Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Introdução
Historicamente o campo vem sendo excluído dos processos de
reconhecimento e garantia do direito à educação básica de qualida-
de, apresentando políticas públicas insuficientes ou inadequadas
a sua realidade, ficando em desvantagem em relação à cidade,
e estabelecendo-se sobre esse espaço uma série de estereótipos.
A dicotomia existente entre o campo e a cidade, oriunda de uma
concepção urbana de mundo, dissemina um entendimento de que
o espaço urbano é superior ao campo, e que a cidade é o lugar do
desenvolvimento, da tecnologia, enquanto o campo é entendido
como lugar do atraso, da ignorância, da pobreza, de condições
mínimas de sobrevivência.
Tal concepção fundamenta a pouca atenção que é dada ao
campo, fazendo com que os cidadãos que residem e trabalham
nesse contexto não sejam atendidos por políticas públicas que lhes
garantam os direitos básicos de todo cidadão, tais como educação
de qualidade e acesso às Tecnologias da Informação e Comunicação
(TIC). De acordo com a Constituição Federal de 1988, em seu artigo
Considerações finais
A partir das análises do Procampo e do Programa Escola Ativa
compreendemos que é necessário pensar em políticas públicas
voltadas para a educação, que acolham a população do campo, não
num sentido de política compensatória, mas que contemplem os
direitos do sujeito campesino.
A infraestrutura, a formação de professores, o acesso às tec-
nologias digitais, o contexto, são todos elementos que compõem
o quadro da educação contemporânea, e precisam ser garantidos,
para que possamos efetivamente falar em qualidade da educação
básica. Para tanto, é necessário a implementação de políticas
públicas que garantam este direito, e que atendam aos interesses
educacionais do campo e no campo. Segundo Arroyo, Caldart e
Molina (2004, p. 10):