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Metodologia e Ferramentas
Versão 03 Jun|23
Que bom ter você com a gente!
Esse caderno foi elaborado com carinho para que você possa, passo a passo,
solucionar problemas, sustentar bons resultados e melhorar continuamente.
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Caderno PDCA
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Caderno PDCA
Identificação do Problema
Escolha do problema
O universo ferroviário nos apresenta diversos desafios diariamente, afinal fazemos parte de um sistema logístico
complexo e multidisciplinar, envolvendo áreas como Operação, Manutenção de Via, Manutenção de Material
Rodante, Tecnologia Operacional, Mecanização, Segurança e Meio Ambiente, além de setores administrativos como
Financeiro, Comercial, Jurídico, Gente, Cultura, Relações Institucionais etc.
Assim, é natural que surjam problemas e falhas vindos das mais diversas fontes e com base em experiências
pessoais e/ou de certos grupos, que nos impõem obstáculos a respeito da ponderação e priorização de todos eles,
afinal cada problema é único e precisa de um olhar dedicado para avalia-lo.
O ciclo PDCA, no entanto, é uma ferramenta muito valiosa para que consigamos compilar os problemas em uma
única base e ponderá-los mesmo com a heterogeneidade que eles se apresentam. Dessa forma, é possível definirmos
qual problema “atacar” primeiro com base em raciocínio lógico e de impacto que aquela solução trará a todos e,
principalmente, para a Companhia.
A principal ferramenta para o levantamento dos
problemas ou falhas é o Brainstorm (ilustrado pela figura ao
lado), que numa tradução livre seria uma “chuva” ou
“tempestade” de ideias, que é quando um grupo expõe os
problemas que incomodam a execução de um serviço
específico ou de diversos serviços. Note que aqui o objetivo
é acolher as dores de todos e anotá-las, mesmo que seja um
problema de um único indivíduo.
A partir dessa lista de problemas levantados pelo
Brainstorm, podemos aplicar ferramentas que auxiliam na
ponderação e priorização. Uma Matriz de Priorização,
portanto, é um gráfico ou tabela que permite uma visão
global e homogênea de itens diversos.
A Matriz GUT, por exemplo, avalia os elementos em três características: Gravidade, Urgência e Tendência, a
partir de pesos, definidos de 1-5, que multiplicados resultarão na pontuação final de priorização, sendo a maior
pontuação o problema que deve ser resolvido primeiro. Veja o exemplo abaixo de utilização de uma Matriz GUT:
DICA: quanto mais pessoas forem envolvidas nessa etapa, melhor será a calibração dos critérios de análise
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= =
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Outra ferramenta possível para a seleção do problema principal a ser tratado é a Matriz RAB que, semelhante à
Matriz GUT, avalia os elementos de três formas: Rapidez, Autonomia e Benefício, também numa escala de 1-5 que
gerarão, por multiplicação, uma pontuação final de priorização.
DICA: Note que as Matrizes GUT e RAB tem vieses diferentes, portanto entenda qual a melhor das duas
(ou talvez até a média entre elas) fará mais sentido para os seus problemas
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Caderno PDCA
= =
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Caderno PDCA
Outro tipo de gráfico que facilita a visualização de dados é o de Dispersão, que permite compreender a relação
pontual de ocorrência de duas variáveis além de estabelecer tendências lineares, exponenciais, logarítmicas etc:
DICA: Buscar se informar sobre o Planejamento Estratégico da sua área pode te ajudar na defesa do
problema escolhido
Aproveite esta etapa para começar a elaborar seus slides, pois tanto para o CCQ quando para o Projeto de
Estágio, sua apresentação final valerá pontos, portanto começar a elaborá-la já no padrão e ir apenas evoluindo-a no
decorrer do trabalho é muito mais fácil, não concorda?
Os Slides Padrão PDCA foram elaborados para que você siga tanto a sequência lógica de priorização, análise e
estratificação dos problemas, quanto para que você mostre as ferramentas utilizadas em cada etapa, evidenciando,
dessa maneira, a metodologia aplicada. Você é livre para inserir outras informações que achar pertinente em
quaisquer etapas, porém seguir a ordem das etapas PDCA e evidenciar as ferramentas utilizadas é fundamental.
