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Capítulo 9 – Política Monetária

=> Política fiscal: afeta diretamente a DEMANDA AGREGADA e o NÍVEL DE


PRODUTO da economia
* 1 – Arrecadação de impostos
* 2 – Gasto público
=> Política monetária: diferentemente da política fiscal, esta afeta o produto de forma
indireta
* Por meio de intervenções no mercado financeiro (ativos) que influenciam a TAXA
DE JUROS
=> Política monetária: por política monetária, entende-se a atuação do Banco Central
para DEFINIR as condições de liquidez da economia
=> Funções e tipos de moeda
=> Economistas definem moeda: os economistas definem MOEDA como tudo aquilo
que é GERALMENTE ACEITO para
* 1 – Liquidar as transações
§ Para pagar pelos bens e serviços
* 2 – Quitar obrigações
* Obs: por essa definição, qualquer coisa poderia ser moeda – desde que aceita como
forma de pagamento
=> Moeda: é o INSTRUMENTO BÁSICO para que se possa operar o mercado
* Surgimento da moeda: decorre do PROGRESSO ECONÔMICO, com a
especialização dos indivíduos em produções isoladas que não são capazes por si só de
atender ao conjunto de suas necessidades
§ Sem as moedas: o processo de troca seria extremamente limitado
* Trocas podem ser feitas
§ Forma direta – como o escambo
§ Forma indireta – pela intermediação da moeda
=> Dupla coincidência: o indivíduo deveria encontrar alguém que possua aquilo que
deseja e simultaneamente queira comprar aquilo que está oferecendo – em um sistema
como esse, o DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO seria facilmente obstruído pelo
excesso de tempo que as pessoas dependeriam na realização das transações
* O chamado custo de transações
=> Moeda permite a separação temporal entre o ato de compra e o de venda: o
indivíduo NÃO É OBRIGADO a comprar instantaneamente apenas pelo fato de ter
vendido
=> Moeda como meio de troca: é sem dúvida sua PRINCIPAL FUNÇÃO e que a
distingue de outros ativos
=> Moeda como unidade de conta: também reduz os custos de transação na economia
– é de FORNECER um padrão para que as demais mercadorias expressem seus
valores
* Denominador comum do valor: com a introdução da moeda, esta passa a
desempenhar a função de unidade de conta ou denominador comum do valor
§ Referencial: isto é, fornece o “REFERENCIAL” para que os valores das demais
mercadorias sejam cotados
=> Preço relativo entre diferentes mercadorias: o preço relativo entre as diferentes
mercadorias passa a ser definido pela RELAÇÃO entre os respectivos preços
monetários – a utilização da moeda como denominador comum para TODAS AS
MERCADORIAS permite
* 1 – Mensuração da atividade econômica
§ Desenvolvimento dos sistemas contábeis
* 2 – Reduz o número de informações necessárias para tomada de decisões
§ Custo de transação
* 3 – Aumenta a eficiência econômica
=> Moeda como reserva de valor: esta função é uma necessidade decorrente da moeda
como meio de troca
* Separação entre atos de compra e de venda em termos individuais: só pode
ocorrer se o PODER DE COMPRA ADQUIRIDO ao vender sua mercadoria se
mantiver ao longo do tempo
§ Moeda como reserva de valor: a moeda deve, ao menos durante certo intervalo, ser
RESERVA DE VALOR (preservar o poder de compra)
* Moeda não é o único ativo que pode desempenhar a função de reserva de valor –
exemplos
§ 1 – Títulos – oferecem rendimento ao seu detentor
§ 2 – Imóveis
§ 3 – Automóveis
=> Liquidez absoluta da moeda: o motivo que leva as pessoas a RETEREM MOEDA
como reserva de valor é o fato desta possuir LIQUIDEZ ABSOLUTA
* Liquidez: a facilidade com que um ativo SE CONVERTE em meio de troca
=> Grau de liquidez de um ativo depende de
* 1 – Facilidade com que ele é transacionado
§ O que depende da existência de mercados organizados e de suas dimensões
* 2 – Custos transacionais associados à sua negociação
§ Condições de acesso ao mercado, tempo gasto, taxa de corretagem
* 3 – Grau de estabilidade e de previsibilidade de seu preço
=> Maior parte dos ativos alternativos a serem usados como reserva de valor –
possuem um GRAU DE LIQUIDEZ INFERIOR ao da moeda
* I – Maior dificuldade de negociação
* II – Maior custo de transação
* Moeda: já que ela é o PRÓPRIO MEIO DE TROCA, não possui qualquer
dificuldade ou custo de transação na CONVERSÃO
§ Liquidez absoluta: em muitos casos, a facilidade propiciada pela liquidez absoluta
da moeda pode JUSTIFICAR sua manutenção como reserva de valor, pois mesmo
que ela não ofereça rendimento ou outros serviços, NÃO POSSUI CUSTO DE
CONVERSÃO em meio de troca
=> Moeda: é o ativo utilizado para realizar transações porque é o que POSSUI MAIOR
LIQUIDEZ
=> Liquidez: é a CAPACIDADE de um ativo SE CONVERTER RAPIDAMENTE em
poder de compra
* Transformar-se em mercadorias
=> Três funções que a moeda desempenha no sistema econômico
* 1 – Meio de troca: intermediário entre as mercadorias
* 2 – Unidade de conta: ser o referencial das trocas, o instrumento pelo qual as
mercadorias são cotadas
* 3 – Reserva de valor: poder de compra que se mantém no tempo, ou seja, forma de
se medir riqueza
=> Qualquer ativo/mercadoria: a princípio, qualquer ativo/mercadoria poderia ser
moeda
* Esse ativo seria expulso do mundo das mercadorias para ser o REPRESENTANTE
GERAL do valor das mercadorias – passaria a ser o numerário
=> Ativo monetário – deve possuir alguns atributos
* 1 – Aceitação geral
* 2 – Divisibilidade
* 3 – Durabilidade
* 4 – Baixo custo de carregamento
=> Termos históricos: a moeda evoluiu
* Moeda-mercadoria – boi; sal
* Moeda metálica – moedas de ouro; moedas de prata; metais preciosos
* Papel-moeda – para o qual NÃO EXISTE qualquer tipo de lastro e sua aceitação se
dá por imposição legal e pela credibilidade conferida pelo governo a essa nota
§ Obs: essa evolução se deu no sentido de buscar instrumentos que atendessem às
funções da moeda, respeitando suas CARACTERÍSTICAS ESSENCIAIS e
possibilitassem maior fluidez do sistema de trocas
=> Papel-moeda: torna EXPLÍCITO que a moeda NÃO POSSUI QUALQUER
VALOR INTRÍNSECO
* Valor do papel-moeda: é dado por seu PODER DE COMPRA
§ E não por qualquer coisa que a lastreie
=> Tipos de moeda
* 1 – Moeda-mercadoria: determinada mercadoria é usada como moeda
§ Moeda metálica: é um tipo de MOEDA-MERCADORIA – isto é, o ouro, a prata
§ Metais preciosos ou semipreciosos – foram usados como moeda
* 2 – Moeda-papel: corresponde a uma nota de papel que EXPRESSA determinado
