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O Estado, assim como a própria sociedade, existiu sempre, Só admitem como Estado a sociedade política dotada de
pois desde que o homem vive sobre a terra acha-se integrado certas características muito bem definidas.
numa organização social, dotada de poder e com autoridade para
Balladore Pallieri, indica mesmo, com absoluta precisão, o ano do
determinar o comportamento de todo o grupo.
nascimento do Estado, escrevendo que:
B) Uma segunda ordem de autores “a data oficial em que o mundo ocidental se apresenta
organizado em Estados é a de 1648, ano em que foi assinada a
Admite que a sociedade humana existiu sem o Estado durante Paz de Westfália”.
um certo período. Depois, por motivos diversos, este foi
constituído para atender às necessidades ou às conveniências dos
grupos sociais.
DALLARI, Dalmo de Abreu. Elementos de Teoria Geral do Estado. – 25º ed. – DALLARI, Dalmo de Abreu. Elementos de Teoria Geral do Estado. – 25º ed. –
São Paulo: Saraiva, 2005. Pág. 52/53. São Paulo: Saraiva, 2005. Pág. 52/53.
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Consubstanciada em dois tratados, assinados nas cidades O Estado se formou naturalmente, não por um ato puramente
Westifalianas de Munster e Onsbruk. voluntário.
Pelos Tratados de Westfália, assinados no ano de 1648, foram
fixados os limites territoriais resultantes das guerras religiosas, B) Formação contratual:
principalmente da Guerra dos Trinta Anos, movida pela França e
seus aliados contra a Alemanha. A vontade de alguns homens, ou de todos os homens, que levou a
criação do Estado.
DALLARI, Dalmo de Abreu. Elementos de Teoria Geral do Estado. – 25º ed. – DALLARI, Dalmo de Abreu. Elementos de Teoria Geral do Estado. – 25º ed. –
São Paulo: Saraiva, 2005. Pág. 52/53. São Paulo: Saraiva, 2005. Pág. 52/53.
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São Paulo: Saraiva, 2005. Pág. 52/53. São Paulo: Saraiva, 2005. Pág. 62/73.
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Não há notícia de Estado único, englobando toda a civilização Roma sempre manteve as características básicas de cidade-
helênica. Estado, desde sua fundação, em 754 a.C., até a morte de
Justiniano, em 565 da Era Cristã.
A característica fundamental é a cidade-Estado, ou seja, a A característica fundamental é a base familiar da
polis, como sociedade política de maior expressão. organização, havendo mesmo quem sustente que o primitivo
Estado, a civitas, resultou da União de grupos familiares (as
No Estado Grego o indivíduo tem uma posição peculiar, com gens).
intensa participação nas decisões do Estado (somente a Razão pela qual sempre se concederam privilégios especiais
elite política). aos membros das famílias patrícias, compostas pelos
fundadores do Estado.
Nas relações privadas, a autonomia da vontade dos indivíduos é O povo participava diretamente do Governo, mas a noção de
bastante restrita. povo era muito restrita, compreendendo uma faixa estreita da
população.
DALLARI, Dalmo de Abreu. Elementos de Teoria Geral do Estado. – 25º ed. – DALLARI, Dalmo de Abreu. Elementos de Teoria Geral do Estado. – 25º ed. –
São Paulo: Saraiva, 2005. Pág. 62/73. São Paulo: Saraiva, 2005. Pág. 62/73.
Idade Média: a noite negra da história da humanidade (!?). Igreja: Ideia de Estado Universal.
Principais características: Luta entre Papa e Imperador, fim com o advento do Estado
Moderno.
a) Cristianismo;
b) Invasões dos bárbaros; Idade Média: Ordem bastante precária, constante situação de
c) Feudalismo. guerra e, inevitavelmente, pela própria indefinição das
fronteiras políticas.
Ausência de unidade política, afirma-se desde logo a unidade da
Igreja Católica.
DALLARI, Dalmo de Abreu. Elementos de Teoria Geral do Estado. – 25º ed. – DALLARI, Dalmo de Abreu. Elementos de Teoria Geral do Estado. – 25º ed. –
São Paulo: Saraiva, 2005. Pág. 62/73. São Paulo: Saraiva, 2005. Pág. 62/73.
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Poder/Governo
DALLARI, Dalmo de Abreu. Elementos de Teoria Geral do Estado. – 25º ed. – BONAVIDES, Paulo. Ciência Política, 10º ed. – Malheiros: São Paulo
São Paulo: Saraiva, 2005. Pág. 62/73.
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BONAVIDES, Paulo. Ciência Política, 10º ed. – Malheiros: São Paulo BONAVIDES, Paulo. Ciência Política, 10º ed. – Malheiros: São Paulo
É o quadro humano sufragante, que assumiu capacidade O povo é compreendido como toda a continuidade do
decisória, ou seja, o corpo eleitoral. elemento humano, projetado historicamente no decurso de
várias gerações e dotado de valores e aspirações comuns.
Povo como sujeito e não como objeto da ordem política.
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BONAVIDES, Paulo. Ciência Política, 10º ed. – Malheiros: São Paulo BONAVIDES, Paulo. Ciência Política, 10º ed. – Malheiros: São Paulo.
AZAMBUJA, Darcy. Introdução à Ciência Política, 2º ed. – Globo: São Paulo.
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Admitem-se duas exceções ao poder de império do Estado “...o poder representa sumariamente aquela energia básica
sobre o território: que anima a existência de uma comunidade humana num
determinado território, conservando-a unida, coesa e
A) a extraterritorialidade solidária” (BONAVIDES).
B) imunidade dos agentes diplomáticos.
O Poder é “a faculdade de tomar decisões em nome da
coletividade” (AFONSO ARINOS).
BONAVIDES, Paulo. Ciência Política, 10º ed. – Malheiros: São Paulo. BONAVIDES, Paulo. Ciência Política, 10º ed. – Malheiros: São Paulo.
AZAMBUJA, Darcy. Introdução à Ciência Política, 2º ed. – Globo: São Paulo.
É aquele que repousa unicamente na força, e a sociedade, É aquele que busca sua base de apoio menos na força do
onde ele se exerce, exterioriza em primeiro lugar o aspecto que na competência, menos na coerção do que no
coercitivo com a dominação material e o emprego frequente consentimento dos governados.
de meios violentos para impor obediência.
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BONAVIDES, Paulo. Ciência Política, 10º ed. – Malheiros: São Paulo. BONAVIDES, Paulo. Ciência Política, 10º ed. – Malheiros: São Paulo.
O QUE É SOBERANIA?