Definição da meta
Numericamente falando, uma boa maneira para definirmos a meta é o método da Lacuna, que consiste em em
calcularmos a diferença entre o melhor resultado obtido e a média de todos os resultados do período, assim, é possível
identificar as oportunidades de melhoria e com a lacuna calculada, propor quanto se deseja alcançar como resultado
do indicador. Claro que é válido também considerar as metas ou definições do planejamento estratégico, indicadores
já definidos, necessidades internas etc., que podem por si só já orientarem a meta, porém, caso tenhamos incerteza
ou até mesmo para avaliarmos se a meta pré-definida é relevante e desafiadora, o método da lacuna pode ser bem-
vindo.
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Caderno PDCA
Espaço para cálculo da meta pelo método da Lacuna, considerando o seu gráfico de ocorrências acima:
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Meta Proposta:
Melhor Valor: 2 locomotivas
Média: 4,16
,
Lacuna: ( ) × 100 = 51%
,
Elaboração da meta
Conhecidos os dados do problema, ainda que em nível inicial e superficial, é importante estabelecer uma meta
desafiadora para o seu ciclo. Afinal, você provavelmente já sabe qual o desafio te espera e onde você gostaria de
chegar em termos de números e dados. Mas calma, mesmo que você se sinta um pouco desconfortável em estabelecer
isso nesse momento, faremos várias análises e discussões até que a meta seja revisada. Portanto esta definição não
será permanente, apenas desafiadora e provocativa, afinal, precisamos disso como ferramenta de engajamento, não
acha?
Para isso, uma ferramenta aliada da criação de metas factíveis, é a SMART, que visa certificar que todos os
aspectos principais foram abrangidos, a saber: Específica, Mensurável, Atingível, Relevante e Temporal. Veja abaixo
um exemplo de determinação de meta SMART para as Ordens de Serviço do PCM (Plano e Controle de Manutenção):
Aumento do tempo de vida das OS de Manutenção de Infraestrutura, para que sejam usadas
S Específica como ferramenta física e financeira de controle e rastreabilidade
Aumentar para 45 dias o tempo de vida das OS entre a data de VALIDAÇÃO e REALIZAÇÃO
M Mensurável das mesmas
A Atingível Treinamento e reforço para obediência do cronograma nas datas propostas pelo PCM
Uso das Ordens de Serviço em campo (físico), contendo as principais informações do serviço
R Relevante em execução: data, contrato, serviços, quantitativos, local, fonte pagadora etc., e uso da
mesma OS para pagamento (financeiro)
Note que o PCM já sabe qual o problema em relação às OS (estão com um ciclo de vida menor do que 45 dias)
e já entende o que seria o cenário ideal (ciclo de no mínimo 45 dias), bem como a importância dessa meta e como
atingi-la (mesmo que numa análise ainda superficial).
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Aproveite este espaço para perguntar e anotar os Objetivos Estratégicos da sua área:
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Caderno PDCA
O que é interessante neste momento, ao se estabelecer uma meta na fase inicial, é justamente ir evoluindo sua
linha raciocínio no sentido de questionar todos esses pontos. É provável que alguns deles mudem, ou até mesmo
todos, antes da fase de Execução. Se isso acontecer, ao invés de se sentir frustrado, sinta-se maduro(a), afinal é só
com base em muito estudo, análise, discussões, testes e proposições que você entendeu que a Meta traçada aqui,
inicialmente, não foi possível por motivos específicos e investigados.
Por outro lado, se sua Meta se mantiver a mesma ao longo do seu ciclo, é sinal de que as respostas para o
problema de uma certa forma sempre estiveram ali, ela só precisava de uma análise mais detalhada e estruturada que
a metodologia PDCA, por exemplo, proporciona.
Independe de qual seja o destino do seu ciclo, faça as seguintes perguntas nesse momento:
Onde eu quero chegar com base no histórico analisado? Qual o cenário ideal que une
S Específica relevância e necessidade?
Com base no histórico, qual patamar ideal dos dados eu gostaria de atingir? (Para mais ou
M Mensurável para menos?)
Como eu vou garantir que esses valores sejam possíveis, isto é, como eu consigo fazer com
A Atingível que isso seja uma possibilidade e não um desejo?
