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RAIVA HUMANA

PROF. ANA VIRGÍNIA MATOS


ANAVMSBARRETO@GMAIL.COM
ASPECTOS GERAIS

AGENTE TRANSMISSÃO PERÍODO DE


ETIOLÓGICO INCUBAÇÃO
• O vírus rábico pertence à • Penetração do vírus contido na • É extremamente variável,
família Rhabdoviridae e gênero saliva do animal infectado, desde dias até anos, com
Lyssavirus. principalmente pela mordedura uma média de 45 dias no
• Retrovírus neurotrópico. e, mais raramente, pela homem. Em crianças, o
• Genótipo 1 – Rabies vírus arranhadura e lambedura de período de incubação tende
(RABV), o único no Brasil (7 mucosas. a ser menor que no indivíduo
variantes antigênicas). • Apenas os mamíferos adulto.
• Variantes 1 e 2 (cães); variante transmitem e são acometidos
3 (morcego hematófago); pelo vírus da raiva.
variantes 4 e 6 (morcegos
insetívoros).
Antropozoonose
PATOLOGIA
Vírus penetra no Multiplica-se no
organismo ponto de
inoculação

Atinge o sistema Sistema nervoso


nervoso periférico central

Dissemina-se para Caracteriza-se como uma encefalite


vários órgãos e progressiva e aguda que apresenta
glândulas letalidade de aproximadamente
salivares 100%.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

O paciente com raiva furiosa e/ou paralitica deve ser isolado


(isolamento de contato) e a equipe medica do hospital devera usar
Equipamentos de Proteção Individual (EPI).
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
A confirmação laboratorial em vida, dos casos de raiva humana, pode ser realizada por:

Imunofluorescência direta (IFD) nas amostras de tecido bulbar de folículos


pilosos.

A realização da autopsia e de
extrema importância para a
Prova biológica (PB) – isolamento do vírus, através da inoculação confirmação diagnostica. O
em camundongos ou cultura de células sistema nervoso central
(cérebro, cerebelo e medula)
devera ser encaminhado para
o laboratório.
Detecção de anticorpos específicos no soro ou líquido
cefalorraquidiano, pela técnica de soroneutralização em cultura
celular, em pacientes sem antecedentes de vacinação antirrábica;

Reação em cadeia da polimerase (PCR)


TRATAMENTO
CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS
Notificação - Todo caso humano suspeito de raiva é de notificação compulsória e imediata nas
esferas municipal, estadual e federal.
No período de 2010 a 2023, até o
momento, foram registrados 47 casos
de raiva humana. Desses casos, nove
tiveram agressões provocadas por cães,
24 por morcegos, cinco por primatas
não humanos, dois por raposas, quatro
por felinos, um por bovino e em dois
deles não foi possível identificar a
espécie de animal agressora. Na série
histórica de casos de raiva humana no
Brasil, apenas dois casos evoluíram
para cura, os demais evoluíram para
óbito.
MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE
Profilaxia pré-exposição: A vacina é indicada para
pessoas com risco de exposição permanente ao vírus da
raiva, durante atividades ocupacionais.

NOTA INFORMATIVA Nº 26-SEI/2017-


CGPNI/DEVIT/SVS/MS
➢ Atualmente, é utilizada a vacina de cultivo celular, com
excelente resposta, é segura e praticamente isenta de
risco. Não há registro de eventos adversos
neurológicos.
➢ Esquema de 4 doses da vacina anti-rábica humana
VARH (Vero), podendo ser aplicada por via
intramuscular ou intradérmica.
➢ Soro Antirrábico Heterólogo (SAR) - O volume total do
soro anti-rábico, ou o máximo possível, deve ser
infiltrado no local do ferimento e o volume restante
pode ser aplicado por via IM, se houver, podendo ser
usada a região glútea.
➢ Imunoglobulina Humana Antirrábica (IGHAR) -
MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE
MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE
MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE

O Programa Nacional de Profilaxia da Raiva (PNPR),


criado em 1973, implantou entre outras ações, a
vacinação antirrábica canina e felina em todo o território
nacional. Essa atividade resultou num decréscimo
significativo nos casos de raiva naqueles animais, e com
isso permitiu um controle da raiva urbana no país. Na
série histórica de 1999 a 2017, o Brasil saiu de 1.200
cães positivos para raiva em 1999 (incluindo em sua
maioria as variantes 1 e 2, típicas desses animais), para
11 casos de raiva canina em 2020, todos identificados
como variantes de animais silvestres.
OBRIGADA.

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