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DIREITO OBJETIVO E DIREITO SUBJETIVO

Para começarmos devemos nos atentar a fundo aos conceitos e semânticas das
palavras objetivo e subjetivo. A hermenêutica é essencial para o Ordenamento Jurídico,
tendo até um ramo próprio para o mesmo, a Hermenêutica Jurídica. Apesar dos
conceitos de Direito Objetivo e Direito Subjetivo serem um conteúdo simplista, apenas
uma dicotomia, uma dualidade, enfim, podem gerar inúmeras interpretação e somente
com a semântica já podemos resolver esse problema e conciliar com a disciplina,
absorvendo muito sobre esse tema.

Segundo o dicionário Michaelis, o significado da palavra “objetivo” é:

“4. A notícia ou julgamento, sem preconceitos, livre de interesse e predileções;


imparcial e isento.

5. Que investiga e julga sem relação ou influência de sentimentos ou opiniões


pessoais; imparcial, isento.

6. Que apresenta rapidez e praticidade nas ações; que não se perde em lucubrações;
direto, prático, positivo.”

Diante desta perspectiva sobre a semântica da palavra objetivo, podemos voltá-


la diretamente para o Direito. Assim, desta forma Direito Objetivo não é somente a Lei
e muito menos somente a Justiça, é o Todo, é o Aparelho, o Órgão, o próprio
Ordenamento Jurídico em si como um todo. Ordenamento Jurídico este, que investiga
e julga de forma imparcial e isenta. Aquele que é direto, aquele que é positivo, livre de
interferências e influências para assim assegurar a paz e o bem-estar social. No
sentido filosófico segundo o dicionário Michaelis, o objetivismo é aquilo pela qual se
admite que, somente através da compreensão exata de objetos externos, se alcança o
verdadeiro conhecimento, desprezando-se os dados subjetivos fornecidos pela
sensibilidade e pela imaginação. Nos deixando explícito a sua relação com a Filosofia
Positivista.

A semântica da palavra “subjetivo", por sua vez, temos que, segundo o


dicionário Michaelis é:

“1. Relativo a sujeito.

2. Que exprime ou manifesta apenas as ideias ou preferências da própria pessoa;


individual, particular, pessoal.
3. Marcado por uma atitude tendenciosa ou parcial.”

A partir desta semântica temos o seu real significado, aquilo que é relativo ao
sujeito, voltando agora para o tema Direito podemos conciliar perfeitamente. O Direito
Subjetivo é o direito que é exercido pelo sujeito, seja o reclamante ou o representante,
aquele que deve buscar, fazer prevalecer seus direitos, o que julga ser a justiça de
forma tendenciosa e parcial, direitos esses garantidos já pelo Direito Objetivo através
do Positivismo. Garantindo e preservando assim as liberdades individuais com a
premissa de não ocorrerem injustiças contra a minoria, neste caso o indivíduo que é
subjugado diante o coletivo. Na perspectiva filosófica, segundo o dicionário Michaelis,
temos que a subjetividade é a que está somente no sujeito, no eu; que se passa ou
existe apenas no espírito.
Diante dessas explicações sobre as semânticas e conceitos filosóficos, quero
enfatizar o uso da hermenêutica no Ordenamento Jurídico, apenas estudando de forma
epistemológica a semântica das palavras, já podemos absorver muito sobre essa
dualidade, nós como futuros juristas devemos não somente se dedicar a doutrina da
legislação, seguindo o Juspositivismo cegamente, sem espaços para interpretações,
mas sim devemos usar a Hermenêutica Jurídica a nosso favor, a qual deve nos
acompanhar pela nossa vida acadêmica, não somente, como também em nossa vida
profissional.

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