida pode ser vendida em todos os outros países então em princípio podem ser
vendidos nesses também.
Portanto neste caso é interessante ver os argumentos da Alemanha
A Alemanha vem dizer que só são restaurados os particulares quando previsto na lei e isto vem
dizer que nesta altura ainda havia estados que não tinham previsto esta responsabilidade civil
dos estados e portanto veio dizer que sendo o TJ declarar que devem indemnizar era uma
violação da separação de poderes.

TJ diz que realmente não está previsto nos tratados mas recorrem aos princípios fundamentais
e dizem que faz parte da UE os princípios fundamentais reconhecidos pelos estados membros
em comum mesmo que não em relação à UE.
Aqui diz que não é preciso haver má fé ou dolo para responsabilizar os estados e veio o TJ
concretizando melhor o nexo de causalidade que basta que a norma de direito comunitária
violada tenha conferido um direito aos cidadãos (o direito das empresas francesas venderem
mercadorias na aleamanha) e portanto temos que ter uma violação suficientemente
caracterizada e um nexo de causalidade direto.
Violação suficientemente caracterizada não sabemos bem o que é mas deve ser que
claramente viole o direito comunitário.

Ou seja, não pode ser exigido mais nada relativamente ao direito europeu quanto ao que é
nacionalmente e portanto se os particulares podem pedir indemnização ao estado fora do DUE
sem exigir abuso de poder e má fé o mesmo em Due deve acontecer.
Aqui este processo está no TJ por um reenvio judicial e foram os juízes alemães que no caso
destas empresas que recorre a um tribunal nacional alemão para dizer que esta lei alemã é
ilegal e o tribunal foi perguntar ao TJ sobre este caso e o governo alemão não pode ser no
tribunal nacional que pergunta ao TJ que convoque a sua ilegalidade e dizem que venha a
comissão europeia que venha convocar a ileglaidade e o TJ não concorda e seria contrário ao
princípio da efetividade do direito comunitário que esperássemos por isso e a empressa estaria
a rezar e à espera que a comissaõ europeia instaurasse uma ação de incumprimento contra o
estado que costuma demorar anos.
Além disso a comissão europeia pode não querer instaurar ação por x razões e podia fazer
apenas uma recomendação instaurou na verdade uma ação mas podia não tê-lo feito e os
cidadãos não podiam ficar dependentes neste juízo de discricionariedade e portanto isto da
alemanha de querer ser instaurado uma ação e depois aí indemnização não foi aceite pelo TJ e
indemnizaram pelo tribunal nacional.
Isto era o essencial no que diz repseito à responsabilidade e estudamos isto no contexto do
dever de transpor diretivas mas não é só assim e até já foi adotada uma ação de expulsão de
romenos na frança e isto é violação do direito de liberdade de circulação e portanto daí a
frança teve que indemnizar ou via ter que fazê-lo a estes cidadãos.
Isto para dizer que quando falamos desta responsabildiade não estamos a falar só das diretivas
mas de todos os atos mas excertou isto nas diretivas porque deu jeito.

Agora passamos à matérios dos princípios jurídicos fundamentais do DUE

Princípios jurídicos fundamentais

Falamos das fontes de direito derivado da UE e falámos com mais promenores as típicas e
agora iríamos estuadr os princípios jurídicos como fonte de direito europeu e isto é importante
porque temos alguns que revolucionaram o direito europeu (ex.: princípio do efeito direto, do
primado, da responsabilidade dos estados) muitos não positivados nos tratados como o do
primado mas que são importantes:

Temos princípios:
-de origem convencional (escritos nos tratados9

-de origem jurisprudencial (que nasceram nos acórdãos do TJ mas que são igualmente
importantes porque vieram resolver problemas do DUE e foram inventados pelo TJ
importantes como responsabilidade civil, etc.

-junto ao jurisprudencial temos os doutrinais cujo TJ foi ver à doutrina (ex.: Princípio da
subsideriado ou que nasceram na jurisprudência e depois foram para a doutrina)(isto é visto
nos direitos de origem federal e este era muito falado pela doutrina quando falavam de direito
europeu e depois acabou por ser aplicado em alguns acórdãos e depois aplicado nos tratados e
portanto há uma fluidez entre os princípios convencionais e doutrinas (Baumaniano)
Tipos:

1- Comuns a todos
2- A UE faz parte do DIP e portanto este fazem parte do direito europeu
3- Vamos ver quais são
4- Autonomizados por que nasceram basicamente com o tratado de Maastricht e depois
alargaram-se com o tratado de lisboa.
5- Regulam estas relações

1- Temos alguns que estão expressamente reconhecidos nos tratados (ex.: artigos 2º do
TUE – dita x direitos e são princípios que estão nas constituições dos estados mas que
a UE assimui para ela própria e estão no 2º artigo.
O princípio da responsabilidade é comum também no artigo 340 no que diz respeito à
UE e se causar danos aos estados ou aos cidadãos também é obrigada a indemnizar
mas queremos denotar o parágrafo segundo deste artigo (diz que imaginem que a
comissão europeia causa um dano à UC no exercício das suas funções (ex.: Senão
pagar as viagens que são previstas no projeto sobre iniciativa de cidadania da UE e isso
causava prejuízo e isso é responsabilidade contratual e extracontratual se houvesse
um ato que involuntariamente causa-se um dano a um estado membro e isso rege-se
sobre os princípios jurídicos fundamentais comuns de responsabilidade civil dos EM.
Ex.: Dever de indemnizar danos morais e patrimoniais e não há nenhuma normal de
DUE que regule exatamente o dever de indemnizar e é praticamente igual a todos os
EM que a UE nem quis regular.
Temos uma lista de outros princípios que são implícitos e não expressos como os
outros (os dois tipos) como:
- Segurança jurídica
-Confiança legítima
-Não retroatividade
-etc.

Aqui eles reconhecem implicitamente um destes princípios do enriquecimento sem


causa. Neste acórdão o TJ invocou este princípio.

