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Resumos comunicação política 15/01/2021

Comunicação política deriva do ato de comunicar com o emissor com uma mensagem
para o perceptor. A comunicação é competitiva entre os vários atores políticos e
conflitual pois traz conflitos e alianças. É uma comunicação oral, escrita, visual,
interpessoal e mediada.
CP é a comunicação realizada pelos atores políticos. Quais? Políticos profissionais,
governantes, campanhas, grupos de pressão, partidos políticos e até institutos públicos e
militares, terroristas.
Os objetivos da comunicação é influenciar os eleitorados para votar no partido que esta
a comunicar a mensagem, quer a comunicação para ter impacto nos media.
A comunicação também tem a ver com os media, com o propósito de avaliar os
governos. Têm um papel de watchdog – fazer reportagens, avaliar e debater sobre o que
o governo faz.
No início, a comunicação política não era livre, era do rei. O rei comunicava através de
um órgão oficial o que tinha a dizer. Mais tarde, as revoluções americanas e francesa
começam a desconstruir o sistema tradicional monárquico (é aqui que surge a ideia de
esquerda e direita em que os de esquerda eram os contra a monarquia e os de direita os
apoiantes da monarquia), e crescem movimentos, ações, partidos políticos as
assembleias representativas e cria-se um 4º poder da democracia, os media. Primeiro
com os jornais e depois com os órgãos de comunicação social.
No séc.XX sobretudo no reino unido e nos EUA é preciso compreender que ainda
assim, mesmo no início do séc.XX as democracias eram uma minoria, mas nas
democracias a comunicação política era plural, temos vários órgãos de comunicação
política e temos uma separação, independência entre os mass media e governo. Nos
regimes autoritários não, temos o próprio governo a controlar a comunicação política, a
dominar e a decidir o que pretende comunicar.
A democracia liberal por definição é a democracia que tem uma comunicação livre e
independente.
Na democracia liberal há a chamada esfera pública. A esfera pública, é o espaço público
de discussão onde por um lado, os mass media políticos têm o seu espaço mas não só
eles visto que nós podemos também participar nesse espaço público.
As sociedades democráticas são construídas também porque têm esta possibilidade de
debate, da esfera pública; há espaço para mudança e há liberdade de partidos. A
democracia política só existe se houver media livres e independentes, a opinião pública
(a tal esfera pública) que permite aos cidadãos de participarem na política, ou seja, o
espaço público de discussão onde por um lado os media, mass media políticos (jornais,
radio, tv), têm o seu espaço e onde todos podem participar.
Nos regimes autoritários a comunicação não há competição multipartidária, eleições
livres, etc. O governo controla, domina e comunica aquilo que quer que o público saiba.
A partir daqui é sobre os ppts
Política pode ser definida em várias formas, mas temos de a relacionar com: a busca
pelo poder, a necessidade de ter recursos, a capacidade de ter simpatizantes, a
competição, conflitos (atividade que gera conflitos), gera alianças.
A comunicação pode ser oral, escrita, visual, interpessoal, mediada.
O que é a comunicação politica? É todo o tipo de comunicação que abrange os atores
políticos (partidos, campanhas, grupos de lobby, instituições publicas), sempre com um
objetivo específico – influenciar.
Atores políticos – media, organizações. Têm o objetivo de influenciar as decisões
políticas. Muitas vezes as decisões do Governo só são lançadas para ver a reação da
população.
Os media políticos: jornais, tv, online, rádio. A tv e a rádio propagam fake news, mas
essas notícias falsas propagam se mais rápido e são originárias das redes digitais e só aí
passam por exemplo para a televisão e para os jornais.
Porque é que a comunicação política é importante? Politica, media e democracia
