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Tema 4 - Sistemas de Controle e de Acionamento de Robôs
Tema 4 - Sistemas de Controle e de Acionamento de Robôs
AUTOMAÇÃO E CONTROLE
INDUSTRIAL
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Em 1940, o escritor russo-americano Isaac Asimov escreveu as três leis
fundamentais da robótica, que são:
• 1ª Lei: um robô não pode ferir um ser humano ou, por inação, permitir que
um ser humano seja ferido.
• 2ª Lei: um robô deve obedecer às ordens dadas por humanos, exceto
quando isto conflitar com a primeira lei.
• 3ª Lei: um robô deve proteger sua própria existência, a menos que isso
conflite com a primeira ou a segunda lei (Santos, 2015).
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tarefa, o robô a executará sempre da mesma maneira e com as características
requeridas.
Por outro lado, segundo Rosário (2005), existem alguns fatores que podem
ser encarados, como desvantagens, custo da aquisição em massa de sistemas
robotizados, além do impacto social que isso pode gerar. Se considerarmos que
os processos produtivos serão realizados apenas por robôs, teríamos uma
diminuição considerável nos postos de trabalho, que ocasionaria um aumento no
índice de desemprego entre os operados das unidades industriais.
Outro fato interessante é que a maioria das multinacionais procuravam
países subdesenvolvidos para suas instalações, como o objetivo de obter mão de
obra barata, porém, com a evolução dos robôs e a queda de seus custos, muitas
estão voltando suas instalações para seus países de origem.
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2.1 Elementos construtivos de um robô industrial
Um robô industrial é constituído por pelo menos seis partes principais, que,
segundo Santos (2015), são:
• Base fixa: trata-se da parte fixa do robô, porém, em alguns casos essa parte
pode se mover por deslizamento ou então efetuar rotações.
• Braço articulado: também chamado de manipulador mecânico, é
constituído por diversas partes que os categorizam, as quais abordaremos
na sequência deste tema.
• Efetuador final: semelhante à mão humana, é essa parte que irá tratar
diretamente da manipulação de objetos, podendo também ser uma
ferramenta que executará alguma ação.
• Unidade de controle: é responsável pelo controle de todas as ações do
robô, ou seja, é ela que vai enviar sinais de comandos para que execute as
tarefas para as quais foi programado.
• Dispositivo de programação: trata-se do recurso por meio do qual o robô
será programado, podendo ser um teclado ou joystick.
• Fonte de energia: é responsável por fornecer energia para o funcionamento
do robô, o tipo mais comum é a elétrica, porém, também pode ser
pneumática ou hidráulica.
Crédito: wellphoto/Shutterstock.
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Como mencionado, o braço articulado e o efetuador final possuem
características essenciais para o robô, por isso, trataremos destes com mais
detalhes.
Além dos tipos de juntas, os robôs possuem uma classificação para o seu
braço, que estudaremos na sequência.
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Segundo Groover (2011), podemos classificar os robôs quanto à sua configuração
como:
2.1.3 Efetuadores
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Basicamente, o sistema de controle atua sobre as articulações do robô,
possibilitando, assim, que os movimentos sejam coordenados e que o
manipulador execute o ciclo de movimento programado. A Figura 2 representa a
hierarquia de controle de um microcomputador que controla um robô industrial.
Por meio desta, é possível observar que o controlador atua diretamente sobre as
articulações, realizando um controle preciso dos movimentos do robô.
Segundo Groover (2011), podemos classificar os controladores de robôs
em quatro grupos:
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Figura 2 – Estrutura de controle hierárquico de um microcomputador controlador
de robô
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3.2.1 Tipos de acionamentos
A utilização dos robôs industriais tem crescido no mundo todo, desde sua
primeira utilização em 1961, na qual um robô foi empregado na operação de
descarregamento de moldes de uma máquina de fundição (Groover, 2011). Já
discutimos no tema 1 sobre as condições que levam as indústrias a substituir o
trabalho humano por um robô, porém, aqui trataremos com mais detalhes.
O setor da indústria que lidera o percentual de atuação dos robôs é o
automobilístico. Segundo Rosário (2005), o percentual de atuação dos sistemas
automatizados é de 90%. Isso faz com que o cenário da formação dos
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profissionais que trabalham nas indústrias seja também alterado, uma vez que o
operador não possui somente a função de operar uma máquina, sendo necessário
capacidade de interpretar as informações fornecidas pelas interfaces de
comunicações e interação com os sistemas de controle e supervisão e, em alguns
casos, conhecimentos sobre a programação dessas máquinas.
Devido aos impactos sociais gerados por uma substituição em massa dos
postos de trabalhos por robôs, deve-se priorizar a substituição em condições que
envolvam ambientes ou condições que ofereçam riscos aos humanos, como:
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Além da paletização, operações de despaletização e empilhamento são
comuns nessas aplicações. Exigindo também robôs mais robustos e com melhor
precisão, como os utilizados na paletização.
Outras aplicações envolvem carga e/ou descarga de máquinas, podendo
ser de três formas possíveis:
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5.2 Linguagens de programação
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REFERÊNCIAS
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