2- exemplos:
-Proibição de recurso à força armada

-Resolução pacífica de controvérsias


-Não ingerência nos assuntos internos
-Legítima defesa
-Etc.
Muitos dests vindo da CNU.
Exemplos:
Artigo 32º do TUE
Artigo 37º PESC
A UE a funcionar como ator internacional
E depois temos vários exemplos de acordos internacionais celebrados pela UE e neste
caso vincula a UE e não são obrigados a assinar mas podem por causa disso.

3—Princípios fundamentais . estes são novos:

-Princípio da liberdade económica (este foi o primeiro princípio onde se baseou a CEE cujos
objetivos primeiros era a economia e não permitia o controlo dos estados e não intervenham
na economia através de subsídios ou tabelamento de preços e é um princípio ilustrativo dos
primórdios mas que ainda hoje vigora na UE sendo proibido qualquer controlo e ajuda)

-Princípio da igualdade entre os EM (embora sabermos que a representatividade é diferente


(ex.: Os ministros PT têm menos votos que os italianos ou franceses mas são todos iguais e é
neste princípio da igualdade material e não formal permtie que uns tenham mais deputados
que outros)

Princípio da igualdade dos agentes económicos (não pode haver discriminação entre todos os
agentes económicos sejam públicos e privados (ex.: subsídios para o setor do calçado não
pode haver))

-Princípio de coesão económica, social e territorial (importante para Portugal porque PT é


periférico e com PIB abaixo da média europeia e graças a este temos recebido muito dinheiro
da UE e para tentar alcançar o PIB médio e a coesão tenta equilibrar com este dinheiro. Com o
alargamento a leste não somos os mais pobres mas já fomos ultrapassados por alguns deles
(ex.: A eslovénia). Esta coesão visa dar aos países que não estão no pelotão da frente (países
da convergência –que se estão a esforçar-se para alcançar as condições existentes no resto da
europa e portanto este princípio é importante e também é importante termos regiões
ultraperiféricas como é o nosso caso de PT e ESP com açores e madeira e canárias e baleares e
este princípio para nós é importantes e é justo para ter esta coesão para ter apoio para
avançar)

-Princípio da legalidade – aqui no DUE é entendido conjunto com o princípio da separação


institucional porque a separação não é igual que nos EM porque na UE não é tão óbvio porque
a comissão assume algum poder legislativo e outro executivo e não é tão claro como em
alguns países e daí temos que entender o princípio do equilíbrio institucional juntamente com
este.

-Princípio do equilíbrio institucional

-(...)

4- Princípios fundamentais da UE (democráticos) – princípios inseridos nos tratados em


momento de maior controvérsia (ex.: Na altura em que havia um défice democrático na UE e
houve tempos em que essa acusação era verdade e nos primóridos (na CEE) nem havia eleição
direta para o PE e pouco a pouco foi fazendo esse caminho e essas acusações já não são assim
tão válidas e desde o provedor de justiças, uma proposta legislativos por iniciativa de cidadãos
e a UE pensamos que já conseguiu ultrapassar este problema que é o défice democrático e isso
tem sido sempre tentado ser evitado.
Portanto a comissão europeia está perfeitamente aberta a grupos, entervistas e há abertura.
Tem duas vertentes:

-Reforçar a relação entre a UE e os cidadãos – podemos aceder ao site haveyoursayineurope


para dar as nossas opiniões sobre os atos.

-Reforçar o papel dos parlamentos nacionais – de facto estes não eram muito ouvidos no
processo legislativo e com o tratado de Maastricht e de Lisboa foram cada vez mais ouvidos e
abertos e efetivamente houve um certo divórcio mas agora os parlamentos já são
perfeitamente envolvidos neste.

Um momento importante sobre estes princípios democráticos da UE é o Livro Branco sobre a


governança europeia – feito pela Comissão Europeia em 2001.
E diz:
Este últimos dois parágrafos mostram o chamado “ Paradoxo da ingovernância europeia” onde
mostram esta ajuda cada vez mais forte de um lado e de outro um desinteresse cada vez
maior. Não se envolvem mas esperam que seja a UE a resolver tudo.
Estão consagrados no tratado e neste livro branco, sobre este princípios, sem trazer os
respetivos artigos.
a- grande receptividade aos contributos chegados pelos cidadãos ( e mesmo que escreva na
minha língua e têm que responder em x dias de prazo e têm disponibilidade para receber
contributos dos cidadãos e portante há o tal have your say da Ue para dar resposta e para
pedir esclarecimento e este é princípio da abertura e nota-se principalmente ao nível
legislativo e na consulta, etc. e tem abertura aos contributos dos cidadãos e senão liga-se a
isso não dava a chance aos cidadãos de a partir de iniciativa de cidadania para que legisle
sobre alguma coisa (a última foi sobre proibir enjaular os animais) e foi compromisso assumido
pela UE e no primeiro semestre de 2022 ou 2023 já não sei que proíbe a criação de animais
enjaulados.

b- direito dos cidadãos serem ouvidos e poderes influenciar o projeto legislativo em curso

c- diz que temos direito de ter acesso a toda a documentação e algumas reuniões das
instituições europeias (Não todas e não podemos participar das reuniões da comissão europeia
(representam os estados mas não os interesses destes e para manter a imparcialidade não
podemos assistir a tal). Direito de acesos aos codumento e reuniões

d- todas as políiticas da Ue devem ser eficazes e

e-coerentes entre si (já vimos as técnicas para manter a coerências do conselho de ministros)

f- responsabilização pelos atos tomados.

Iríamos em segunda anallizar um conjunto de princípios absolumente cruciais que regulam a


relação entre a UE e os estados membros e tem incidência em casos práticos e seram
analisados a título quase de recordação daquilo que dissemos e vamos ficar por aqui e depois
conectarmonos ao evento das 16:30 para assistir e participar do evento para explicar o nosso
projeto sobre iniciativas de cidadania da UE e a prof. Vai passar o link no chat.
Btw. Matéria da próxima aula:

Começar aqui...