O que essa meta trará de ganhos para além dos valores? (Redução de Custos, produtividade,
R Relevante redução de matéria-prima, aumento de segurança...)
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S Específica
M Mensurável
A Atingível
R Relevante
T Temporal
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Análise do Fenômeno
Conhecendo as características do problema
Nesta etapa é importante que todas as características do problema sejam listadas, para que nenhum aspecto
fique de fora da análise. Aqui recomenda-se avaliar os Stakeholders, ou todas as áreas e pessoas envolvidas na
ocorrência, desde os que identificam e “sofrem” o problema diariamente até os que apenas são informados a
respeito. Abaixo você vê um exemplo das multifacetas de um problema mapeado:
Estratificação do problema
A Estratificação, que tem como função analisar os dados para buscar oportunidades de melhoria, é fundamental
nos casos cujas informações disponíveis mascaram os fatos reais, isto é, quando os dados provêm de fontes
diferentes, mas precisam coexistir para sustentar uma ação, por exemplo: um problema de programação de Turmas
de Produção, que precisa de dados vindos do CCO, da Manutenção de Via e da Operação, mas que precisam coexistir
para que problema seja sanado.
Assim, algumas ferramentas visuais podem auxiliar na tomada de decisão do problema estratificado, como é o
caso do Gráfico de Pareto e o Diagrama de Árvore.
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Outros gráficos como em Barras ou Setores (Pizza) também podem facilitar a observação da estratificação do
problema e auxiliar na priorização de “ataque”.
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Uma forma visual e produtiva de elaborar um cronograma é por meio do Gráfico de Gantt, que estabelece a
sequência de atividades, duração e avanço das etapas:
Note que o objetivo do Gráfico de Gantt é, além de estabelecer os prazos de cada atividade, compreender a
dependência entre elas e registrar a evolução dos processos, mesmo que tenham saído diferente do planejado. Assim,
ao observarmos a evoluções das ações, é possível amadurecermos no processo investigativo do fenômeno e
estabelecermos prazos e planejamentos cada vez mais próximos da realidade e com mais chance de sucessso.
Este tipo de ferramenta não precisa ser utilizada somente na fase de investigação/estratificação do problema,
ela pode também incluir as etapas de Fazer, Checar e Agir, porém é importante ressaltar que a fase de Planejamento
é fundamental para um bom desenvolvimento do seu trabalho e quanto mais organizada ela for, mais fácil será a
visualização da solução e elaboração do Plano de Ação.
Compreender os desvios do processo investigativo também nos faz evoluir na aplicação da metodologia, afinal,
nem sempre as informações que precisamos estarão disponíveis, ou estarão disponíveis exatamente do jeito como
precisamos. Por vezes é necessário tratar banco de dados, criar formulários, pesquisas de opinião, ler e entender
certos assuntos para só então conseguirmos extrair com qualidade o máximo de informações possíveis sobre o
problema. Utilize o Gantt como parte desse processo e planeje sua coleta e diagnóstico de dados 😉
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Análise do processo
Definição das causas influentes do problema
Um problema normalmente fontes causais múltiplas, ou seja, raramente acontece por um único desvio. Para
auxiliar nessa análise, o Diagrama de Causa e Efeito ou Diagrama de Ishikawa, que é uma representação gráfica de
análise de causa-raiz, o problema ou situação a ser analisada fica destacado e, ligadas a ele, as possíveis causas ficam
dispostas em forma de espinha de peixe, daí o nome popular de "Diagrama de Espinha-de-Peixe".
A investigação das possíveis causas deve levar em consideração vários aspectos e recomenda-se que se pense
nos 6M:
Método: toda a causa envolvendo o método que estava sendo executado o trabalho;
Matéria-prima: toda causa que envolve o material que estava sendo utilizado no trabalho;
Mão-de-obra: toda causa que envolve uma atitude do colaborador (ex: procedimento inadequado, pressa,
imprudência, ato inseguro, etc.);
Máquinas: toda causa envolvendo a máquina que estava sendo operada;
Medida: toda causa que envolve instrumentos que estavam sendo utilizados no trabalho;
Meio ambiente; toda causa que envolve o meio ambiente em si (poluição, calor, poeira, etc.) e o ambiente
de trabalho (layout, falta de espaço, dimensionamento inadequado dos equipamentos, etc.).
