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Comunicação política deriva do ato de comunicar com o emissor com uma mensagem
para o perceptor. A comunicação é competitiva entre os vários atores políticos e
conflitual pois traz conflitos e alianças. É uma comunicação oral, escrita, visual,
interpessoal e mediada.
CP é a comunicação realizada pelos atores políticos. Quais? Políticos profissionais,
governantes, campanhas, grupos de pressão, partidos políticos e até institutos públicos e
militares, terroristas.
Os objetivos da comunicação é influenciar os eleitorados para votar no partido que esta
a comunicar a mensagem, quer a comunicação para ter impacto nos media.
A comunicação também tem a ver com os media, com o propósito de avaliar os
governos. Têm um papel de watchdog – fazer reportagens, avaliar e debater sobre o que
o governo faz.
No início, a comunicação política não era livre, era do rei. O rei comunicava através de
um órgão oficial o que tinha a dizer. Mais tarde, as revoluções americanas e francesa
começam a desconstruir o sistema tradicional monárquico (é aqui que surge a ideia de
esquerda e direita em que os de esquerda eram os contra a monarquia e os de direita os
apoiantes da monarquia), e crescem movimentos, ações, partidos políticos as
assembleias representativas e cria-se um 4º poder da democracia, os media. Primeiro
com os jornais e depois com os órgãos de comunicação social.
No séc.XX sobretudo no reino unido e nos EUA é preciso compreender que ainda
assim, mesmo no início do séc.XX as democracias eram uma minoria, mas nas
democracias a comunicação política era plural, temos vários órgãos de comunicação
política e temos uma separação, independência entre os mass media e governo. Nos
regimes autoritários não, temos o próprio governo a controlar a comunicação política, a
dominar e a decidir o que pretende comunicar.
A democracia liberal por definição é a democracia que tem uma comunicação livre e
independente.
Na democracia liberal há a chamada esfera pública. A esfera pública, é o espaço público
de discussão onde por um lado, os mass media políticos têm o seu espaço mas não só
eles visto que nós podemos também participar nesse espaço público.
As sociedades democráticas são construídas também porque têm esta possibilidade de
debate, da esfera pública; há espaço para mudança e há liberdade de partidos. A
democracia política só existe se houver media livres e independentes, a opinião pública
(a tal esfera pública) que permite aos cidadãos de participarem na política, ou seja, o
espaço público de discussão onde por um lado os media, mass media políticos (jornais,
radio, tv), têm o seu espaço e onde todos podem participar.
Nos regimes autoritários a comunicação não há competição multipartidária, eleições
livres, etc. O governo controla, domina e comunica aquilo que quer que o público saiba.
A partir daqui é sobre os ppts
Política pode ser definida em várias formas, mas temos de a relacionar com: a busca
pelo poder, a necessidade de ter recursos, a capacidade de ter simpatizantes, a
competição, conflitos (atividade que gera conflitos), gera alianças.
A comunicação pode ser oral, escrita, visual, interpessoal, mediada.
O que é a comunicação politica? É todo o tipo de comunicação que abrange os atores
políticos (partidos, campanhas, grupos de lobby, instituições publicas), sempre com um
objetivo específico – influenciar.
Atores políticos – media, organizações. Têm o objetivo de influenciar as decisões
políticas. Muitas vezes as decisões do Governo só são lançadas para ver a reação da
população.
Os media políticos: jornais, tv, online, rádio. A tv e a rádio propagam fake news, mas
essas notícias falsas propagam se mais rápido e são originárias das redes digitais e só aí
passam por exemplo para a televisão e para os jornais.
Porque é que a comunicação política é importante? Politica, media e democracia
Não há democracia sem media, não há democracia sem política. A democracia é um
sistema com muitos problemas, mas é, segundo Churchill, o melhor de todos, o menos
mau no final do dia. Tem que haver órgãos de comunicação livres e independentes
senão não há democracia. Pelo contrário nas ditaduras não há media plurais.