Não há democracia sem media, não há democracia sem política. A democracia é um
sistema com muitos problemas, mas é, segundo Churchill, o melhor de todos, o menos
mau no final do dia. Tem que haver órgãos de comunicação livres e independentes
senão não há democracia. Pelo contrário nas ditaduras não há media plurais.
Os media dão a voz aos cidadãos, e observam o que o governo faz. Esta relação de
política democracia e media é no fundo uma história que tem a ver com a ascensão da
política democrática, a evolução dos mass media e a relação entre ambos. Um relação
entre a ascensão da democracia e a ascensão dos media, uma coisa está ligada à outra.
Não há democracia sem comunicação e sem mass media.
O jornalismo antes da democracia- o jornalista no fundo procura estar atento aos
problemas do governo, portanto senão há jornalismo livre, o governo controla os media,
a função essencial do jornalismo deixa de ter sentido. Portanto antes da democracia o
que é que acontecia? Existia os estados autoritários, não democráticos, que controlavam
os media e mesmo nos regimes tradicionais, as notícias eram propaganda sobre o que o
estado fazia. A propaganda não é uma notícia que o jornalista fazia olhando para o que
o rei fez e criticando as suas ações, mas era a comunicação do rei, do estado, sobre o
que é que ele fez, numa lógica de propaganda, uma crítica sempre positiva, que pretende
sempre passar uma boa imagem.
Três marcos importantes que no fundo são a origem da democracia: revoluções
liberais
Estas vão trazer o fim aos regimes monárquicos absolutistas. 1ºInglesa (1642-51),
2ºAmericana (1775-83) e 3ºFrancesa (1789-99).
Os americanos fazem uma revolução e criam a primeira constituição.
Na europa a revolução francesa, que acaba como a Inglesa, com o regime monárquico e
começa a haver a ideia da esquerda-direita, partidos e jornais.
Inglesa - emerge o capitalismo, a burguesia e começa a haver o parlamento, obriga a
haver direitos políticos e resistência contra a monarquia absolutista.
O nascimento dos media políticos: conflito entre o parlamento e a monarquia. Começa
a haver um sistema bipolar. Começam consequentemente a haver os primeiros jornais,
os primeiros jornais parlamentais e as primeiras críticas. Começa a haver ainda o
pensamento da liberdade de imprensa, a imprensa livre.
O nascimento da opinião pública e da esfera pública: isto não existia nos regimes
monárquicos, só existe a partir dessas revoluções liberais. Uma coisa é a esfera privada
(casa com os amigos), mas depois há uma esfera pública onde se discutem questões
públicas e cada vez é maior, e esta é fundamental. A opinião pública é a opinião sobre a
coisa pública. Esfera pública é todo e qualquer local onde é possível transmitir ideias e
trocar ideias de forma aberta. Nós em democracia temos esta possibilidade, nos
autoritários não. Temos a possibilidade de debate público, e isto caracteriza a
democracia.
Revolução Americana: gerou muitos conflitos e deu origem à capacidade de criar
meios de comunicação social (jornais).
Revolução Francesa: igualdade, fraternidade, liberdade.
Fundamentais, ambas, para a criação da possibilidade de haver uma esfera pública e
uma opinião pública.
Democratização e comunicação: A expansão global da democracia é que permite a
CP. Emerge ao longo destes anos, primeiro com os jornais e depois com o processo de
democratização. Não há democracia sem comunicação, sem mass media.
Princípios fundamentais do quarto poder –media- independência do estado e do
governo, capacidade de escrutinar as elites ( investigar) , fomentar o pluralismo e a
competição ideológica, liberdade de expressão e debate, acessibilidade para com as
pessoas e participação nos processos políticos.
POLÍTICA, MEDIA, DEMOCRACIA: relação entre estes, há um ciclo.
Nós temos a comunicação política que é fundamental – democracia politica- só existe se
houver os media livres e independentes- só existe se houver uma op. Publica (esfera
publica).