Veja abaixo um exemplo de aplicação do Diagrama de Ishikawa na identificação das causas influentes em
trabalhos em altura da Tecnologia Operacional:
A técnica dos porquês é baseada na teoria de que é necessário perguntar "Por quê?", no máximo 5 vezes, para
que se descubra a causa raiz ou causa fundamental de um problema. Esta é uma ferramenta de análise de causa sendo
que estas devem ser observadas/comprovadas no local onde o problema ocorre. Sempre se deve ter o cuidado de não
parar no segundo ou terceiro porquê com a ideia de que a causa raiz já foi encontrada.
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Outro cuidado importante é não "direcionar" a análise para o que todos "achem" que seja a causa. É muito
importante que as pessoas envolvidas conheçam de perto o problema. De preferência, para comprovar que se chegou
realmente à causa raiz, deve ser possível reproduzir o problema, utilizando-se a causa raiz para simular a mesma
situação que levou à geração do problema inicialmente. Geralmente é necessário mais uma pessoa para a realização
dessa análise e, na maioria das vezes, pessoas de áreas diferentes.
Veja o exemplo abaixo, que busca entender o motivo de não ser possível utilizarmos as pás de ancoragem, que
reduzem as chances de flambagens em trilhos, que temos disponíveis no Rio Grande do Sul:
Por que o dispositivo existente de pá de ancoragem não serve para os dormentes bi-bloco?
1 2 3 4 5
Por quê? Por quê? Por quê? Por quê? Por quê?
Porque as pás de Porque a pá de
ancoragem que temos ancoragem foi feita
Porque não é possível Porque é de ferro, se Porque foi feito para
necessitam de uma para ser fixada no
pregar no meio do furado ele perde a dormente de madeira
instalação não meio da via, entre os
dormente bi-bloco. resistência. e polímero.
compatível com o dormentes não bi-
dormente bi-bloco. blocos.
Com o Diagrama de Relações é possível entender as prioridades de ataque do problema e nortear a tomada de
decisão quanto à solução que deve ser adotada. Lembre-se que a solução proposta pode não atender a todas as causas
raízes, mas uma boa solução conseguirá atender a maioria delas. Se você está na dúvida sobre qual decisão tomar, já
tendo estratificado o problema e encontrado a causas-raízes, considere fazer um novo brainstorm com seus colegas,
buscando opiniões e alternativas que tenham possibilidade de sanar a maioria dos problemas, nunca esquecendo de
priorizar a segurança, caso seu problema esbarre nisso.
Além disso, você poderá também entender a ordem de solução, quais causas-raízes serão sanadas por primeiro,
quais devem ser sanadas em segundo e terceiro lugar. Sua solução pode não atender a todas, talvez seja necessário
buscar uma outra solução complementar para a segunda e terceiras prioridades. Porém certifique-se que as mais
críticas estão englobadas na prioridade N° 1, pois, se não estiverem, as soluções complementares podem acabar
invalidando as soluções primárias.
Veja abaixo um exemplo de Diagrama de Relações da atividade de inspeção e substituição de engates fabricados
antes de 1990:
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Problema: _________________________________________________________________________________
1 – Por quê?
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__________________________________________________________________________________________
2 – Por quê?
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__________________________________________________________________________________________
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3 – Por quê?
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__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
4 – Por quê?
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__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
5 – Por quê?
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__________________________________________________________________________________________
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A equipe em questão entendeu que a melhor solução seria elaborar um dispositivo tipo bancada, para
inspeção e troca dos engates sem necessidade de acionamento da Ponte Rolante e economizando mão de obra e
materiais. Assim, as prioridades de ataque das causas-raízes ficaram definidas:
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Caderno PDCA
Use este espaço para estabelecer o Diagrama de Relações das suas causas-raízes:
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Plano de Ação
Elaboração da estratégia de ação e meta
É esperado neste momento, que a partir da Estratificação do problema principal em micro níveis e da exploração
das causas-raízes, já seja possível entender qual o caminho a seguir para tentar sanar o problema bem como
revisarmos a meta. Aqui é possível que existam ações das mais variadas formas, sejam criações de novos
procedimentos, mudança de ordem de execução de um serviço, criação de ferramentas ou equipamentos que
substituem trabalhos manuais, treinamentos, procedimentos sistêmicos etc.
