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Vigilância Alimentar e
Nutricional
Brasília – DF
2023
Vigilância Alimentar e Nutricional
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O Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan) é o sistema
utilizado para a gestão das informações de Vigilância Alimentar e
Nutricional. Os dados coletados no território são registrados no e-SUS
APS (dados antropométricos e marcadores de consumo alimentar),
oriundos de atendimentos realizados nas Unidades Básicas de Saúde
(UBS), nos domicílios e em atividades desenvolvidas nos equipamentos
sociais. As informações integram os relatórios do Sisvan possibilitando
o monitoramento e a avaliação da situação nutricional e alimentar da
população brasileira.
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Você, ACS, contribui com as
informações para a vigilância
alimentar e nutricional ao realizar a
avaliação antropométrica (peso e
altura) e informar o consumo
alimentar dos indivíduos
acompanhados na APS. Uma vez
coletados os dados, é possível realizar
o diagnóstico antropométrico e a
avaliação do estado nutricional de
uma pessoa, ou mesmo de um grupo,
e acompanhar sua evolução ao
longo do tempo. E essa vigilância é
uma ferramenta necessária para a
garantia da segurança alimentar e
nutricional da população!
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O estímulo à pesquisa e à realização periódica de inquéritos
populacionais é uma das estratégias da vigilância alimentar e
nutricional, com destaque para a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar
(PeNSE), o Estudo de Riscos Cardiovasculares em Adolescentes (ERICA),
a Vigilância dos Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por
Inquérito Telefônico (VIGITEL), a Pesquisa de Orçamento Familiares (POF)
e, recentemente, o Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil
(ENANI), conforme exemplificado na figura 10.
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A análise desses inquéritos nacionais
têm permitido constatar mudanças no
padrão alimentar e no perfil nutricional
da população brasileira, além de outras
informações sobre os principais
indicadores de determinantes das
Doenças Crônicas Não Transmissíveis
(DCNT). Por meio de inquéritos de saúde
de diversos formatos, o Brasil vem
constituindo bases de dados que
permitirão o monitoramento contínuo
dos fatores de risco para DCNT
(CAMPOS; FONSECA, 2021).
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Alimentos in natura: são aqueles
obtidos diretamente de plantas ou de
animais para o consumo sem que
tenham sofrido qualquer alteração
(como folhas, frutas, verduras, legumes,
ovos, carnes e peixes).
Alimentos minimamente
processados: são aqueles que são
submetidos a algum processo, mas um
processo que não envolve adicionar
substâncias ao alimento original. Um
processo como limpeza, moagem e
pasteurização é um processamento
mínimo. Dois exemplos de alimentos
minimamente processados estão
sempre presentes na mesa do
brasileiro: o arroz e o feijão. Lentilhas,
cogumelos, frutas secas, sucos de
frutas sem adição de açúcar,
castanhas e nozes sem sal, farinhas de
mandioca, de milho de tapioca ou de
trigo e massas frescas também entram
nesta categoria.
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Alimentos processados: são
aqueles fabricados pela indústria com a
adição de sal, açúcar ou outro produto
que torne o alimento mais durável,
palatável e atraente. São os casos das
conservas em salmoura (cenoura,
pepino, ervilhas, palmito), compotas de
frutas, carnes salgadas e defumadas,
sardinha e atum em latinha, queijos
feitos com leite, sal e coalho e pães
feitos de farinha, fermento e sal. Por
terem adição de sal, gordura e açúcar
podem fazer parte do prato desde que
em pequenas quantidades e como
parte uma refeição baseada em
alimentos in natura e minimamente
processados.
Alimentos minimamente
processados: são formulações
industriais, em geral, com pouco ou
nenhum alimento inteiro. Esse tipo de
alimento sempre contém aditivo, como
é o caso das salsichas, biscoitos,
geleias, sorvetes, chocolates, molhos,
misturas para bolo, barras energéticas,
sopas, macarrão e temperos
instantâneos, salgadinhos chips,
refrigerantes, produtos congelados e
prontos para aquecimento como
massas, pizzas, hambúrgueres e
nuggets.
Fonte:
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-brasil/eu-quero-me-alimentar-melhor/n
oticias/2021/in-natura-processados-ultraprocessados-conheca-os-tipos-de-alimento
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De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS, 2019),
atualmente, mais da metade dos adultos apresentam excesso
de peso (60,3%, o que representa 96 milhões de pessoas). Há
proporcionalmente mais mulheres com sobrepeso do que
homens. Já a obesidade atinge 25,9% da população, alcançando
41,2 milhões de adultos; no caso da obesidade, também é mais
frequente entre as mulheres do que os homens.
Considerando os adultos
acompanhados na Atenção
Primária à Saúde (dados do
Relatório público do Sistema
Nacional de Vigilância
Alimentar e Nutricional), em
2021, observou-se que 67,4%
apresentavam excesso de peso
e 32,9% apresentavam
obesidade. Além disso, 80% dos
adultos consumiram alimentos
ultraprocessados no dia
anterior à avaliação.
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A seguir apresenta-se um quadro síntese com as principais DCNT,
sinais de alerta e algumas orientações:
BRASIL. Casa Civil. Lei n.º 10.216, de 6 de abril de 2001. Dispõe sobre a
proteção das pessoas portadoras de transtornos mentais e
redireciona o modelo de assistência em saúde mental. Brasília, 2001.
Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/leis_2001/l10216.htm.
Acesso em 25/02/2023.
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BRASIL. Ministério da Saúde. Diretrizes para o cuidado das pessoas com
doenças crônicas nas redes de atenção à saúde e nas linhas de
cuidado prioritárias. Brasília, 2013. Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diretrizes%20_cuidado
_pessoas%20_doencas_cronicas.pdf. Acesso em: 03/05/2023.
15
BRASIL. Portaria nº 3, de 28 de setembro de 2017. Consolidação das
normas sobre as redes do Sistema Único de Saúde. Brasília, 2017.
Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/prc0003_0
3_10_2017.html. Acesso em: 21/12/2022.
16
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 2.436, DE 21 DE SETEMBRO DE
2017. Aprova a Política Nacional da Atenção Básica. Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/prt2436_22_0
9_2017.html. Acesso em: 03/05/2023.
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BRASIL. Ministério da Saúde. Vigitel Brasil 2021: vigilância de fatores de
risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico:
estimativas sobre frequência e distribuição sociodemográfica de
fatores de risco e proteção para doenças crônicas nas capitais dos
26 estados brasileiros e no Distrito Federal em 2021. Brasília, 2022.
Disponível em:
https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoe
s/publicacoes-svs/vigitel/vigitel-brasil-2021-estimativas-sobre-fr
equencia-e-distribuicao-sociodemografica-de-fatores-de-risco-e
-protecao-para-doencas-cronicas/#:~:text=Vigitel Brasil 2021 %3A
vigilância de, em 2021 %2F Ministério da Saúde%2C. Acesso em:
03/05/2023.
18
MALTA, D. C. et al. Carga das Doenças Crônicas Não Transmissíveis
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internet] (2022/Nov). [Citado em 27/12/2022]. Disponível
em: http://cienciaesaudecoletiva.com.br/artigos/carga-das-doenc
as-cronicas-nao-transmissiveis-nos-paises-de-lingua-portugues
a/18584?id=18584. Acesso em: 01/01/2023.
MALTA, D. C. et al. Probabilidade de morte prematura por doenças
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Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde
bvsms.saude.gov.br
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