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Do ponto de vista interno, porém, a soberania, como O poder do Estado se sobrepõe incontrastavelmente
conceito jurídico e social, se apresenta menos aos demais poderes sociais, que lhes ficam
controvertida, visto que é da essência do ordenamento subordinados.
estatal uma superioridade e supremacia.
BONAVIDES, Paulo. Ciência Política, 10º ed. – Malheiros: São Paulo. BONAVIDES, Paulo. Ciência Política, 10º ed. – Malheiros: São Paulo.
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Dificuldade de conciliar a noção de soberania do Estado A negação da soberania do Estado, sendo a negação do
com a ordem internacional; próprio Estado, ocorre mais nas teorias políticas do
anarquismo e do marxismo.
A existência de grupos e instituições sociais
concorrentes, as quais disputam ao Estado sua
qualificação de ordenamento político supremo,
enfraquecendo e desvalorizando por consequência a ideia
de Estado.
BONAVIDES, Paulo. Ciência Política, 10º ed. – Malheiros: São Paulo. BONAVIDES, Paulo. Ciência Política, 10º ed. – Malheiros: São Paulo.
Tomava-se a soberania pelo mais alto poder, a supremitas, • Não há Estado sem soberania.
que constava já na linguagem latina da Idade Média, por
traço essencial com que distinguir o Estado dos demais
poderes rivais, que lhe disputavam a supremacia no curso
do período medievo. “a República é o justo governo de muitas famílias, e do que
lhes é comum, com poder soberano”
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DOUTRINAS DOUTRINAS
TEOCRÁTICAS DEMOCRÁTICAS:
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• Estado de Direito Liberal (Laissez-faire); Caracterizado pela crença na hipersuficiência individual ( a ideia
de que as pessoas seriam capazes de resolver seus próprios
• Predominante entre o século XVIII e XX; problemas), pelo governo com funções mínimas (Estado mínimo
ou garantia, marcado por um não fazer, ou prestações
• Crença na hipersuficiência individual; negativas), pela harmonia natural (o livre mercado organizaria de
maneira eficiente a sociedade e os agentes econômicos) e pelo
• Liberdade individual; direito mínimo (que consistia basicamente em regras relativas às
relações interpessoais), especialmente com foco na previsibilidade
• Princípio da Legalidade; e na estabilidade das relações econômicas
• Estado Social de Direito (Welfare State); Pressupõe a hipossuficiência individual como um dado cultural
(todos precisam de ajuda, especialmente os pobres), de modo que
• Fim da Segunda Guerra Mundial; o Estado passa a intervir e gerenciar a atividade
socioeconômica, substituindo a harmonia natural por
• Surge no início do século XX; planejamentos executados por políticas públicas, sendo que são
acrescidos às leis relativas às relações interpessoais preceitos
• Recuperação das liberdades civis e políticas; técnicos (legislação governamental).
• Justiça Social;
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“(...) ultrapassado o momento histórico caracterizado pela preocupação Qualidade do Estado dotado instrumentos constitucionais para concretizar a
predominante de conter o poder, o Estado foi levado a assumir novas justiça social, representando modalidade do Estado de Direito na
funções e tarefas, que os desafios da História foram‐lhe propondo como evolução do Estado liberal e do Estado social.
essenciais para a própria existência da comunidade política. Ante o risco de
dilaceração interna, em virtude das angustiantes e crescentes Com o fim da Segunda Guerra Mundial, afirmaram-se os Estados de Direito
desigualdades de fato verificadas na sua população, agravadas pelas Sociais e Democráticos, visando a recuperar as liberdades civis e
pressões do crescimento demográfico e acentuadas pela políticas ao mesmo tempo em que procuram concretizar a democracia
concentração de rendas que o sistema econômico ensejava, o Estado econômica, social, política e cultural mediante afirmação dos direitos
passou a assumir um papel ativo de redefinição social, com vistas a fundamentais, sintetizadas na ideia de justiça social.
prosseguir o ideal de integração nacional que também lhe compete. O
Estado de direito descobriu que lhe é essencial a busca da justiça
social. Deu‐se conta, ainda, de que a sociedade se tornou acentuadamente
plúrima, em termos de concepção de vida e de interesses essenciais, e de
que a todos os membros da comunidade é devida a consideração e o
respeito em termos de proteção normativa básica”. FRANCISCO, José Carlos. Verbete “Estado Democrático de Direito” in: DIMOULIS,
Dimitri. Dicionário brasileiro de Direito Constitucional / coordenador - geral Dimitri
MENDES, Gilmar Ferreira. Curso de Direito Constitucional / Gilmar Ferreira Mendes,
Dimoulis. — 2. ed. — São Paulo : Saraiva, 2012. Pág. 232/235.
Paulo Gustavo Gonet Branco. – 9. ed. rev. e atual. – São Paulo : Saraiva, 2014. Pág. 56.
O conceito de Estado Democrático de Direito é predominantemente O Estado Democrático de Direito é o modelo de organização que
empregado em países capitalistas, marcadamente com ideologias de objetiva concretizar a justiça social, para o que a Constituição fixa metas
socialdemocracia, tais como o Estado de Direito Democrático e Social no art. socioeconômicas em preceitos programáticos a serem implementadas
28, I, da Lei Fundamental de Bonn de 1949, o Estado Democrático e Social em políticas públicas sucessivas, permitindo o controle pelos interessados
do art. 2º da Constituição francesa de 1958 e o Estado Social e Democrático (inclusive da omissão, mediante a inconstitucionalidade por omissão e o
de Direito, no art. 1º da Constituição espanhola de 1978. mandado de injunção).
Contudo, no art. 2º da Constituição portuguesa de 1976, inicialmente Critérios Materiais de justiça (Thomas Fleiner)
constou o Estado de Direito Democrático com vocação socialista,
abandonada nas revisões constitucionais quinquenais logo no início da A) a cada um a proteção de seus direitos (proteção da propriedade e da
década de 1980. liberdade etc.);
B) a cada um segundo seu desempenho (livre concorrência etc.);
C) a cada um segundo suas necessidades (seguridade social e mínimo
indispensável etc.)
FRANCISCO, José Carlos. Verbete “Estado Democrático de Direito” in: DIMOULIS, FRANCISCO, José Carlos. Verbete “Estado Democrático de Direito” in: DIMOULIS,
Dimitri. Dicionário brasileiro de Direito Constitucional / coordenador - geral Dimitri Dimitri. Dicionário brasileiro de Direito Constitucional / coordenador - geral Dimitri
Dimoulis. — 2. ed. — São Paulo : Saraiva, 2012. Pág. 232/235. Dimoulis. — 2. ed. — São Paulo : Saraiva, 2012. Pág. 232/235.
