CESARIANA

CESARIANA

“retirada do feto através de abertura transabdominal do útero”

conservativa radical

manutenção do útero histerectomia

Indicação
absoluta relativa

somente ato cirúrgico manobras obstétricas

CESARIANA NA VACA - INDICAÇÕES

RESOLUÇÃO DE DISTOCIA EXISTENTE:

desproporção feto-pélvica
má estática fetal – não corrigida por manobras obstétricas
torções uterinas irredutíveis
estreitamento vias fetais
* lesões ósseas
* estreitamento canal cervical / vaginal
gestação ectópica / hérnia parede abdominal
ruptura uterina / hemorragia uterina
CESARIANA NA VACA - INDICAÇÕES

CESARIANA ELETIVA:

interrupção cirúrgica da gestação prolongada

casos suspeita ou casos confirmados de desproporção feto/pelve
interrupção gestação – risco de morte da mãe

hidroalantóide
reticulopericardite traumática
CESARIANA NA VACA

PROGNÓSTICO DA CESARIANA: proporcional

duração distocia
manipulações prévias
demora em realizar a cirurgia (24h início distocia)
feto morto ou enfisematoso 75 a 95%
assistência qualificada

PROGNÓSTICO DE VIDA DO PRODUTO: sobrevivência

muito provável
ausência de distúrbio do estado geral da vaca
se a ruptura das bolsas não tenha ocorrido a mais de 6-8hs
se não foram efetuadas tentativas demoradas para a extração forçada do feto
CESARIANA NA VACA

LOCALIZAÇÃO: local limpo e bem iluminado

. assistência experiente contenção e

ASSISTENCIA REQUERIDA:
ressuscitação bezerro
. assistência cirúrgica qualificada

MÉTODOS PARA EXECUÇÃO:

● mediana
● para-mediana vaca em decúbito
● ventro-lateral
● flanco vaca em estação ou decúbito esternal
CESARIANA NA VACA – LAPAROTOMIA PELO FLANCO

. anestesia local
. incisão facilmente estendida
VANTAGENS:
. risco de contaminação local pequeno
. risco herniação intestinal pequeno

. dificuldade exteriorização útero

DESVANTAGENS: . risco contaminação peritônio
. flanco direito: evisceração
CESARIANA NA VACA – laparotomia ventrolateral ou pela
linha média

. útero mesmo contendo bezerro enfisematoso

VANTAGENS: mais facilmente exteriorizado
. risco contaminação abdominal

. sedação/anestesia geral (???)

DESVANTAGENS: . risco contaminação externa
. risco herniação
CESARIANA NA VACA – LAPAROTOMIA PELO FLANCO

contenção: cabresto que deve permitir que a vaca se deite

corda na pata direita (puxada para frente)
CESARIANA NA VACA – LAPAROTOMIA PELO FLANCO

contenção: cabresto que deve permitir que a vaca se deite

corda na pata direita (puxada para frente)

sedação: desnecessária
xilazina (2,5mg/50kg/IM ou 0,05mg/kg/IV) ↑ tonus musc. uterina
deprime feto
CESARIANA NA VACA – LAPAROTOMIA PELO FLANCO

contenção: cabresto que deve permitir que a vaca se deite

corda na pata direita (puxada para frente)

sedação: desnecessária
xilazina (2,5mg/50kg/IM ou 0,05mg/kg/IV) ↑ tonus musc. uterina
deprime feto

relaxamento miometrial: clenbuterol (300µg)

combater efeitos
xilazina
CESARIANA NA VACA – LAPAROTOMIA PELO FLANCO

PREPARO CAMPO

tricotomia – lateralmente
última costela tuberosidade coxal
dorsoventralmente
processos espinhosos ventre
CESARIANA NA VACA – LAPAROTOMIA PELO FLANCO

PREPARO CAMPO

tricotomia – lateralmente
última costela tuberosidade coxal
dorsoventralmente
processos espinhosos ventre

anti-sepsia
sujeira – água + sabão + escova
degermante
álcool iodado
CESARIANA NA VACA – LAPAROTOMIA PELO FLANCO

ANESTESIA A - epidural baixa

não é essencial
útil – prevenir esforços / movimentos cauda
5 – 8 ml lidocaína
CESARIANA NA VACA – LAPAROTOMIA PELO FLANCO

ANESTESIA A - epidural baixa

não é essencial
útil – prevenir esforços / movimentos cauda
5 – 8 ml lidocaína
CESARIANA NA VACA – LAPAROTOMIA PELO FLANCO

ANESTESIA
A - epidural baixa

B - “L” invertido

efeito rápido
80 – 100ml de anestésico c/ vasoconstritor
2/3 - subcutâneo e muscular profundo
1/3 – linha incisão – subcutâneo e muscular
 CESARIANA NA VACA – LAPAROTOMIA PELO FLANCO
esquerdo