Continuando os princípios jurídicos fundamentais temos então os princípios que regem entre o
DUE e os direitos internos.

Última conversa formal...

Hoje temos que conservar para finalizar matéria sobre princípios jurídicos fundamnentais e na
semana passado iniciamos esta conversa falando de diferentes tipos de princípios que regulam
o DUE.

Vimos os comuns

O DIP

Princípios fundamentais da UE

Princípios democráticos

Agora não falamos de princípios jurídicos que regulam as relações da UE com o direito interno.
Avançando para esse ponot 5º da matéria vamos falar sobre estes princípios sui generis.
São princípios importantes para um aplicador de direito e sejam advogados ou juízes, etc que
queiram aplicar essa normas da UE e mesmo que sejam normas graças a diretivas pode ser
importante para clarificação recorrer ao DUE para conhecer a origem dessa lei nacional de
transposição.
E portanto os legisladores e aplicadores que aplicam o DUE não devem de deixar conisderar
esses princípios e são provalvemente esse princípios que vão ser usados para o caso prático e
temos que convocar estes princípios para fundamentar a nossa resposta.

Alguns vêm dos tratados e a sua aplicação tem sido promovida pelo TJ nos seus acórdãos.
Estes não são os mais difíceis de aplicar e explicar (mais complexo) mas sim aqueles que não
estão nos tratados mas sim daqueles que vêm de construção doutrinal como os subprincípios
do princípio da efetividade:

Primeiro vamos falar dos princípios convencionais – aqueles que vêm dos tratados e são os da
primeira lista.

-Princípio da cooperação leal (artigo 4) – obrigação que os estados têm para efetivar medidas
que vêm de obrigações do direito originário e o derivado.
Para facilitar a execução do DUE os estados membros devem adotar ações ou abstenção de
algo contra essas medidas.

OS estados membros é que têm de criar condições para que possa ser aplicado do DUE e
poderam aplicar esse princípio de cooperação leal no caso prático como em situações do dever
de transposição de diretiva e se o estado não o fizer bem ou por completo e devemos invocar
este princípio e só assim ficaria completa.
Em resposta de saber se tinha ou não efeito direto ainda temos que referir o dever que so
estados têm de colaborar com as intituições europeias.
Se no caso prático falarmos de outras situações de infração do DUE que depois pode resultar
no instaurar de uma ação do estado membro também aí se verifica este princípio (artigo 258
do TFUE) Isto porque o TIJ põe em questão se, o entendimento do estado que é dado antes da
ação à comissão europeia antes da ação é um ónus (para se defender) ou uma obrigação que
decorre desse princípio e o TIJ entende o segundo e o Estado tem essa obrigação de se
justiifcar perante a comissão europeia.
Por outro lado se a comissão europeia vier com a ação e o TIJ julgar o caso (como vamos ver
no segundo semestre o TIJ não tem poder primeiramente para o condenar e só poder declarar
que o estado membro infrigui o DUE porém sendo uma ação declaratório e não condenatória
não deixa de produzir o princípio dito e o estado tem que tomar as medidas necessário à
execução do acórdão).
Isto são exemplos do afloramento do princípio.
Outro exemplo diz respeito ao dever de stand still (quando demos sobre as diretivas e a
transposição falamos que mesmo antes que o prazo de transposição passe eles não são livres e
não podem pôr em causa os deveres que vêm a ser obrigados e esse dever teorizado pelo TIJ é
chamado de stand still e eles devem cooperar com a UE evitando adotar medidas que
contrariem os fins da diretiva.
Outro princípio é o novo título do tratado introduzido pelo de Lisboa que corresponde ao 197
do TFUE e a história dezste é que era muito frequente antes os Estados alegarem perante a
comissão que não tinham capacidade administrativa para aplicar as normas do DUE e diziam
que os meios humanos do estado em sentido amplo não estão capacitados para aplicar o
direito europeu (ex.: direitvas europeias sobre o ruído sorbetudo dos veículos motorizados,
etc. exigia determinadas condições para medição de ruído e era preciso um conhecimento
técnico grande, infraestruturas e equipamento que não existiam nos estados membros e
diziam que não tinham recursos humanos ou técnicos que não permitiam aplicar o direito
europeu e isto era um problema grande e criou-se esta medida de cooeração administrativa da
UE para quando precisam de apoio desta para que possam aplicar esse direito e por isso a UE
financia formações, etc. equipamentos, etc.
E portanto este princípio de cooperação administrativa surge para este princípio de
cooperação leal.

Artigo 258.o

(ex-artigo 226.o TCE)

Se a Comissão considerar que um Estado-Membro não cumpriu qualquer das obrigações que
lhe incumbem por força dos Tratados, formulará um parecer fundamentado sobre o assunto,
após ter dado a esse Estado oportunidade de apresentar as suas observações.

Se o Estado em causa não proceder em conformidade com este parecer no prazo fixado pela
Comissão, esta pode recorrer ao Tribunal de Justiça da União Europeia.
Outro princípio é o da atribuição de competências.

Artigo 4 tue

Por força deste princípio a UE atua apenas nas matérias que lhes foram transmitidos e
resultam de transferência de competência dos estados membros para a União e há vários
tipos:
As exclusivas há:

Artigo 3.o 1. A União dispõe de competência exclusiva nos seguintes domínios: a) União
aduaneira; b) Estabelecimento das regras de concorrência necessárias ao funcionamento do
mercado interno; c) Política monetária para os Estados-Membros cuja moeda seja o euro; d)
Conservação dos recursos biológicos do mar, no âmbito da política comum das pescas; e)
Política comercial comum. 2. A União dispõe igualmente de competência exclusiva para
celebrar acordos internacionais quando tal celebração esteja prevista num ato legislativo da
União, seja necessária para lhe dar a possibilidade de exercer a sua competência interna, ou
seja suscetível de afetar regras comuns ou de alterar o alcance das mesmas.

