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Índice

1. Introdução.........................................................................................................................................3
1.1 Problema.....................................................................................................................................4
1.1.1 Objectivo Geral:...................................................................................................................4
1.1.2 Objectivos específicos..........................................................................................................4
1.2 Metodologia................................................................................................................................5
2. Revisão da literatura..........................................................................................................................6
3.Breve histórico...................................................................................................................................6
4. Conceitos relacionados..................................................................................................................6
4.1 Creche.........................................................................................................................................6
4.2 Refeição na Creche......................................................................................................................6
4.3 Criança........................................................................................................................................7
4.5 Alimento..........................................................................................................................................7
5. Composição química nutricional de alimentos..................................................................................7
6. Possíveis reações de alimentos..........................................................................................................9
7. Grupo de alimentos na creche 1º de Maio com base na composição nutricional.............................12
8. Conclusão........................................................................................................................................13
9. Revisão bibliográfica.......................................................................................................................14

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1. Introdução
O presente trabalho enquadra-se na cadeira de segurança e gestão de qualidade e tem como
objectivo debruçar sobre a falta de conhecimento sobre a composição química nutricional e
possíveis reações de alimentos oferecidos em crianças dos 0 aos 5 anos de idade na creche 1º
de Maio.
Actualmente com a globalização e com as mais diversas tarefas que impedem os pais de
cuidarem das suas crianças a tempo interior associado ao facto e proporcionar uma educação
pré-escolar leva cada vez mais aos pais a procurar deixar os seus filhos sob cuidados destas
intuições chamadas de creches.
As entidades que cuidam de crianças de 0 a 5 anos (creches, pré-escolas, centros de educação
infantil) devem ser locais fisicamente adequados para receber crianças nesta faixa etária.
Devem ser ambientes acolhedores e saudáveis, onde elas se sintam à vontade para se
expressarem e recebam boa alimentação e higiene adequada.
Deste modo pretende-se com este trabalho desenvolver mais a componente química e
nutricional dos alimentos confeccionados para as crianças.

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Palavras chaves:
 Vale do infulene
 Mercado do zimpeto
 Crianças dos 0 aos 5 anos
 Inspecção de saúde
 Refeições das crianças

1.1 Problema
 Falta de conhecimento sobre a composição química nutricional e possíveis reações de
alimentos oferecidos em crianças dos 0 aos 5 anos de idade na creche 1º de Maio

1.1.1 Objectivo Geral:


 Conhecer a composição química e nutricional dos alimentos fornecidos as crianças
residentes na creche 1º de Maio, suas combinações, seus benefícios para crianças dos
0 aos 5 anos de idade

1.1.2 Objectivos específicos


 Descrever a composição química nutricional de alimentos
 Identificar as possíveis reações de alimentos (podem ser benéficas ou prejudiciais)
 Categorizar os grupos de alimentos na base da sua composição nutricional

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1.2 Metodologia
Para o presente trabalho, iremos fazer o uso da pesquisa documental.
Segundo Lakatos e Marconi (2001), a pesquisa documental é a coleta de dados em fontes
primárias, como documentos escritos ou não, pertencentes a arquivos públicos; arquivos
particulares de instituições e domicílios, e fontes estatísticas

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2. Revisão da literatura
3.Breve histórico
A creche 1° de Maio localiza-se na cidade de Maputo, na avenida Eduardo Mondlane, bairro
da Polana Cimento.
Ela alberga cerca 50 crianças dos 0 aos 5 anos de idade. Esta creche adquiri diferentes
produtos alimentares agrícolas, tais como cenoura, repolho, couves, feijão, alface, beterraba
no Vale Infulene, farinha de milho, arroz, massas, feijão e óleo no recheio, carne e peixe na
Terramar, batata Reno, banana e laranja no Mercado Zimpeto para elaboração das refeições
das crianças. No passado uma das vezes ocorreu que durante um período as crianças estavam
a ser administradas refeições a base de massa refugada e repolho o que a Inspecção de saúde
reprovou tendo recomendado da necessidade de as refeições passar a consistir da combinação
de cereais, feijões, hortícolas e frutas ou cereais, cames/mariscos, hortícolas e frutas onde os
cereais podem de vez enquanto serem substituídos por batata reno. A inspecção não
aconselhava o consumo frequente da batata frita ou cames grelhadas.