valor de ouro
§ Isto é, possui lastro em determinada mercadoria
* 3 – Papel-moeda ou moeda fiduciária: NOTAS DE PAPEL emitidas pelo governo
que não possuem lastro em nenhuma mercadoria
§ Não existe uma garantia física sustentando o valor da moeda
§ Aceitação do papel-moeda: deve-se à imposição legal do governo
=> Lastro: ativo ou mercadoria que RESPALDA o valor da moeda – isto é, no qual a
moeda-papel pode ser CONVERTIDA
* Lastro-ouro: é o EXEMPLO MAIS TRADICIONAL é o lastro-ouro – segundo o
qual as notas de papel representam determinada quantidade de ouro
* Reservas internacionais do país: os ativos/moedas que podem ser USADOS nas
transações internacionais
§ Dólar, por exemplo
=> Currency-board: é um sistema que foi adotado em países com problemas
inflacionários – FIXA-SE A TAXA DE CÂMBIO da moeda do país em relação a uma
moeda internacional (dólar, por exemplo)
* Lastreia-se a oferta de moeda do país ao montante de dólares que o país possui em
RESERVAS – toda nota em circulação no país representa determinada quantidade
de dólares
§ Ampliação da oferta monetária – quando ENTRAM DÓLARES no país
§ Contração da oferta monetária – quando SAEM DÓLARES do país
=> Âncora cambial: nome que se dá à FIXAÇÃO da taxa de câmbio nominal
=> Âncora nominal: quando se FIXA o estoque de moeda, ou ESTIPULAM-SE
REGRAS RÍGIDAS de expansão dos agregados monetários
=> Demanda de moeda
=> Moeda como unidade de conta: enquanto unidade de conta, a moeda expressa uma
RELAÇÃO DE TROCA das mercadorias – funciona como um MEDIDOR, um
PARÂMETRO
* Preço de uma mercadoria – é a EXPRESSÃO MONETÁRIA do valor de troca de
um bem
=> Moeda como meio de troca: enquanto meio de troca, a moeda começa a AFETAR
o sistema econômico – para realizar trocas, para comprar, os indivíduos devem TER
MOEDAS
=> Motivo transacional: os indivíduos não demandariam, nem reteriam moeda por ela
mesmo, mas pelos BENS que ela pode adquirir
* Demanda por moeda por motivo transacional
=> Teoria quantitativa da moeda: segundo a qual o TOTAL DE MOEDA no sistema
MULTIPLICADO pela sua velocidade de circulação deveria IGUALAR o produto
nominal da economia – EQUAÇÃO DE TROCAS
* V = PY/M – VELOCIDADE DE CIRCULAÇÃO
* MV = PY – EQUAÇÃO DAS TROCAS
* Obs
§ M = quantidade de moeda
§ V = velocidade de circulação da moeda
§ P = nível absoluto de preços
§ Y = quantidade de produtos (produto real)
=> Velocidade de circulação: corresponde ao NÚMERO DE TRANSAÇÕES que são
liquidadas com a mesma unidade monetária em dado período
* Número de giros que a moeda dá: gerando renda, em um dado período
* Seu valor depende do quadro institucional da sociedade
§ 1 – Grau de desenvolvimento do sistema financeiro
§ 2 – Intervalo médio de recebimento das rendas
§ 3 – Taxas de inflação
§ Aceleração inflacionária – com aceleração inflacionária, a VELOCIDADE tende a
se elevar
=> Velocidade de circulação da moeda: número de transações liquidadas com a
MESMA UNIDADE MONETÁRIA
* Número de ‘giros’ que a moeda dá – gerando receita, em um dado período
=> No caso de velocidade de circulação e produto constantes no curto prazo:
qualquer ELEVAÇÃO na quantidade de moeda significaria ELEVAÇÃO NOS
PREÇOS
* Quanto maior a quantidade de moeda na economia – maior será o NÍVEL DE
PREÇOS
=> Demanda de moeda para transações: depende do PADRÃO de gastos dos
indivíduos (os indivíduos dependem do nível de renda)
* Quanto maior for a renda – maior será a DEMANDA DE MOEDA para transações
=> Obs: quando se considera a MOEDA como reserva de valor, tem-se novos motivos
para demandar moeda
=> Motivo precaução: os indivíduos têm INCERTEZA em relação ao futuro
* Guardam moeda para precaver-se de infortúnios
* Pergunta: por que se precaver guardando moeda que não rende juros em vez de
comprar outros ativos (títulos) que rendem, podendo-se OBTER MAIS MOEDA no
futuro?
§ Resposta: uma resposta comumente aceita é que, no contexto de incerteza, o único
ativo que possibilita SEGURANÇA a seu detentor é aquele que POSSUI LIQUIDEZ
ABSOLUTA – ou seja, a MOEDA (dinheiro)
=> Motivo especulação: salientado por Keynes – é o terceiro motivo para demandar
moeda
* Segundo Keynes: o indivíduo guarda moedas para esperar o melhor momento para
adquirir títulos que permitam rendimento
§ Perpetuidade: imagine o caso de um título de longo prazo com um RENDIMENTO
ANUAL FIXO em reais (o que é chamado de perpetuidade) – o rendimento do título é
visto como juros pagos pela aplicação de um capital
=> Relação inversa entre taxa de juros e preços das perpetuidades: vale também
para outros tipos de títulos
* 1 – Títulos de desconto: título com um valor de face dado – valor que o indivíduo
receberá no vencimento do título
§ Vendido com deságio no lançamento: se a taxa de juros se elevar antes do
vencimento, o preço corrente do título diminui
* 2 – Ações: seu valor reflete o valor presente do fluxo futuro de dividendos
§ Se a taxa de juros se elevar, o valor presente dos dividendos diminui
=> Motivos para demandar moeda
* 1 – Motivo transação
* 2 – Motivo precaução
* 3 – Motivo especulação
=> Demanda de moeda é inversamente relacionada à taxa de juros
* Obs: pode-se chegar ao mesmo resultado se se pensar a taxa de juros como o
CUSTO DE OPORTUNIDADE de reter moeda
§ O que se perde pelo fato de guardar moeda
§ Quanto maior a taxa de juros, maior será o custo de oportunidade de reter
moeda – portanto, MENOR será a demanda por moeda
=> Inflação: por enquanto, NÃO SE ESTÁ CONSIDERANDO a inflação
* Inflação: corresponde à perda de poder aquisitivo da moeda, ou seja, é um
IMPOSTO que se paga pela retenção da moeda
§ Existência da inflação: leva à DIFERENCIAÇÃO entre a taxa de juros nominal e
a taxa de juros real (taxa de juros nominal descontada a inflação)
§ Custo de reter a moeda: corresponde à taxa de juros nominal – que combina o
que se PERDE em termos de renda futura (por não se aplicar o dinheiro – taxa de juros
real) com a perda de valor da moeda (inflação)
* Quanto maior a inflação, menor deverá ser a demanda por moeda
=> Processos inflacionários – perda de funções
* Primeira perda de função da moeda – RESERVA DE VALOR – deixando de ser
uma forma adequada de se guardar riqueza
* Segunda perda de função da moeda – UNIDADE DE CONTA – deixa de ser um
parâmetro razoável de medida
* Terceira perda de função de moeda – MEIO DE TROCA – em processos
hiperinflacionários