No início do século não havia muitas democracias, não havia eleições livres e
universais, não havia competição partidária. Em 50 só havia 22 países democráticos.
Hoje há uma grande expansão da democracia. Em 192 países, 120 países são
democráticos, mas só 85 são democracias liberais.
2016- 40 FREE, 24 PARTLY FREE, 36 NOT FREE
Media nos regimes autoritários- controlo de ideias, não há liberdade de imprensa.
Continuação da matéria (aula de dia 22/01/2021)

Ideia da aula - As funções ideais dos media em democracia e também algumas


criticas às mesmas funções.
PAPEL DOS MEDIA NA DEMOCRACIA LIBERAL.
CARACTERISTICAS BASE DOS REGIMES DEMOCRÁTICOS:
A democracia para funcionar tem que ter medias fortes, para o motor da democracia
funcionar.
- Liberal vem das revoluções liberais, revoluções que acabaram com sistemas
monárquicos e começaram a permitir que houvesse partidos políticos, repúblicas
liberais, estado de direito, equilíbrio de poderes, limitação de poderes, poder tripartido.
Quarto poder é o da imprensa, dos media.
Uma democracia iliberal é quando não há esta separação de poderes, não há equilíbrio
de poderes.
 Outra ideia de democracia liberal é a chamada constituição liberal, tem um
texto fundamental escrito com as regras básicas, os direitos fundamentais
(liberdade de expressão, direitos humanos, liberdade religiosa). Nos regimes não
democráticos isto não existe. É uma chamada democracia liberal e
constitucional, regras que garantem a liberdade e direitos fundamentais dos
cidadãos.
 Outra ideia que caracteriza a democracia liberal é a livre participação política,
através das eleições. O importante é que haja eleições competitivas e
participadas. As minorias também têm de ter garantias iguais às da maioria, têm
de ser respeitadas. Qualquer um pode participar na política.
 É um sistema político que por definição se baseia na escolha racional, advém
da participação dos cidadãos, eles vão votar racionalmente. Escolhem não de
uma forma coerciva mas sim de forma livre e racional, ou seja, olham para as
opções e escolhem a que mais gostam.
 Tem que existir em democracias liberais opinião pública e esfera pública. A
democracia liberal é por definição um regime onde há um espaço público onde
os cidadãos podem participar e comunicar. Tem de haver uma esfera pública,
precisamente onde a comunicação política se desenvolve. Fala-se do espaço
publico em que há vários atores (3 elementos da comunicação política) que
podem participar e ter opinião pública, ou seja, há uma opinião pública que
reflete o interesse do publico em geral. Pode haver várias opiniões públicas com
visões diferentes, que se discutem na esfera pública. É essencial haver uma
esfera pública, um espaço onde as pessoas podem discutir a coisa pública.
Políticas que temos que discutir para governar o bem público. Os media têm
um papel central na esfera pública, temos também os cidadãos, temos os
partidos políticos, temos a opinião pública, temos o governo entre outros. Todos
estes desenvolvem uma discussão na esfera pública.
Quais as principais funções ideais dos media em democracia/ no processo
democrático?

 1º Função de informação – função de informar os cidadãos, do que se passa no


mundo, também a chamada função de monotorização. Informação sobre o que se
está a passar.

 2ª Função de educar - os media não podem só informar. O papel dos media é


educar também, do enquadramento dos factos. O jornalista tem um papel
importante, tem esse papel de educar, idealmente o jornalismo, os media, têm
que educar a população, ter capacidade de não dizer apenas o que está a
acontecer mas de explicar, enquadrar e sobretudo educar, para que os cidadãos
possam decidir racionalmente.

 3ª Função de providenciar uma plataforma para o discurso politico - são eles


que providenciam uma plataforma para o discurso político. Sem os media não
existia forma de haver debate público. São necessários para que haja expressão
pública, são o meio que existe para que haja possibilidade daqueles que não
defendem a opinião pública maioritária, também terem uma plataforma para
colocar as suas ideias. Devem dar eco às diferentes linhas de opinião de toda
agente. É através destes que se forma a opinião pública, têm a capacidade de
difundir em cassa a comunicação. Só através dos media temos a possibilidade de
ouvir essa pluralidade de opiniões, e criarmos a nossa própria opinião. Eles
possibilitam esta discussão pública, é através dele que há discurso político e
assim forma-se opinião pública.

 4ª Função do Watchdog- Por um lado os jornalistas têm função de publicitar o


que o governo faz, seja para o bem ou para o mal, de tornar públicos problemas.
Por vezes há uma tensão entre os governos e os jornalistas. Os jornalistas tornam
publica aquilo que muitas vezes o governo não quer tornar público. Estão
atentos ao que se passa e dão a conhecer vários escândalos. Eles vigiam e
tornam público aquilo que está a acontecer.