Entretanto, para qualquer que seja sua meta, é importante entender o que ela trará em termos de Custos
Evitados para o Estratégico da sua área. Afinal, um projeto de melhoria precisa mostrar possibilidades de reduções
orçamentárias compatíveis e que sustentem seu projeto em longo prazo. Outro fator relevante de se considerar é que,
a partir da comprovação dos Gastos Evitados, solicitaremos ao seu PCM (Planejamento e Controle de Manutenção) e
a sua área de Engenharia, que validem e insiram as reduções orçamentárias no Estratégico da área. Ou seja, seu
trabalho será responsável pela economia de recursos e mensurarmos isso é muito importante!
Portanto, precisamos confrontar todos os dados que foram levantados e discutidos, as soluções e ações
propostas com a Meta SMART estabelecida inicialmente. O mais relevante neste momento é avaliar se ela ainda é
factível em termos de diagnóstico, ganhos, prazo e relevância. Revise se o que você propôs ainda é possível dadas as
informações detalhadas que agora você possui, interesses envolvidos no processo e soluções propostas.
Estabelecidas as ações e revisada a meta SMART, qual sua estratégia de colocar tudo isso em prática? Quem irá
participar desse processo, como, onde, com quais ferramentas e a qual custo? Lembre-se que a estratégia deve
contemplar todos os aspectos envolvidos no fazimento das suas ações, desde interfaces, interesses até gerenciamento
das mudanças e dos riscos. Portanto avalie os múltiplos cenários e esteja preparado(a) para lidar com as possibilidades.
Compra, transporte e preparação de materiais: aqui cabe um plano de ação dedicado às aquisições,
transportes e preparações necessárias dos materiais para tudo esteja disponível no prazo que você necessita;
Solicitação e fechamento de contratos bem como criação de requisições e gerações de pedidos: verifique
sempre o SLA do Suprimentos, se necessita de apoio e quais as etapas dessas demandas;
Preparação de procedimentos, manuais, treinamentos, orientações e quaisquer materiais de apoio
necessários para a implantação da sua ação: entenda o quanto de tempo você precisará dedicar para estudar,
elaborar e revisar os documentos;
Time envolvido e competências: caso mais uma de pessoa seja responsável pela ação, é importante entender
qual etapa fica a cargo de quem, principalmente levando em consideração as afinidades de atuação de cada
pessoa, exemplo: uma pessoa que gosta de ensinar pode ficar responsável pelo treinamento do novo
procedimento;
Projetos, croquis e testes: é sempre importante pensar no tempo que estas etapas iniciais de
desenvolvimento consomem da sua ação, pois, a execução tende a ser mais fácil e com menos imprevistos
quanto mais tempo “gastamos” nas fases iniciais, portanto não as subestime;
Apoio, orientação e informação: pessoas que não estão diretamente envolvidas na sua ação mas possuem
conhecimento, interfaces ou necessitam serem informadas de alguma forma, precisam ser acionadas o
quanto antes para que quaisquer mudanças propostas possam ainda serem implantadas;
Criação ou mudança de procedimentos sistêmicos: esse tipo de ação precisa de bastante antecedência com
as áreas responsáveis, portanto envolver os interessados desde o início e entender os prazos que se aplicam
para a sua solicitação é essencial para o bom desenvolvimento do seu trabalho.
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S Específica
M Mensurável
A Atingível
R Relevante
T Temporal
Qual a sua estratégia de ação? Utilize esse espaço para se preparar para a Execução:
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Caderno PDCA
Uma ferramenta que auxilia na definição das ações é o 5W2H, que em tradução livre faz referência às perguntas:
O quê, Quem, Quando, Onde, Como, Por quê e Quanto? Porém, como na maioria das vezes as ações não estão
diretamente ligadas a orçamentos num micro nível, é possível fazermos apenas um 5W1H, removendo a pergunta
“Quanto”.
Quando comparamos com a ferramenta de Meta SMART, é possível entender que a 5W2H pode ser um
detalhamento da Meta SMART, principalmente quando olhamos para as ações necessárias para atingimento da Meta.
