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UNIVERSIDADE POTIGUAR – UNP

UNIDADE JOÃO MEDEIROS


ESCOLA DE SAÚDE
CURSO DE PSICOLOGIA

DAYANNA CRISTINA S. MARTINS


LUANNA LARISSA CÂMARA O. PEREIRA
LUZIVANIA SANTOS ANDRADE

Desenvolvimento Humano na vida adulta e


Envelhecimento

Natal
Junho 2020
DAYANNA CRISTINA S. MARTINS
LUANNA LARISSA CÂMARA O. PEREIRA
LUZIVANIA SANTOS ANDRADE

DESENVOLVIMENTO HUMANO NA VIDA ADULTA INTERMEDIÁRIA

CASO FICTÍCIO

Análise de um caso fictício apresentado para


compor nota da disciplina desenvolvimento
humano na vida adulta e envelhecimento, do
curso de Psicologia da Universidade Potiguar,
ministrada pela professora Geórgia Filomena
Martins.

NATAL
Junho de 2020
DESENVOLVIMENTO NA VIDA ADULTA INTERMEDIÁRIA
CASO FICTÍCIO

Joana, 50 anos, casada com Luiz, pais de Alice e Pedro. Joana é chefe de
Recursos Humanos de uma empresa conceituada, onde trabalha a mais de 10 anos.
Mas o que adora fazer é pintar, ler, e sair para dançar. Os filhos descrevem Joana
como uma mulher, alegre, festeira, dedicada a família, adora viajar e conhecer novos
lugares. Joana porém não tinha hábitos alimentares saudáveis, era fumante e não
praticava exercícios físicos.
Com o passar dos anos, Joana percebe que sua disposição já não é a
mesma, teve um ganho de peso, sente que a pele está mais flácida, menos firme. Por
volta dos 45 anos geralmente se tem uma perda de fibra muscular, que é substituída
por gordura, essa perda resulta na diminuição da taxa de metabolismo. O excesso de
peso na idade adulta aumenta o risco de problemas, de saúde e de morte mesmo em
pessoas saudáveis.
Joana procura um oftalmologista, ela tem sentindo dificuldades para ler e
pintar os quadros, nesse período as mudanças sensorias e motoras são quase
imperceptíveis, aparece dificuldades de enxergar sem óculos. Com o aumento da
idade, é comum que os adultos experimentem uma variedade de declínios
perceptuais, incluindo dificuldades de audição e de visão. (Pleis e Lucas, 2009).
A empresa que Joana trabalha, passa por uma reforma tecnológica, Joana
sente dificuldades em se adaptar a nova forma de trabalho, sente que não consegue
acompanhar o ritmo dos mais jovens, não tem motivação para continuar na empresa,
isso a deixa irritada, com insônia, e dores de cabeça constante. Após muita reflexão
Joana decide pedir demissão. Sua chefe que com o passar dos anos se tornou uma
grande amiga, não permite que ela peça, pois a considera, de fundamental
importância para a empresa, pelo seu conhecimento e experiência, apesar de
perceber que ela tem passado por dificuldades na resolução de problemas.
A inteligência fluida envolve ser capaz de pensar e raciocinar de forma
abstrata e resolver problemas. Esta capacidade é considerada independente da
aprendizagem, experiência e educação. Exemplos do uso de inteligência fluida
incluem resolver quebra-cabeças e usar estratégias de resolução de problemas, a
inteligência fluida tende a diminuir durante a idade adulta.
A inteligência cristalizada é o produto do conhecimento adquirido ao longo
do ciclo vital e que tem a ver com a aplicação da inteligência fluida aos conteúdos
culturais e acadêmicos recebidos ao longo da vida. Corresponde ao conhecimento
organizado que foi sendo acumulado ao longo da vida de uma pessoa. ( Papalia
2013).
Apesar da falta de motivação Joana resolve continuar na empresa, já que
sua aposentadoria estava bem próxima, houve diminuição na sua jornada de trabalho,
e algumas de suas funções foram passadas para outros colaboradores.
Antes de interromper completamente suas vidas profissionais, as pessoas
podem reduzir as horas ou dias de trabalho, entrando gradualmente na aposentadoria,
durante alguns anos. Essa prática é denominada aposentadoria gradual. (Papalia
2013).
Joana não pretende ficar parada, pensa em estudar, se dedicar as aulas de
pintura. A educação permite que os adultos desenvolvam seu potencial cognitivo,
melhorem sua autoestima, se mantenham atualizados com o mercado de trabalho.
Pesquisas sobre educação e trabalho, demonstram que a mente continua a se
desenvolver durante a vida adulta. (Papalia 2013).
A vida de Joana, percorre sem nenhuma intercorrência, até o dia em que
ela se sente muito mal e é levada por Luiz ao hospital. Após alguns exames, Joana
descobre que sua saúde não vai nada bem, está hipertensa, com diabetes e uma
significativa perda óssea.
A hipertensão é uma preocupação cada vez maior na vida adulta,como um
fator de risco para doenças cardiovasculares e doenças renais. A diabetes do tipo 2 é