 5ª Função de canal de difusão de defesa de pontos de vista - senão houvesse


media, não se dariam voz a vários acontecimentos, a movimentos políticos,
manifestações (BLM). É um canal de difusão das ideias destes grupos. Defender
princípios e pontos de vista. Dar lugar aos diversos movimentos que advogam e
apoiam diversas causas (ex: feminismo, legalização de canábis).

Estas são as funções ideais, tradicionalmente os media têm estas 5 funções. Para
que estas existam tem de haver uma esfera pública real e forte, onde de facto o
discurso público circule, e que seja compreensível para os cidadãos e
verdadeira/genuína, que reflita uma certa verdade na intenção do comunicador.
Tem de ser uma esfera pública integradora, participativa e compreensível para os
cidadãos.
Na prática estas 5 funções hoje têm a mesma importância e relevância
aquilo que é ideal?

Críticas às funções dos media:

1- Função de informar- A realidade do discurso nem sempre é a realidade


objetiva, às vezes é uma realidade construída. Cada vez mais nós vemos o
público a ser mais atraído pelas bad news, pelo que está a correr mal. Isto
distorce a 1ª função que é de informar o que está a acontecer.

2- Falhanço na educação- Já não têm essa função de educação do eleitorado


para depois agir racionalmente, eles continuam a ter mas já não é tao
preponderante como antes. Um dos falhanços dos media na educação para a
participação politica resulta depois na abstenção. Agora muitos partidos ganham
com grandes taxas de abstenção. Eles deviam educar os eleitores para
participarem e votarem racionalmente.

3- Função do WatchDog- Por vezes não fazem o seu papel. Em vez de


criticarem o que devem, falam de assuntos irrelevantes. (o setor não disse mas
está na folha da drive)

4-Ausência de escolhas- não há diferença entre o discurso político. A política


deixou de ser tao ideológica e passou a ser mais centrada no líder, na
personalidade, e gerou uma ausência de escolhas, de pluralismo, os eleitores
olham para os partidos e não conseguem perceber as diferenças. Isto é
importante porque os partidos do sistema tornaram-se muito iguais. Isto gerou o
nascimento de partidos anti sistema. Idealmente os media tinham esta função de
expor estas diferenças e o pluralismo, mas agora há esta crise de pluralismo, não
há diferenças, os partidos têm discursos semelhantes, e os eleitores não
conseguem escolher ou perceber as diferenças. Isto leva as pessoas às vezes a
identificar-se com a mensagem de mudança do sistema ( Ex: bolsonaro e trump).
As pessoas distanciaram-se de tomar escolhas diferentes.
Muitas vezes esta falha no sistema tradicional, na ausência de opções políticas
dá origem ao nascimento de partidos anti-sistema, de partidos populistas. Os
próprios media não conseguem explorar e explicar os perigos ou as vantagens da
necessidade de haver pluralismo.

5- Relação entre capitalismo e os media- Tradicionalmente os media eram


divididos, haviam vários grupos, hoje em dia temos uma grande concentração de
grupos media. Isto cria um problema de pluralismo, de produzir diferentes
pontos de vista. Há outro problema que é o excesso de poder que estes grupos
têm, às vezes em produzir lideres, patrocinar lideranças.
6- Limitações à objetividade - cada vez mais esta função de jornalismo
objetivo e verdadeiro é transformado na lógica das audiências, do
sensacionalismo, que muitas vezes é contrário à lógica objetiva do jornalismo.

Aula dia 01/03/2021


Teorias da comunicação com base no livro de Mauro Wolf.

Teoria Hipodérmica, a Teoria da persuasão (teoria das diferenças) e a Teoria dos


efeitos limitados.

 TEORIA HIPÓDERMICA (Qual o efeito dos mass media na audiência?)


