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• O hidrogênio liberado é tamponado por grupos amino da hemoglobina, a qual se transforma em H-Hb
• Com o aumento da concentração intra-eritrocitária de bicarbonato, este se difunde para o plasma em
virtude do gradiente de concentração
• Portanto, é nas hemácias que se forma parte do bicarbonato plasmático
• Com a saída de HCO3-, o Cl- adentra a célula, a fim de manter a eletroneutralidade.
Ossos
• Contêm cerca de 60% do CO2 do organismo
• maior parte sob a forma de carbonato, formando complexos com
cálcio, sódio e outros cátions
• O restante existe sob a forma de bicarbonato, associado à
hidroxiapatita
• Na acidose crônica (como na insuficiência renal crônica), a
necessidade de tamponamento leva à dissolução óssea, com
liberação de tampões fosfato e carbonato, em um mecanismo
possivelmente mediado pelo paratormônio (PTH)
Controle respiratório da pCO2
• Segunda linha de proteção contra distúrbios acidobásicos controle
da concentração de CO2 pelos pulmões
• A variação da pCO2 pela respiração é uma importante maneira de
normalizar o pH
• Quando há aumento da concentração de H+, este se combina com o
bicarbonato, formando ácido carbônico (H2CO3), que se dissocia em
H2O e CO2
• O CO2 continuamente produzido pelo metabolismo e resultante das
reações dos sistemas tampão é rapidamente eliminado pelos
pulmões
• A ventilação alveolar é estimulada ou inibida por variações na [H+]
• Quando a concentração hidrogeniônica está elevada, o centro
respiratório é estimulado, aumentando a amplitude dos movimentos
respiratórios (hiperventilação alveolar) e eliminando mais CO2
• Uma inibição do centro respiratório (hipoventilação alveolar) ocorre
se a concentração de hidrogênio está baixa
Controle renal
• Sistemas tampão e controle respiratório mecanismos temporários
• Um mecanismo mais duradouro é realizado pelos rins
• reabsorção de quase todo o bicarbonato filtrado
• recuperação do HCO3- consumido no tamponamento de ácidos fixos
• Excreção de H+ na urina
• Para cada molécula de bicarbonato consumida, o rim reabsorve ou
regenera uma nova molécula de bicarbonato
• A urina torna-se ácida pela reabsorção das substâncias alcalinas ou
pela adição de ácido ao fluido tubular
Reabsorção tubular de bicarbonato
• O bicarbonato é filtrado livremente pelo glomérulo
• Em adultos, cerca de 4.500 mEq de bicarbonato é filtrada por dia
• Se houvesse perdas de bicarbonato, mesmo que pequenas em
relação ao total, os estoques seriam rapidamente esgotados
• Isso é evitado pela existência de uma grande avidez tubular pela
reabsorção de bicarbonato, que ultrapassa 99,9% do bicarbonato
filtrado, ou seja, apenas 2 mEq de bicarbonato é excretado por dia
• CO2 formado dentro do lúmen se difunde para dentro da célula, onde se combina
com o OH- resultado da dissociação da água, e, novamente, sob ação da anidrase
carbônica, forma-se HCO3-
• O amônio (NH4+) aparece na urina sob forma de sais neutros (p. ex.,
cloreto de amônio – NH4Cl), o que serve para excretar H+ sem uma
maior diminuição no pH urinário
Controle renal do equilíbrio acido básico é realizado por meio dos seguintes mecanismos:
Reabsorção do HCO3- filtrado e regeneração de HCO3- pela excreção de H+ ligado a tampões e na forma de NH4+
O que possibilita a excreção de H+ na urina sem uma acidez excessiva
...em resumo
pH
• A [H+] é muito baixa, torna-se mais simples expressar essa concentração
em escala logarítmica, utilizando as unidades de pH
• O pH é inversamente proporcional à concentração hidrogeniônica
• pH baixo corresponde a uma alta concentração de íons hidrogênio
• pH alto a uma concentração hidrogeniônica baixa
• Portanto, a atividade dos íons H+ em uma solução determina a sua acidez
ou
acidose metabólica;
acidose respiratória;
alcalose metabólica;
alcalose respiratória.
• Pode ser:
• aguda (duração de minutos a dias)
• crônica (duração de semanas a anos)
Causas de acidose metabólica
• Indicações:
avaliação do distúrbio do equilíbrio ácido-base
avaliação da oxigenação pulmonar do sangue arterial
avaliação da ventilação alveolar pela medida da pressão parcial do gás
carbônico do sangue arterial (PaCO2)
avaliação de perfusão tecidual (lactato arterial)
avaliação de fluidonecessidade/fluidorresponsividade (SvO2 / ∆PCO2)
Erros na amostra
• Deve-se evitar a presença de bolhas de ar na amostra, pois isso pode aumentar falsamente a PaO2
• Demora para análise após coleta:
• O sangue é um tecido vivo, então o O2 é consumido e CO2 é produzido constantemente.