=> Demanda por moeda depende de
* 1 – Renda
§ Motivos transação e precaução
* 2 – Taxa de juros nominal
§ Motivo especulação
=> Demanda por moeda: depende tanto da RENDA como da TAXA DE JUROS
NOMINAL
* Quanto maior (menor) fora a renda, maior (menor) será a demanda por moeda
* Quanto maior (menor) for a taxa de juros nominal, menor (maior) será a
demanda por moeda
=> Oferta de moeda
=> Sistema cuja moeda é lastreada: por exemplo, em OURO – a quantidade de
moeda em circulação depende do ESTOQUE DE OURO no país
=> Sistema sem lastro: tem-se a chamada moeda fiduciária
* Banco Central: é o RESPONSÁVEL pelo controle da oferta de moeda – o Banco
Central é o EMISSOR DA MOEDA NACIONAL
§ Principal responsabilidade: zelar pela qualidade da moeda nacional
=> Banco Central: órgão que controla a oferta monetária no país e os assuntos a ela
relacionados – funções do Banco Central
* 1 – Controlar a oferta monetária
§ Possui o monopólio da emissão da moeda nacional
* 2 – Zelar pelo valor da moeda nacional
* 3 – Regularizar e fiscalizar o sistema financeiro
=> Obs: a moeda é o ATIVO utilizado para liquidar as transações
* Ao se observar como as transações são LIQUIDADAS, percebe-se que apenas
pequena parte destas é feita com papel-moeda (incluindo moeda metálica)
§ Maior parte: é liquidada mediante CHEQUES (moeda bancária)
=> Banco comerciais também podem afetar a oferta de moeda: além do Banco
Central, os bancos comerciais também podem AFETAR a oferta de moeda
=> Total de meios de pagamentos na economia: corresponde ao TOTAL de papel-
moeda emitido pelo governo em poder do público MAIS o total de depósitos à vista
nos bancos comerciais que os depositantes podem sacar a qualquer momento para
liquidar as transações
* M1 – a soma desses dois itens (PMPP – papel moeda em poder do público e D –
depósitos à vista) dá o PRIMEIRO AGREGADO MONETÁRIO – que se denomina
M1
§ M1 – corresponde aos ATIVOS com liquidez absoluta – MOEDA – que podem ser
prontamente usados como poder de compra, e que não rendem juros
=> M1: ativos com LIQUIDEZ ABSOLUTA
* M1: papel-moeda em poder do público (PMPP) + depósitos à vista (D)
§ PMPP + D
=> Bancos: de um lado, CAPTAM RECURSOS (depósitos à vista, por exemplo) –
PASSIVO – para, de outro lado, EMPRESTÁ-LOS (como crédito bancário) – ATIVO
* Lucro dos bancos: vem da DIFERENÇA entre o que pagam como remuneração
aos depósitos e os juros que recebem dos empréstimos
=> Bancos: intermediários financeiros – instituições que
* 1 – Captam recursos dos poupadores
§ Ofertantes de recursos
* 2 – Emprestam aos investidores
§ Demandantes de recursos
=> Bancos comerciais: distinguem-se dos DEMAIS INTERMEDIÁRIOS
FINANCEIROS – pois podem ‘CRIAR MOEDA’ com base nas reservas constituídas
sobre os depósitos à vista
=> Depósitos à vista: são OBRIGAÇÕES DOS BANCOS com seus depositantes e
podem ser resgatados a QUALQUER INSTANTE
* Risco de iliquidez: se o banco emprestar TODO O SEU DINHEIRO que recebeu
como depósito, corre o risco de o depositante requerente seu depósito de volta, e o
banco NÃO POSSUIR
§ Risco de liquidez
§ Obs: a experiência mostra que os depositantes resgatam apenas uma PARCELA DE
SEUS DEPÓSITOS de tempos em tempos, ou seja, diariamente apenas uma parcela
dos depósitos totais nos bancos é requerida pelos clientes
=> Depósitos = Reservas ( R ) + Empréstimos (EB)
=> Banco dando poder de compra (liquidez): ao CONCEDER UM EMPRÉSTIMO
para alguém, o banco está dando poder de compra (liquidez) para o indivíduo que
obteve o empréstimo
* Tomador de empréstimo: realizará gastos, pagando-os com o empréstimo recebido
§ Dinheiro retornar ao sistema bancário: o dinheiro deverá retornar, ao menos em
parte, para o SISTEMA BANCÁRIO na forma de depósitos daqueles que recebem o
dinheiro como PAGAMENTO DAS DESPESAS do tomador de despesa
§ Esses depósitos terão novamente o mesmo destino – uma parcela será RESERVA e
outra será EMPRESTADA – e assim sucessivamente – percebe-se haver uma
multiplicação do depósito inicial em uma nova série de depósitos com base no
processo – depósito-empréstimo-depósito-empréstimo
=> Reservas: as reservas que os bancos constituem sobre os depósitos são de DOIS
TIPOS
* 1 – Reservas compulsórias: são a parcela dos depósitos que os bancos são
OBRIGADOS LEGALMENTE a depositar em suas contas junto ao Banco Central
para poderem fazer frente a suas obrigações
* 2 – Reservas voluntárias: são recursos que os bancos mantêm junto ao Banco
Central por opção
§ Ou seja, NÃO EXISTE obrigação legal
=> Bancos: podem EMPRESTAR TODOS OS RECURSOS CAPTADOS menos o
volume que deve ser DESTINADO à constituição das reservas compulsórias
* Reservas voluntárias: além das reservas compulsórias, é comum os bancos
MANTEREM uma parcela dos depósitos como reservas voluntárias para fazer frente a
qualquer emergência
§ Exemplo: corrida de depositantes que, com a existência de reservas, pode ser
atendida sem ter que se recorrer a venda de ativos dos bancos
§ Existência de reservas: é ela que permite aos bancos CRIAR MOEDA (por meio do
empréstimo de parcela dos depósitos à vista), pois os bancos confiam que as reservas
garantam o atendimento das demandas de saque dos depositantes
=> Emprestar – criando meios de pagamentos adicionais: ao realizar o empréstimo,
NÃO OCORREU uma diminuição dos direitos que os depositantes têm sobre o banco
* Criação de meios de pagamentos: assim, ao EMPRESTAR, os bancos estão
criando meios de pagamentos adicionais – pois, TRANSFERE-SE PODER DE
COMPRA ao tomador sem reduzir a QUANTIDADE a disposição dos depositantes
* Multiplicador monetário: pode-se, com base nesse processo, deduzir a
CAPACIDADE DE CRIAÇÃO DE MOEDA pelos bancos comerciais, a partir da
moeda emitida pelo Banco Central – definindo-se assim o chamado
MULTIPLICADOR MONETÁRIO
§ Sistema bancário pode criar moeda baseando-se em uma injeção monetária
inicial feita pelo Banco Central
=> Base monetária (High Powered Money): essa moeda injetada inicialmente é
chamada de base monetária e corresponde à SOMA entre o papel-moeda em poder do
público MAIS reservas dos bancos
* Base monetária: papel-moeda em poder do público MAIS reservas dos bancos
* Total de empréstimos bancários (EB) = depósitos à vista (D) MENOS reservas
§ EB = D – R
§ M1 = D + PMPP
§ BM = R + PMPP
=> Variação na base monetária: levará a uma VARIAÇÃO MAIS DO QUE
PROPORCIONAL nos meios de pagamento