A teoria hipodérmica estuda o fenómeno dos media a partir de premissas behavioristas,
supõe que uma mensagem mediática transmitida a um publico alvo afeta da mesma
maneira todos os indivíduos. Procura uma forma de compreender a influência da
comunicação no comportamento da população para posteriormente ser possível pensar
em estratégias para exercer influência comportamental sobre o povo. O individuo está
indefeso face à mensagem, a comunicação chegava à massa, e esta absorvia todo o tipo
de mensagens transmitidas.
O conceito de massa é fundamental para se perceber a abordagem desta teoria. A
massa é constituída por um conjunto homogéneo de indivíduos que são iguais e
indiferenciáveis, mesmo que provenham de ambientes heterogéneos e de todos os
grupos sociais. Pessoas anónimas, não se conhecem, que estão separadas umas das
outras no espaço e que não tem nenhumas possibilidades de exercer uma ação ou
influência reciprocas. A massa não possui tradições, regras de comportamento ou
estrutura organizativa.
Estes indivíduos que compõem a massa estão expostos a mensagens, conteúdos e
acontecimentos que vão para além da sua experiência; acontecimentos que se referem a
universos que não coincidem com as regras do grupo de que o individuo faz parte. Ou
seja, resulta no isolamento físico do individuo na massa, que é resultante das
capacidades manipuladoras dos primeiros meios de comunicação.
De forma sucinta esta teoria defende:
1- Que a comunicação é difundida numa sociedade em massa.
2- Que a interpretação de uma mensagem é sempre a mesma.
3- A existência de uma mensagem com o objetivo de provocar um efeito nas
massas.

 TEORIA DA PERSUASÃO (Teoria das diferenças).


Aqui o que vai ser estudado é de que forma as mensagens de comunicação política
conseguem persuadir a audiência?
Aqui esta teoria é uma teoria baseada em estudos que tentam perceber os efeitos que as
mensagens têm nas audiências. É uma abordagem mais empírica, tem a ver com estudos
de campo (Ex: sondagens, analisamos porque é que pessoas votam numa pessoa ou
noutra).
É a teoria de que a massa no final do dia não é composta por indivíduos homogéneos. A
mensagem é a mesma mas ao contrário da teoria hipodérmica em que somos uma massa
indistinta, nesta teoria a massa é composta por indivíduos diferentes.
Começa se a perceber que em função do contexto em que esta a massa, a influencia da
mensagem pode mudar. A comunicação já não é exatamente um fenómeno mecânico.
- Como conseguimos convencer melhor as pessoas? Quais são os fatores que
conseguem fazer com que a mensagem seja uma mensagem que convence melhor as
pessoas? Porque é que esta teoria surge devido a estudos que se fazem em campanhas?
Situação de campanha. Uma campanha é uma situação com características muito
específicas:
 1ª Uma campanha tem objetivos específicos e foi projetada para as atingir.
 2º Uma campanha é intensiva e desfruta de uma vasta cobertura mediática.
 3º O seu sucesso pode ser avaliado (o que correu mal? Porque?) Nos depois
vamos avaliar os resultados, o sucesso vai ser avaliado.
 4º É promovida por instituições ou entidades dotadas de poder e autoridade. É
algo organizado e pensado.
Quais os fatores que influenciam o processo comunicacional?

 Fatores relativos à audiência:


1º Interesse em obter a informação – Um dos fatores importantes é a audiência ter
interesse na campanha. Se houver pouco interesse é impossível haver sucesso na
campanha. Quanto mais interesse existe, mais sucesso terá a campanha. O sucesso da
campanha tem a ver com o público que escolhemos.
2º Exposição Seletiva – Quais são as camadas de audiência que são mais facilmente
expostas à comunicação e quais são os meios mais eficazes para transmitir esta
comunicação.
3º Perceção seletiva da audiência- A mensagem é a mesma, mas a própria perceção da
audiência é seletiva. Há uma perceção seletiva de cada membro da audiência.

 Fatores relativos à mensagem:


1. A credibilidade do orador;
2. A ordem da argumentação;
3. A integrabilidade das argumentações;
4. Explicação das Conclusões.