4. Conceitos relacionados
4.1 Refeição na Creche
Segundo Peter Mangione (1990) in Post e Hohmann (2011), a hora da refeição não é
encarada como apenas um momento de caráter nutritivo, é também um processo de aquisição
e desenvolvimento de atitudes sociais, num ambiente calmo e relaxante. Tal como os adultos,
as crianças também gostam de socializar e interagir com os outros enquanto comem
(idem:222).

4.2 Alimento
Os alimentos nada mais são do que um instituto de direito de família que objetiva dar suporte
material às pessoas que não têm condições de arcar com sua própria subsistência, estando
diretamente relacionados á vida, á integridade física e á dignidade da pessoa humana (Pereira,
2005,p.1-2).

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5. Composição química nutricional de alimentos
Alimento Composição química (100 gramas)
Cenoura Calorias 25,0
Água 93,0 g
Carboidratos 4,3 g
Proteínas 1,4 g
Gorduras 0,2 g
Sais
1,1 g
Minerais
Vitamina A 235 UI
110,0
Vitamina B1
mcg
Vitamina B2 60,0 mcg
Vitamina B5 0,4 mg
Vitamina C 41,3 mg
Fósforo 32,0 mg
Ferro 0,57 mg
Cálcio 53,0 mg
Potássio 247,0 mg
Sódio 27,0 mg
Enxofre 25,0 mg
Repolho Calorias 25,0
Água 93,0 g
Carboidratos 4,3 g
Proteínas 1,4 g
Gorduras 0,2 g
Sais
1,1 g
Minerais
Vitamina A 235 UI
110,0
Vitamina B1
mcg
Vitamina B2 60,0 mcg
Vitamina B5 0,4 mg
Vitamina C 41,3 mg
Fósforo 32,0 mg
Ferro 0,57 mg
Cálcio 53,0 mg
Potássio 247,0 mg
Sódio 27,0 mg
Enxofre 25,0 mg
Couves
Feijão (g. 100 g–1):
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24,5 de proteínas;
51,4 de carboidratos;
16,6 de fibra insolúvel e 2,7 de fibra solúvel;
2,6 de cinzas, tendo como principais minerais (mg. 100 g–1):
ferro - 6,8; zinco - 4,1;
manganês - 1,5;
fósforo - 510,0 e
potássio - 1430,0.
Beterraba Calorias - 50kcal
Proteínas - 3g
Gorduras - 0g
Vitamina A - 2 U.l.
Vitamina B1 (Tiamina) - 50 mcg
Vitamina B2 (Riboflavina) - 50 mcg
Vitamina B3 (Niacina) - 0,600 mg
Alface Vitamina A equiv.
370 µg (46%)
Tiamina (vit. B1)
0.070 mg (6%)
Riboflavina (vit. B2)
0.080 mg (7%)
Niacina (vit. B3)
0.375 mg (3%)
Ácido fólico (vit. B9)
38 µg (10%)
Vitamina B12
0.00 µg (0%)
Vitamina C
9.2 mg (11%)
Vitamina E
0.22 mg (1%)
Vitamina K

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126.3 µg (120%)
Farinha de milho Carboidratos 7,2g 2%
Proteínas 1,3g 2%
Fibra alimentar 1,9g 8%
Cálcio 15,3mg 2%
Vitamina C 1,2mg 3%
Fósforo 30,1mg 4%
Manganês 0,2mg 9%
Magnésio 16,5mg 6%

Arroz Calorias 130g


Gorduras Totais 0,3 g
Gorduras Saturadas 0,1 g
Colesterol 0 mg
Sódio 1 mg
Potássio 35 mg
Carboidratos 28 g
Fibra Alimentar 0,4 g
Açúcar 0,1 g
Massa
Óleo 50 % de ácido linoleico e 7 % de ácido linolênico, além de 23,3 % de
ácido oleico,
Carne 75% de água, 21 a 22% de proteína, 1 a 2% de gordura, 1% de
minerais e menos de 1% de carboidratos.
Peixe peixes gordos: 68,6% de umidade, 20,0% de proteína, 10,0% de
lípides e 1,4% de cinza
Batata Reno
Banana Água (g) - 74,26
Energia (kJ) - 385 (92 kcal)
Proteína (g) - 1,03
Lipídeos (total) (g) 0,48
Carboidratos, por diferença (g) - 23,43
Fibra dietética (total) (g) - 2,4