Os media dão a voz aos cidadãos, e observam o que o governo faz. Esta relação de
política democracia e media é no fundo uma história que tem a ver com a ascensão da
política democrática, a evolução dos mass media e a relação entre ambos. Um relação
entre a ascensão da democracia e a ascensão dos media, uma coisa está ligada à outra.
Não há democracia sem comunicação e sem mass media.
O jornalismo antes da democracia- o jornalista no fundo procura estar atento aos
problemas do governo, portanto senão há jornalismo livre, o governo controla os media,
a função essencial do jornalismo deixa de ter sentido. Portanto antes da democracia o
que é que acontecia? Existia os estados autoritários, não democráticos, que controlavam
os media e mesmo nos regimes tradicionais, as notícias eram propaganda sobre o que o
estado fazia. A propaganda não é uma notícia que o jornalista fazia olhando para o que
o rei fez e criticando as suas ações, mas era a comunicação do rei, do estado, sobre o
que é que ele fez, numa lógica de propaganda, uma crítica sempre positiva, que pretende
sempre passar uma boa imagem.
Três marcos importantes que no fundo são a origem da democracia: revoluções
liberais
Estas vão trazer o fim aos regimes monárquicos absolutistas. 1ºInglesa (1642-51),
2ºAmericana (1775-83) e 3ºFrancesa (1789-99).
Os americanos fazem uma revolução e criam a primeira constituição.
Na europa a revolução francesa, que acaba como a Inglesa, com o regime monárquico e
começa a haver a ideia da esquerda-direita, partidos e jornais.
Inglesa - emerge o capitalismo, a burguesia e começa a haver o parlamento, obriga a
haver direitos políticos e resistência contra a monarquia absolutista.
O nascimento dos media políticos: conflito entre o parlamento e a monarquia. Começa
a haver um sistema bipolar. Começam consequentemente a haver os primeiros jornais,
os primeiros jornais parlamentais e as primeiras críticas. Começa a haver ainda o
pensamento da liberdade de imprensa, a imprensa livre.
O nascimento da opinião pública e da esfera pública: isto não existia nos regimes
monárquicos, só existe a partir dessas revoluções liberais. Uma coisa é a esfera privada
(casa com os amigos), mas depois há uma esfera pública onde se discutem questões
públicas e cada vez é maior, e esta é fundamental. A opinião pública é a opinião sobre a
coisa pública. Esfera pública é todo e qualquer local onde é possível transmitir ideias e
trocar ideias de forma aberta. Nós em democracia temos esta possibilidade, nos
autoritários não. Temos a possibilidade de debate público, e isto caracteriza a
democracia.
Revolução Americana: gerou muitos conflitos e deu origem à capacidade de criar
meios de comunicação social (jornais).
Revolução Francesa: igualdade, fraternidade, liberdade.
Fundamentais, ambas, para a criação da possibilidade de haver uma esfera pública e
uma opinião pública.
Democratização e comunicação: A expansão global da democracia é que permite a
CP. Emerge ao longo destes anos, primeiro com os jornais e depois com o processo de
democratização. Não há democracia sem comunicação, sem mass media.
Princípios fundamentais do quarto poder –media- independência do estado e do
governo, capacidade de escrutinar as elites ( investigar) , fomentar o pluralismo e a
competição ideológica, liberdade de expressão e debate, acessibilidade para com as
pessoas e participação nos processos políticos.
POLÍTICA, MEDIA, DEMOCRACIA: relação entre estes, há um ciclo.
Nós temos a comunicação política que é fundamental – democracia politica- só existe se
houver os media livres e independentes- só existe se houver uma op. Publica (esfera
publica).
No início do século não havia muitas democracias, não havia eleições livres e
universais, não havia competição partidária. Em 50 só havia 22 países democráticos.
Hoje há uma grande expansão da democracia. Em 192 países, 120 países são
democráticos, mas só 85 são democracias liberais.