1. A credibilidade do orador- Uma mensagem dita por uma fonte credível tem uma
capacidade de persuasão grande, mas esta mensagem dita por um comunicador pouco
credível, o efeito é diferente. Uma fonte credível provoca uma mudança de opinião.
A credibilidade da mensagem vai esbatendo, esta credibilidade tem mais efeito num
período curto. Quando a mensagem é feita num período longo a credibilidade esbate-se.
2. A ordem da argumentação- Quando há um debate, pros e contra, uma logica
bilateral tem argumentos pró e contra, o que é o mais importante? As argumentações
que se apresentam no início (efeito primacy) ou no final (efeito ressency)? Qual a
posição que tem mais impacto, a favor ou contra? Debate-se qual deve ser a ordem
cronológica, que por exemplo, os oradores vão debater, qual a ordem de argumentação.
Não há conclusões claras quanto a isto, mas os estudos indicam que a primeira
informação é facilmente mais absorvida.
3- Integrabilidade das argumentações – Fator que representa a tentativa de analisar o
impacto persuasivo que é provocado num processo comunicacional relativo à
apresentação de uma única posição ou ambas posições acerca de um tema controverso.
Segundo alguns estudos os políticos devem mostrar os dois lados, o lado positivo e o
lado negativo.
O que é que é mais persuasivo? Diferentes tipos de impactos persuasivos:
Mostrar os dois lados do problema, apresentar também os aspetos problemáticos.
Pessoas que estão convencidas quando à questão expõe apenas argumentos a favor da
posição apresentada.
Pessoas que inicialmente têm opinião contrária em relação ao que vai ser exposto
apresentam argumentos referentes a ambos os aspetos do tema e mais eficazes.
Pessoas que possuam um grau de instrução mais baixo são influenciadas sobretudo pela
mensagem
4.Explicação das Conclusões – Devemos ter uma mensagem que explicita as
conclusões de forma clara. Pretende-se saber quando se quer transmitir uma mensagem
com um objetivo especifico, se a mensagem é mais eficaz caso forem fornecidas
explicitamente as conclusões a quem se pretende dissuadir.

Teoria dos Efeitos Limitados


Acredita que os mass media e os efeitos das suas mensagens são limitados ao contexto
social- o que torna a sua eficiência sujeita de ser analisa. Esta teoria diz haver contextos
a ter em conta numa transmissão de mensagem – como o familiar ou social, e que
devido a isso a comunicação tem efeitos limitados. Para além da mensagem e do
comunicador é importante entender o contexto social sobre o qual a mensagem será
inserida, pois o ponto principal desta teoria é associar os efeitos dos Mass media com as
características do contexto social- os efeitos mudam de contexto para contexto.
Explica que existem 3 grandes efeitos na formação das atitudes políticas: o efeito de
ativação, o efeito de reforço e o efeito de conversão.
Efeito de ativação (implementar uma ideia) – transformar as tendências latentes em
comportamento efeito, isto é o efeito de ativar as tendências de voto, a tendência da
campanha, a tendência da empatia que é criada. Transforma as tendências positivas
latentes em comportamento de voto efetivo.
 Efeito de Reforço (reforçar a ideia) - efeitos dos militantes, já tinham o voto
definido. Preservar os eleitores que já são do partido, fazendo um reforço aos militantes
e dessa forma evitar mudanças de atitudes.
Efeito de Conversão (alteração de ideias) - efeito mais difícil, converter as pessoas
indecisas, sem opinião formada, ou ainda com uma opinião já formada, tentar converter
essas pessoas.

- Nós temos os militantes (votam sempre no mesmo) e não militantes, indecisos e não
indecisos.

LIDER DE OPINIÃO
Existe um fluxo comunicacional entre mensagens e audiência e que não é direto mas
sim introduzido pelo líder da opinião. Um líder de opinião é uma pessoa melhor
informada que as restantes de uma comunidade, e tem geralmente uma resposta mais
rápida à chamada pois vai influenciar a comunidade.
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Há dois diferentes tipos de líderes de opinião:
Líder de opinião cosmopolita- Tem conhecimentos específicos sobre um tema. É
importante porque informa o eleitorado. Este líder conhece os problemas, tem
experiência, tem conhecimentos técnicos.
Líder de opinião local- tem uma relação próxima com a sua comunidade, conhece as
pessoas, tem uma empatia social. É importante e influencia as pessoas porque conhece
as pessoas, conhece bem a sua comunidade (Ex: chefe dos bombeiros, presidente da
junta). Influencia a decisão dos eleitores devido ao seu contacto próximo com estes.

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