* Meios de pagamento: a definição de meios de pagamentos corresponde ao
CONJUNTO DE ATIVOS utilizados para liquidar transações
=> M1: papel moeda em poder do público MAIS depósitos à vista
* Ativos que possuem liquidez absoluta – NÃO NECESSITAM de nenhuma
transformação para serem poder de compra
=> Obs: o avanço do SISTEMA FINANCEIRO e o PROCESSO DE INOVAÇÕES
FINANCEIRAS fazem com que vários outros ativos apresentem elevado grau de
liquidez
* Exemplos: fundos de aplicação financeira, certificados de depósitos bancários
=> Quase-moeda: esses novos ativos – a incorporação dos novos ativos gera OUTROS
AGREGADOS MONETÁRIOS (M2, M3, M4) – que correspondem à agregação de
NOVOS ATIVOS – de acordo com seu grau de liquidez – ao conceito de moeda

=> Agregados monetários – meios de pagamentos restritos


* M1: papel moeda em poder do público (PMPP) + depósitos à vista (DV)
=> Agregados monetários – meios de pagamentos ampliados
* M2: M1 + depósitos especiais remunerados + depósitos de poupança + títulos
emitidos por instituições depositárias
* M3: M2 + quotas de fundo de renda fixa + operações compromissadas registradas no
Selic
=> Agregados monetários – poupança financeira
* M4: M3 + Títulos públicos de alta liquidez
=> Obs: teoricamente, CADA UM DESTES DIFERENTES AGREGADOS tem
liquidez diferente
* Liquidez diferente: ou seja, CAPACIDADE DIFERENTE para se transformar em
moeda para REALIZAR TRANSAÇÕES com bens e serviços
§ Prêmio maior (rendimento) – dada a PERDA DE LIQUIDEZ
§ M1 – é o AGREGADO MAIS LÍQUIDO – não rende juros – com o que sofre
TODO o impacto da inflação – isto é, a deterioração do valor da moeda impacta
DIRETAMENTE (e negativamente) M1
=> Desmonetização: quando a inflação acelera, observa-se FORTE DIMINUIÇÃO de
M1 em comparação com outros agregados, o que é chamado de desmonetização
=> Monetização: quando a inflação diminui, principalmente após planos de
estabilização e congelamento de preços, ocorre a monetização
=> Ativos monetários – papel moeda e depósitos à vista: tendem a PERDER
IMPORTÂNCIA em contextos de aceleração inflacionária
* Como no Brasil no início dos anos 1990
=> Monetização da economia: com a rápida queda da inflação após a implantação do
Plano real, verificou-se um AUMENTO SIGNIFICATIVO na demanda por moeda
* Que se reflete no aumento de participação do M1 – esse processo se denomina
monetização da economia
§ Uma vez estabilizada a economia, deixam de ocorrer grandes saltos no M1 – este
passa a variar com o CRESCIMENTO ECONÔMICO e os FATORES SAZONAIS
=> Grande crescimento do M2: que reflete MAIOR ENDIVIDAMENTO PÚBLICO
no período
=> Funções do Banco Central e instrumentos de controle monetário
=> Banco Central: é o órgão responsável pela CONDUÇÃO da política monetária
* Mediante a utilização dos instrumentos disponíveis para CONTROLAR a oferta de
moeda no país
§ Obs: as funções dos bancos centrais variam de país para país – bem como sua
autonomia para executar a política monetária
=> Bacen em alguns países – além de ser órgão executor do controle monetário – é
responsável por
* 1 – Regulamentação dos sistemas financeiros
* 2 – Fiscalização dos sistemas financeiros
§ Obs: zelando pela ESTABILIDADE do sistema
* 3 – Bacen como banco dos bancos
=> Bacen no Brasil – possui algumas funções adicionais
* I – Administração de reservas internacionais do país
* II – Condução da política cambial
* III – Banco do Tesouro Nacional
§ Administra sua conta corrente
=> Funções do Bacen
* 1 – Emissor da moeda nacional
* 2 – Banco dos bancos
* 3 – Banqueiro do Tesouro Nacional
* 4 – Depositário das reservas internacionais
=> Atribuições do Bacen no controle monetário
* 1 – Emissão de papel-moeda
* 2 – Guardião das reservas dos bancos
* 3 – Empréstimos de liquidez aos bancos
* 4 – Realização das operações de mercado aberto
* 5 – Controle seletivo do crédito
=> Instrumentos de controle monetário
* I – Reservas compulsórias
* II – Empréstimos de liquidez e taxa de redesconto
* III – Operações de mercado aberto
=> Reservas compulsórias: a taxa de recolhimento compulsória IMPOSTA aos bancos
afeta a oferta monetária
* Afeta a oferta monetária: ao determinar a PARCELA DOS DEPÓSITOS que pode
ser emprestada e, com isso afeta ainda o valor do multiplicador bancário
* Quanto maior a exigência de reservas, menor será o multiplicador bancário
§ Portanto, MENOR será a oferta monetária
* Oferta de moeda varia inversamente com a taxa de reservas compulsórias
=> Aumento (diminuição) das reservas bancárias implica diminuição (aumento) da
oferta de moeda
=> Reservas compulsórias – incidem não apenas sobre os depósitos a vista – mas
também sobre
* 1 – Cadernetas de poupança
* 2 – Depósitos a prazo
* 3 – Outras formas de captação dos bancos
=> Obs: no Brasil, introduziu-se em alguns momentos inclusive um original depósito
compulsório sobre operações ativas (empréstimo)
=> Operações ativas: as operações ativas dos intermediários financeiros
correspondem às APLICAÇÕES que estes fazem dos recursos captados do público –
exemplos
* 1 – Empréstimos
* 2 – Aquisição de títulos públicos
* 3 – Reservas que mantêm no Banco Central
=> Operações passivas: as operações passivas correspondem às formas de captação
de recursos do público, outras instituições financeiras e do Banco Central –
correspondem a
* 1 – Depósitos a vista
* 2 – Depósitos a prazo
* 3 – Empréstimos obtidos no mercado interbancário
§ Operações entre bancos
* 4 – Empréstimos do Banco Central
=> Empréstimos de assistência à liquidez: o segundo instrumento de controle
monetário são as condições nas quais o Bacen CONCEDE os empréstimos de
assistência à liquidez
* Ou seja, a taxa de juros que o Bacen cobra em seus EMPRÉSTIMOS aos bancos
§ A chamada taxa de redesconto
=> Empréstimos de assistência à liquidez: empréstimos realizados pelo Banco Central
às instituições financeiras para COBRIR a insuficiência de caixa destas diante da
demanda de recursos pelos depositantes
=> Taxa de redesconto: taxa cobrada pelo Bacen em seus EMPRÉSTIMOS aos bancos
comerciais
=> Caso de taxa baixa cobrada pelo Bacen: se a taxa cobrada pelo Bacen for BAIXA
em relação à taxa de juros de mercado, os bancos têm FORTE ESTÍMULO a
emprestar o máximo possível
* Mesmo correndo o risco de ficarem com INSUFICIÊNCIA de reservas bancárias –
pois, neste caso, recorrem aos EMPRÉSTIMOS do Bacen – aumentando seus lucros
