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As Fontes de Direito
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Universidade Aberta ISCED
Faculdade de Economia e Gestão
Curso de licenciatura em Gestão de Recursos Humanos
As Fontes de Direito
Código: 71232929
1.1 Objectivos.............................................................................................................................. 3
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I Introdução
O presente trabalho tem por objecto as Fontes do Direito. A sua pertinência é indubitável,
por se tratar do problema de saber a origem das normas jurídicas, ou seja, a questão de saber o
modo como certas normas ascendem a categoria de norma jurídica. Problema esse, que para
quem queira ter as noções gerais de direito, importa reflectir de forma a conhecer as fontes do
direito. Assim sendo, analisar e expor as fontes do direito, ainda que de forma singela, constitui o
objectivo principal do presente trabalho.
1.1 Objectivos
1.1.1 Geral
Compreender o processo funcional das fontes de direito.
1.1.2 Específicos
Definir as fontes de direito;
Distinguir as fontes imediatas e as fontes mediatas;
Explicar cada uma das fontes de direito;
Identificar a principal fonte de direito no ordenamento jurídico moçambicano;
Dar exemplos de uma prática costumeira e uma jurisprudência.
1.2 Metodologia
Quanto à técnica de pesquisa, pode-se classificar este estudo como uma pesquisa
bibliográfica de caráter exploratório e abordagem qualitativa. A pesquisa bibliográfica tem como
finalidade colocar o pesquisador em contato com o conhecimento já publicado, podendo
abranger artigos, livros, jornais, monografias, teses e até material audiovisual (Marconi &
Lakatos, 2003).
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II Revisão da Literatura
2.1 Fontes de direito
Fonte do Direito é de onde provêm o direito, a origem, nascente, motivação, a causa das
várias manifestações do direito.
Nas palavras de Ascensão (1978), Fontes do Direito são “processos ou meios em virtude
dos quais as regras jurídicas se positivam com legítima força obrigatória”. Para Kelsen (2009) é
“o fundamento de validade da norma jurídica, decorre de uma norma superior, válida.”
Dentre estas fonte é necessário fazer a distinção entre as fontes imediatas e fontes
mediatas
As fontes imediatas são aquelas que, pela sua própria força, geram uma regra jurídica.
Cumprem essa função a lei e o costume.
As fontes mediatas são aquelas que, embora não gerem, independentemente, uma regra
de imediato, exercem grande influência para a elaboração da norma. Este papel é desempenhado
pela doutrina e pela jurisprudência (Garcia, 2015).
Lei em Sentido Estrito - Neste sentido, lei é o preceito comum e obrigatório, emanado
do Poder Legislativo, no âmbito de sua competência.
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Lei Substantiva e Lei Adjetiva - Lei substantiva ou material é aquela que reúne normas
de conduta social que definem os direitos e deveres das pessoas, em suas relações de vida. As
leis relativas ao Direito Civil, Penal, Comercial, normalmente são dessa natureza. Lei adjetiva ou
formal consiste em um agrupamento de regras que definem os procedimentos a serem cumpridos
no andamento das questões forenses. Exemplos: leis sobre Direito Processual Civil, Direito
Processual Penal. As leis que reúnem normas substantivas e adjectivas são denominadas
institutos unos. Exemplo: Lei de Falências (Martins, 2014).
A lei substantiva é, naturalmente, a lei principal, que deve ser conhecida por todos,
enquanto a adjectiva é de natureza apenas instrumental e o seu conhecimento é necessário
somente àqueles que participam nas acções judiciais: advogados, juízes, promotores.
2.2.1.2 Costume
Chama-se costume a forma de criação de normas jurídicas que consiste na prática
repetida e habitual de uma conduta com a convicção de obrigatoriedade pela generalidade dos
membros da comunidade (Gusmão, 2003).
Praeter Legem: (além da lei) é aquele que intervém na falta ou omissão da lei. Nesses
casos ele pode ser invocado, embora não mencionado pela legislação, tendo carácter supletivo.
Ex: Parar para um pedestre atravessar onde não existe faixa de segurança é um costume em
diversas cidades e ainda que não possua lei é por todos condutores observado.
Contra Legem: (contra a lei) aquele que se forma em sentido contrário ao da lei. Aplica
se mais aos casos de desuso (desuetudo) ou superação da lei (ab-rogatório)
2.2.2.2 A Jurisprudência
A jurisprudência é o conjunto de reiteradas decisões dos tribunais sobre determinada
matéria. A jurisprudência não vincula o juiz, mas acaba prevalecendo na maioria dos casos,
principalmente, em virtude da tendência que se tem à sua uniformização, o que não implica
dizer, todavia, que o juiz deva tabelar suas decisões, pois ao contrário disso, deve o magistrado
analisar cada caso em concreto para aplicar o direito da forma mais adequada (Garcia, 2015).
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A jurisprudência expressa nas sentenças e acórdãos, estabelecendo um entendimento a
respeito da norma a ser subsumida ao caso, é assim fonte por meio da qual se manifesta o
Direito, em sua aplicação prática e real (Garcia, 2015).
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2.4 Prática costumeira e jurisprudência
Com isso, ela ajuizou uma acção indemnizatória contra a marca que foi julgada
improcedente em primeiro grau.
A parte jurídica da marca tentou recorrer dizendo que o problema não foi o produto, mas
sim a embalagem, mas o Tribunal Superior de Justiça reconheceu a sua responsabilidade já que a
empresa responde pela integralidade do produto, ou seja, a massa e como ela é entregue ao
consumidor.
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III Conclusão
De todo o exposto, torna-se importante referir que fontes de direito são modos de criação
e revelação de normas jurídicas. E o problema da sua determinação releva para sabermos como é
que determinados conteúdos normativos ascendem a juridicidade. Nesta senda, são fontes de
direito a lei, o costume, a jurisprudência, a doutrina e o Tratado Internacional.
A lei é a principal fonte de direito. Sendo que, o termo lei deve ser entendido como toda
disposição provinda de uma autoridade competente. Por sua vez, o costume só é fonte de direito
quando a lei o determinar, daí que se trata de uma fonte mediata. No que tange a jurisprudência,
ela só é fonte de direito, quando se trata de uma decisão do Tribunal Supremo, na forma de
assento. A terminar, cumpre salientar que a doutrina só é fonte de direito voluntária, pois tudo
depende da força dos seus argumentos em convencer o legislador e este assumindo-a em
transformar em lei.
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IV Referências bibliográficas
Ascensão, José de Oliveira. (1978). O direito: Introdução e Teoria Geral. Lisboa Fundação
Calouste Gulbenkian.
Garcia, Gustavo Filipe Barbosa. (2015). Introdução ao estudo do direito: teoria geral do direito.
Rio de Janeiro: Forense. 3ª Edição.
Gusmão, Paulo Dourado De. (2003). Introdução ao Estudo do Direito. Rio de Janeiro: Forense.
33ª Edição.
Kelsen, Hans. Teoria Pura do Direito. (2009). São Paulo: Martins fontes. 8ª Edição.
Martins, Sérgio Pinto. (2014). Instituições de Direito Publico e Privado. São Paulo: Editora
Atlas S.A. 14ª Edição.
Venosa, Sílvio de Salvo. (2009). Introdução ao estudo do Direito. São Paulo, Editora Atlas. 2ª
Edição.
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