Assim, procure mapear as fases ou processos necessários para cumprimento da sua meta e estabeleça a 5W2H com
base nesse detalhamento. Se achar que é necessário detalhar o desenvolvimento das metas, considere refazer o
gráfico de Gantt para esta fase de execução, ele pode auxiliar principalmente no quesito prazo.
Aproveite este momento também para atualizar seus slides e concluir a fase de Planejamento. Certifique-se de
ter inserido todas as informações que validem o diagnóstico, a busca pelas causas-raízes do seu problema, a
estratificação, a busca por soluções e estabelecimento das suas metas.
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Execução
Divulgação do plano de ação elaborado
Aqui a “chave de ouro” é a Comunicação. Esteja ciente de todos que precisam ser acionados e informados a
respeito do seu plano de ação, tenha certeza nesse momento que ninguém ficou de fora, pois, por menor que seja a
participação de alguém, você quer ter certeza de que seu projeto vai ser bem executado, certo? Portanto revise a lista
de Stakeholders e faça uma análise do nível de engajamento com o seu projeto.
O gráfico abaixo mostra um bom exemplo dos Canais de Comunicação que você pode usar, dependendo do
nível de nível de envolvimento dos interessados:
DICA: Cuidado para não enviar informações de menos ou de modo errado para quem tem um nível de
engajamento alto com o seu projeto, nem para enviar informações demais e sobrecarregar quem só
precisa ser informado
Na hora do treinamento, procure ter um roteiro para seguir e garantir que todas as informações que você
precisa passar serão abrangidas. Cuide também para que o público se sinta envolvido e comprometido com as
mudanças que você está propondo, para isso considere mostrar algumas das ferramentas que você e utilizou para
caracterização e diagnóstico do problema como o Diagrama de Ishikawa, que demonstrem a importância do tema
apresentado.
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Caderno PDCA
Busque reaplicar ferramentas nesse caso, que podem te ajudar a compreender os desvios de planejamento e
como inserir novas informações afim de que seu resultado seja atingido, mesmo com modificações. Algumas sugestões
nesse momento são: Diagrama de Ishikawa, Técnica dos Porquês, revisão das metas SMART e do próprio cronograma.
Lembre-se que estamos inseridos em um universo extremamente rico de conhecimento técnico e experiências,
portanto tenha calma e considere conversar e envolver outras pessoas que podem te auxiliar a compreender os
desvios e reencontrar o melhor caminho para o seu ciclo.
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Ajustes necessários:
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Feedbacks:
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Verificação
Comparação dos resultados
Conforme as ações vão sendo implantadas, dados passam a ser coletados e precisam ser comparados com os
dados do histórico inicial do problema, dessa forma é possível verificar se suas ações estão gerando resultados
positivos e satisfatórios, que indicam a conquista da meta SMART. Nessa etapa é importante ter sensatez em analisar
se os resultados estão sendo positivos devido à implantação das suas ações ou se estão vindo de outras fontes,
exemplo: você propôs uma redução de consumo de água e sua Mensuração é gasto mensal, no entanto, no mesmo
mês de início das suas ações a tarifa de água passou por uma redução, assim o consumo não diminui ou pode até ter
aumentado, o que acontece é que ele está custando menos agora, o que não caracteriza o atingimento da meta.
No caso de aplicação de Pesquisa de Opinião, faça um roteiro das principais perguntas que orientam a análise
de qualidade das ações propostas. É importante ter cuidado quando coletamos opiniões, pois elas variam entre muitos
fatores, desde a interpretação da pergunta até o humor da pessoa no momento de resposta. Dito isso, uma ferramenta
que pode auxiliar a minimizar as influências externas na coleta de opiniões é a Escala de Likert, que além de servir
como um norteador para respostas mais assertivas, pode ser facilmente convertida em estatística.
Na sua opinião, o novo processo de desgaseificação do tanque de diesel colaborou para um ganho de
segurança e aumento de produtividade?
Resposta 2
Resposta 3
Resposta 4
Resposta 5
Se considerarmos as classificações uma escala de 20% - 40% - 60% - 80% e 100% de satisfação, teremos que a
resposta para a pergunta, por média simples, é de: 76% de satisfação.