Técnica cirúrgica:
incisão de pele (25 a 30cm) – camadas musculares – peritôneo

localização do útero: caudalmente e abaixo do rumem

palpação fetal membros posteriores na apresentação anterior
membros anteriores e cabeça na apresentação posterior

líquidos uterinos perdidos útero imóvel e aplicado sobre o feto

dificuldade movimentação fetal
 CESARIANA NA VACA – LAPAROTOMIA PELO FLANCO
esquerdo

Técnica cirúrgica:
 CESARIANA NA VACA – LAPAROTOMIA PELO FLANCO
esquerdo

Técnica cirúrgica:
 CESARIANA NA VACA – LAPAROTOMIA PELO FLANCO
esquerdo

Técnica cirúrgica:

abertura do útero: tracionar – expor – incisar através laparotomia

incisão (20cm) sobre extremidade fetal – evitar cotilédones
abertura dentro abdômen: sem ver útero (parede lisa, dura, imóvel)

remoção feto: identificar membros

sentido caudal da mãe
ampliar incisão uterina
procurar por mais um feto
CESARIANA NA VACA – LAPAROTOMIA PELO FLANCO
esquerdo
CESARIANA NA VACA – LAPAROTOMIA PELO FLANCO
esquerdo
 CESARIANA NA VACA – LAPAROTOMIA PELO FLANCO
esquerdo

Manejo da placenta: . fácil e rapidamente separada inserções cotiledonares

. deixada in situ mesmo cervix fechada
. presa sutura uterina ???

Reparo incisão uterina: . camada simples contínua

. camada invaginante
. involução uterina 20UI ocitocina IM

risco afrouxamento sutura

 CESARIANA NA VACA – LAPAROTOMIA PELO FLANCO
esquerdo

Fechamento laparotomia: peritônio + transverso abdomen

oblíquo interno e externo
pele
CESARIANA NA VACA – LAPAROTOMIA PELO FLANCO
esquerdo
CESARIANA NA VACA – LAPAROTOMIA PELO FLANCO
esquerdo
Cuidados bezerro neonato

Remover muco (boca, faringe, laringe) – cabeça pra baixo,

tapas peitoral
Checar sinais vitais (FC 140 bpm – FR 40mrm)
Ausência respiração espontânea – pinçamento narina, água fria
sobre a cabeça ou 40 a 100mg de hidrocloreto de doxapram IV
ou sublingual
Bezerro seco, aquecido e mantido alcance visão mãe.
Angústia respiratória (hiperpnéia e dispnéia): oxigênio máscara
facial. Dexametazona (6mg) IV. Antibioticoterapia. Prognóstico
reservado (1h).
Colostro: primeira hora e até 6h - epiteliocorial.
Umbigo: embebido em iodo ou pulverizado com oxitetraciclina.
Cuidado pós-operatório da mãe

Antibioticoterapia: oxitetraciclina LA
1ml / 10Kg IM 72h 3 aplicações

Analgesia (flunixina, 2,2 mg/kg/IV, pode ser repetida

após 24h

Palpação genital, via retal, sete dias após cirurgia

involução uterina
CESARIANA NA VACA – LAPAROTOMIA PELO FLANCO DIREITO

“quando houver certeza de que o feto esta no corno uterino direito e

este for claramente palpável através do flanco direito da mãe”

não deve ser utilizada

grande risco de evisceração intestinal

CESARIANA NA VACA Laparotomia ventrolateral
Laparotomia pela linha média

Indicações: além das anteriores

bezerro morto enfisematoso que não pode ser removido pela
vagina ou fetotomia

Contenção: sedação (??) xilazina – 0,05 mg/Kg IV / 0,1 mg/Kg IM

decúbito lateral (ventrolateral)
decúbito dorsal (linha média)

Anestesia: geral: linha média (xilazina e quetamina + isoflurano)

infiltração: ventrolateral
jejum: desejável (12h)
CESARIANA NA VACA Laparotomia ventrolateral
Laparotomia pela linha média

Abordagem ventrolateral: .decúbito lateral direito

. incisão 25-30cm (veia mamária, prega inguinal,
base úbere)
. pele, fascia externa, músculo reto abdominal,
fascia interna e peritôneo

Abordagem mediana: . decúbito dorsal, membros posteriores estendidos

. Incisão 30-35cm cranial úbere .
sutura fio não absorvível
CESARIANA NA ÉGUA
Indicações: Pelve fraturada (eletiva)
Má apresentação fetal que não pode ser manualmente corrigida
Torção de útero que não pode ser corrigida
Monstros fetais que não podem ser removidos pela vagina

Prognóstico: muito bom – decisão precoce

Anestesia: geral – essencial -

Técnica cirúrgica: - incisão linha média – imediatamente caudal umbigo (30cm)