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Cinzas (g) - 0,8
Laranja Cálcio 40 mg (4%)
Ferro 0.1 mg (1%)
Magnésio 10 mg (3%)
Manganês 0.025 mg (1%)
Fósforo 14 mg (2%)
Potássio 181 mg (4%)
Zinco 0.07 mg (1%)
.
6. Possíveis reações de alimentos para as crianças da creche 1º de Maio.
Cenoura Vegetais frescos como é o caso da cenoura, apresentam uma contaminação
diversificada, com microrganismos deterioradores que fazem parte da
microbiota normal do produto e que variam de acordo com as condições
geográficas e climáticas, com as práticas de produção adotadas, presença de
insetos, pássaros e outros animais domésticos ou selvagens, além da colheita,
transporte e armazenamento (VANETTI, 2004)
De acordo com um estudo, a cenoura pode causar reações alérgicas
relacionadas ao pólen em até 25% dos indivíduos alérgicos a qualquer
alimento. A alergia à cenoura é um exemplo de reatividade cruzada em que
as proteínas de certas frutas ou vegetais causam uma reação alérgica.
Repolho Está presente no repolho, quantidades significativas de glutamina e
polifenóis, o que contribui para que o repolho seja um alimento com
propriedades anti-inflamatórias.
Couves Se os rins não conseguem remover o excesso de potássio do sangue,
consumir potássio adicional pode ser fatal. Anticoagulantes: a couve é uma
fonte rica em vitamina K, que contribui para a coagulação do sangue. Por
isso, seu consumo pode interferir na atividade de anticoagulantes, como a
varfarina (Coumadin).
Feijão Fornece carboidratos, que proporcionam energia para o dia a dia, além de
nutrientes essenciais para uma vida saudável, como proteínas
ricas em lisina, vitaminas (principalmente as do complexo B), sais minerais
(como ferro, cálcio, potássio e fósforo) e fibras (que ajudam
no bom funcionamento do intestino e no controle dos níveis de colesterol e

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glicose do sangue.
Alface Ricas em fibras, as folhas de alface também ajudam no funcionamento do
intestino. A pectina, uma fibra solúvel, faz com que a glicose seja liberada
mais devagar, evitando picos elevados de glicemia no sangue, o que é bom
para controlar diabetes do tipo 2.
Beterraba A betaína, que está presente na beterraba, além de ser muito boa para a saúde,
também pode apresentar efeito colateral leve como: náusea, desconforto no
estômago. Não é apta para criança e se estiver tomando algum remédio, é
aconselhável que um médico seja consultado.
Farinha de Pobre em sódio, gorduras e livre de colesterol, faz dela uma importante
milho aliada da saúde cardiovascular, ajudando a prevenir doenças do coração
como hipertensão, aterosclerose e também a obesidade.
Arroz É uma importante fonte de carboidratos, e sua maior função é fornecer
energia ao organismo.
Massa É nutritivo e energético. Os carboidratos, principais nutrientes da massa,
funcionam como uma fonte de energia facilmente disponível.
Óleo Quando aquecidos sofrem oxidação térmica e produzem compostos como
peróxidos, que devem se transformar em aldeídos, cetonas, epóxidos,
dímeros e polímeros, prejudicando a qualidade dos alimentos
Carne A carne aumenta a acidez do sangue. Com o tempo, o sangue fica mais ácido,
promovendo mais inflamações e dificuldade na perda de peso, por exemplo.
Como forma de tentar compensar isso, o organismo acaba aumentando o
consumo de ferro, cálcio e magnésio, minerais fundamentais na formação de
hormônios e dos ossos.
Peixe Devido à grande variedade de minerais, vitaminas e nutrientes, o peixe ajuda
a prevenir tantas enfermidades físicas como doenças cardiovasculares,
diabetes, osteoporose, câncer, quanto mentais , como depressão e ansiedade.
Além disso, também reduz a taxa de partos prematuros, nutrindo e
fortalecendo o corpo.
Batata Contém magnésio e o magnésio é um mineral que mantém o bom
Reno funcionamento dos rins, impedindo que os cálculos surjam. O magnésio inibe
a acção do cálcio no organismo, principal agente formador das pedras nos
rins.