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A partir do art. 1º da Constituição brasileira de 1988, o Estado Atualmente, a concepção de Estado Democrático de Direito é
Democrático de Direito se afirma na supremacia e na rigidez revisitada no contexto da nova ordem comunitária e global, da
constitucional produzida segundo o princípio democrático e nos demais sociedade de risco global numa realidade policêntrica e
princípios fundamentais descritos no Título I, com a finalidade precípua de supranacional
realizar os objetivos expressos nesse mesmo título e ao longo de todo o
ordenamento constitucional e de tratados internacionais celebrados,
contando com o planejamento e a gestão estatal para a concretização da
justiça social e da vida digna, expressas em diversos mandamentos
pertinentes a direitos fundamentais.
FRANCISCO, José Carlos. Verbete “Estado Democrático de Direito” in: DIMOULIS, FRANCISCO, José Carlos. Verbete “Estado Democrático de Direito” in: DIMOULIS,
Dimitri. Dicionário brasileiro de Direito Constitucional / coordenador - geral Dimitri Dimitri. Dicionário brasileiro de Direito Constitucional / coordenador - geral Dimitri
Dimoulis. — 2. ed. — São Paulo : Saraiva, 2012. Pág. 232/235. Dimoulis. — 2. ed. — São Paulo : Saraiva, 2012. Pág. 232/235.
DISTINÇÕES TERMINOLÓGICAS:
FORMA DE GOVERNO:
SISTEMA DE GOVERNO:
As Formas de Governo
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FORMA DE GOVERNO: “Numa primeira aproximação e com base num dos significados que o termo
tem na linguagem política corrente, pode-se definir Governo como o
MONARQUIA X REPÚBLICA – número de titulares do poder e maneira conjunto de pessoas que exercem o poder político e que determinam a
pela qual são designados orientação política de uma determinada sociedade...”
SISTEMA DE GOVERNO: Com o advento do Estado moderno, o conceito de governo não indica
apenas o conjunto de pessoas que detêm o poder político, mas o complexo
PRESIDENCIALISMO X PARLAMENTARISMO – como são tomadas as de órgãos que institucionalmente têm o exercício do poder.
decisões políticas
Governo:
Principais critérios
MONARQUIA ARISTOCRACIA DEMOCRACIA
A) Número de titulares do poder soberano;
B) Separação de poderes, com rigoroso estabelecimento ou fixação de
suas respectivas relações; e Governo de um Governo de
C) Princípios essenciais que animam as práticas governativas e só; alguns, governo
Conservação e
consequente exercício limitado ou absoluto do poder estatal. dos melhores;
observância dos
Unidade da Ideia de força:
princípios da
organização do intelectual, cultural
liberdade e
Poder Político; etc.;
igualdade.
Mais capazes,
Respeito às leis. melhores.
BONAVIDES, Paulo. Ciência Política, 10º ed. – Malheiros: São Paulo. BONAVIDES, Paulo. Ciência Política, 10º ed. – Malheiros: São Paulo.
A degeneração das formas de governo Para Maquiavel todos os Estados, todos os domínios que tem havido e que
havia entre os homens foram e eram repúblicas ou principados
A democracia decaída se transfaz em demagogia, governo das
multidões rudes, ignaras e despóticas. Classificação dualista
A contribuição romana (Cícero)
PRINCIPADO REPÚBLICA:
Quarto tipo: A forma mista de governo
O governo misto aparece, via de regra, por mera limitação ou Poder singular Poder plural
redução dos poderes da monarquia, da aristocracia e da
democracia, mediante determinadas instituições políticas como
A República,
um Senado aristocrático ou uma Câmara Democrática.
segundo Maquiavel,
Ex.: Inglaterra (Coroa Monárquica, a Câmara Aristocrática e a ARISTOCRACIA DEMOCRACIA.
abrange aristocracia
Câmara Democrática Popular).
e a democracia.
BONAVIDES, Paulo. Ciência Política, 10º ed. – Malheiros: São Paulo. BONAVIDES, Paulo. Ciência Política, 10º ed. – Malheiros: São Paulo.
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LEVI, Lucio. Verbete Governo in BOBBIO, Norberto. MATTEUCCI, Nicola. Dicionário de LEVI, Lucio. Verbete Governo in BOBBIO, Norberto. MATTEUCCI, Nicola. Dicionário de
Política, vol. 01., 11º ed. Brasília: Editora UNB, 1998. Pág. 553-554. Política, vol. 01., 11º ed. Brasília: Editora UNB, 1998. Pág. 553-554.
“A fortuna proporcionava a chave para o êxito da ação política e constituía a Montesquieu distingue natureza e princípio do governo
metade da vida que não podia ser governada pelo indivíduo. Ela proporciona
a occasionne, aproveitada pela virtù do governante. O homem de virtude era
aquele que sabia o momento exato de agir” NATUREZA: PRINCÍPIO:
LEVI, Lucio. Verbete Governo in BOBBIO, Norberto. MATTEUCCI, Nicola. Dicionário de LEVI, Lucio. Verbete Governo in BOBBIO, Norberto. MATTEUCCI, Nicola. Dicionário de
Política, vol. 01., 11º ed. Brasília: Editora UNB, 1998. Pág. 553-554. Política, vol. 01., 11º ed. Brasília: Editora UNB, 1998. Pág. 553-554.
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FORMAS DE ESTADO
Formas de Estado
Observações Federalismo:
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Os papéis federalistas:
Founding Fathers
O Estado Unitário Imperial (1822-1889): absoluta falta de Proclama a República e estabelece o federalismo no Brasil,
independência das Províncias. transformando as antigas Províncias em Estados.
Ato Adicional 1834: primeira descentralização do poder (as Primeira Constituição brasileira a adotar o federalismo: Constituição
Províncias foram dotadas de poder legislativo próprio) – logo foi obstada Republicana de 1891
pelo “Regresso” (Ato Adicional 105/40), que reforçou o centralismo.
A política do “café-com-leite” manteve em pauta a questão do
O unitarismo entra em crise quando o poder econômico para de federalismo, cuja tensão chega ao ápice na Revolução de 1930 e na
sustentá-lo. Revolução Constitucionalista de 1932.
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Federalismo desenvolvimentista
EXTERNA
SOBERANIA
INTERNA
Federalismo de integração
POLÍTICA
AUTONOMIA ADMINISTRATIVA
FINANCEIRA
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3. VEDAÇÃO À SECESSÃO
5. REPARTIÇÃO DE
FEDERATIVOS
COMPETÊNCIAS ENTRE OS ENTES O Município nas Relações
Internacionais
O Federalismo brasileiro restringe a atuação externa dos governos Os Estados Nacionais, durante muito tempo, foram considerados os
estaduais e municipais (governos subnacionais) únicos sujeitos de direito internacional público e os atores, por
excelência, do cenário internacional.
