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DOUTO JUÍZO DA VARA CÍVEL DA COMARCA DE SALVADOR - BAHIA

CLODOALDO ARMENTANO, brasileiro, casado, inscrito no CPF sob nº xxxxxx,


portador do RG nº xxxxx SSP/BA, residente e domiciliado à Rua da Paz, nº 44,
Rio Vermelho, Salvador/BA, CEP: 40.000-000, filho de Lucia Armentano e
Alberto Armentano, por intermédio de seu advogado subscrito, com endereço
profissional à rua... E endereço eletrônico advogado@adv.com.br, vem
respeitosamente perante Vossa Excelência, com fulcro no artigo 319 e
seguintes do Código de Processo Civil – Lei 13.105/2015, ajuizar

AÇÃO DE INDENIZAÇÃO c/c REPARAÇÃO DE DANOS MATERIAIS E


MORAIS

em face de TRATADOS COMÉRCIO DE ACESSÓRIOS LTDA, empresa


inscrita no CNPJ sob nº xxxxx, com sede comercial na Rua dos Aflitos, nº 77 –
Centro, Salvador/BA, CEP: 01.234-721, pelos fatos e fundamentos a seguir
delineados.

I. DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA

O requerente encontra-se desempregado, não possuindo condições financeiras


para arcar com as custas processuais e honorários advocatícios, sem prejuízo
do seu sustento e de sua família. Nesse sentido, junta-se declaração de
hipossuficiência (Doc. X), cópia da Carteira de Trabalho do requerente (Doc. X)
e certidão de nascimento dos filhos (Doc. X).

Por tais razões, pleiteiam-se os benefícios da Justiça Gratuita, assegurados


pela Constituição Federal, artigo 5º, LXXIV e pela Lei 13.105/2015 (CPC),
artigo 98 e seguintes.
II. DOS FATOS

Mesmo com a vida financeira difícil, em 17/08/2022, Clodoaldo comprou um


relógio folheado a ouro para lhe presentear, no valor de R$ 999,90, dividido em
10 parcelas iguais de R$ 99,90. O Requerente informa que, com 14 dias de
uso, o relógio começou a perder a cor, ficando escuro. Indignado com a
situação, em 31/08/2022, Clodoaldo retornou à loja, ocasião em que a gerente
recolheu o relógio para enviá-lo à oficina autorizada, tendo recebido um
comprovante que havia deixado o relógio para manutenção. Por fim, o relógio,
até 03/09/2022, ainda se encontra na oficina, sem o devido reparo, tampouco
devolveu, ao mesmo, o valor pago.

III. DO DIREITO

Não restam dúvidas que a situação em tela gera transtornos ao Autor que
ultrapassam o mero aborrecimento, quando não há boa fé por parte da
empresa Ré (art.4º da lei 8.078/90) devendo ser aplicado o disposto no art. 6º,
VI do CDC, que prevê como direito básico do consumidor, a prevenção e a
efetiva reparação pelos danos morais sofridos, sendo a responsabilidade civil
nas relações de consumo OBJETIVA, desse modo, basta apenas a existência
do dano e do nexo causal.

“Art. 6º São direitos básicos do consumidor:


(...)
VI- O efetivo prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais,
individuais, coletivos e difusos;”
O Código de Defesa do Consumidor no seu art.18º, § 6º , protege a integridade
dos consumidores:
“§ 6º São impróprios ao uso e consumo:
I - os produtos cujos prazos de validade estejam vencidos;
II - os produtos deteriorados, alterados, adulterados, avariados, falsificados,
corrompidos, fraudados, nocivos à vida ou à saúde, perigosos ou, ainda,
aqueles em desacordo com as normas regulamentares de fabricação,
distribuição ou apresentação;
III - os produtos que, por qualquer motivo, se revelem inadequados ao fim a
que se destinam.
(...)”

IV. DOS PEDIDOS

Por todo o exposto, requer a Vossa Excelência:

a) o deferimento dos benefícios da justiça gratuita, nos termos do art. 98 e


seguintes do CPC/2015;

b) a designação de audiência prévia de conciliação, nos termos do art. 319, VII,


do CPC/2015;

c) a citação do requerido por meio postal, nos termos do art. 246, inciso I, do
CPC/2015;

d) ao final, seja dado provimento a presente ação, no intuito de condenar o réu


a executar o devido reparo no relógio, caso não sendo possível o reparo,
restituir outro relógio de marca, modelo e especificações igual ou superior. Ou
restituir o valor pago, acrescido dos danos materiais e morais;

e) seja o réu condenado ao pagamento de custas processuais e honorários


advocatícios;

Pretende-se provar o alegado por todos os meios de prova admitidos, em


especial, pelos documentos acostados à inicial, por testemunhas a serem
arroladas em momento oportuno e novos documentos que se mostrarem
necessários.

Dá-se a causa o valor de R$ XX. XXX, 00 (deve corresponder ao valor


pretendido no pedido de indenização).

Termos em que,
Pede deferimento.

Local, data.

Advogado

OAB/... XXX. XXX

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