NA concorrente
Há o princípio da preemptência onde se a UE legisla sobre algo o estado já não pode legislar
sobre isto. Ex.: àguas – se não houver legislação europeia os estados podem legislar sobre
àguas mas depois a UE legisla sobre àguas subterrâneas, o facto de adotar legislação sobre
àguas subterrâneas não impede os estados de legislar sobre outras coisas de àgua).
Este princípio não significa que se a UE legislar sobre uma parte pequena os estados perdem
poder legislativo sobre tudo sobre àguas mas não é só sobre as subterrâneas.

Ex.:

Lista das concorrentes:

Artigo 4.o 1. A União dispõe de competência partilhada com os Estados-Membros quando os


Tratados lhe atribuam competência em domínios não contemplados nos artigos 3.o e 6.o. 2. As
competências partilhadas entre a União e os Estados-Membros aplicam-se aos principais
domínios a seguir enunciados: a) Mercado interno; b) Política social, no que se refere aos
aspetos definidos no presente Tratado; c) Coesão económica, social e territorial; d) Agricultura
e pescas, com exceção da conservação dos recursos biológicos do mar; e) Ambiente; f) Defesa
dos consumidores; g) Transportes; h) Redes transeuropeias; i) Energia;

j) Espaço de liberdade, segurança e justiça; k) Problemas comuns de segurança em matéria de


saúde pública, no que se refere aos aspetos definidos no presente Tratado. 3. Nos domínios da
investigação, do desenvolvimento tecnológico e do espaço, a União dispõe de competência
para desenvolver ações, nomeadamente para definir e executar programas, sem que o
exercício dessa competência possa impedir os Estados-Membros de exercerem a sua. 4. Nos
domínios da cooperação para o desenvolvimento e da ajuda humanitária, a União dispõe de
competência para desenvolver ações e uma política comum, sem que o exercício dessa
competência possa impedir os Estados-Membros de exercerem a sua.
para além dos domínios de competência coordenada há os de coordenação (TFUE/2 5) Com
exemplos no artigo 6.:

Artigo 6.o A União dispõe de competência para desenvolver ações destinadas a apoiar,
coordenar ou completar a ação dos Estados-Membros. São os seguintes os domínios dessas
ações, na sua finalidade europeia: a) Proteção e melhoria da saúde humana; b) Indústria; c)
Cultura; d) Turismo; e) Educação, formação profissional, juventude e desporto; f) Proteção
civil; g) Cooperação administrativa

Vimos também que a UE pode alargar ligeiramente as suas competências e isso está no artigo
352 como regral geral.

Artigo 352.o (ex-artigo 308.o TCE)

1. Se uma ação da União for considerada necessária, no quadro das políticas definidas pelos
Tratados, para atingir um dos objetivos estabelecidos pelos Tratados, sem que estes tenham
previsto os poderes de ação necessários para o efeito, o Conselho, deliberando por
unanimidade, sob proposta da Comissão e após aprovação do Parlamento Europeu, adotará as
disposições adequadas. Quando as disposições em questão sejam adotadas pelo Conselho de
acordo com um processo legislativo especial, o Conselho delibera igualmente por
unanimidade, sob proposta da Comissão e após aprovação do Parlamento Europeu.

2. No âmbito do processo de controlo do princípio da subsidiariedade referido no n.o 3 do


artigo 5.o do Tratado da União Europeia, a Comissão alerta os Parlamentos nacionais para as
propostas baseadas no presente artigo.

3. As medidas baseadas no presente artigo não podem implicar a harmonização das


disposições legislativas e regulamentares dos Estados-Membros nos casos em que os Tratados
excluam tal harmonização.

4. O presente artigo não pode constituir fundamento para prosseguir objetivos do âmbito da
política externa e de segurança comum e qualquer ato adotado por força do presente artigo
deve respeitar os limites estabelecidos no segundo parágrafo do artigo 40.o do Tratado da
União Europeia.

Em lacunas competenciais aplica esse 352 que estabelece em que conidções podem ser
adotados os atos quando o tratado nada diz mas a regra mesmo é a do artigo 2/6

6. A extensão e as regras de exercício das competências da União são determinadas pelas


disposições dos Tratados relativas a cada domínio.

Se quisermos saber qual o regime temos que ir ao artigo que prevê x (chamada base jurídica)
e aí sabemos o que podemos aplicar (ex.: se falamos de procedimento legislativo
extraordinário ou não, etc.) Isto para dizer que quando imaginamos um caso prático que diz
respeito às competências das instituições (imaginemos sobre transportes) e vemos a regra que
diz respeito aos atos jurídicos desta matéria e precisamos de ver isso no tema de transportes
nos tratados onde lá diz o procedimento.

Exemplo.
Aqui diz que se faz processo legislativo ordinário mas depois diz no nº2 uma exceção nas
matérias das alíneas onde se aplica portanto um processo legislativo especial.
Porque há esta diferença ao nível dos procedimentos de deicsão na UE e não esquecendo que
tudo isto vem a propósito do princípio x da competência e isso porque há alguns
procedimentos que respeitam mais a soberania dos estados que outro (os atos que respeitam
ao PE etc. é mais respeitador da soberania mas por exemplo do conselho europeu nem tanto.
No procesos legislativo ordinário há mais poder para o PE

No especial é para o conselho (até diz por unanimidade e isso quer dizer que qualquer estado
que não tenha muito poder ainda assim tem poder de voto e isto dá poder brutal aos estados).
Claro que o PE é sempre consultado com o princípio democrático. Os estados têm mais poder
nos estados e no ordinário é mais de dar poder á UE.

OS atos jurídicos do ordinários são em regra muito mais integradores e aproximam mais os
EM, etc. do que os atos do especial que tendem a respeitar muito mais a diversidade dos
estados e autonomia decisória deste e a origem destes explica tudo.

por isso precisamos sempre de procurar a base jurídica para os casos.