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Caderno PDCA
Utilize o espaço abaixo para fazer as comparações dos dados agora que você possui os resultados das ações
implantadas:
Vai coletar um feedback dos envolvidos por Pesquisa de Opinião? Que tal elaborar suas perguntas?
Pergunta 1:
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Pergunta 2:
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Pergunta 3:
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Pergunta 4:
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Pergunta 5:
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Padronização
Elaboração de um novo padrão ou alteração do já existente
Esta etapa é dedicada a oficialização das mudanças que suas ações geraram. Portanto verifique a necessidade
de criação ou atualização de ASTs, Termos de Referência (PRO), fluxogramas, alinhamentos, processos (PGP) etc.
Buscar semelhança de layouts e fluxos já existentes é importante para que sua padronização seja facilmente
compreendida e disseminada.
Aqui uma ferramenta prática, visual e bastante simples é a Lição de Um Ponto (LUP), que consiste em mostrar
uma única mudança de processo, que pode ser um cartaz exposto no local de execução do serviço ou um treinamento
breve de 5 a 10 min. Veja abaixo um exemplo de LUP de retirada dos truques, debaixo da locomotiva suspensa por
ponte rolante, antes feita por 4 colaboradores expostos ao risco e depois das ações implantadas, feita via estrutura
que empurra os truques sem necessidade de exposição:
DICA: Note que o objetivo do LUP é mostrar um “antes” e um “depois”, para evidenciar as mudanças
estabelecidas e reforçar as novas práticas
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Caderno PDCA
Vamos aproveitar este espaço para estruturar a padronização das suas ações?
Estruturando o treinamento:
Lista dos participantes: Local: Materiais necessários:
Duração: Data
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Caderno PDCA
Conclusão
Relacionando os problemas remanescentes
Ao revisitar a Estratificação e o Diagrama de Ishikawa após a implantação das mudanças, é natural que algumas
causas-raízes ou partes do problema global não tenham sido abrangidas ou, ainda que tenham sido mapeados, alguns
problemas ainda persistam. Esta fase serve justamente para verificar o que não foi possível resolver ou o que pode ser
incluído numa próxima fase do seu ciclo.
Mudanças comportamentais;
Engajamento, motivação, empatia, senso de responsabilidade etc.;
Amadurecimento profissional e de time;
Visão corporativa, processual e de negócio.
Nesta fase, é importante fazer uma reunião ou Brainstorm, para anotar tudo que você ou seu time aprenderam
com este ciclo. Não em termos de ganhos, mas em termos de quais lições você tirou desse projeto, como você se
compara iniciando este trabalho e agora concluindo, ou seja, seu desenvolvimento e amadurecimento como
profissional e claro, quais etapas, processos ou ações poderiam ter sido melhores e por quais motivos.
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Caderno PDCA
Antes da apresentação final do seu trabalho, certifique-se que todas as fases foram contempladas:
CHECKLIST: assinale as ferramentas utilizadas em casa fase do seu cliclo e certifique-se de que todas estão
apresentadas nos seus slides
Gráfico de Pareto
2.1 Conhecendo as características
Diagrama de Árvore
do problema
2. Análise do Gráfico de Barras (Colunas)
2.2 Estratificação do problema
Fenômeno Gráfico de Setores (Pizza/Torta)
2.3 Elaboração de cronograma
Matriz de Priorização
inicial
PLAN 5W1H
Diagrama de Causa e Efeito
3.1 Definição das causas influentes
(Ishikawa/Espinha de Peixe)
do problema
Técnica dos Por Quês
3. Análise do 3.2 Identificação das causas
Diagrama de Afinidades
processo fundamentais
Diagrama de Relações
3.3 Priorização das causas
Gráfico de Dispersão (Correção)
3.4 Análise das causas priorizadas
Experimentos
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Caderno PDCA
Vamos juntos tirarmos as lições aprendidas desse ciclo? Reflita e responda as perguntas abaixo:
Se sim, indica pra alguém esse caderno, ficaremos muito felizes de ver mais processos sendo melhorados
Um abraço,
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Caderno PDCA
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Elaborado por Carolina Ishikawa Kubiaki
Revisado por Tatiane Guizolf Chernhak e Fernanda Robazza Pinow
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