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Avaliação Psicológica

aplicada à Orientação Profissional


e de Carreira (OPC)

Prof. Dr. Ivan Rabelo


professorivanrabelo@gmail.com
@professorivanrabelo
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Dr. Ivan S. Rabelo Instagram: @professorivanrabelo
E-mail: professorivanrabelo@gmail.com
✓ Psicólogo e Professor.
✓ Doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo (USP).
✓ Mestre em Avaliação Psicológica pela Univers. São Francisco (USF).
✓ Estágio pós-doutoral em Psicologia do Trabalho no Laboratório
Fator Humano da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
✓ Estágio pós-doutoral no Grupo de Estudos Olímpicos da Universidade
de São Paulo (GEO/USP).
Conte-nos sobre
Conte-nos sobre você...
você...
Por que você faz o que você faz?
https://retrabalho.somostera.com/

Segundo mostrou a
pesquisa Re:Trabalho 2020:

✓ 63% dos entrevistados já


mudaram de carreira, e
✓ 48% pretendem fazer essa
troca dentro do próximo ano.
Transições de carreira
● Transição de carreira é o movimento no qual um profissional realiza uma mudança
na sua área de atuação ou, então, no seu posicionamento nessa área.
● Seja como for, as transições não costumam ocorrer do dia para a noite. Elas
representam um processo.
Não existem fórmulas prontas!
Um programa de (re)orientação
profissional e de carreira
deve propor no “mínimo”
alguns pontos de
reflexão centrais:
1
AUTO
AVALIE-SE
2
BUSQUE
INFORMAÇÕES
PRÁTICAS
3
Faça um planejamento
de futuro
AUTOEFICÁCIA
para escolha e/ou transições de carreira...

“Que a força esteja com você”


O mundo muda e os desafios mudam com ele, a discussão em torno do que
é e como se alcança sucesso na carreira e na vida não pode parar no tempo, mas
deve acompanhar o fluxo das transformações sociais, culturais, tecnológicas,
políticas e econômicas, que tendem a se tornar cada vez mais rápidas, complexas e
globalizadas.
Contextualização

http://www.porvir.org
Contextualização

Como a ciência pode


contribuir para o
entendimento do que
é relevante nessa
transição para os
tempos atuais?
A integração entre aspectos cognitivos e
socioemocionais
MAS...
“- Qual o caminho que devo seguir? O que fazer?
- Depende. Para onde você quer ir?
Por que fazer?
Como fazer?
- Para qualquer lugar.
- Se você quer ir para qualquer lugar,
qualquer caminho serve.”
(Alice e o gato)

Formação científica e exercício


profissional interdisciplinar /
multidisciplinar
O aspecto INTENSIONAL que faz a diferença!

A Teoria Social Cognitiva - TSC parte do pressuposto de que a


pessoa é um ser intencional, capaz de autorregular suas próprias ações e agenciar-se
no processo de aprendizagem de novos comportamentos, buscando
conscientemente experiências que possam favorecer a consecução de seus
objetivos.

A pessoa é vista nessa abordagem como um produto da interação com seu meio,
o qual influencia e do qual sofre influência. Assim, o indivíduo pode não ser capaz de
controlar todos os acontecimentos, mas é capaz de gerenciar seu comportamento frente
a eles (Bandura, 1986).
Breve Introdução em OPC

É importante esclarecer que o termo ‘escolha


profissional’ não diz respeito apenas ao processo que
conduz à decisão no sentido de qual curso superior
seguir, constituindo-se em uma escolha mais ampla que
envolve decisões em todos os aspectos da carreira, tais
como opção por cursos técnicos, formação contínua
após a graduação, mudanças de emprego, entre outros.
Há diferentes teorias psicológicas que buscam
compreender o processo pelo qual uma pessoa escolhe
uma profissão. Uma delas, que subsidia este trabalho, é
a Teoria Social Cognitiva de Desenvolvimento de
Carreira (TSCDC), de Lent, Brown e Hackett (1994),
cujos preceitos serão apresentados a seguir.
Teoria Social Cognitiva de Desenvolvimento
de Carreira (TSCDC)
A teoria consiste em investigar:
• as características pessoais geneticamente herdadas,
• o processo de formação dos interesses e metas
profissionais,
• o desempenho acadêmico e
• o profissional propriamente dito.
Essa concepção foi baseada nos pressupostos teóricos
da Teoria Social Cognitiva (TSC) de Albert Bandura (1986)
e, dessa forma, faz-se necessário um breve comentário
sobre alguns de seus aspectos.
Breve Introdução em OPC

No contexto das ideias relativas à Teoria Social


Cognitiva de Desenvolvimento de Carreira (TSCDC – Lent,
Brown & Hackett, 1994) os autores apresentaram uma
estrutura teórica para compreender três etapas,
intrinsecamente ligadas, do desenvolvimento de carreira,
a saber, que são:

✓ formação e elaboração de interesses profissionais,


✓ escolhas acadêmicas e profissionais e
✓ performance e persistência em atividades
educacionais e profissionais.
Breve Introdução em OPC
A teoria de escolha de carreira de Lent e cols. (1994) parte de um modelo causal (Figura a seguir) que
sugere a autoeficácia e as expectativas de resultado seu ponto central.
Tais variáveis são formadas a partir de experiências de aprendizagem anteriores, ocorridas desde o
nascimento e influenciadas por fatores pessoais, tais como predisposições genéticas, raça, gênero e questões
físicas. As experiências de aprendizagem também sofrem influências sociais e culturais, como família e escola.
Influên

Fatores pessoais
-Predisposições Auto-
-Gênero eficácia
-Raça/etnia
-Deficiências/estado
de saúde
Interesses
Experiências de
aprendizagem