=> Quanto maior for a taxa de redesconto cobrada pelo Bacen, menor será a oferta
monetária
* Pois estimulará a manutenção de reservas
=> Bacen
* 1 – Fixa a taxa
* 2 – Estipula prazos e limites para essas operações
* 3 – Define os títulos passíveis de serem redescontados
=> Quanto menores os prazos, os limites de operações e a amplitude de títulos com
acesso ao redesconto, menor tende a ser a expansão dos meios de pagamentos
=> Facilidade (dificuldade) para empréstimos de liquidez leva a um aumento
(diminuição) na oferta monetária
=> Redução (aumento) na taxa de redesconto implica aumento (redução) na oferta
de moeda da economia
=> Redesconto seletivo: em alguns países, os bancos centrais utilizam-se do chamado
REDESCONTO SELETIVO para estimular determinados tipos de operações do
sistema bancário
=> Operações de open market: o terceiro instrumento se refere às operações de open
market (mercado aberto) – nessas operações, o Bacen regula o GRAU DE LIQUIDEZ
do sistema econômico por meio da COMPRA e VENDA de títulos do mercado
* Instrumento mais ágil de política monetária – podendo fazer o acompanhamento e
regulação diária da oferta de moeda
§ Instrumento mais utilizado para controle monetário: por essas características, é o
INSTRUMENTO MAIS UTILIZADO para o controle monetário, tanto no Brasil,
como na maior parte dos países
=> Operações de open market: COMPRA e VENDA de títulos públicos pelo Bacen
junto ao mercado
=> Bacen compra títulos no mercado
* 1 – Aumentam os depósitos no sistema bancário
* 2 – Aumenta o volume de reservas
* 3 – Amplia da oferta de moeda pelos bancos
=> Banco vende títulos no mercado
* 1 – Diminui o estoque de depósitos a vista
* 2 – Diminui o volume de reservas
* 3 – Diminui a oferta de moeda
§ Via efeito multiplicador
=> Quando Bacen realiza operações de open market diretamente com sistema
bancário
* Compra de títulos: implicará AUMENTO das reservas bancárias
* Venda de títulos: levará a REDUÇÃO das reservas bancárias
=> Obs: a alteração das reservas AFETARÁ a oferta monetária por AFETAR a
capacidade de criação de moeda dos Bancos
* Bacen vende títulos – ele ENXUGA a quantidade de moeda
* Bacen compra títulos – ele EXPANDE a quantidade de moeda
=> Principais títulos utilizados nas operações de mercado aberto no Brasil
* 1 – Notas do Tesouro Nacional – NTN
* 2 – Letras do Tesouro Nacional – LTN
* 3 – Títulos do Banco Central
=> Bacen no Brasil – também é
* 1 – Administrador das reservas internacionais
* 2 – Responsável pela condução da política cambial
=> Reservas internacionais: fazem parte do ativo do Bacen
* Bacen adquire divisas – deve EXPANDIR uma conta do passivo
§ Primeiro instante: emite moeda, ampliando o passivo monetário
§ Segundo instante: caso queira enxugar esta emissão adicional, ou seja, esterilizar a
entrada dos recursos externos, executa outras operações como, por exemplo, venda de
títulos públicos
=> Intervenções do Banco Central no mercado cambial – afetam o volume de
reservas internacionais
* Com isso, aumentam a oferta monetária
=> Taxa de juros
=> Taxa de juros: com certeza, é uma das variáveis mais acompanhadas da economia –
seu comportamento afeta
* I – Decisões de consumo dos indivíduos
* II – Decisões de investimento
* III – Magnitude do déficit público
=> Taxa de juros: o que se GANHA pela aplicação de recursos durante determinado
período de tempo ou, alternativamente, aquilo que se PAGA pela obtenção de recursos
de terceiros (empréstimo) durante determinado período de tempo
=> Expressa em termos monetários: deve-se notar que a TAXA DE JUROS dos
títulos/empréstimos é, em geral, expressa em TERMOS MONETÁRIOS
* Exemplo: quando se fala que a taxa é 20% ao ano significa que o indivíduo que fez
uma aplicação receberá ao final do ano, 20% a mais de moeda do que o VALOR
APLICADO
§ Mas isso não permite dizer se o indivíduo está mais ou menos rico
§ Indivíduo: ele só estará melhor se o VALOR RESGATADO PERMITIR que ele
compre mais mercadorias do que inicialmente
=> Determinação da taxa de juros
=> Duas correntes alternativas sobre o que determina a taxa de juros
* 1 – Taxa de juros como “prêmio pela espera”
§ Teoria dos fundos emprestáveis
* 2 – Taxa de juros como “prêmio pela renúncia à liquidez”
§ Princípio da preferência pela liquidez
=> Taxa de juros como “prêmio pela espera” – teoria dos fundos emprestáveis: ou
seja, pela RENÚNCIA ao consumo presente em favor do consumo futuro
* Prêmio pela poupança: a taxa de juros é vista como o PRÊMIO PELA POUPANÇA
* Essa concepção parte da ideia de que a ÚNICA FORMA DE GUARGAR
POUPANÇA é adquirindo ativos financeiros
§ Ninguém demandaria moeda como reserva de valor: dado que NINGUÉM
DEMANDARIA moeda como reserva de valor, uma vez que ela NÃO RENDE
JUROS
=> Taxa de juros como “prêmio pela renúncia à liquidez” – princípio da
preferência pela liquidez: considera a possibilidade de se GUARDAR a poupança na
forma monetária
* Moeda como reserva de valor: uma vez que a MOEDA também é reserva de valor –
vê a TAXA DE JUROS como prêmio pela renúncia à liquidez
* Indivíduo tem duas decisões a tomar
§ 1 – Quanto a poupar
§ 2 – De que forma guarda a poupança
* Simples fato de poupar não garante obtenção de juros: o simples fato de poupar
NÃO GARANTE a obtenção de juros sobre a poupança
§ Poupança terá rendimento se adquirir ativo financeiro: só terá algum
RENDIMENTO se o indivíduo abrir mão de guardar a poupança na FORMA
MONETÁRIA e adquirir um ATIVO FINANCEIRO
* Taxa de juros vista como prêmio pela renúncia à liquidez (segurança) absoluta
oferecida pela moeda
=> Teoria dos fundos emprestáveis – taxa de juros como “prêmio pela espera”
=> Princípio da preferência pela liquidez – taxa de juros como “prêmio pela
renúncia à liquidez”
=> Teoria dos fundos emprestáveis: a taxa de juros é determinada pela OFERTA e
DEMANDA de títulos
* Oferta de títulos: é realizada pelas EMPRESAS que pretendem tomar emprestado
(investir)
§ Oferta de títulos (investimento) será tanto maior quanto maior o seu preço, ou,
como já foi visto, quanto menor a taxa de juros
* Demanda de títulos: é realizada pelos INDIVÍDUOS que buscam aplicar seus
recursos (poupança)
§ Demanda de títulos será maior quanto menor o seu preço, ou maior a taxa de
juros
=> Excesso de demanda por títulos: quando houver um EXCESSO DE DEMANDA,
o preço do título SUBIRÁ