2016- 40 FREE, 24 PARTLY FREE, 36 NOT FREE
Media nos regimes autoritários- controlo de ideias, não há liberdade de imprensa.
Continuação da matéria (aula de dia 22/01/2021)
Estas são as funções ideais, tradicionalmente os media têm estas 5 funções. Para
que estas existam tem de haver uma esfera pública real e forte, onde de facto o
discurso público circule, e que seja compreensível para os cidadãos e
verdadeira/genuína, que reflita uma certa verdade na intenção do comunicador.
Tem de ser uma esfera pública integradora, participativa e compreensível para os
cidadãos.
Na prática estas 5 funções hoje têm a mesma importância e relevância
aquilo que é ideal?
1. A credibilidade do orador- Uma mensagem dita por uma fonte credível tem uma
capacidade de persuasão grande, mas esta mensagem dita por um comunicador pouco
credível, o efeito é diferente. Uma fonte credível provoca uma mudança de opinião.
A credibilidade da mensagem vai esbatendo, esta credibilidade tem mais efeito num
período curto. Quando a mensagem é feita num período longo a credibilidade esbate-se.
2. A ordem da argumentação- Quando há um debate, pros e contra, uma logica
bilateral tem argumentos pró e contra, o que é o mais importante? As argumentações
que se apresentam no início (efeito primacy) ou no final (efeito ressency)? Qual a
posição que tem mais impacto, a favor ou contra? Debate-se qual deve ser a ordem
cronológica, que por exemplo, os oradores vão debater, qual a ordem de argumentação.
Não há conclusões claras quanto a isto, mas os estudos indicam que a primeira
informação é facilmente mais absorvida.
3- Integrabilidade das argumentações – Fator que representa a tentativa de analisar o
impacto persuasivo que é provocado num processo comunicacional relativo à
apresentação de uma única posição ou ambas posições acerca de um tema controverso.
Segundo alguns estudos os políticos devem mostrar os dois lados, o lado positivo e o
lado negativo.
O que é que é mais persuasivo? Diferentes tipos de impactos persuasivos:
Mostrar os dois lados do problema, apresentar também os aspetos problemáticos.
Pessoas que estão convencidas quando à questão expõe apenas argumentos a favor da
posição apresentada.
Pessoas que inicialmente têm opinião contrária em relação ao que vai ser exposto
apresentam argumentos referentes a ambos os aspetos do tema e mais eficazes.
Pessoas que possuam um grau de instrução mais baixo são influenciadas sobretudo pela
mensagem
4.Explicação das Conclusões – Devemos ter uma mensagem que explicita as
conclusões de forma clara. Pretende-se saber quando se quer transmitir uma mensagem
com um objetivo especifico, se a mensagem é mais eficaz caso forem fornecidas
explicitamente as conclusões a quem se pretende dissuadir.
- Nós temos os militantes (votam sempre no mesmo) e não militantes, indecisos e não
indecisos.
LIDER DE OPINIÃO
Existe um fluxo comunicacional entre mensagens e audiência e que não é direto mas
sim introduzido pelo líder da opinião. Um líder de opinião é uma pessoa melhor
informada que as restantes de uma comunidade, e tem geralmente uma resposta mais
rápida à chamada pois vai influenciar a comunidade.
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Há dois diferentes tipos de líderes de opinião:
Líder de opinião cosmopolita- Tem conhecimentos específicos sobre um tema. É
importante porque informa o eleitorado. Este líder conhece os problemas, tem
experiência, tem conhecimentos técnicos.
Líder de opinião local- tem uma relação próxima com a sua comunidade, conhece as
pessoas, tem uma empatia social. É importante e influencia as pessoas porque conhece
as pessoas, conhece bem a sua comunidade (Ex: chefe dos bombeiros, presidente da
junta). Influencia a decisão dos eleitores devido ao seu contacto próximo com estes.