a mais comum na idade adulta, os níveis se elevam por que as células perdem a
capacidade de usar insulina que o corpo produz. Como resultado, o corpo tentará
compensar essa perda produzindo insulina em excesso. Já a perda óssea acelera-se
rapidamente nos primeiros 5 a 10 anos após a menopausa, quando os níveis de
estrogênio, que ajuda na absorção do cálcio diminuem. A perda óssea extrema pode
levar à osteoporose, uma condição na qual os ossos tornam-se finos e frágeis em
consequência da redução de cálcio. Alguns fatores como idade, tabagismo, falta de
exercício físico e genética, estão relacionados a doença.
Além dos problemas de saúde, Joana se sentia angustiada, pois sua filha
caçula havia casado e se mudado para outra cidade, Joana se sentia sozinha e
abandonada, esse sentimento é decorrente da síndrome do ninho vazio, uma
transição supostamente difícil, especialmente para as mulheres, ocorre quando o filho
mais jovem, deixa a casa dos pais.
Apesar de uma condição de vida mediana, de uma vida ativa, construção
afetuosa familiar, nível sócio econômico favorável, as condições de hábitos
alimentares e o uso do cigarro, teve sua contribuição para o quadro de Joana quando
deparou-se com os problemas de saúde. Segundo Papalia (2013) durante a meia
idade a existe propensão a contrair certas doenças, e demoram mais tempo para se
recuperar e de esforços extremos, explicando o declínio que afetou toda condição de
Joana.
As influências da doença afetam não só uma condição física. O degaste
emocional, afeta o sujeito e suas relações sociais. O acúmulo dos efeitos gerados,
influenciou para um fator de estresse considerado.
Durante a meia-idade, a origem do estresse também tendem a aparecer
devido à condições de mudanças de papéis, transição de uma condição de vida
acometida por uma doença possibilitou que o sujeito se sentisse inútil de suas
atividades, influenciando também nas suas relações familiares.
Joana precisou naquele primeiro momento de um acompanhamento
psicológico, uma rede de apoio que possibilitasse aprender estratégias que facilitaria a
enfrentar ou minimizar os problemas, pois os humores negativos parecem suprimir o
funcionamento o funcionamento imunológico e aumentar a suscetibilidade a doenças;
humores positivos parecem aumentar o funcionamento imunológico(Salovey et al.,
2000). Talvez com as construções de emoções positivas pudessem proteger o
paciente para o desenvolvimento das doenças posteriores.
Explicando assim, a probabilidade durante a vida adulta intermediária, de
estarem mais propensos de não receber de forma mais agradável as doenças
transformando essa situação em uma angustia psicológica profunda séria, refletida no
Luiz em um misto de inquietações, desesperanças e sentimento de inutilidade no
decorrer do seu processo de vida, ou seja, quanto mais estressantes são as
mudanças que se desenvolvem na vida de uma pessoa, maior a probabilidade de
doenças sérias dentro de um ou dois anos, segundo Papalia(2013).
Depois de algumas recomendações médicas, Joana decidiu mudar alguns
Hábitos, parou de fumar, pretende melhorar sua alimentação e praticar algum
exercício. Mesmo que a perda óssea tenha se iniciado, ela pode ser desacelerada, ou
até mesmo revertida, com uma alimentação adequada, exercícios para manter o peso
e abandono do tabagismo.( Papalia 2013)
A atividade física,na meia-idade pode aumentar as chances de permanecer
com mobilidade na velhice, de evitar ganho de peso, de permanecer saudáveis por
mais tempo.
Joana enfim entende que precisa de ajuda psicológica, para conseguir
enfrentar as mudanças que vêm acontecendo em sua vida. No processo de auto
conhecimento, conseguimos ver nossas vidas através de outro olhar, entendendo os
problemas como um todo e assim, podemos buscar um motivo ou uma relação com
mais significado e que se alinhe ao nosso verdadeiro propósito.
A família de Joana, se uniu para ajudá-la a superar todos esses problemas,
apoiando, dando muito amor e atenção, apesar da distância da filha, Alice todos os
dias entrava em contato com a mãe, incentivando Joana a volta a pintar e fazer o que
ela sente prazer. O relacionamento da família foi importante para a recuperação de
Joana, ela se sentiu amada e acolhida pelos filhos e pelo esposo. Se sentia melhor,
voltou a pintar e sempre que podia ia visitar Alice onde ela morava. Luiz sempre a
acompanhava, e Pedro fazia questão de visitá-la três vezes na semana.

REFERÊNCIAS:

PAPALIA, Diane E. FELDMAN, Ruth Duskin. Desenvolvimento humano. 12. ed.


Porto Alegre : AMGH, 2013.

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