* Pode-se entender esse caso como uma situação em que há EXCESSO DE OFERTA
DE FUNDOS para serem emprestados
§ Taxa de juros se reduzirá
=> Excesso de oferta de títulos: ocorre o contrário, há um EXCESSO DE DEMANDA
por empréstimo
* Há um excesso de demanda por empréstimo, o que fará com que a TAXA DE
JUROS se eleve
§ Taxa de juros se elevará
=> Taxa de juros: é determinada pelo EQUILÍBRIO do mercado financeiro (mercado
de empréstimos), isto é, ela se AJUSTA de tal forma a IGUALAR a oferta e demanda
de empréstimos
* Taxa de juros se ajusta: se se considerar que a DEMANDA DE EMPRÉSTIMOS
corresponde ao investimento e a OFERTA DE EMPRÉSTIMOS corresponde à
poupança, isso significa que a TAXA DE JUROS SE AJUSTA para garantir a
igualdade entre poupança e investimento
=> Obs: essa visão considera a existência de um mercado financeiro SEM
QUALQUER IMPERFEIÇÃO
* No qual os indivíduos conseguem aplicar seus recursos e tomar emprestado, sem
QUALQUER RESTRIÇÃO à taxa de juros de mercado
=> Taxa de juros: é determinada pela OFERTA e DEMANDA de fundos
emprestáveis
* Obs: se o governo apresentar um DÉFICIT e tiver que se financiar colocando títulos
no mercado – isso pressionará a PROCURA DE FUNDOS – elevando a taxa de
juros
=> Princípio da preferência pela liquidez: a demanda de moeda depende da RENDA
e da TAXA DE JUROS
* Obs: dado um NÍVEL DE RENDA, quanto MAIOR a taxa de juros, MENOR a
demanda de moeda
§ Moeda como um ativo diferente dos demais: a influência da TAXA DE JUROS
sobre a demanda de moeda decorre do fato de se considerar a MOEDA como um ativo
diferente dos demais – sendo uma das ALTERNATIVAS possíveis para os indivíduos
guardarem sua riqueza
* Com base na DEMANDA DE MOEDA, dada a oferta de moeda, determina-se a
TAXA DE JUROS que equilibra a DEMANDA e a OFERTA DE MOEDA
=> Indivíduos demandam moeda
* 1 – Realizar transações
* 2 – Forma de guardar riqueza
=> Taxa de juros deverá se elevar: se a SOMA da demanda por esses dois motivos
SUPERAR a oferta de moeda – se houver um EXCESSO DE DEMANDA DE
MOEDA – a taxa de juros deverá SE ELEVAR para desestimular a posse de moeda
=> Taxa de juros deverá diminuir: se a SOMA da demanda por esses dois motivos for
INFERIOR à oferta de moeda – se houver MENOS DEMANDA DE MOEDA – a
taxa de juros deverá DIMINUIR para estimular a posse de moeda
=> Governo contrair a oferta monetária: como o INVESTIMENTO e o CONSUMO
variam inversamente com a taxa de juros – ele pode CONTRAIR a oferta monetária
* Com isso, AFETAR a taxa de juros e a demanda
=> Governo contrai a oferta de moeda: quando o governo CONTRAI a oferta de
moeda, FALTARÁ MOEDA no nível prevalecente de taxa de juros e renda – haverá um
EXCESSO DE DEMANDA DE MOEDA que forçará a ELEVAÇÃO DA TAXA DE
JUROS
* Com isso a demanda agregada irá reduzir
§ Diminuindo a taxa de juros
=> Governo contrai oferta de moeda – sequência
* 1 – Governo contrai oferta de moeda
* 2 – Falta moeda no nível prevalecente de taxa de juros e renda
* 3 – Excesso de demanda de moeda
* 4 – Excesso de demanda forçará a elevação da taxa de juros
* 5 – Demanda agregada se reduzirá
* 6 – Diminui o produto
=> Governo expandindo oferta monetária: diminuindo a taxa de juros, estimulando a
demanda e o produto
=> Governo expande oferta de moeda – sequência
* 1 – Governo expande oferta de moeda
* 2 – Diminui a taxa de juros
* 3 – Estimula a demanda
* 4 – Estimula o produto
=> Impacto da política monetária sobre produto: o impacto da POLÍTICA
MONETÁRIA sobre o produto dependerá de
* 1 – Quanto será a alteração da taxa de juros para equilibrar o mercado
monetário
* 2 – Quanto as despesas de investimento e consumo foram afetadas pela taxa de
juros
=> Política monetária afeta indiretamente o produto
=> Política monetária ativa: o Bacen CONTROLA a quantidade dos agregados
monetários – nesse caso, a taxa de juros deve poder VARIAR para garantir o
equilíbrio entre OFERTA e DEMANDA DE MOEDA
* Taxa de juros deve poder variar para garantir o equilíbrio entre oferta e
demanda de moeda
* Oferta de moeda é exógena
=> Política monetária passiva: o Bacen visa DETERMINAR a taxa de juros e
DEIXA a quantidade de moeda variar – para garantir o nível de taxa de juros
* Bacen deixa quantidade de moeda variar para garantir o nível de taxa de juros
* Oferta de moeda é endógena
=> Política monetária passiva – de acordo com essa visão – o SISTEMA
FINANCEIRO teria capacidade – por meio do processo de inovações financeiras, de
ADEQUAR a oferta de moeda à demanda existente a determinada taxa de juros
* Bacen – teria a opção de AFETAR a taxa de juros via
§ 1 – Atuação no mercado de títulos – operações de mercado aberto
§ 2 – Custo do dinheiro para empréstimos aos bancos – redesconto
* Taxas de juros praticados pelo governo: funcionariam como as TAXAS BÁSICAS
do mercado – as quais se formariam as demais taxas de acordo com os RISCOS e os
PRAZOS DAS OPERAÇÕES
=> Principais taxas de juros no Brasil
* 1 – SELIC – Sistema Especial de Liquidação e Custódia
§ Taxa de negociação dos títulos públicos
* 2 – TR – Taxa Referencial de juros
§ Calculada pela média das taxas de juros dos CDBs (Certificados de Depósitos
Bancários) dos 30 maiores bancos
§ Taxas coletadas diariamente e cálculo de média: as taxas são coletadas
diariamente e a TR de um dia corresponde à média do dia, do dia anterior e do dia
seguinte – sobre essa média é aplicado um REDUTOR para excluir expectativas
inflacionárias
§ TR: é utilizada como INDEXADOR DE CONTRATOS e para o reajuste da
caderneta de poupança
* 3 – TBF – Taxa Básica de Financiamento
§ Mesmo processo de cálculo da TR – mas tem um REDUTOR MENOR
* 4 – TJLP – Taxa de Juros de Longo Prazo
§ Utilizada principalmente pelo BNDES
§ Objetivo principal: possibilitar o ALONGAMENTO DE PRAZOS no mercado
financeiro – em seu cálculo, é considerada a TAXA DE JUROS dos títulos da dívida
externa (25%) e a dívida interna federal (75%) – corrigida a cada três meses
=> Estrutura de taxa de juros e sistema financeiro
=> Várias taxas de juros: na realidade, NÃO EXISTE UMA TAXA DE JUROS – mas
várias taxas
* Existem várias modalidades de títulos e de empréstimos – cada qual com sua
RESPECTIVA TAXA
=> Títulos se diferenciam em alguns aspectos básicos
* 1 – Risco
* 2 – Liquidez
* 3 – Prazo
=> 1 – Risco: o RISCO DAS OPERAÇÕES FINANCEIRAS decorre de sua própria
natureza – negocia-se o dinheiro contra uma PROMESSA FUTURA DE
PAGAMENTO