O grau de autonomia das unidades subnacionais no Brasil é
extremamente restrito. O desenvolvimento de relações com outras localidades, por meio de um
corpo diplomático organizado, era considerada a manifestação direta
No plano municipal, registrou-se um avanço com a reforma de sua soberania externa, inserindo-se no âmbito de competência
constitucional de 1988, quando os municípios passam a ser dos governos centrais dos Estados federados.
reconhecidos com unidades federativas.
ONUKI, Janina. OLIVEIRA, Amâncio Jorge. Paradiplomacia e Relações Internacionais: a ONUKI, Janina. OLIVEIRA, Amâncio Jorge. Paradiplomacia e Relações Internacionais: a
experiência da cidade de São Paulo. 21 p. São Paulo: Centro de Estudos das experiência da cidade de São Paulo. 21 p. São Paulo: Centro de Estudos das
Negociações Internacionais, USP, maio 2013. Negociações Internacionais, USP, maio 2013.
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Nos últimos anos, os municípios passaram a protagonizar um papel O Município como entidade subnacional
inédito no cenário internacional, seja como organizadores de uma nova
agenda de política externa, seja como entidades do poder público com Relação entre federalismo e competência das unidades subnacionais nas
interesses e políticas próprias, destinadas a atender demandas em nível relações internacionais.
local até então inexistentes.
Processo de globalização e internacionalização da economia.
A atuação externa dos municípios tem crescido significativamente, seja a
partir da criação de Secretarias municipais voltadas especificamente Existem abordagens em Relações Internacionais, como a neo-
para investir na internacionalização das cidades, seja a partir de institucionalista, que tomam o Estado Nacional como ator unitário,
iniciativas de outras Secretarias que também desempenham papel neste sendo os governos subnacionais irrelevantes.
processo de internacionalização.
No mesmo sentido, a corrente social-construtivista.
O Município como entidade subnacional Paradiplomacia é considerada como sendo uma atividade legal, dentro
do rol de competência dos Non Central Governments (NCG)
Relação entre federalismo e competência das unidades subnacionais nas estabelecido constitucionalmente.
relações internacionais.
Protodiplomacia é definida pelo conjunto de atividades tidas como
Processo de globalização e internacionalização da economia. ilegais.
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A emergência das cidades como atores globais-chave deriva de um conjunto No Brasil, observa-se uma ampliação do papel político dos governos
de processos distintos: subnacionais brasileiros nas ações externas, mesmo com restrições
constitucionais.
A) aumento da interdependência entre as cidades;
B) compartilhamento de problemas comuns no âmbito local; No Município de São Paulo, inicialmente observou-se certa tensão existente
C) concentração de recursos de poder; entre as primeiras iniciativas dos atores subnacionais e a orientação central
D) criação de identidade; etc. da política externa brasileira.
DIFICULDADE:
Nas últimas duas décadas do século XX, tornou-se prática recorrente o Alguns países institucionalizaram em suas constituições a paradiplomacia ou
desenvolvimento de contatos entre governos não-centrais situados diplomacia paralela, com graus variáveis de autonomia, incentivando a
em Estados diferentes, fenômeno que passou a ser designado de inserção dos governos subnacionais nas relações internacionais:
paradiplomacia ou diplomacia paralela.
A) Alemanha
Os governos subnacionais são hoje reconhecidos como importantes atores B) Áustria
internacionais, cuja atuação se manifesta por meio de acordos de C) Bélgica
cooperação, visitas diplomáticas, desenvolvimento de políticas D) Suíça
públicas descentralizadas, e contatos ampliados por meio de redes E) Argentina
internacionais.
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Alguns países institucionalizaram em suas constituições a paradiplomacia ou A discussão central, tanto do ponto de vista jurídico, quanto do ponto de vista
diplomacia paralela, com graus variáveis de autonomia, incentivando a político, trata-se de identificar se estas ações encontram guarida no
inserção dos governos subnacionais nas relações internacionais: texto constitucional brasileiro ou, ao contrário, desenvolvem-se sob a
forma de uma protodiplomacia não institucionalizada.
A) Alemanha
B) Áustria Limitações aos Estados e Municípios:
C) Bélgica
D) Suíça Não são reconhecidos como sujeitos de direito internacional público;
E) Argentina
Não possuem competência para o exercício de relações internacionais
atribuída pela Constituição Federal.
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A CONSTITUIÇÃO IMPERIAL DE 1824 Após ter declarado a Independência do Brasil em, em 7 de setembro
de 1822, Dom Pedro I convoca, em 1823, uma Assembleia Geral
Constituinte e Legislativa, com ideais marcadamente liberais,
Caráter liberal; que, contudo, posteriormente foi dissolvida, de forma arbitrária,
Outorgada;
por ser incompatível e divergente com os ideais monárquicos.
Forte centralização administrativa e política;
Poder Moderador;
Religião Oficial do Império; Assembleia substituída pelo “Conselho de Estado”, este por sua
Monarquia hereditária; vez, em total consonância com os ideais monárquicos.
Ampla declaração de direitos e garantias
fundamentais; A Constituição Política do Império do Brasil foi outorgada em 25 de
Manutenção da escravidão. março de 1824;
Forte presença do centralismo administrativo e político, com a instituição do Natureza do Poder Moderador em Benjamin Constant
Poder Moderador, constitucionalizado, e também pelo unitarismo e
absolutismo. “Os três poderes políticos, tais como os conhecemos até aqui – o poder
executivo, o legislativo e o judiciário -, são três instâncias que devem
Governo cooperar, cada qual em sua parte, com o movimento geral. Mas quando
essas engrenagens avariadas se cruzam, se entrechocam e se
Monárquico, hereditário, constitucional e representativo. bloqueiam, é necessária uma força para repô-las em seu lugar. Essa
força não pode estar numa dessas engrenagens mesmas, pois senão
Tratava-se de forma unitária de Estado, com evidente centralização ela lhe serviria para destruir as outras. Tem de estar fora, tem de ser de
político-administrativa. certo modo neutra, para que sua ação se aplique onde quer que seja
necessário aplica-la e para que ela seja preservadora e reparadora sem
Organização dos Poderes ser hostil”
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Em 1932 Getúlio Vargas através do Decreto n. 21.076, de 24.02.1932 Forte influência de ideais fascistas, como a eleição indireta para deputados,
institui o Código Eleitoral, a Justiça Eleitoral, o voto feminino e o por intermédio da chamada “representação classista” do Parlamento.
sufrágio universal, direto e secreto.