Parênteses para falar dos procedimentos de decisão:

-Dentro das fontes de DUE falamos agora dos princípios e no contexto do estudo do princípio
das competências por atribuição e quando o fazem os EM essa atribuição fazem de diferente
forma e portanto há vários procedimento de decisão...

Formas do atos jurídicos típicos que démos foram:


-Regulamentos, diretivas, decisões, recomendações e pareceres (artigo 288 TFUE)
O tratado de Lisboa na classificação desses atos jurídicos vem introduzir complexidade e
trouxe outra hierarquia de atos que são os legislativos e os não legislativo e recorrendo ao
tratado temos dificuldade em distingui-los porque lá não diz nada.

O critério de distinção destes é o procedimento (a forma como os atos forma produzidos e


adotados (289 do TFUE) no nº3 é claro em dizer isso.

Atos não legislativos:

-Regulamento

-Diretiva

-Decisão

Atos legislativos:

-Regulamento=lei

-Diretiva=lei quadro

-Decisão=lei medida.

Tudo depende do processo tomado.


Exemplos concretos para estas situações (depende se são adotados através de ato legislativo
ou não) Aqueles iguais anteriores são só para dizer as equivalências dos atos quando em
procedimento legislativo.

O 296 é importante porque diz que não estando nos tratados as instituições podem escolher o
tipo de ato a aplicar e da intenção destes.
Os tratados ou dizem se é regulamento ou diretiva ou senão disserem nada (e vemos muitas
vezes tratados a dizer que mediante escolha de x) então o que é o processo legislativo
oridnário.

(289 do TFUE) Este nasce no tratado de Maastricht (que institui a UE em 92) e na altura
chamava-se processo de codecisão porque foi a partir deste tratado que se criou a
possibilidade dos atos jurídicos diretivas e regulamentos fossem aprovados conjuntamente
entre o PE e o conselho e antes era por um ou por outro e agora é dada origem destes atos
mistos (com a assinatura dos respetivos presidentes. Etc.)
A doutrina do DUE sabemos que o processo legislativo ordinário é um processo de codecisão e
são adotados simultaneamente entre o parlamento e o conselho iniciados pela comissão.

Entre procesos e procedimento a diferença é que processos são os dos tribunais e o


procedimento é o resto e protanto neste caso rigorosametne falamos de procedimento mas na
tradução da UE fala-se em processo. Procedimento é mais correto mas vamos utilizar as duas
como sinónimos.

Última referência dos procediometnos é dizer que o de Lisboa criou a novidade das delegações
legislativos e dizemos que a ocmissão europeia pode partiicpar no processo deliberativo da UE
com atos sem caráter legislativo e aqui o que dizemos é que a comissão tem o poder de adotar
atos não legislativos mas que ajudam a completar esse ato legislativo sempre que lhe seja
delegada a competência. (290) Portanto agora pode adotar atos para além do pedido que
antes se prendia assim.

Exemplos de procedimentos administrativos (basicamente vamos folhear os tratados para ver


como isto se aplica e os tipos de procedimento se aplicam – não há procedimento geral para
todas e cada uma tem o seu.

Procedimentos legislativos:
-Processo legislativo ordinário (codecisão)

-Processo legislativo especial

Processos não legislativos:

-Vários

Exceção: PESC onde está regulado do artigo 24 a 40 e sendo este um pilar da UE é o mais fraco
e neste caso não há constitucionalização do procedimento e parece mais uma organização
internacional...
Com exclusão desta pesc onde não podem ser adotados atos legislativos e os procedimento
são específicos vamos aos exemplos dos outros.

Processo legislativo ordinário:


-Artigo 14, 15 do TFUE – serviços de interesse económico geral é tipo internet e tal, mas depois
falam que os estados têm direito de acesso aos documentos das instituições, órgãos e
organismo da união (princípio da transparência) – o processo aqui é o ordinário e até diz que
são regulametnos e não deixa escolha (15/2)

-Artigo 24 – quando falamos de inciiativa de cidadania diz que o procedimento é o ordinário


através de regulamentos

-artigo 43 – Na PAC é o ordinário mas ainda só após consulta ao Comité Económico e Social
sendo que a sua palavra será vertida num parecer.

-artigo 46 – livre circulação de trabalhadores e é matéria importantíssima na UE – ordinário


através de regulamentos ou diretivas com consulta do comité económico social. Até agora não
vimos nenhum que dê escolha aos estados do ato a aplicar ou até de diretivas mas cá está-

-Artigo 50 – liberadde de estabelecimento de outrém que vai estabelecer a sua atividade


nourto estado membros ou no caso de empresas de abertura de sucursal ou filial. Esta é
sempre regulada através de diretivas e não regulamentos, através do ordinário e com consulto
do comité referido.

-Artigo 133- utilização do euro como moeda única, aqui é ordinária sendo o ato à escolha e
com consulta do BCE.

-Artigo 169 – proteção do interesses dos consumidores que tem evoluido muito e é ordinário
com conuslta do comité referido com ato à escolha.
-artigo 178- ao nível de fundo europeu de desenvolvimento regional que apoiou muit portugal
e são regulamentos através do ordinário onde é consultado o outr ocomité que é o regional
qualquer coisa.

Os de procedimento especial exemplos:

-Artigo 19 – para combater a discriminação são adotados por unanimidade pelo cosnelho de
acordo com processo legislativo especial atavés de aprovação do conselho e aqui não temos
uma codecisão e aqui o consleho é que tem a última palavra para os estado manterem algum
poder. Ainda são processos legislativos só que não no seu procedimento que é especial.

-artigo 22- é processo legislativo especial o direito de eleger e er direito nas eleições
municipais do EM de residência. E diz que o direito é regulado com predominio pelo consleho
e deliebra pro unanimidade sobre estas regras.