* Informação assimétrica: o problema básico na transação é que o emprestador tem
um VOLUME LIMITADO e IMPERFEITO DE INFORMAÇÕES sobre o tomador de
recursos
§ Informação assimétrica – ou seja, o MERCADO não é perfeito
§ Risco de não-pagamento ou risco de default
=> Risco de não pagamento – risco de default
* Tomador de recursos: corresponde ao fato de o tomador de recursos NÃO PODER
PAGAR o empréstimo
* Poupador: no caso do poupador, corresponde à QUEBRA DA INSTITUIÇÃO
FINANCEIRA na qual depositou seus recursos
* Instituições financeiras: a empresa que tomou o empréstimo, mas NÃO PÔDE
PAGÁ-LOS
=> Risco: pode ser definido como a PROBABILIDADE de perda de recursos pelo
aplicador em razão da incapacidade de pagamento do emitente do título – a
INCAPACIDADE pode ser parcial ou total
* Risco deve ser medido como a perda esperada – probabilidade de não-pagamento
das condições acertadas – mas descontando-se o “valor residual” – isto é, o quanto se
recupera
=> Fatores que afetam o risco
* 1 – Qualidade da empresa
§ Gestão
§ Tecnologia
§ Produto
* 2 – Setor de atuação
* 3 – Mercados em que atua
* 4 – País em que se localiza
=> Quanto maior o risco de dado título ou empresa, maior será a taxa de juros
exigida
=> Governo como “devedor soberano”: em geral, considera-se o governo como
“devedor soberano”
* Títulos públicos: representam o MENOR RISCO – o governo tem o poder da
tributação
* Taxa paga pelo governo – a taxa paga pelo governo seria a TAXA BÁSICA
§ Agentes: pagaria “spreads” adicionais conforme o seu risco
=> Agências de rating: existem empresas especializadas na avaliação do risco de
crédito – as mais conhecidas são
* I – Moody’s
* II – Standard Poor’s – S&P
* Avaliam o risco de crédito de empresas, países e títulos – emitem um rating
(classificação)
§ Quanto pior o rating, maior a taxa de juros paga
=> 2 – Liquidez: o grau de liquidez se refere à FACILIDADE com que determinado
ativo se converte em poder de compra
* Relação inversa entre grau de liquidez e taxa de juros paga: assumindo-se que os
INDIVÍDUOS tenham uma preferência por ativos mais líquidos, tem-se uma
RELAÇÃO INVERSA entre o grau de liquidez e a taxa de juros paga
* Quanto maior a liquidez do título, menor deverá ser a taxa de juros
* Grau de liquidez: está DIRETAMENTE RELACIONADO à forma como são
organizados os MERCADOS e aos respectivos tamanhos
§ Títulos públicos: possuem um AMPLO MERCADO e existe um MERCADO
SECUNDÁRIO ORGANIZADO para realizar a transferência de propriedade –
possuem uma ampla liquidez – essa situação não deverá existir para o título de uma
empresa desconhecida
=> 3 – Prazo: em geral, considera-se que os INDIVÍDUOS tenham uma preferência
maior por títulos de menor prazo
* Títulos de menor prazo: assim, os mercados de títulos de curto prazo deverão ser
MAIORES do que os de longo prazo
§ Apresentarem uma maior liquidez – o que resultará em uma MENOR TAXA DE
JUROS
=> Curva de rendimento (yield curve): essa relação entre PRAZO e TAXA DE
JUROS é conhecida como curva de rendimento
* Positivamente inclinada: em geral, esta é POSITIVAMENTE INCLINADA –
mostrando que quanto maior o prazo, maior deverá ser a taxa de juros
=> Risco-preço: existe a possibilidade de as condições econômicas SE ALTERAREM
enquanto o indivíduo está com a posse de um título
* Taxa de juros se elevar: se a taxa de juros SE ELEVAR, por exemplo, cai o preço do
título
§ Ocorrerá uma perda de capital para quem estiver carregando
=> Risco-preço: vem do fato de que as condições da economia podem SE ALTERAR
no futuro
* Levando, por exemplo, a uma DETERIORAÇÃO no valor dos ativos – provocando
perda de capital para seus detentores
=> 3 – Prazo: maturidade – DATA DE VENCIMENTO DO TÍTULO – quanto maior
o prazo, maior será o risco-preço – MAIOR será o rendimento exigido
=> Bancos: a existência de INFORMAÇÃO ASSIMÉTRICA coloca em destaque, no
mercado financeiros, os intermediários – os BANCOS
* Forma indireta: a MAIOR PARTE do repasse de recursos se faz de forma indireta
§ E não pela aquisição direta de títulos pelo poupador
§ Maior capacidade dos intermediários de prover e analisar informações sobre os
tomadores e conseguirem fazer um ganho disso
=> Instituições financeiras expedientes para reduzir o risco dos empréstimos –
recorrem a VÁRIOS EXPEDIENTES para diminuir o risco dos empréstimos
* 1 – Exigência do maior número possível de garantia (carros, imóveis, títulos) por
parte dos tomadores (o colateral dos empréstimos) ou exigência de aval
* 2 – Instituições financeiras assumem, em geral, caráter conservador
§ Caráter conservador: emprestam recursos para aquelas empresas que JÁ
POSSUEM BOA REPUTAÇÃO no mercado – esta avaliação envolve alto grau de
subjetividade
* 3 – Busca de diversificação em termos de tomadores e de operações de modo a
diluir o risco
§ Não se colocam todos os ovos numa única cesta
§ Introduzem-se limites máximos de créditos a cada cliente
§ Obs: os agentes buscam maximizar o retorno esperado, escolhendo uma carteira
que maximize a rentabilidade para determinado risco, ou minimize o risco para
determinada rentabilidade – análise risco-retorno
* 4 – Exigência de comprometimento de recursos próprios dos tomadores com o
projeto
§ Ex: comprometimento do patrimônio líquidos das empresas
* 5 – Elaboração de contratos de empréstimo complexos, inclusive com imposição
de cláusulas restritivas sobre a utilização dos recursos
§ Ex: proibição do uso dos recursos em determinadas atividades
* 6 – Monitoramento-acompanhamento da utilização dos recursos
=> Aumento da taxa de juros pode diminuir o retorno das instituições por dois
motivos
* I – Agravar a seleção adversa: só tomam empréstimos a uma TAXA DE JUROS
ELEVADA aquelas empresas que estão desesperadas por recursos – ou seja, cujo
RISCO é extremamente elevado
§ Obs: assim, um AUMENTO na taxa de juros levaria à PIORA na qualidade dos
tomadores – podendo DIMINUIR o retorno das instituições pelo maior grau de
inadimplência
* II – Induzir o risco moral – moral-hazard: com o aumento da TAXA DE JUROS,
os tomadores tendem a USAR os recursos captados em projetos mais arriscados que
podem trazer maior retorno, mas às CUSTAS DE MAIOR RISCO
§ O que também pode aumentar a INADIMPLÊNCIA
=> Obs: a ELEVAÇÃO DAS TAXAS REAIS DE JUROS acabou por repercutir num
elevado nível de inadimplência
* As instituições financeiras NÃO NECESSARIAMENTE deveriam aumentar a taxa