Amplo corporativismo, muito presente no Direito do Trabalho (Consolidação
Direitos Sociais (2º geração) das Leis do Trabalho) e no sindicalismo brasileiro.
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Parlamento Nacional: Integrado pela Câmara dos Deputados e pelo O Presidente da República poderia submeter decisões de
Conselho Federal, o Senado Federal deixou de existir no “Estado Novo” inconstitucionalidade ao Parlamento, podendo ficar sem efeito a decisão do
varguista. Tribunal.
• Fim do Mandado de Segurança e Ação Popular; • Controle do Estado sobre diversas áreas estratégicas como petróleo,
• Forte restrição do direito de manifestação do pensamento; mineração, aço etc. com a criação de diversas empresas estatais.
• Censura prévia em toda a sociedade (teatro, imprensa, radiodifusão etc.);
• Pena de morte para crimes políticos (!!!) • Companhia Vale do Rio Doce (1942)
• Proibição da greve; • Fábrica Nacional de Motores (1943)
• Civis julgados pela Justiça Militar e Tribunal de Segurança Nacional • Companhia Hidroelétrica do de São Francisco (1945)
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FONTES
Uma Constituição não é só
técnica. Tem de haver, por trás
LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 14º Edição, dela, a capacidade de simbolizar
pág. 90-117 – São Paulo: Saraiva, 2010. conquistas e de mobilizar o
imaginário das pessoas para
BONAVIDES, Paulo. História Constitucional do Brasil. 3º Edição – novos avanços”
Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1991. Luís Roberto Barroso
Administração Pública
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O estudo da Administração Pública em geral, compreende a sua Trata-se da estruturação legal das entidades e órgãos que irão
estrutura e as suas atividades, deve partir do conceito de desempenhar as funções, através de agentes públicos (pessoas físicas).
Estado, sobre o qual repousa toda a concepção moderna de
organização e funcionamento dos serviços públicos a serem Essa organização faz-se normalmente por Lei, e excepcionalmente por
decreto e normas inferiores, quando não exige a criação de cargos nem
prestados aos administrados.
aumenta despesa pública.
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Malheiros, 2013. Pág. 61. Malheiros, 2013. Pág. 61.
Em sentido formal, é o conjunto de Poderes e órgãos constitucionais. Numa visão global, a Administração é, pois, todo o aparelhamento do
Estado preordenado à realização de serviços, visando à satisfação das
Em sentido material, é o complexo de funções estatais básicas. necessidades coletivas.
Em sentido operacional, é a condução dos negócios políticos do Estado. A Administração Pública não pratica atos de governo; pratica, tão somente,
atos de execução, com maior ou menor autonomia funcional, segundo a
A constante, porém, do Governo é a sua expressão política de comando, competência do órgão e de seus agentes.
de iniciativa, de fixação de objetivos do Estado e de manutenção da São os chamados atos administrativos.
ordem jurídica vigente.
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Malheiros, 2013. Pág. 61. Malheiros, 2013. Pág. 61.
ALGUMAS DISTINÇÕES
Isto não quer dizer que a Administração não tenha poder de decisão. Tem,
mas somente na área de suas atribuições e nos limites legais de sua
competência executiva, sem qualquer faculdade de opção política.
Entidades políticas e
administrativas
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Malheiros, 2013. Pág. 61. Malheiros, 2013. Pág. 61.
São pessoas jurídicas de Direito Público que integram a estrutura São pessoas jurídicas de Direito Público, de natureza meramente
constitucional do Estado e têm poderes políticos e administrativos, tais como administrativa, criadas por Lei específica, para a realização de atividades,
a União, os Estados-membros, os Municípios e o Distrito Federal. obras ou serviços descentralizados da entidade estatal que as criou.
A União é soberana; as demais entidades estatais têm apenas Funcionam e operam na forma estabelecida na Lei instituidora e na forma
autonomia política, administrativa e financeira, mas não dispõem de de seu regulamento.
Soberania, que é privativa da Nação e da própria federação.
Podem desempenhar qualquer atividade outorgada pela entidade
estatal matriz, mas sem subordinação hierárquica, sujeita apenas ao
controle finalístico de sua administração e da conduta de seus
agentes.
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São pessoas jurídica de Direito Público ou de Direito Privado, devendo Direito Público:
a Lei definir as respectivas áreas de atuação, conforme o inc. XIX do art. 37
da CF/88. São criadas por lei, à semelhança das autarquias.
Direito Privado:
Art. 37, CF/88.
A lei apenas autoriza sua criação, devendo o Poder Executivo tomar as
(...) providências necessárias à sua instituição.
XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a
instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de
fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de
sua atuação;
São pessoas jurídicas de Direito Privado, instituídas sob a forma de São pessoas jurídicas de Direito Privado que, por lei, são autorizadas a
sociedade economia mista ou empresa pública, com a finalidade de prestar serviços ou realizar atividades de interesse coletivo ou público,
prestar serviço público que possa ser explorado no modo empresarial, ou de mas não exclusivos do Estado.
exercer atividade econômica de relevante interesse coletivo. São entidades paraestatais os serviços sociais autônomos (SESI, SESC,
SENAI e outros) e, agora, as organizações sociais, regulamentadas pela
Sua criação deve ser autorizada por lei específica, cabendo ao Poder Lei 9.637/98.
Executivo as providências complementares para sua instituição.
São autônomas, administrativa e financeiramente, têm patrimônio
próprio e operam em regime da iniciativa popular, na forma de seus
estatutos, ficando sujeitas apenas à supervisão do órgão da entidade
estatal a que se encontrem vinculadas, para o controle do desempenho
estatutário.
São os denominados entes de cooperação com o Estado.
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ÓRGÃOS PÚBLICOS
• É distinto desses elementos, que podem ser modificados, • Na área de suas atribuições e nos limites de sua competência funcional
substituídos ou retirados sem supressão da unidade orgânica. expressam a vontade da entidade a que pertencem e a vinculam por
seus atos, manifestados através dos seus agentes (pessoas físicas).
• Os órgãos integram a estrutura do Estado e das demais pessoas
jurídicas como partes desses corpos vivos, dotados de vontade e • A atuação dos órgãos é imputada à pessoa jurídica que eles
capazes de exercer direitos e contrair obrigações para a consecução de integram, mas nenhum órgão a representa juridicamente.
seus fins institucionais.
• A representação legal da entidade é atribuição de determinados agentes
• Os órgãos não possuem personalidade jurídica, nem vontade (pessoas físicas), tais como Procuradores judiciais e administrativos e, em
própria, que são atributos do corpo e não das partes. alguns casos, o próprio Chefe do Poder Executivo.
