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John Rawls - Teoria da Justiça

 Uma sociedade é justa: Quando aumenta o bem-estar de todos os cidadãos. Quando se segue
por uma conceção aceite por todos os cidadãos. A igualdade de liberdades e de direitos entre os
cidadãos é inviolável.
 Justiça como equidade: Nas sociedades humanas, surgem constantemente conflitos de
interesses, em particular quando se trata de repartir os seus benefícios e riquezas.
Deve-se procurar atingir a equidade entre todos os cidadãos. Princípios de justiça
 Princípios da Justiça: Distribuição adequada dos benefícios e encargos da cooperação
da sociedade. Atribuir os direitos e deveres nas *instituições básicas sociedade.
*Sistema público de regras que determina funções e posições, como o parlamento,
tribunais, mercados.
 Posição original: Os princípios da Justiça são aceites por pessoas racionais e morais, colocadas
numa situação de Igualdade e Liberdade. Acordo quanto à conceção Justiça.
Princípio da Igualdade — As desigualdades económicas e sociais devem ser distribuídas por
forma a que, simultaneamente:
- Proporcionem a maior expetativa de benefício aos menos favorecidos. Princípio da diferença.
- Sejam consequência do exercício de cargos e funções abertos a todos em situação de igualdade
de oportunidades. Princípio da igualdade de oportunidade.
 Véu da ignorância: Estatuto social, Classe social, Cultura, Sociedade, Força, Inteligência.
 Princípios da Justiça: Princípio da Liberdade — cada pessoa deve ter um direito igual ao
mais vasto sistema total de liberdades básicas iguais que seja compatível com um sistema
semelhante de liberdade para todos.
Liberdades Básicas — Liberdade política, de religião, de reunião, de pensamento, de opinião e
de expressão.
 Objeção de Consciência: Não cumprimento de uma regra ou ordem pública por questões de
consciência. Ato Individual.
 Desobediência Cívica: Revolta dos cidadãos aquando da violação persistente e deliberada dos
princípios da justiça. Ato publico, não violento e de cariz político, que tem como fim provocar a
alteração das leis ou da política seguida pelo governo.
Conhecimento
Conhecer, em sentido lato, é adquirir e organizar informações sobre o meio envolvente de modo a
permitir a constante adaptação do organismo ao meio, possibilitando assim a sua sobrevivência.
Conhecer, em sentido restrito, apenas aplicável aos seres humanos, pode ser entendido como a
construção de representações mentais que o sujeito organiza ao longo da vida na sua relação com os
objetos. Nesta perspetiva restrita, alguns conceitos foram sendo consagrados para descrever a
estrutura envolvida na atividade cognitiva. 
Numa perspetiva fenomenológica são centrais os seguintes conceitos:
 Sujeito (aquele que conhece).  Falar do sujeito é falar de algo que é único, com interesses,
perspetivas próprias. 
 Objeto (o que é conhecido). Aquilo que se apresenta aos sujeitos, e como tal é apreendido
sempre de modo diverso. O objeto está fora do sujeito, transcende-o.
 Representações. Da relação entre o sujeito e o objeto, produz-se na consciência do sujeito uma
representação do objeto, que o permite evocar na sua ausência. A representação é sempre
contaminada por fatores de natureza subjetiva.
Numa perspetiva sensitiva temos que ter em conta os seguintes:
 Sensação (apreensão imediata do objeto pelo sujeito). As sensações são processos fisiológicos
de ligação do organismo ao meio, através dos órgãos sensoriais. Estes processos consistem na
transmissão de um influxo desde os órgãos sensoriais até aos centros de descodificação. A
sensação realiza-se pela ação de um estímulo específico sobre o recetor que é apropriado para o
receber. 
 Perceção (configuração ou construção individual dos dados sensoriais, em função dos
mecanismos recetores, experiências anteriores, interesses, etc). A palavra perceção deriva do
latim "perceptio" que significa ação de recolher, e por extensão "conhecimento" como
apreensão. Também provém de "percipere" que significa apoderar-se de algo, perceber.
Neste último sentido a perceção distingue-se da sensação, pois é a própria consciência da sensação
(ou conhecimento). O que caracteriza a perceção é a apreensão da realidade, não como impressões
sensoriais isoladas, mas um conjunto organizado, ou uma totalidade portadora de sentido.
 Razão (elaboração de representações mentais abstratas (conceitos, discursos), relações lógicas
e teorias interpretativas sobre a realidade. 
Tipos de Conhecimento
O conhecimento pode ser adquirido ou construído de diversos modos:
a) Conhecimento experiência. O que adquirimos através do contacto com objetos ou situações,
mas também na vivência dos nossos estados metais. 
Exemplo: O João conhece a cidade de Boston.
b) Conhecimento competência. Adquirido em geral através da imitação de ações, e que
resultam na aquisição de habilidades e saberes-fazer. Conhecimento prático.
Exemplo: Ele sabe plantar batatas.
c) Conhecimento proposicional ou de verdades. Está ligado à produção de juízos, enunciados
verbais. É a forma mais frequente de transmissão de conhecimentos entre as pessoas. O
conhecimento é verdadeiro ou falso. 
Exemplo: Sabe que D. Afonso Henriques foi o primeiro rei de Portugal.
Conhecimento e Crença
A teoria tradicional sustenta que para que haja conhecimento é necessário que estejam
reunidas três condições: 
a) Crença (ou Convicção). Ninguém conhece nada, se não acreditar naquilo que lhe dado
conhecer. Desta afirmação não se pode inferir que saber e acreditar sejam mesma coisa. 
b) Verdade. Não basta acreditar para que haja conhecimento, é necessário que aquilo em que
acreditamos corresponda a algo real. O conhecimento é inseparável da verdade. As nossas
crenças têm que corresponder a algo que possa ser visto, verificado, provado.  Daqui não
podemos inferir que todas as crenças que se revelem verdadeiras, e por consequência as
possamos considerar conhecimento. 
Exemplo: Posso estar convencido que um dado número irá sair na lotaria, mas se tal por hipótese
ocorrer, isto não significa que possamos falar em conhecimento. 
c) Justificação. Uma "crença" que se revela "verdadeira" não é nenhum conhecimento. Para que
possamos considerar algo como conhecimento é necessário também que este se seja justificado
por um conjunto de bons argumentos racionais, capazes de nos convencer que não se trata de um
mero acaso ou coincidência.
Não podemos por último concluir uma "crença justificada" seja um conhecimento, é necessário
que também seja verdadeira. Neste sentido, podemos definir o conhecimento como uma "crença
verdadeira justificada".
A principal objeção a esta Teoria radica no facto destes conceitos aplicados ao conhecimento não
serem tomados de forma absoluta, o que pode dar origem a falsidades. A crença pode ser mais
ou menos forte; a verdade questionável; a justificação mais ou menos conclusiva. 
 

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