-artigo 64 do TFUE – liberalização dos movimentos de capitais – conselho, especial

-artigo 223- eleição dos euro deputados – esta procedimento de eleição é adotado pelo
conselho, etc. São atos legislativos do especial

Não legislativos:

-Artigo 74- cooperação administrativa – o consleho delibera sob proposta da comissão,etc.

-Artigo 96 – transportes no âmbito da política de transportes , a Comissão após ocnsulta dos


EM

-artigo 103- política importante que é a de concorrência – diz aqui que os atos adotados que
podem ser regulamentos ou diretivas são adotados pelo consleho

-Aritog 106- a mesma coisa quando existem empresas pública, eempresas encarreadas da
gestão de serviço de interesse económico geral o uqeu tenham a natureza de monopólio fiscal
e aqui dzi que a comissão diretiva através de diretivos ou decisões (não legislativas nunca) que
o fazem.

-Artigo 129- no âmbito do SEBC (sistema europeu de bancos centrais) aqui também não é
processo legislativo.

A seguir vamos ollhar para o ITER procedimental.

Já temos a ideia que é a comissão que começa e depois temos os outros dois a deliberar.
Temos 3 fases:

-inciativa (em regra da comissão)

-concertação (este é a etapa de excelência do ordinário)

-Aprovação (em regra feita por um órgão mas no caso da codecisão são por dois)

Iniciativa (artigo 17) e devemos olhar para o nº2 disto


No que diz respeito à participação dos outros órgãos já na consertação o artigo 293 á algumas
restrições a essa fase e diz que não pode ser alterada drasticamente a proposta da comissão e
só pode haver alterações no conselho unanimidade e esse poder de iniciativa é grande até
pelo interesse comunitário da comissão.
Se a comissão não aparesentar proposta que o conselho ou PE considerem que são
importantes (225) pode haver resolução dessa inércia com a comissão e solicita essas
propostas.

O mesmo no 241 mas com o conselho

Alternamente à iniciativa da comissão pode haver situações em que são um ou grupo de EM


ou o PE a apresentar propostas tal como é e cada vez mais a possibilidade 1 milhão de
cidadãos apresentar um pedido de proposta à comissão e hoje éestá o regulamento de 2019
qunato a esta iniciativa dos cidadãos.
Quando falamos de 1 milhão de cidadãos não é indifernet o EM de onde vêm e há um número
mínimo de votos de cada estado e há uma lista que tem o número mínimo de votos de cada
país.
Houve várias iniciativas legislativas de cidadãos e a primeira foi sobre saneamento e há
pedentes várias sobre estas podendo haver questões ambientes ou de corrupção, etc.
No europa.eu/citizens-initiative/.pt
A comissão já apoiou várias iniciativas mas há alguns que são pedidos mas não se enquadram
no âmbito das competências da UE.

Dentro do iter procedimental vimos a iniciativa e agora vemos a consertação e dentro disto
vamos olhar para:

O processo legislativo ordinário – é o mais frequente, o mais democrático (porque dá poder ao


PE) e extremametne moroso prque há um pingue pong entre o conselho e o PE e um vai e vém
sempre que haja alteração da proposta.
Ex.: parlamento quer acrescentar mais 1 artigo e o conselho suprimir 1 e isto é o tal pingue
pong e o nome disto são as leituras havendo 1ª, 2ª e 3ª no artigo 294.
No caso de falhar 1ª leitura vai-se para a 2ª e depois 3ª

Se o 2ª não se cumprir cria-se um órgão ad-hoc e podemos pensar que o DUE não tem órgãos
ad-hoc mas a verdade é que há e chama-se comité de conciliação.
Quando na segunda leitura não há concílio entre PE e conselho, para evitar um aborto
legislativo constitui-se um órgão com o mesmo número de representantes do parlamento e
conselho e neste negociam e tenttam chegar a um acordo e o comité traz uma nova versão ao
ato jurídico (versão final – 3ª versão) e chegamos à terceira leitura... O comité faz uma
proposta e se os dois aceitarem ótimo e é aprovado senão temos um aborto legislativo mesmo
depois daquele esforço.
Depois do comité ou o ato é adotado ou não é com isto o processo pode demorar 1 ano e é
demoroso mas é assim para respeitar as 3 instituições e com essa vista a respeitar o DUE
perde-se muito tempo (no mínimo 1 ano)
Para auxiiar a aplicação do procedimento legislativo ordinário temos desde o tratado de Lisboa
e isto é importante para entender a democratização da UE e daí está o protocolo nº1 relativo
ao papel dos parlamentos nacionais na UE.
Quando a comissão europeia elabora uma propsota de ato envia para o parlamento e consleho
e agora após Lisboa envia também para os 27 parlamentos nacionais e estes no âmbito deste
protocolo nº1 controlam o respeito do princípio da subsideriedade (Este princípio é aquele que
diz que a UE atua apenas se e possível quando deva atuar ao nível da matéria concorrente com
os estados membros e eles controlam se se justiifica que esta matéria respeite este princípio
isto a priori.
Têm a capacidade de se pronunciar sobre se respeita o princípio e se x EM se pronunciarem
contra essa violação o ato tem que ser revisto. Isto é importante mas é à custa de
procedimentos mais longo.

Temática sensível - desvio a estes procedimentos (acordos de Luxemburgo) a forma de


execução da UE depende da matéria que estejam em causas e quando se trata de matérias de
grande sensibilidade política será um processo especial onde o conselho tem mais poder e se
forem matérias menos sensíveis aos EM é ordinário.
Isto é o que está escrito:
O que não está escrito fala deste processo e diz que os Estados podem aplicar esse processo
especial e vem do consuetudo.
Na década de 60 houve uma crise gravíssima que quase levou a terminar a CEE.

Há reuniões semestrais do conselho e isto diz respeito às duas e tem a haver com a rotação de
presidências semestrais da UE e há uma lista que a professora pôs no powerpoint mas não me
apetece copiar.
Mas o importante é perceber esta rotatividade desta presidência.