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• São todas as pessoas físicas incumbidas, definitiva ou transitoriamente , • São apenas os lugares criados no órgão para serem providos por
do exercício de alguma função estatal. agentes que exercerão suas funções na forma legal.
• Os agentes normalmente desempenham funções do órgão, distribuídas • O cargo é lotado no órgão e o agente é investido no cargo.
entre os cargos de que são titulares, mas excepcionalmente podem
exercer funções sem cargo. • Assim, o cargo integra o órgão, ao passo que o agente, como ser
humano, unicamente titulariza o cargo para servir ao órgão.
• O cargo ou a função pertence ao Estado, e não ao agente que o
exerce, razão pela qual o Estado pode suprimir ou alterar cargos e
funções sem nenhuma ofensa aos direitos de seus titulares, como podem
desaparecer os titulares sem extinção dos cargos ou funções.
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• Órgão, função e cargo são criações abstratas da lei. • São os encargos atribuídos aos órgãos, cargos e agentes.
• Agente é a pessoa humana, real, que infunde vida, vontade e ação a • O órgão normalmente recebe a função in genere e a repassa aos seus
essas abstrações legais. cargos in specie, ou a transfere diretamente a agentes sem cargo, com a
necessária parcela de poder público para seu exercício.
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AGENTES PÚBLICOS
AGENTES POLÍTICOS
Agentes Públicos
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• São todos aqueles que se vinculam ao Estado ou às suas entidades • São cidadãos convocados, designados ou nomeados para prestar,
autárquicas e fundacionais por relações profissionais, sujeitos à hierarquia transitoriamente, determinados serviços ao Estado, em razão de sua
funcional e ao regime jurídico determinado pela autoridade a que servem. condição cívica, de sua honorabilidade ou de sua notória capacidade
• São investidos a título de emprego e com retribuição pecuniária, em regra profissional, mas sem qualquer vínculo empregatício ou estatutário e,
por nomeação, e excepcionalmente por contrato de contrato de trabalho normalmente, sem remuneração.
ou credenciamento.
• Compreende:
A) Servidores públicos concursados (art. 37, II);
B) Servidores públicos exercentes de cargos ou empregos em comissão
titulares de cargo ou emprego público (art. 37, V);
C) Servidores temporários (art. 37, IX).
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• São particulares –pessoas físicas ou jurídicas, que não se enquadram-na • São os que recebem a incumbência da Administração para representá-la
acepção própria de agentes públicos – que recebem a incumbência da em determinado ato ou praticar certa atividade específica, mediante
execução de determinada atividade, obra ou serviço público e o realizam remuneração do Poder Público credenciante.
em nome próprio, por sua conta e risco, mas segundo as normas do
Estado e sob permanente fiscalização do delegante.
AGENTES CREDENCIADOS
Controle da Administração
Pública
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CONTROLE DE MÉRITO
RESPONSABILIDADE FISCAL
É todo aquele que o Poder Executivo e os órgãos de administração dos Os meios de controle administrativo, de um modo geral, bipartem-se em
demais Poderes exercem sobre suas próprias atividades, visando mantê-las fiscalização hierárquica e recursos administrativos.
dentro da lei, segundo as necessidades do serviço e as exigências técnicas
de sua realização, praticando um controle de legalidade e de mérito.
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REPRESENTAÇÃO ADMINISTRATIVA
PEDIDO DE RECONSIDERAÇÃO
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Controle Administrativo do
Poder Judiciário
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É o exercido pelos órgãos legislativos (Congresso Nacional, Assembleias Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:
Legislativas e Câmaras Municipais) ou por comissões parlamentares sobre
determinados atos do Executivo na dupla linha da legalidade e da V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder
conveniência pública. regulamentar ou dos limites de delegação legislativa;
Caracteriza-se como um controle eminencialmente político, indiferente aos Fiscalização dos Atos da Administração
direitos individuais dos administrados, mas objetivando os superiores
interesses do Estado e da comunidade. Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:
Ampliação de poderes com a CF/88 X - fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer de suas Casas, os atos
do Poder Executivo, incluídos os da administração indireta;
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É conferida em termos amplos ao Congresso Nacional, mas se refere Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública
fundamentalmente à prestação de contas de todo aquele que administra ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros,
bens, valores ou dinheiro público. bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome
desta, assuma obrigações de natureza pecuniária.
Congresso Nacional:
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será
Controle Externo auxiliado pelo TCU (Tribunal de Contas da União) exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual
compete:
Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e
patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República,
quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a
e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante contar de seu recebimento;
controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.
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II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por IV - realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado
dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, Federal, de Comissão técnica ou de inquérito, inspeções e auditorias de
incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, nas
Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, e
outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público; demais entidades referidas no inciso II;
V - fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo
III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de
capital social a União participe, de forma direta ou indireta, nos termos do
pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as
tratado constitutivo;
fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, excetuadas as
nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a das VI - fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União
concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a
melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato Estado, ao Distrito Federal ou a Município;
concessório; VII - prestar as informações solicitadas pelo Congresso Nacional, por
qualquer de suas Casas, ou por qualquer das respectivas Comissões, sobre
a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial e
sobre resultados de auditorias e inspeções realizadas;
CONTROLE LEGISLATIVO
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Princípios fundamentais do
processo eleitoral democrático
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A NECESSIDADE DA OPOSIÇÃO!
ALTERNÂNCIA TOLERÂNCIA
COMPETIÇÃO?
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CONTROLE LEGISLATIVO
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CONTROLE JUDICIAL
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Em virtude da impossibilidade de que cada membro da organização politica Teoria do Mandato vinculante (Rousseau)
participe de forma direta da administração estatal, foi construída a teoria da
representação, em que cidadãos são eleitos pelo voto direto para exercerem Teoria do mandato discricionário (Burke)
um mandato em nome do povo
VELLOSO, Carlos Mário da Silva. AGRA, Walber de Moura. Elementos de Direito VELLOSO, Carlos Mário da Silva. AGRA, Walber de Moura. Elementos de Direito
Eleitoral, 4ºed. – São Paulo: Saraiva,2014. Eleitoral, 4ºed. – São Paulo: Saraiva,2014.
VELLOSO, Carlos Mário da Silva. AGRA, Walber de Moura. Elementos de Direito VELLOSO, Carlos Mário da Silva. AGRA, Walber de Moura. Elementos de Direito
Eleitoral, 4ºed. – São Paulo: Saraiva,2014. Eleitoral, 4ºed. – São Paulo: Saraiva,2014.
