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As origens do totalitarismo

A condição humana

Entre o passado e o futuro

Sobre a Violência - 1969

Relação da política com a violência – Marx , Hegel, Fanon

O consenso entre os teóricos de que a violência é a manifestação do poder – Arendt nega a


tese.

O fim da violência nas relações entre Estados equivale ao fim do poder?

Retoma ao conceito de poder em Voltaire – O poder consiste em fazer com que os outros ajam
como eu quero.

Obedecer e ser obedecido.

Todas as instituições políticas são manifestações e materializações do poder. Sem o poder elas
se deterioram – uma ideia que remete a Madison

Tirania é a forma mais violenta de governo – Poder e violência não são a mesma coisa.

 Poder é habilidade humana de agir em uníssono.


 Vigor/Potência é a qualidade inerente a um objeto ou pessoa.
 Força; energia liberada através de movimentos físicos e sociais. Não é a mesma coisa
de violência.
 Autoridade. Termo atribuído a pessoas ou instituições. Depende do reconhecimento e
do respeito.
 Violência. Se distingue pelo caráter instrumental e requer orientação tendo em vista
um fim.

Violência e poder são opostos – Mas nada é mais comum do que a combinação. Andam
próximos, mas não são a mesma coisa.

O poder depende de números – Nesse caso, de adesão de grandes parte das pessoas.

A violência não precisa ter adesão. Ela acontece independentemente disso.

O poder é parte da essência do governo, enquanto a violência não.

A violência precisa de justificativa, o poder precisa de legitimidade.


Ainda que o poder e a violência possam se apresentar juntos, o poder é predominante. A
violência é um meio e não um fim.

A violência é capaz de destruir o poder, ela não cria o poder. Ela nunca vai criar o poder.

A violência não pode originar-se do seu oposto.

A natureza e as causa da violência – como condição animal – (não é verdade). O ser humano
não é violento por conta da sua natureza.

A violência não se origina do ódio – A autora rejeita.

Para a autora o USO DA RAZÃO NOS TORNA PERIGOSAMENTE IRRACIONAIS. (PARADOXO).

Fanon entende a violência como algo intrínseco a própria vida. A Hannah Arendt não concorda
com a ideia de que violência é inerente a condição humana. Nem o poder e nem a violência
são naturais.

Nada é mais perigoso do que entender a violência e o poder como coisas naturais. O racismo
não é um fato da vida, mas uma ideologia. A violência nos conflitos raciais é assassina, mas não
irracional. Ele não existe independentemente do que qualquer outra coisa.

A violência é instrumental, racional, eficaz e procura uma finalidade em relação aos objetivos
de curto prazo. Por isso muitas vezes o poder sede as exigências da violência.

Como a violência é imediata, as vezes o poder sede lugar pra violência. E o problema dessa
situação é que os meios (a violência como instrumento) dominem os fins. (aquilo que se quer
alcançar).

O papel da burocracia como forma de poder em que somos privados de agir. E o fato de agir
que nos torna políticos. Pode haver a glorificação da violência que é igual a frustração de agir.
Portanto, acaba sendo um mecanismo.

Toda diminuição de poder é um convite a violência

A ciência realiza o impossível, mas não consegue realizar o possível. E isso é um caminho para
a violência.
NECROPOLÍTICA –

Parte da noção de biopoder – Foucault

Sob quais condições práticas de exerce o direito de matar, deixar viver ou expor à morte? E
quem é o sujeito dessa lei?

O que a implementação de tal direito nos diz sobre a pessoa que é condenada a morte?

Essa noção de biopoder é suficiente para contabilizar as formas em que o político faz do
assassinato do inimigo o seu objetivo primeiro e absoluto?

O contexto da guerra é a concepção mais óbvia sobre o direito em tela, mas contextos urbanos
e rurais da sociedade brasileira, em mais precisamente no contexto amazônico pode ser objeto
de reflexão no sentido proposto pelo autor, de que há pessoas deliberadamente expostas a
morte.

A guerra é um meio de alcançar a soberania e um direito de matar.

Estado de exceção – Esse termo é atrelado ao nazismo, totalitarismo, menos extremos.

Soberania – É a produção de normas gerais sobre um corpo de homens e mulheres livres e


iguais.

A política é ao mesmo tempo um projeto de autonomia e a realização de um acordo coletivo


mediante comunicação e reconhecimento.

Separação moderna e a razão e a desrazão (política versos barbárie). A política ideal nem
sempre cumpre o que promete e da mesma forma a soberania tem um ideal.

A soberania como um convite a liberdade, abstendo-se de si em função da coletividade. Mas


na prática a soberania é um projeto de destruição material de corpos humanos e populações.
A soberania é um pretexto para dizer quem pode viver e quem deve morrer.

O ser humano torna-se sujeito pelo trabalho e luta pelo qual enfrenta a morte. (Noção dada
em Hegel).

Bataille – A soberania é a recusa em aceitar os limites a quem o medo da morte teria


submetido o sujeito.

O sentida da vida passa pelo enfrentamento da morte. A morte dá sentido pra vida. O ser
humano é consciente do seu tempo de vida, e sua vida gira em torno do enfrentamento da
morte.
Biopoder – Foucault – Estado de Exceção e estado de sítio.

Apontada o Estado nazista que acreditava no direito de matar.

Revolução Francesa marca a modernidade dizendo que o terror é quase uma parte necessária
da política.

Critica o iluminismo – A racionalização do mundo moderno não exclui, mas abraça o terror e as
consequencias do terror. Por isso a ideia de matar não ocorre a margem da reflexão ou a
margem da lei, mas ela ocorre junto com a própria racionalização da vida.

O direito de matar não é ausência de lei.

O terro e a escravidão – Primeira manifestação da biopolítica. A comercialização da vida do


outro. Uma morte em vida. Abuso do corpo do outro.

As formas contemporâneas que subjugam a vida ao poder da morte (necropolítica)


reconfiguram profundamente as relações entre resistência, sacrifício e terror.

A existência de mortos vivos. Ressignificar o espaço público -

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