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Banana Rica em vitamina C, antioxidante que contribui com o equilíbrio sistema
imunológico. É fonte ainda de vitamina B6, capaz de estimular a criação – ou
síntese – de novas células.
Laranja É rica em nutrientes importantes como as vitaminas A, B e C,
Batatas Além do valor calórico, fritar alimentos ricos em amido, como batatas, em
fritas altas temperaturas pode produzir um produto químico chamado acrilamida,
que é considerado um “provável agente cancerígeno humano
Carnes Quando carne vermelha, aves ou mariscos são cozidos em fogo aberto,
grelhadas formam-se substâncias químicas como aminas. heterocíclico (HCA) e o
Hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (AP). Os HCAs se desenvolvem
quando aminoácidos, açúcares naturais e outros compostos da carne reagem
ao calor e à carbonização, enquanto os PAHs se formam quando os sucos e a
gordura da carne caem na grelha. o fumaça que explode está cheio de PAHs,
que grudam na superfície da carne.

HCAs e PAHs são considerados “prováveis carcinógenos humanoso que


significa que eles têm o potencial de causar câncer. Ambos os produtos
químicos são capazes de danificar o DNA em nossas células, o que pode
alimentar o crescimento do câncer.

7. Grupo de alimentos na creche 1º de Maio com base na composição nutricional


Proteínas
Elas participam da formação dos músculos e da maior parte das células estruturais do corpo.
De acordo com a pirâmide alimentar brasileira, a quantidade ideal de proteína é de três
porções de leite ou derivados e uma porção dos demais alimentos.
Carboidratos
Os carboidratos, simples ou complexos, compõem a base da pirâmide e fazem parte do grupo
dos energéticos, pois proporcionam maior energia.

Gorduras
o grupo energético extra é composto por alimentos muitos calóricos e, portanto, deve ser
consumido com moderação.

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Vitaminas e minerais
Componentes do grupo dos reguladores, as vitaminas e os minerais são substâncias essenciais
para o desempenho das funções do organismo, sendo obtidos em frutas, legumes e verduras
Além de atuarem na regulação de enzimas e hormônios, essas substâncias participam da
manutenção do ritmo cardíaco, da contração muscular, da atividade cerebral e do equilíbrio
fisiológico.

Proteínas Carboidratos Gorduras Vitaminas e minerais


Carnes Beterraba Óleo Alface
Feijão Massa Batata Frita Repolho
Farinha de milho Batata Carne Grelhada Couve
Banana Alface
Cenoura Frutas
Arroz

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8. Conclusão
É essencial que a Creche 1º de Maio e não só, estejam atentos aos cuidados na alimentação
dos das crianças. O caso especifico da creche 1º de Maio em que a inspecção desaconselhou o
consumo frequente da batata frita ou cames grelhadas e para melhorar as condições de
armazenamento das hortícolas frescas. Dicas estas que se acatadas só melhoraram a saúde das
crianças e contribuem também para a boa Imagem e reputação da creche.

É possível que as práticas alimentares inadequadas identificadas comprometam a saúde da


criança em curto e longo prazo e, por isso, há a necessidade de priorização de atividades de
promoção e de melhoria dos serviços materno-infantis para mudar o cenário em questão.
Nesse sentido, os profissionais de saúde têm papel importante no aconselhamento para a
alimentação nos primeiros anos de vida.
A questão nutricional dos alimentos na creche está em níveis aceitáveis e mantendo e
melhorando alguns pontos é possível manter altos padrões de qualidade de vida de todas as
crianças.

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9. Revisão bibliográfica
MARCONI, M. A; LAKATOS, E. M. Técnicas de pesquisa: planeamento e execução de
pesquisas, amostragens e técnicas de pesquisas, elaboração e interpretação de dados. 3.ed.
São Paulo: Atlas, 1996.
Post, J. & Hohmann, M. (2011). Educação de bebés em infantários – Cuidados e
primeiras aprendizagens. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian;
OLIVEIRA, Zilma Ramos de. Educação infantil: fundamentos e métodos. São Paulo:
Cortez, 2002
Brasil. RDC n° 360, de 23 de dezembro de 2003. Regulamento técnico sobre rotulagem
nutricional de alimentos embalados. Diário Oficial da União 26 dez. 2003.
Pacheco P, Da-Paz JG, Silva CO, Pascoal GB. Composição centesimal, compostos bioativos
e
parâmetros físico-químicos do Jenipapo (Genipa americana L.) in natura. DEMETRA:
Alimentação, Nutrição & Saúde 2014; 9:1041-1054.
VANETTI, M.C.D. Segurança microbiológica em produtos minimamente procesados. In: III
Encontro Nacional sobre processamento Mínimo de Frutas e Hortaliças. Palestras.
Universidade federal de Viçosa. Viçosa 2004.

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