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• A teoria da representação política adotada no Brasil é a do mandato • Na esteira de seu pensamento, a representação política também é uma
discricionário, ou seja, os parlamentares são os detentores de seus representação de interesses, com o diferencial de que se tratam de
mandatos e podem exercer suas funções políticas sem nenhum tipo de interesses gerais e não particulares de um grupo.
restrição que possa mitigar sua liberdade de apreciar a realidade social.
• Para Luís Felipe Miguel “[...] a representação é um mecanismo crucial
• O mandato é auferido pela população, mas durante o exercício de para a manutenção do conflito social em níveis manejáveis, mas o preço
suas prerrogativas, os representantes são livres para tomar as que se paga é um desvio constante entre as ações dos representantes e
decisões políticas de acordo com suas próprias consciências. as vontades dos representados”.
BOBBIO, Norberto. Teoria Geral da Política: A Filosofia Política e as Lições dos MIGUEL, Luis Felipe. Democracia e Representação: Territórios em Disputa; 1º edição. –
Clássicos; organizado por Michelangelo Bovero; tradução Daniela Beccaccia Versiani. – São Paulo: Editora Unesp, 2014. Pág. 97.
Rio de Janeiro: Campus, 2000. Pág. 460-461.
MIGUEL, Luis Felipe. Democracia e Representação: Territórios em Disputa; 1º edição. – GOMES, José Jairo. Direito Eleitoral; 10º edição. – São Paulo: Atlas, 2014. Pág. 121.
São Paulo: Editora Unesp, 2014. Pág. 97.
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• Tem por função a organização das eleições e a conversão de votos Os sistemas eleitorais previstos na legislação brasileira são:
em mandatos políticos. Em outros termos, visa proporcionar a captação
eficiente, segura e imparcial da vontade popular democraticamente
manifestada, de sorte que os mandatos eletivos sejam representados, MAJORITÁRIO: PROPORCIONAL
bem como para que as relações entre representantes e representados se
Eleições de chefes do Para vereadores,
fortaleçam.
Executivo e deputados estaduais e
Senadores. deputados federais.
• A realização desses objetivos depende da implantação de um sistema
eleitoral confiável, dotado de técnicas seguras e eficazes, cujos
resultados sejam transparentes e inteligíveis.
GOMES, José Jairo. Direito Eleitoral; 10º edição. – São Paulo: Atlas, 2014. Pág. 121. GOMES, José Jairo. Direito Eleitoral; 10º edição. – São Paulo: Atlas, 2014. Pág. 121.
SISTEMA SISTEMA
MAJORITÁRIO: PROPORCIONAL
Apenas o candidato que recebeu o maior número de votos É assegurada a representação tanto à forças políticas que
consegue se eleger – os demais, mesmo que tenham recebido ganharam as eleições como às que perderam, desde que haja a
grande quantidade de votos, não terão assegurado um mandato. concretização do quociente eleitoral.
Nota-se, claramente, que nesse sistema apenas a maioria tem Esse sistema permite, assim, a representação tanto da maioria
representatividade, ficando a minoria excluída da quanto da minoria.
representação eleitoral.
VELLOSO, Carlos Mário da Silva. AGRA, Walber de Moura. Elementos de Direito VELLOSO, Carlos Mário da Silva. AGRA, Walber de Moura. Elementos de Direito
Eleitoral, 4ºed. – São Paulo: Saraiva,2014. Pág. 74. Eleitoral, 4ºed. – São Paulo: Saraiva,2014. Pág. 74.
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VELLOSO, Carlos Mário da Silva. AGRA, Walber de Moura. Elementos de Direito VELLOSO, Carlos Mário da Silva. AGRA, Walber de Moura. Elementos de Direito
Eleitoral, 4ºed. – São Paulo: Saraiva,2014. Pág. 74. Eleitoral, 4ºed. – São Paulo: Saraiva,2014. Pág. 74.
• O sistema majoritário visa à formação de maiorias, enquanto o O alistamento eleitoral constitui procedimento por meio do qual o
proporcional tem a finalidade de distribuir o poder de acordo com a força indivíduo alcança a cidadania.
de cada partido.
Esse é o seu efeito. Regulado pelo Código Eleitoral e pela Resolução
21.538/2003, faz-se mediante qualificação e inscrição do eleitor (art. 42
do CE). Naquela, verifica-se se o interessado preenche as condições para
obter a cidadania. Nessa, inclui-se o eleitor qualificado no cadastro de
eleitores.
VELLOSO, Carlos Mário da Silva. AGRA, Walber de Moura. Elementos de Direito TENÓRIO, Rodrigo Antonio. Direito Eleitoral, coordenação André Ramos Tavares, José
Eleitoral, 4ºed. – São Paulo: Saraiva,2014. Pág. 74. Carlos Francisco. – Rio de Janeiro: Forense, São Paulo: MÉTODO, 2014.
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TENÓRIO, Rodrigo Antonio. Direito Eleitoral, coordenação André Ramos Tavares, José TENÓRIO, Rodrigo Antonio. Direito Eleitoral, coordenação André Ramos Tavares, José
Carlos Francisco. – Rio de Janeiro: Forense, São Paulo: MÉTODO, 2014. Carlos Francisco. – Rio de Janeiro: Forense, São Paulo: MÉTODO, 2014.
A primeira delas abrange os deficientes impossibilitados por sua O TSE excepcionou também a situação dos indígenas.
situação de exercer as obrigações eleitorais. Em regra, os deficientes Em acórdão de 8 de março de 2012, afirmou-se que a CF assegurou em
são obrigados a votar, o que já foi afirmado expressamente pelo TSE no art. caráter facultativo o direito ao alistamento a todos os indígenas.
1º da Resolução n. 21.920/2004. Discutia o TSE questão trazida pela Corregedoria do TRE-PA sobre o
alistamento dos índios considerados pelo Estatuto do Índio como “isolados” e
Entretanto, o § 1º desse artigo, prevendo a exceção referida, assevera que “em vias de integração”. Vale lembrar que o Estatuto do Índio não foi
“não estará sujeita a sanção a pessoa portadora de deficiência que torne recepcionado pela CF/88 nesse ponto. Nos termos da Convenção 169 da
impossível ou demasiadamente oneroso o cumprimento das obrigações OIT, subscrita pelo País e promulgada pelo Dec. 5.051/2004, o critério
eleitorais, relativas ao alistamento e ao exercício do voto”. fundamental para determinar se indivíduo é índio ou não é “a consciência de
sua identidade indígena ou tribal” (art. 1º, item 2).
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Exceções – alistamento
• Os inalistáveis
Por fim, há exceção de obrigatoriedade ao analfabeto que deixa de sê-lo.