de juros na existência de um excesso de demanda – talvez fosse mais interessante
trabalhar com racionamento de crédito (mas mantendo uma CARTEIRA COM
MENOR RISCO que pudesse trazer um retorno mais elevado)
=> Possibilidade de racionamento de crédito: afeta as decisões de INVESTIMENTO
e de CONSUMO
* Diminuição das restrições de crédito: a política monetária pode afetar a economia
por esse mecanismo – é a DIMINUIÇÃO das restrições de crédito
§ Disponibilidade de crédito: a QUANTIDADE DE MOEDA não afetaria a
demanda pela TAXA DE JUROS, mas pela DISPONIBILIDADE DE CRÉDITO
=> Spread bancário: DIFERENÇA entre as taxas de juros que os BANCOS pagam
aos aplicadores (taxas passivas) e a que eles COBRAM dos tomadores de recursos
(taxas ativas) – o spread deve COBRIR
* 1 – Riscos dos bancos
* 2 – Seu custo operacional
* 3 – Margem de lucro
=> Maior spread bancário – quanto maior
* 1 – Maior a instabilidade econômica
* 2 – Menor a concorrência no setor bancário
* 3 – Maior as restrições a concessões de empréstimos
§ Reservas compulsórias
=> Brasil – os SPREADS são muito elevados
* 1 – Elevadas taxas de inadimplência
* 2 – Forte concentração no sistema financeiro
§ Poucos bancos dominam a maior parte do mercado – o que gera pouca
concorrência e elevadas margens de lucro
* 3 – Carga tributária elevada
§ Impostos em cascata que incidem sobre o faturamento dos Bancos – Cofins, PIS
* 4 – Elevadas reservas compulsórias
=> Taxa de juros real e nominal
=> Taxa de juro nominal: corresponde ao GANHO MONETÁRIO obtido por
determinada aplicação financeira, INDEPENDENTE do comportamento do valor da
moeda
=> Taxa de juros real: corresponde ao GANHO que se obtém em termos de PODER
DE COMPRA por determinada aplicação financeira
* Ou seja, corresponde à taxa de juros nominal recebida, DESCONTADA a perda de
valor da moeda
§ Isto é, a INFLAÇÃO do período da aplicação
=> Efeito Fisher: a relação entre TAXA DE JUROS NOMINAL, TAXA DE JUROS
REAL e a TAXA DE INFLAÇÃO também é conhecida como efeito Fisher
=> Taxa de juros nominal: ganho monetário que se obtém em determinada aplicação
financeira, ou o custo monetário de determinado empréstimo
=> Taxa de juros real: taxa de juros nominal, DESCONTADA a taxa de inflação
=> Obs: a diferença entre as duas taxas é importante – pois cada uma INFLUENCIA
DIFERENTES VARIÁVEIS ECONÔMICAS
* Demanda de moeda – taxa de juros nominal: em relação à DEMANDA DE
MOEDA, a taxa de juros relevante é a NOMINAL – pois ela representa o verdadeiro
CUSTO DE OPORTUNIDADE de reter moeda
§ Uma vez que o detentor de moeda DEIXA de ganhar a taxa real de juros dos
títulos e ainda PERDE a inflação que corrói o poder de compra da moeda
* Finalidade de investimento – taxa de juros real: para FINALIDADE DE
INVESTIMENTO, a taxa relevante é a REAL – pois como o fluxo de receita do
investidor tende a acompanhar a inflação (preço do produto vendido) o relevante passa
a ser o CUSTO DO EMPRÉSTIMO acima da inflação – TAXA REAL DE JUROS
=> Indexação: a persistência do processo inflacionário no Brasil ao longo de sua
história levou ao surgimento de mecanismos que permitissem aos indivíduos conviver
com as ELEVADAS TAXAS DE INFLAÇÃO – a chamada indexação
* Indexação: a introdução de mecanismos de CORRREÇÃO MONETÁRIA nos
contratos, de modo a evitar que os agentes sofressem perdas em decorrência da perda do
valor da moeda nacional
§ Assim, decorrido certo prazo, os valores monetários são CORRIGIDOS pelo índice
de inflação para poder RECOMPOR o valor deteriorado pela DESVALORIZAÇÃO
DA MOEDA
=> Indexação: mecanismos de proteção dos valores monetários (contratos nominais)
das perdas decorrentes da inflação
=> Correção monetária: correção dos valores nominais por dado índice de preços, de
modo a COMPENSAR a perda do valor da moeda decorrente da inflação
=> Operações prefixadas: em que a TAXA NOMINAL DE JUROS é dada e a TAXA
REAL só se conhece ex post
=> Operações pós-fixadas: em que se DEFINE a TAXA DE JUROS REAL ex ante e
ACRESCENTA-SE a correção monetária para determinar a TAXA NOMINAL DE
JUROS que só é conhecida ex post
=> Taxas prefixadas: na definição das TAXAS PREFIXADAS, os agentes embutem a
EXPECTATIVA DE INFLAÇÃO que esperam para o período de vigência de operação
* E acrescentam a TAXA REAL que desejam – taxa real – só se verificará caso
ACERTEM a inflação futura efetiva
=> Efeito Fisher: a própria expectativa da inflação passa a AFETAR da economia
=> Definição de taxas prefixadas: os agentes EMBUTEM a expectativa de inflação
que esperam para o PERÍODO DE VIGÊNCIA de operação e acrescentam a TAXA
REAL que deseja (taxa real – só se verificará caso acertem a inflação futura efetiva)
* Inflação futura menor que expectativa: caso a INFLAÇÃO FUTURA seja menor
do que a expectativa embutida
§ Aumenta-se a taxa real de juros
* Inflação futura maior que expectativa: caso a INFLAÇÃO FUTURA seja maior do
que a expectativa embutida
§ Diminui-se – podendo inclusive transformá-la em uma taxa real de juros
negativa
=> Operações pós-fixadas: INDEPENDENTE do comportamento da taxa de inflação
no futuro – a TAXA REAL DE JUROS aparece garantida
=> Taxa de juros pós-fixada: aquela cuja TAXA NOMINAL só é conhecida uma vez
transcorrido o prazo da operação
* Ganho real – determina-se EX ANTE o ganho real em relação a algum índice de
preço
§ Uma vez determinado o período, verifica-se a VARIAÇÃO DO ÍNDICE DE PREÇO
e determina-se a taxa de juros nominal
§ Conhece-se antes o ganho real, mas não o nominal
=> Taxa de juros prefixada: estipula-se NO MOMENTO DA OPERAÇÃO a taxa de
juros nominal
* Taxa de juros real – só será conhecida NO FINAL DO PERÍODO – EX POST –
quando se conhecer a taxa de inflação do período
=> Títulos pós-fixados – momentos de instabilidade inflacionária
* Indivíduos: em momentos de instabilidade inflacionária, com TENDÊNCIA À
ACELERAÇÃO, os indivíduos, para diminuírem seus risco-preço, tendem a
CONCENTRAR SUAS APLICAÇÕES nos TÍTULOS PÓS-FIXADOS
=> Títulos pré-fixados – momentos de instabilidade inflacionária
* Tomadores de recursos: em momentos de instabilidade inflacionária, por
NECESSITAREM DE PREVISÕES sobre seus custos financeiros, isto é, sobre a
ROLAGEM do passivo financeiro, para poderem FORMAR PREÇOS (evitando
prejuízos – descapitalização) – procuram as OPERAÇÕES PREFIXADAS para
poderem planejar

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