• A glicólise, realizada pelas hemácias, produz ácido lático e altera o pH
• Aumentos significativos de PaCO2 e reduções de pH são observadas quando as amostras de sangue são deixadas em temperatura ambiente por
mais de 20 minutos
• Caso não seja possível o envio imediato para o laboratório, recomenda-se estocar as amostras em gelo. O que aumenta o intervalo para
processamento em até 2 horas
• A presença de heparina em excesso na amostra pode alterar a PaCO2, PaO2, base excess e HCO3, sem alterar o pH
• Caso o paciente esteja sob ventilação mecânica (invasiva ou não invasiva), deve-se aguardar de 10 a 30 minutos para solicitar uma
gasometria. Tempo necessário para que as trocas gasosas se restabeleçam, após alguma alteração nos parâmetros ventilatórios
• Pontos que levantam a suspeita de amostra inadvertidamente venosa:
Não se observa o enchimento instantâneo da seringa de gasometria
O resultado da análise dos gases não é compatível com o cenário clínico
A PaO2
• é inesperadamente muito baixa e a PaCO2
• é muito alta
A saturação de O2
• na oximetria de pulso é maior que a medida na gasometria
Parâmetros gasométricos
• pH
• PO2
• PCO2
• Saturação de O2
• Bicarbonato
• “Base excess”
• Lactato
pH
• Medido diretamente: eletrodos e analisadores digitais
• Valor Normal: 7,35 – 7,45
>7,45 ALCALEMIA
PaO2
• Pressão parcial de oxigênio
• O oxigênio é mantido dissolvido no sangue na proporção de 100ml de sangue para 20ml
O2 (ar ambiente e Hb 15 g)
• Medido diretamente: eletrodos e analisadores digitais
• Avalia troca de oxigênio alvéolo-capilar
• Valor normal: 80 – 100mmHg
2. A médio prazo: Excreção de HCO3- pela urina para baixar o pH até o normal; Perda de H2O que provoca
desidratação e diminui o volume plasmático; Hemoconcentração - aproximação das hemácias para
facilitar o transporte de O2 por um processo difusional.
3. A longo prazo: Secreção de eritropoietina pelo rim estimulando a medula óssea a fazer eritropoiese
(reposição dos eritrócitos) por meio de fatores de indução hematopoiética. Aumento de volume
sanguíneo - recuperação da capacidade de transporte de O2 como medida adaptativa, considerando que
o sangue se encontra agora com mais hemácias em relação ao observado quando se está ao nível do mar.
Tempo de adaptação: Até 2.100m - 2 semanas; para cada 600m a mais, deve-se aumentar em mais uma
semana.
Exercício e altitude
• Perda de performance:
Até 1.500 m - não há perda significativa;
a cada 1.000m a mais - perda de 10% do VO2 máx.
PaCO2
• Pressão parcial de dióxido de carbono
• CO2 é produto de metabolismo celular (metabólito) na formação de
ATP mitocondrial em conjunto com a água
• Medido diretamente: eletrodos e analisadores digitais
• Avalia a ventilação alveolar
• Valor normal: 35 a 45 mmHg
• A elevação dos seus valores denota dificuldade de troca gasosa ou
hipoventilação
SaO2
• Saturação de oxigênio
• Avalia % Hb ligada ao Oxigênio
• Valor normal: 95 a 97%
• Calculada a partir da curva de dissociação da
hemoglobina ou pode ser medida
diretamente com um co-oxímetro
• Com o advento da oximetria de pulso, a
saturação periférica da hemoglobina (SpO2)
passou a ser importante método não invasivo
para avaliação indireta da PaO2
• Na curva de dissociação da Hb, os valores
decrescem concomitante a baixa da SpO2,
porém quando atingido valor menor que 90%
ocorre queda acentuada da PaO2
HCO3
• O bicarbonato é calculado usando a equação de Henderson-
Hasselbach:
pH = pKa + log {[HCO3] / [CO2]}
pKa é o logaritmo negativo da constante de dissociação do ácido carbônico
• Bicarbonato padrão (standard HCO3) é calculado a partir de um PaCO2
de 40 mmHg
• Valor noraml: 21 a 27mEq/L
• Apesar do HCO3 ajudar no diagnóstico de acidose metabólica, ele dá
poucas pistas a respeito da fisiopatologia do processo que gerou o
distúrbio
Base excess (BE)
• O Bicarbonato não é a única base do nosso organismo
• O base excess (BE) é definido como a quantidade de ácido forte necessária para titular o sangue
para um pH de 7,4 com uma PaCO2 de 40 mmHg a 37°C
• BE “elimina” o componente respiratório do distúrbio acidobásico e identifica a contribuição
metabólica a ser interpretada com o pH e a concentração de [H+]
• O valor normal para o Base Excess é entre a faixa de -3 a +3
• BE < -3 perdendo bases
• distúrbio primário (acidose metabólica)
• compensatório (alcalose respiratória –
excreção de bases para compensar diminuição da PCO2)
ou