Por óbvio isso se refere somente aos iletrados que, após completar 18 anos,
• O alistamento eleitoral permite que a pessoa integre efetivamente o corpo
alfabetizaram-se. Nesse caso, deverá o ex-analfabeto requerer sua inscrição
de eleitores, ganhando o caráter de cidadão.
eleitoral, não ficando sujeito à multa nenhuma (art. 8º do CE).
Determina o art. 15 da Resolução 21.538/2003, repetindo na essência o art. • No entanto, existem pessoas em que pesa expressa impossibilidade de
8º do Código Eleitoral, que o “brasileiro nato que não se alistar até os 19 alistamento, são os inalistáveis.
anos ou o naturalizado que não se alistar até um ano depois de adquirida a
nacionalidade brasileira incorrerá em multa imposta pelo juiz eleitoral e
cobrada no ato da inscrição”.
Não será aplicada a pena a quem requerer a inscrição até o centésimo
primeiro dia anterior à eleição subsequente à data em que completar 19
anos (art. 8º, parágrafo único, do CE e art. 91 da Lei 9.504/97).
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CONSCRITOS
ESTRANGEIROS
SÃO Para o art. 3º do Regulamento da Lei do Serviço Militar – Decreto 57.654, de
INALISTÁVEIS: 20 de janeiro de 1966 –, conscritos são todos os que no ano em que
completarem 18 anos participam da seleção para o serviço militar
CONSCRITOS obrigatório.
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PARTIDOS POLÍTICOS
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Em 20 de novembro de 1965, Castello Branco editou o Ato Complementar 4. A Constituição Federal (art. 17) e a Lei 9.096/95, no art. 1º, definem o
Seu art. 1º tinha o seguinte teor: “Aos membros efetivos do Congresso partido político como pessoa jurídica de direito privado, destinada a
Nacional, em número não inferior a 120 deputados e 20 senadores, caberá a assegurar, no interesse do regime democrático, a autenticidade do
iniciativa de promover a criação, dentro do prazo de 45 dias, de sistema representativo e a defender os direitos fundamentais definidos
organizações que terão, nos termos do presente Ato, atribuições de partidos na Constituição Federal.
políticos enquanto estes não se constituírem”.
A filiação partidária é condição de elegibilidade, tema enfrentado em aulas
A ARENA e o MDB, criados com base nesse dispositivo, não eram, a anteriores.
princípio, partidos. A criação desses voltou a ser formalmente
permitida nas Constituições de 1967 (art. 149) e 1969 (art. 152). É vedada no Brasil a candidatura independente de partido, ao contrário do
que ocorre em outras democracias.
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Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, Art. 17.
resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o
pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa humana e observados (...)
os seguintes preceitos:
I - caráter nacional; § 2º - Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, na forma
II - proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo da lei civil, registrarão seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral.
estrangeiros ou de subordinação a estes; § 3º - Os partidos políticos têm direito a recursos do fundo partidário e acesso
III - prestação de contas à Justiça Eleitoral; gratuito ao rádio e à televisão, na forma da lei.
IV - funcionamento parlamentar de acordo com a lei. § 4º - É vedada a utilização pelos partidos políticos de organização
paramilitar.
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O primeiro deve ser I – cópia autenticada da ata da reunião Depois disso, promoverá a obtenção de apoio mínimo de eleitores,
subscrito pelos seus de fundação do partido; que lhe dará caráter nacional, e realizará os atos necessários para
fundadores em II – exemplares do Diário Oficial que a constituição definitiva de seus órgãos e designação dos
número nunca publicou, no seu inteiro teor, o programa dirigentes, na forma do seu estatuto.
e o estatuto;
inferior a cento e um,
III – relação de todos os fundadores com Só então registrará o estatuto no TSE.
com domicílio
o nome completo, naturalidade, número Poderá fazê-lo o partido que tenha caráter nacional, o qual será
eleitoral em, no do título eleitoral com a Zona, Seção,
mínimo, um terço provado pela demonstração de: apoio de eleitores correspondente
Município e Estado, profissão e endereço
dos Estados, e será da residência; indicação de nome e a, pelo menos, meio por cento dos votos dados na última eleição
acompanhado de: função dos dirigentes provisórios e o para a Câmara dos Deputados, não computados os brancos e
endereço da sede do partido na Capital nulos, distribuídos por um terço, ou mais, dos Estados, com um
Federal (art. 8º). mínimo de um décimo por cento do eleitorado que haja votado em
cada um deles (art. 7º).
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O fundo é distribuído pelo TSE entre os partidos políticos com base Modificou-se o art. 34 da Lei 9.096, para se afirmar que a análise
em dois critérios (art. 41-A da Lei 9.096/95): das contas partidárias feita peita Justiça Eleitoral “tem por escopo
identificar a origem das receitas e a destinação das despesas com
A) 5% (cinco por cento) do total do Fundo Partidário serão as atividades partidárias e eleitorais, mediante o exame formal dos
destacados para entrega, em partes iguais, a todos os partidos que documentos contábeis e fiscais apresentados pelos partidos
tenham seus estatutos registrados no Tribunal Superior Eleitoral; políticos, comitês e candidatos, sendo vedada a análise das
atividades político-partidárias ou qualquer interferência em sua
autonomia”.
B) 95% (noventa e cinco por cento) serão distribuídos aos partidos Por sua vez, o novo art. 44 esclarece que os partidos políticos
na proporção dos votos obtidos na última eleição geral para a possuem “autonomia para contratar e realizar despesas”.
Câmara dos Deputados.
As coligações são grupamentos transitórios de partidos com um Terá a coligação denominação própria, que poderá ser a junção de
único objetivo: disputar as eleições. todas as siglas dos partidos que a integram.
Nos termos do art. 6º da Lei 9.504/97, é facultado aos partidos A ela serão atribuídas as prerrogativas e obrigações de partido
políticos, dentro da mesma circunscrição, celebrar coligações para político no que se refere ao processo eleitoral.
eleição majoritária, proporcional, ou para ambas, podendo, neste Deverão os componentes da coligação funcionar como um só
último caso, formar-se mais de uma coligação para a eleição partido no relacionamento com a Justiça Eleitoral e no trato dos
proporcional dentre os partidos que integram a coligação para o interesses interpartidários.
pleito majoritário.
TENÓRIO, Rodrigo Antonio. Direito Eleitoral, coordenação André Ramos TENÓRIO, Rodrigo Antonio. Direito Eleitoral, coordenação André Ramos
Tavares, José Carlos Francisco. – Rio de Janeiro: Forense, São Paulo: Tavares, José Carlos Francisco. – Rio de Janeiro: Forense, São Paulo:
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PARTIDOS POLÍTICOS
COLIGAÇÕES PARTIDÁRIAS
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