30 de Junho houve uma reunião de final de presidência e ia para a França, antes da Bélgica e a
França discordou das posições tomadas sobre orçamento e quando tomou essa posse a França
tomou fechada a reunião e não ia voltar a reunir dizia enquanto não se mudava as regras de
deliberação (E chamou-se a crise da cadeira vazia) porque a França na presidência da CEE se
recusava a reunir ou a aplicar atos e houve um reunião no Luxemburgo onde se concluiu que:

Este acordo diz que em matérias importantes pode-se afastar a regra deliberativa do tratado e
aplica-se as regras do acordo de Luxemburgo onde se negocia negocia até chegar a um acordo
e a França dizia debate até acordo unânime.
As delegações diziam que bastava negociação e consenso e França daquela forma.
Foi um “agree to disagree”

Quanto a estes acordos eles fazem questão de colocar quando de uma adesão nova quanto a
acordos de luxemburgo, etc. (artigo 3º do Tratado de Lisboa fala disso) e os estados quando
entram dizem que concordam contudo e decidem se entram numa posição ou noutro e na
adesão de novos estados nos sucessivos da UE inserem-se numa cláusula destas onde aderem
nos tratados mas também a essas decisões e acordos do EM (sendo isto referência aos acordos
de luxemburgo)

Avançando para os princípios e fechando o grande parênteses sobre os procedimentos


nomrativos e legislativos e a propóstio do procedimento deliberativo ainda introduzimos os
acordos de luxemburgo)

Recordando então o princípio da subsidiariedade:

-Surge nos tratados no artigo 130 R relativamente ao ambiente mas logo naquela altura a
doutrina sobre DUE diz que o princípio é importante demais para se aplica só ao ambiente e é
consensula que este princípio era transversal aos tratados e não só da política e assim
acontece com a revisão dos tratados e com o de Maastrucht colocado como princípio
trasnversal do tratado e não só da secção do ambiente.

âmbito de aplicação – em matérias concorrentes.

Finalidade – artigo 5/3 – assegurar que as decisões sejam tomadas tão próximo quanto
possível dos cidadãos da união. A subsidiariedade significa não só dar proridade dos estados
membros como aplicar atos que dêm liberdade aos estados membros.

O princípio surge no TFUE e a definição convencional

Critério de repartção:

-realização dos objetivos (é melhor fazer isso ao nível da UE ou dos estados – no caso poluição
é o exemplo emblemático que é melhor ao nível da UE porque dizem que a poluição não
conhece fronteiras e se um espanhol polui um rio pode chegar a portugal, etc. se o objetivo é
prevenir poluição então os objetivos são mais bem alcançados na UE). Por isso pode levar
muito tempo a que sejam legislados atos jurídicos nestas matérias por este princípio da
subsideriadade e demora muito a mostrar que as ações dos estados são insuficientes (ex.: Só
neste ano com o ambiente é que foi evidenciado e relativamente aos solos e florestas houve
em 2003 um ato sobre este que foi vetado pelos países sobre este princípio e diziam que as
poluições deslocam-se, etc. mas as florestas não e eles devem proteger isso mas ao fim de
quase 30 anos vê-se agora que não protegem bem e a UE vai tratar disso.
Indicadores da competência da UE:
-Atendemos à dimensão da ação (no caso da poluição porque não sabe fronteiras)

-Alcance dos efeitos (no caso das florestas é porque é preciso ações mais fortes)

Limite deste princípio: o da proporcionalidade – a ação deve ser proporcionalidade aos


objetivos (ex.: em vez de regulamento foi diretiva sobre floretas)

Princípio da proporcionalidade (artigo 5º/4) – costumam usar nos casos práticos este princípio
da proporcionalidade para explicarmos como a UE devia usar um ato em vez de outro apesar
da sua difícil definição e perguntam se o estado pode negar-se a cumprir o regulamento
negando e dizemos que não mas há uma violação do proprocionalidade e aí devemos recorrer
ao tribunal e não pode um estado unilateralmente não cumprir uma norma.
Se o parlamento nacional não se opuser ao ato então o ato não pode vir dizer que discorda e
que não aplica e portanto este princípio pode ser usado para casos práticos.

Este princípio é importante no exercício das competências concorrentes e para isto devemos
usar os princípios disto aprendido em DC...:
Com os seus liimits – ver powerpoint

Voltando a juntar o princípio da subsidiariedade e prop.

O princípio da proporcionalidade e o da sub podem sre controlados com o mesmo


procedimento que é o controlo político a partir dos parlamentos nacionais e há um
procedimento de controlo judicial dos tribunais.

Estes proceidmnetos de controlo tem o no protocolo n~2 sobre estes.


Ao propor um ato jurídico deve enviar também aos parlamentos além das outras instituições e
há um parlamento constante com os parlamentos nacionais através deste envio e da
notificação por parte do PE quando haja alteração da proposta.

Os parlamentos devem dar a sua palavra sobre os princípios de sub e prop.


O artigo 5º diz também que deve haver uma ficha anexa com o impacto financeiro do ato
legislativo, entre os fundamentos sobre o cumprimento destes princípios e sobre o conteúdo
do ato.
Portanto isto é aquilo que é levado aos parlamentos nacionais e dar a sua opinião.

No artigo 6 vemos como se faz esse diálogo em concreto e diz que o parlamento nacional tem
um prazo para dar o seu parecer sobre a eventual violação dos princípios e os parlamentos
têm dois votos repartidos se houver câmaras e são estes diz se há uma violação ou não do
princípio, se um terço disser que sim então pode ter que haver uma reavaliação (artigo 7)

Concluindo este ponto dos dois princípios devemos dizer que até ao tratado de Lisboa discutia
se o TJUE e outros tinham ou não poder para avaliar a violação desses princípios e duirante
muito tempo diziam que era um princípio política mas atualmetne não há d´vuida nenhuma e
decorre ainda neste protocolo (artigo 2) e diz que o TJUE diz que pode apreciar estes
princípios.