– útero frágil
– hemorragia (pode ser profusa) na incisão uterina (bordas
da ferida podem ser suturadas previamente
Manejo pós-
operatório: égua: dieta levemente laxativa, exercícios regulares e limitados
profilaxia tétano (égua e potro) se existirem dúvidas quanto
vacinação e ingestão colostro - epiteliocorial
CESARIANA NA CADELA / GATA - INDICAÇÕES

Métodos clínicos sem sucesso:

inércia uterina irresponsiva estimulantes contração uterina

desproporção feto-pélvica
obstrução canal parto
estática fetal não corrigível

Eletiva:

histórico de distocia anterior – morte fetal parto anterior

raças com pelve estreita – braquicefálicos – bulldog inglês
CESARIANA NA CADELA / GATA

Prognóstico:

sugeridas – relação à duração segundo estágio

. antes de 6h: bom cadela e filhotes

. 6 a 12h: bom para cadela e filhotes (menos probabilidade
sobrevivência primeiros filhotes)
. 12 a 24h: bom para cadela (alguns filhotes podem estar
mortos)
. 14 a 36h: reservado a bom para a cadela (ruim para
maioria dos filhotes)
. mais de 36h: reservado cadela (muito ruim para filhotes)
CESARIANA NA CADELA / GATA – PRÉ CIRÚRGICO

Preparativos: ampla – xifóide - pélve

tricotomia prévia a anestesia

minimizar exposição fetos - anestésicos

cateterização venosa

administração anestésicos
reposição volêmica
drogas emergenciais
CESARIANA NA CADELA / GATA - ANESTESIA

Anestesia: “quase todos os agentes anestésicos e

sedativos atravessam a barreira placentária”

anestésicos inalatórios

excretados rapidamente pelas mais seguros cesariana

vias aéreas neonatos

indução: propofol 6 mg/Kg

cadelas tranquilas – direto máscara

manutenção - isoflurano
CESARIANA NA CADELA / GATA - ANESTESIA

Anestesia Epidural:

dura máter / periósteo

punção lombossacra

L7 – S1

tricotomia local
antisepsia

lidocaína c/ vasoconstritor
CESARIANA NA CADELA / GATA - TÉCNICA

Técnica cirúrgica:

decúbito dorsal

membros estendidos

antisepsia – degermante / clorexidine

panos de campo
CESARIANA NA CADELA / GATA - TÉCNICA

Técnica cirúrgica:
CESARIANA NA CADELA / GATA - TÉCNICA

Técnica cirúrgica:

Incisão pele - retro umbilical

abdômen – linha branca

menor vascularização - hemorragia

CESARIANA NA CADELA / GATA - TÉCNICA

Técnica cirúrgica:
CESARIANA NA CADELA / GATA - TÉCNICA

Técnica cirúrgica:

Incisão útero
CESARIANA NA CADELA / GATA - TÉCNICA

Técnica cirúrgica:

Incisão útero
CESARIANA NA CADELA / GATA - TÉCNICA
CESARIANA NA CADELA / GATA - TÉCNICA
CESARIANA NA CADELA / GATA - TÉCNICA
Cuidado pós-operatório da mãe
antibioticoterapia:
morte fetal
ampicilina 20 mg/Kg EV, IM, SC, VO TID 7 dias
enrofloxacino 10 mg/Kg VO 7 dias
filhotes vivos
amoxicilina + clavulanato 20 mg/Kg IM, SC, VO

analgesia:
cloridrato de tramadol 4 mg/kg TID 3 dias

colar elizabetano ??????

alimentação fracionada ao longo do dia – boa qualidade

Cuidados cão / gato neonato

Remover muco (boca, cavidade nasal) – cabeça pra baixo,

fricção peitoral
Frequência cardíaca (200-250 bpm) respiratória (20 mrpm)
Ausência respiração espontânea – massagem torácica, ou
5 mg de hidrocloreto de doxapram IV ou sublingual.
AQUECIMENTO – estufa 30-33oC
Angústia respiratória (hiperpnéia e dispnéia): oxigênio máscara
facial. Dexametazona (6mg) IV. Prognóstico reservado (1h).
Colostro: primeira hora e até 24 horas.
Umbigo: embebido em PVPI
Cuidados cão / gato neonato
Cão / gato órfão:
Incapaz manter temperatura corporal

ambiente temperatura controlada 29-31oC

alimentação substitutiva

morte materna
agalactia
mastites
Cuidados cão / gato neonato
Cão / gato órfão:
GATO
CÃO
800ml leite integral vaca 90ml leite condensado
200ml de creme de leite
120ml iogurte integral
1 gema de ovo
2000 UI vitamina A 3-4 gemas de ovo
500 UI vitamina D
90ml água
1-2 gotas limão

48 horas – 8 x ao dia (a cada 3 horas)

Primeira semana – 6 x ao dia (a cada 4 horas)
Até 15 dias – 5 x ao dia
15 – até desmame – 4 x ao dia