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Teoria da Visão Baseada Doutorando: Ronaldo

Madeira
em Recursos - RBV
Reflexões Iniciais
Daniel Lamarre

Responsável por manter acesa a


chama criativa que levou o Cirque
du Soleil a reinventar o circo e se
tornar única em um nicho de
mercado que, antes dela,
praticamente inexistia.
O que torna uma equipe vencedora?
Quais recursos O que torna tornam uma equipe
vencedora?
Reflexões Iniciais

As quatro maiores equipes da F1 investem mais de


R$ 1,4 bilhões de reais por ano na tentativa de ter
um carro vencedor, apesar da constante troca de
equipes de engenheiros e desenvolvedores e mesmo
tento infraentruturas similares a Mercedes mantêm
uma hegemonia de mais de 5 anos, o que para os
padrões da categoria é uma eternidade.
Origem

• Apesar de tema considerado ainda recente, a RBV teve seus embriões germinados nos
estudos de Chamberlin, 1933 e Robinson, 1933.
• Eles já sugeriam que os ativos e capacitações singulares de cada organização eram os
responsáveis pela geração de lucros acima da média, em ambientes de monopólios ou de
competição imperfeita.
• Ainda que datado dos anos 30, este conceito parece não diferir muito da visão atual da
VBR, se consideradas as ressalvas ambientais.
• Edith Penrose em 1959 realizou uma pesquisa mais profunda baseada na
heterogeneidade das organizações, realizada por Edith Penrose em 1959, esse estudo é
considerado como o marco inicial da RBV.
Rugman & Verbeke, 2002
Teoria Transversais: Teoria da Firma
• Teoria da Firma, Ronald Coase, em seu
artigo The Nature of Firm, de 1937. Para ele
as Firmas são organizações que produzem e
vendem bens e serviços, que contratam e
utilizam fatores de produção, que podem
ser classificados em primárias ou
secundárias.
Segundo essa teoria, as firmas trabalham com
o lado da oferta de mercado, ou seja, com os
produtos que vão oferecer aos consumidores
bens e serviços produzidos.

As firmas são de extrema importância para


os mercados, pois reúnem o capital e
o trabalho para realizar a produção e são as
responsáveis por agregar valor às matérias-
primas utilizadas nesse processo, com uso
de tecnologia.
• Wenerfeld (1984) escreve um
artigo, considerado seminal sobre a
RBV, onde afirma que recursos e
produtos são dois lados de uma
mesma moeda e olhar a empresa
pelo lado dos seus recursos
internos proporciona-lhe novas
ideias além da visão proporcionada
pelo lado dos produtos.
• Isso possibilita, também, obter
melhores lucros com base na visão
do correto balanceamento entre os
recursos atuais e os a desenvolver.
Proposta
• A corrente teórica da RBV propõe que os
recursos internos da organização sejam
fontes de vantagens competitivas.
• A unidade fundamental de análise da
RBV é constituída pelos recursos e
capacidades controlados pela firma, que
incluem todos os atributos (sejam eles
tangíveis ou intangíveis) que a
capacitem a definir e implementar
estratégias .

Wernerfelt (1984); Barney (1986; 1991);


Barney & Hesterly (2004)
Os recursos que diferenciam uma empresa são somente
aqueles que heterogêneos, controlados por ela, constituídos
de 4 características:
a) Valiosos: capazes de promover a criação de valor.
b) Raros: escassos, de difícil obtenção pelos concorrentes e/ou novos concorrentes.
c) Imperfeitamente imitáveis: de modo que é difícil ou impossível para os
concorrentes imitá-los, devido a dificuldade de dependência de caminho,
ambiguidade causal e complexidade social que o recursos pode apresentar.
d) Imperfeitamente substituíveis: os consumidores não podem obtê-los de outros
fornecedores nem substituí-los.

Barney (1991)
Para Barney (1991) os recursos de uma firma consistem em todos os ativos
tangíveis e intangíveis, humanos e não humanos possuídos e controlados por ela e
que lhe permitem agregar valor a seus produtos e serviços. Ele cita três categorias
principais de recursos:
▪ Físicos,
▪ Humanos
▪ Organizacionais.

Grant (1991) inclui ainda:


• Recursos tecnológicos;
• Financeiros;
• Reputacionais

Barney (1991)
Vantagem Competitiva
Estabelecer os recursos considerados estratégicos não esgota as
possibilidades de vantagem competitiva dos empreendimentos, pois a
interação dos recursos e seus diversos usos dão margem a infinitas
possibilidades.
Vantagem Competitiva
• Na RBV, a análise interna é seu objeto de interesse, os
recursos são unidades de análise que permitem a
compreensão, ao nível da empresa, das vantagens
competitivas sustentáveis individuais.
• Nem todos os recursos da organização são
necessariamente estratégicos; a condição estratégica é
atingida quando os recursos passam a ser portadores
de diferenciais qualitativos positivos em relação ao uso
dos concorrentes

(Blume, 2008)
Recursos Levantados como Estratégicos em Trabalhos que Utilizaram a RBV

Carvalho;Prévot;
Machado (2013)
Vasconcelos,
Cyrino (2000)
Vasconcelos,
Cyrino (2000)
Vasconcelos,
Cyrino (2000)
Mecanismos de
Por outro lado, as informações sobre os recursos da firma
Isolamento permanecem como suas propriedades exclusivas,
protegidas pelos mecanismos de isolamento.
Vasconcelos, Cyrino (2000)
Visão Baseada em Recursos (RBV)

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