Último princípio positivado que é o da aplicabilidade direta


Está escrito no tratado concretamente no artigo 288 a propóstio dos regulamentos e diz que
estes têm a característica de aplicabilidade de direta e foi por causa destes que obrigou
portugal a fazer revisão da CRP e o artigo 8º da nossa CRP a partir de 82 e portanto o artigo 8
nº3 fala dos regulamentos efetivamente.
Isto leva-nos a fazer um paralelismo entre o conceito europeu de aplicabilidade direta e o
conceito de self executing do DIP.

Há algumas normas que são densas e específicas e que não carecem de legislação e portanto
diz que o regulamento vigora automaticamente na ordem interna sem qualquer
transformação ou receção plena e é uma forma de vigência atípica e muito mais forte até
como tratados que precisa de receção oficial.
Há uma integração automática e isto até sel gia com o princípio do primado.

Último ponto da abordar são os princípios não abordados no tratado mas que não deixam de
ter importância no enforço do DUE e temos:

-Efeito direto

-interpretação conforme

-Uniformidade de aplicação

-primado

Foram todas construções do TJ e ou estão escritos em acórdãos do tribunal ou em anexos e no


caso dos anexos é direito originário mas é diferente entre aritog do tratado ou do anexo mas o
que interessa é continuamos a ter princípio do primado como pedra angular.

Estes 4 densificam o princípio da efetiivdade.

-Efeito direto – em normas de tratado, de regulamentos mas mais importante nas diretivas
porque em certas condições podem produzir efeitos diretos o que normalmente não é a regra
e aí as diretivas podem produzir efeitos mesmo sem transposição e os particulares podem
confiar nas diretivas nas suas relações jurídicas com o estado e em algumas siutações com os
particulares. É uma princípio revolucionário nas diretivas e com importância prática e portanto
o efeito direto é uam garantia fundamental dos cidadãos para garantir essas regras do DUE ao
estados.

-Interpretação conforme – estudamos e começou a ser uma princípio de interpretação dos


estados para as diretivas e pouco a pouco foi alargado e diz hoje que quaisquer normas do
direito interno devem ser interpretadas conforme o direito europeu sempre agora (isto pelo
princípi oda cooperação leal e da boa fé)
-Uniformidade da aplicação – vai ser estudado muito no segunod semestre porque se edifica
no chamado reenvio judicial e sabemos que os juízes nacionais não estão sozinhos e podem
recorrer ao TJ e resumem o processo e dizem que está em causa uma lei de PT que diz isto e
isto e não parece em conformidade com o direito europeu e perguntam opinião e os juízes do
TJ auxiliam o juíz do tribunal nacional sanando dúvidas visa garantir a uniformidade da
aplicação do direito europeu e se temos um mercado único, com regras fiscais harmonizadas,
etc. e se queremos um sistema harmonizados temos uqe garantir que a aplicação que é feita
nos tribunais europeus e nacionais é igual e que um juíz português e italiano decidem o
mesmo.
Tem a haver com proibição de discriminação na UE e não devemos ser prejudicados por os
meus juízes não entenderem de DUE, etc.Isto é princípio básico.

-Princípio do primado –este é o mais revolucionário e transfomador e é um princípio de


podenração quando há conflitos de normas do DUE e do itnerno que não seja possível de ser
sanados por esclarecimento de dúvidos fica o de dUE acima.
Há nuances e diz que o princípio do primado não anula o direito europeu e apenas o torna
eficaz no processo e não fica nulo ou anulável. A norma interna continua em vigor e oprincípio
atende apenas á eficácia e não à validade.
Obviamente que quando um juíz desconsidera há um recurso ao MP que depois pode levar ao
TC para considera inconstitucional a norma mas isto não decorre do princípio do primado e
este apenas fere a eficácia da norma no caso concreto mas a norma interna continua em vigor
no ordenamento até ser substituída ou revogada por outro ou sendo declarada a sua
inconstitucionalidade.
Não significa uma hierarquia absoluta entre DUE e nacional mas uma primazia.

Por fim há dois princípios que não são frequentemente referidos nos manuais mas era sempre
referido pelo doutor Moreira Ramos que são:

-Princípio da autonomia – tem sido muito afirmado pelo TJ no caso Costa Enell, etc. e dizia que
o direito europeu era autónomo e diferente do DIP e devemos aplicar regras próprias deste e
não de direito internaiconal até porque tem sujeitos diferetnes e tipologias de sui generis e
podemos criar novas forma e princípios de aplicação do DUE e daí foram sendo criados o do
primado, etc. e partindo do princípio que DUE é diferente dos outros e é a narrativa do TJ para
construção destes novos.

-Princípio da sede disciplinadora – diz que quem tem até hoje vindo a determinar quais são as
regras que se aplicam às relações entre o DUE e o interno é o próprio DUE e isto é interessante
porque sendo isto uma construção dos estados no entanto foi a própria UE que disse que o seu
direito sobrevale ao interno (interno), efeito direito e há quem fale do efeito frankenstein
onde os estados a cria e ela ganha vida e isto não é inconstitucional porque a nossa
constituição teve que ser alterada para permitir reconhecer expressamente o princípio do
primado.
Quando se pensava que a constituição europeia e ia ser instituido o princípio do primado e
para permitir isso sem ser inconstitucional em Portugal ele adicionou o nº4 do artigo 8 e a CRP
deixa que os outros decidam e quem tem a última palavra é a CRP onde diz que as normas que
faz parte é aplicada nas condições estabelecidas lá e portanto isto é para evitar a
inconstitucionalidade quando a aplicação que não aconteceu de uma constituição europeia e
foi uma construção jurídica para evitar a inconstitucionalidade do princípio do primado qunado
este passou a ser positivado no tratado.

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