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Insuficiência Respiratória/DPOC
CIN, 61 anos, sexo feminino, parda, natural de Amparo, procedente de Pedreira, en-
sino fundamental incompleto, aposentada, católica, comparece ao ambulatório de
pneumologia com história de dispneia aos esforços há aproximadamente 10 anos.
Essa dispneia é progressiva, sempre acompanhada por tosse com expectoração es-
branquiçada, em pequena quantidade. Nega precordialgia, palpitações, chiados no
peito. Refere edema vespertino de membros inferiores. Como antecedentes pessoais
referia ter sido asmática na infância, foi fumante por 35 anos e trabalhou em uma
fábrica de cerâmica por mais de 20 anos. Mãe diabética e pai falecido por neoplasia
pulmonar.
Ao exame físico apresentava-se em regular estado geral, dispneica, com tempo expi-
ratório maior que o inspiratório, cianótica, hipercorada e emagrecida; P=FC=100
bpm, PA=140/70; aumento do diâmetro antero-posterior torácico, retração dos espa-
ços intercostais inferiores à inspiração, frêmito toraco-vocal diminuído difusamente,
diminuição da elasticidade torácica, hiperssonoridade à percussão, murmúrio vesicu-
lar diminuído e presença de raros roncos e estertores sub-crepitantes, broncofonia
diminuída; bulhas rítmicas, hipofonéticas, sem sopros; abdome escavado, sem visce-
romegalias, RHA+; MMII com discreto edema frio, depressível e indolor, presença de
circulação venosa visível e tortuosa.
Quinze dias após a consulta, a residente foi chamada ao pronto socorro para reavali-
ar CIN. A paciente apresentara súbita e grande piora da dispneia há 3 horas. A única
alteração descrita e que precedeu o último quadro foi um grande e doloroso edema
de membro inferior esquerdo. Haviam sido solicitados radiografia de tórax e eletro-
cardiograma:
Antes de ter sido tomada qualquer outra conduta, a paciente foi à óbito e não res-
pondeu às manobras de reanimação.