Possibilidades e
estruturas Expectativas de
ambientais resultados
Breve Introdução em OPC
Essas experiências de aprendizagens incluem as vivências próprias e também o que se
aprende por meio de observação de outras pessoas. Embora tais experiências ocorram ao longo de toda
a vida, ocorre especialmente na infância e adolescência, por serem fases em que as aprendizagens ocorrem
com maior intensidade e quando a pessoa desenvolve suas percepções de eficácia, o que espera do mundo
e sua forma básica de pensar, comportar e sentir. Influên

Fatores pessoais
-Predisposições Auto-
-Gênero eficácia
-Raça/etnia
-Deficiências/estado
de saúde
Interesses
Experiências de
aprendizagem

Possibilidades e
estruturas Expectativas de
ambientais resultados
Teoria Social Cognitiva de Desenvolvimento de Carreira

Influências proximais contextuais ao comportamento de escolha

Fatores pessoais
-Predisposições Auto-
-Gênero eficácia
-Raça/etnia
-Deficiências/estado
de saúde
Objetivos de Ações de Desempenho e
Interesses
Experiências de escolha escolha realização
aprendizagem

Possibilidades e
estruturas Expectativas de
ambientais resultados

Figura do Modelo explicativo da escolha profissional, a partir da Teoria Social


Cognitiva de Desenvolvimento de Carreira (Fonte: Lent & cols., 1994).
A partir de seus interesses, a pessoa tende a formar intenções de escolha que podem ou não vir a
se tornar comportamentos efetivos de escolha.

Em seguida, influências chamadas de proximais contextuais, relativas às


situações ambientais, ocorrem concomitantemente ao estabelecimento dos objetivos e
execução das ações de escolha. É importante destacar que os objetivos de escolha
são entendidos como as intenções de se engajar em uma ação ou série de ações.

Já as ações de escolha
Influências proximais contextuais ao comportamento de escolha
são comportamentos
efetivos no sentido de
Auto-
eficácia concretizar a intenção.

Objetivos de Ações de Desempenho e


Interesses
escolha escolha realização

Expectativas de
resultados
Teoria Social Cognitiva de Desenvolvimento de Carreira
Contudo, as experiências relativas ao desempenho no curso ou profissão escolhidos re-entrarão
no modelo como novas aprendizagens e, portanto, poderão influenciar as crenças de autoeficácia e as
expectativas de resultados, confirmando ou contradizendo o que se acreditava.
Por sua vez, esses dois
elementos (crenças de
Influências proximais contextuais ao comportamento de escolha
autoeficácia e expectativas
de resultados) poderão
Auto- modificar os interesses e
eficácia
gerar novos objetivos e
comportamentos de
Interesses
Objetivos de Ações de Desempenho e escolha.
escolha escolha realização

Expectativas de
resultados
REPENSE…
Um equívoco frequente do senso
comum sobre inclinações profissionais
e de carreira é associar a elevada
competência em determinado
tipo de tarefa com a motivação
para realizar tal tarefa.
● EXPLICA-SE: quando alguém mostra alto nível
de proficiência em determinado tipo de
atividade ou habilidade, costuma-se concluir
que seria recomendado direcionar suas
opções de carreira para oportunidades destas
habilidades e atividades.
● Neste caso, acredita-se, erroneamente, que a
presença de alto nível de proficiência em
determinada habilidade está associada à
motivação para usar esta mesma habilidade.
● Às vezes somos bons em fazer algo, mas não
significa que se quer fazer essa atividade
rotineiramente, como uma profissão.
● É preciso se autoconhecer, para não ser
influenciado por associações errôneas.
Referências
Ambiel, R.A.M. (2012). Escala de Autoeficacia para Escolha Profissional (EAE-EP): manual técnico. São Paulo: Casa do
Psicólogo / Pearson.

Ambiel, R.A.M., Rabelo, I.S., Pacanaro, S.V., Alves, G.A.S., Leme, I.F.A.de S. (2019). Avaliação psicológica: guia de
consulta para estudantes e profissionais de Psicologia. 2ª ed. Minas Gerais: Editora Artesã.

Lassance, M.C.P.; Ambiel, R.A.M. (org.) (2020). Desafios e oportunidades atuais do trabalho e da carreira [recurso
eletrônico] 2020. 1. ed. Porto Alegre : Associação Brasileira de Orientação Profissional (ABOP).

Levenfus, R. S.; Bandeira, D. R. (2009). AIP - Avaliação dos Interesses Profissionais (Vol. 1). São Paulo: Vetor Editora.

Magalhães, M.O. (2011). Matriz de Habilidades e Interesses Profissionais. São Paulo: Casa do Psicólogo / Pearson.

Neiva. K.M.C. (2014) Escala de Maturidade para a Escolha Profissional (EMEP): Manual. 2ª.ed. São Paulo: Vetor Editora.

Primi, R.; Mansão, C.M.; Muniz, M.; Nunes, M.F.O. (2010) SDS: Questionário de busca autodirigida: manual técnico da
versão brasileira. São Paulo: Casa do Psicólogo / Pearson.

Ribeiro, M.A.; Melo-Silva, L.L. (2011) Compêndio de Orientação Profissional e de Carreira vol 1. São Paulo: Vetor Editora.
CONSIDERAÇÕES FINAIS ...

>>
Ressalta-se a importância da conduta ética do profissional
quanto à escolha adequada de instrumentos para cada contexto
específico; à utilização de testes psicológicos com parecer
favorável (que se encontram listados na plataforma eletrônica
do SATEPSI); à realização da avaliação psicológica em condições
ambientais adequadas, de modo a assegurar a qualidade e o
sigilo das informações obtidas; e ao contínuo aprimoramento
técnico-científico do profissional.

>>

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